Militares: Orçamento não atende sequer ao custeio
Uma nota técnica elaborada pela área militar, encaminhada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, mostra um cenário dramático para as Forças Armadas brasileiras em 2014.0 documento, que servirá de subsídio para uma audiência pública hoje, aponta diferença de R$ 13,650 bilhões entre o que as três armas consideram como “necessidades mínimas” e o que está previsto no Orçamento para o ano que vem. Os militares pedem R$ 29,828 bilhões, mas os recursos com os quais poderão I contar somam R$ 16,178 bilhões.
RISCO À SEGURANÇA DO PRÉ-SAL
O Exército alerta, no documento, que entre as consequências para a falta de recursos está o enfraquecimento da segurança na faixa de fronteira, especialmente na Amazônia e no Centro-Oeste. A Marinha afirma que diversos projetos, entre eles a construção de navios -patrulha de 500 toneladas para prover segurança na área do pré-sal e a reconstrução da Estação Antártica, estão comprometidos. A Aeronáutica informa que estão paradas 346 de 624 aeronaves com capacidade de operação.
“Os recursos do Orçamento da União que vêm sendo destinados nos últimos anos à Defesa não estão sendo suficientes para atender sequer ao custeio das Forças, a exemplo da manutenção de equipamentos, e muito menos aos projetos contemplados na Estratégia Nacional de Defesa” diz a nota.
Segundo a Marinha, há uma forte demanda reprimida na manutenção da Esquadra, o que causa aceleração da defasagem tecnológica, perda de mão de obra qualificada e aumentos significativos nos custos de operação. O Exército aponta problemas de aquisição de munição de todos os calibres e também se diz preocupado com os sistemas de defesa antiaéreo e cibernético.
A Aeronáutica, responsável pela proteção de um espaço aéreo que vai além do próprio território brasileiro, uma dimensão de 22 milhões de quilômetros quadrados, elenca como prioridades que não podem ser desprezadas o Veículo Lançador de Satélites (VLS); a compra de cargueiros para a substituição imediata das aeronaves KC-137 (Boeing 707 adaptado para fins militares); a aquisição de 28 aeronaves KC 390; e a modernização do caça F-5.
A nota técnica, elaborada pelos comandos das três forças, ressalta que são preocupantes os baixos valores previstos para o Orçamento de 2014, “insuficientes para as necessidades mínimas de cumprimento das missões constitucionais” Os recursos, afirmam, são insuficientes até mesmo para o custeio, como a manutenção de equipamentos, e para os projetos contemplados na Estratégia Nacional de Defesa.
— O senso comum associa as Forças Armadas apenas ao combate e à defesa do país em tempos de conflito, ignorando o trabalho dessas mesmas forças em tempos de paz, na proteção de interesses nacionais e no dia a dia do brasileiro. O problema é que os recursos vêm sendo liberados e executados a conta-gotas — comentou o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
AUMENTO DE 326% EM 10 ANOS
Ele lembrou que, recentemente, o ministro da Defesa, Celso Amorim, declarou que gostaria que os gastos do Brasil no setor aumentassem de 1,5% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). A expansão poderia se dar em um período de dez anos.
Considerado um dos projetos estratégicos do Exército, o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) tem prazo de dez anos para ser implantado. Radares e sensores instalados em trechos-chave da fronteira nacional vão ser capazes de captar e transmitir informações em tempo real sobre ações de criminosos na fronteira brasileira, com a participação da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Receita Federal e de vários outros órgãos federais, estaduais e municipais. O Sisfron, hoje em fase inicial, está orçado em tomo de R$ 12 bilhões.
De acordo com a Defesa, apesar das dificuldades “que também atingem outros ministérios” houve aumento substancial de recursos para a pasta na última década: a verba para custeio e investimentos subiu de R$ 4,6 bilhões em 2003 para R$ 19,6 bilhões (número divergente do da nota da área militar), como previsto no projeto de lei orçamentária para 2014. Isso significa uma expansão de 326%.
FONTE: O Globo via Resenha do Exército
E querem fechar as fronteiras. Com quê, SAL?
O orçamento brasileiro, repetidas vezes já citei, é uma falácia contábil. No que tange ao aumento dos recursos para as FFAA, conforme citado no artigo, é bom lembrar que muito do que foi contratado passou antes, ou talvez somente, pelo palanque político do governo, cujas aquisições não levaram em consideração as prioridades das três forças, mas antes os interesses políticos, ideológicos e financeiros de grupos políticos e empresariais. Só a título de exemplo: helicópteros para as três forças, submarino nuclear, uma enormidade de caminhões. De outro ponto é necessário lembrar que boa parte do orçamento acaba cobrindo o sistema previdenciário… Read more »
Marcos,
Concordo com seus pontos de vista, mais é impossível comparar contingente levando em conta a diferença de tamanho entre Brasil e Japão, se for olhar por essa ótica quem esta superdimensionado é o Japão.
Japão
Área
– Total 377 873 km² (62.º)
Brasil
Área
– Total 8 515 767,0491 km² (5.º)
Off topic, mas um video muito legal…
http://rt.com/in-motion/anniversary-1941-parade-moscow-373/
edurval
O ambiente deles é muito mais crítico que o nosso.
Agora, considerando, por exemplo, a Austrália, que tem uma área de sete milhões e alguma coisa de quilômetros quadrados, a Força Aérea tem um efetivo de 18 mil homens.
Voltemos a Força Aérea de Autodefesa do Japão: leve em consideração o número de aeronaves que eles tem.
Marcos,
Sua comparação com a Austrália é muito mais justa e correta.
Mais considerando os dados da reportagem e os dados sobre o Japão note a situação calamitosa da nossa FAB
Reportagem:
“A Aeronáutica informa que estão paradas 346 de 624 aeronaves com capacidade de operação.”
Japão
Força Aérea
meios: 791 aeronaves
Levando em conta os nossos meios (F5/Mirage/A1/A29) que devem ser cerca de 200 aviões, pela conta de padaria temos 1/3 de disponibilidade de equipamento para uma extensão 22 vezes maior que a do Japão.
[…] Quer saber mais? Acesse: http://www.forte.jor.br/2013/11/07/militares-orcamento-nao-atende-sequer-ao-custeio/ […]
Edurval, o Marcos esta comparando meios e número de pessoas para opera-los, aqui uma corveta estão queredo colocar 180 militares dentro,enquanto que em outros países esse número está abaixo de 60, aqui é tudo superdimensionado!
# Querendo
Faz que nem faz o governo americano. Não tem dinheiro? Fecha até ter. Vai todo mundo pra casa e só volta quando tiver. Manda o Amorim depois explicar para o Fantástico quando vierem entrevistá-lo.
E não esquece também de declinar educadamente quando chamarem o EB pra ser transportadora e empreiteira, A FAB pra ser taxi aéreo e a MB pra ser leão de chácara do pré-sal.
“Nunca antes na história desse país” nossas Forças Armadas tiveram comandantes tão submissos como os atuais.