CREDN: agente duplo dentro da Abin merece explicação

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A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional, realizarão audiência pública com as presenças do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, e do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general José Elito Siqueira, para discutir a presença de um agente duplo dentro da Abin à serviço das agências de inteligência dos Estados Unidos.

Com este objetivo, requerimento do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) será votado nesta quarta-feira, 6. “Mais surpreendente que a descoberta de que um agente da Abin havia passado informações a agentes norte-americanos, foi a decisão da Abin e do GSI de ignorar evidências e optar por aposentar o agente, sem uma apuração completa e nem mesmo uma advertência”, afirmou.

Para o deputado, “a denúncia é grave por revelar um fator importante de vulnerabilidade: a participação de um agente brasileiro a serviço de outro governo. Suscita a preocupação com a funcionalidade dos procedimentos padrão diante de situações similares, já que a ausência de apuração e responsabilização de comportamentos desleais ao Estado não é uma opção aceitável no Estado de Direito Democrático”.

Na avaliação do presidente da CREDN e da CCAI, a atitude de ignorar a documentação produzida pela própria contrainteligência da Abin desprestigia o trabalho dos servidores da agência que conseguiram desbaratar a operação, revelando o jogo duplo do “agente 008997”. Pellegrino também entende que, embora não haja conexão direta, é preciso investigar se esse fato tem alguma relação com a espionagem sistemática realizada por agências de inteligência norte-americanas sobre autoridades, cidadãos e empresas estratégicas do Brasil, conforme documentos revelados pelo ex-prestador de serviços da NSA, Edward Snowden.

FONTE: Assessoria de Comunicação do CREDN

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Mayuan
Mayuan
11 anos atrás

Acho certo aposentar sim e de gratificação deveria ganhar uma morada com vista privilegiada para a observação do desenvolvimento das raízes da grama.

wsmdal
wsmdal
11 anos atrás

[size=150]Diplomatas dos EUA dizem que todos espionam[/size]
FSP, 06/11/13

RAUL JUSTE LORES
DE WASHINGTON

O governo americano espera uma mudança de tom em Brasília após a revelação de que a Abin espionou diplomatas americanos.

“Apesar da diferença de escala e cenário, está confirmado que todo mundo se espiona” é a frase repetida por diplomatas do Departamento de Estado e altos funcionários na Casa Branca. “Não há virgens nesse negócio”, dizem.

Os americanos repetem que a reação brasileira à espionagem revelada por Edward Snowden não tem sido realista e que esperam sugestões concretas antes da divulgação, até o fim de dezembro, da revisão do sistema de inteligência dos EUA em relação ao Brasil.

As fontes salientam a cooperação entre os EUA e a Alemanha mesmo com as reclamações duras da chanceler Angela Merkel de que seu celular foi grampeado. “Governos se espionam por terrorismo, segurança, tráfico de drogas e informação estratégica. Ficar exigindo desculpas ou pedindo o fim da espionagem é ingênuo”, diz uma diplomata americana.

Em agosto, em encontro com o vice-presidente Joe Biden, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, propôs um acordo em que a espionagem e a troca de informações acontecesse via mandados judiciais. A sugestão foi recusada.

Questionados por que Merkel recebeu a promessa de Obama de que não tem nem terá sua comunicação pessoal espionada (promessa jamais feita a Dilma), funcionários em Washington dizem que, ao contrário dos alemães, os brasileiros têm se recusado a discutir o compartilhamento de informações.

O fato de ter Obama falado com Dilma três vezes sobre o tema e de ter colocado Biden e a conselheira Susan Rice para receber as autoridades brasileiras e alemãs, e de ter enviado o secretário John Kerry a Brasília, seria uma prova da atenção dada ao Brasil.

O episódio deixou mágoas em Washington: na Casa Branca se perguntam por que o discurso de Dilma na ONU foi tão centrado na espionagem americana, “como se chineses e russos não espionassem”.

Antonio M
Antonio M
11 anos atrás

Como já discutido aqui, o fato de não quererem “lavar a roupa suja” denota que estão preocupados consigo mesmo do que com a nação, temem que se o tal “funcionário da Abin” resolver abrir o bico revele muita coisa que querem que seja revelada.

Quero ver quando os EUA resolverem “deixar vazar” o que sabem principalmente sobre o foro de São Paulo, FARCs e outras “coisinhas” ……

Antonio M
Antonio M
11 anos atrás

Caramba! Errata ! ” ….resolva abrir o bico, revele muita coisa que não querem reveladas …”

Oganza
Oganza
11 anos atrás

Já disse e digo de novo… putênfia só terá jeito quando for pro buraco de verdade e precisará de uma guerra civil pra sair, ainda vai ter que morrer muita gente.

É só andar pelas rurras de olhos e ouvidos atentos e ver como somos, como agimos em nosso dia-a-dia e como lidamos com coisas simples como estacionar um carro ou que parte do jornal escolhemos para ler primeiro.

Tenso.