Imagens: viatura blindada em testes no Japão
O MCV é uma viatura blindada de oito rodas, armada com canhão de 105mm, e atualmente em fase de testes pelas Forças Terrestres de Autodefesa do Japão. Desenvolvida para prestar apoio direto a tropas de infantaria, além de a mobilidade na estrada e a facilidade de transporte reforçarem a capacidade de deslocamento das forças terrestres do país. O veículo tem previsão de entrada em serviço na segunda metade de 2014.
NOTA DA EDITORA: você pode ver um vídeo demonstrativo da viatura blindada clicando aqui
FONTE: Militaryphotos.net
Ainda não entendi porque o Guarani não tem uma versão 8×8 com armamento semelhante….
Tem uma continha, que deve ser de português de padaria, que diz que a pressão sobre o solo de um 8 X 8 é de quatro a oito vezes superior a de um 6 X 6.
Essa continha é relatada na revista TD especial sobre o blindado “Guaraní”.
O que emperraria a mobilidade, dependendo do terreno.
No Afeganistão os canadenses tiveram sérios problemas de mobilidade e manutenção em seus blindados com rodas e os dinamarqueses preferiram veículos de largatas desde o início.
Aqui acho que tem a ver c/ as reminicencias do EB e a operação dos M-8 e M-20, até pq c/ um eixo a menos, o 6 X 6 seria mais barato de manter.
Ocorre que a maioria dos produtos disponíveis é justamente 8 X 8, então vai saber???
Qnto ao blindado japonês, o que ser vizinho da madame dragão, não faz.
Cristina “La Louca” Kirchnner deve estar desolada.
Mayuan
25 de outubro de 2013 at 0:09 #
Ainda não entendi porque o Guarani não tem uma versão 8×8 com armamento semelhante….
Haverá, sim, um Guarani 8×8, com torre semelhante ao projeto japonês, canhão raiado de 105 mm (fornecedor ainda não escolhido estando em estudo três opções: Oto Melara/Itália, CMI/Bélgica e Rheinmetall/Alemanha).
Maioresw informações você encontra lendo os Requisitos Operacionais Básicos nº 02/11, Viatura Blindada de Reconhecimento – Média de Rodas (VBR – MR).
Sds.
Assim mesmo, há que pense em ter um sobre rodas com canhão de 120 mm… o que tecnicamente é muito complicado, por comprometer o centro de equilibrio da viatura, que necessita ter um chassi mais robusto e somando-se ao peso da torre…. inviabiliza seu transporte pela maioria dos aviões cargueiros de médio porte.
Vejam o vídeo de comparação abaixo…. e notem o recuo da peça de artilharia…..
http://www.youtube.com/watch?v=eKb-Jsd_28A
Sds.
Mauricio só me tire uma duvida please. Tendo mais pressao sobre o solo nao faz com que haja melhor traçao e evite-se assim a derrapagem ??
Sds.
A pressão sobre o solo, medida em peso e dividida pela unidade de medida (pés, polegadas ou sistema métrico) é tanto menor quanto maior a área de apoio no solo.
Neste caso, o sistema de lagarta, por tocar o solo com maior área do que os pneus, sempre será mais efetivo em solos fofos ou que se recomende menos pressão,como solos alagados.
Abaixo, vídeo de apresentação do Projeto Japonês MCV 8×8…
http://www.youtube.com/watch?v=t7vJ5HotxDc
Sds.
Valeu pela explicaçao Yoda,digo, Baschera ,vou baixar o video agora mesmo !!
Baschera:
Tinha lido numa revista que tinha desistido da versão 8×8 com canhão raiado então por isso a dúvida. Nunca entendi a razão se é uma configuração usada em tantos países. Já que vão fazer, fico mais satisfeito então.
enquanto isso, em um moderno país que procura desburocratizar a vida das empresas e seus cidadãos…
KMW REAVALIARÁ INVESTIMENTOS EM SANTA MARIA E NO RS, DEVIDO À BUROCRACIA DA FEDERAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
(Diário de Santa Maria/RBS)
A KMW espera a quatorze meses a Licença ambiental. Pior: a Fepam não tem ideia de quando irá liberar a licença. Diretor da KMW no Brasil foi chamado as pressas à Matriz na Alemanha.
Depois de expulsarem a Ford, agora chegou a vez da KMW. Essa é a gestão petista do RS. Imaginem a meuda que não deve ser o Brasil. Não é toa que está todo mundo indo embora.
Mauricio R. escreveu em 25 de outubro de 2013 at 5:31:
“… Tem uma continha, que deve ser de português de padaria, que diz que a pressão sobre o solo de um 8 X 8 é de quatro a oito vezes superior a de um 6 X 6.
Essa continha é relatada na revista TD especial sobre o blindado “Guaraní”. …”,
Mauricio, eu gostaria muito de ler este artigo.
Por favor, qual é esta revista TD?
Obrigado
Bacchi
rsbacchi,
O colega Maurício muito provavelmente estava se referindo à revista Tecnologia&Defesa.
Revista esta que o editor Galante foi um colaborador no final dos anos 90 e começo deste século……………….
Caramba……………. falando desta forma, vejo claramente que estou ficando velho rsrsrsrsrsrsrsrss…………….
Abraços.
Saiu a Licença provisória da Fepam-RS, o que não significa absolutamente nada, já que sem a Licença definitiva as obras não podem ser iniciadas.
Interessante que até agora não houve críticas às duas entradas de ar laterais do projeto japonês.
Quando foi apresentado o projeto do Guarani sentaram o sarrafo sobre a suposta vulnerabilidade da entrada de ar na lateral…
Meu caro vassilizaitsev, eu não sou burro como você imagina!!!
Quando li a mensagem de Mauricio R. eu imediatamente liguei a sigla TD a revista Tecnologia & Defesa.
Todavia vários fatores me levam a crer que não se trata da Tecnologia & Defesa.
1. A Tecnologia e Defesa JAMAIS publicou um numero especial sobre o Guarani!
2. Os artigos sobre o Guarani com uma exceção foram escritos por mim, junto com Hélio Higuchi e Paulo Roberto Bastos, e JAMAIS escrevemos a imbecilidade que Mauricio R. menciona!
3. A exceção foi o artigo “Parceria consolidada” de Roberto Valadares Caiafa na T&D nº 133. Este artigo é sobre a inauguração da fabrica de veículos de defesa da IVECO. Neste artigo, como era de se esperar de um excelente jornalista como é o Caiafa, não aparece esta frase mencionada por Mauricio R.
Depois de responder ao teu intempestivo e inútil comentário, volto a perguntar a Mauricio R.: qual é esta revista TD que você menciona?
Bacchi
Errei!!!
E indevidamente citei a TD como fonte, de algo que efetivamente esta não o é.
E estou no momento procurando a fonte, que embasou o meu comentário.
Peço-lhes então desculpas pela inconveniência.
Obrigado.
Bacchi,
Talvez o Mauricio R. tenha se confundido… mas este assunto foi discutido entre vários colegas (inclusive você) lá no FBM da Alide….. no tópico do EB “Leopard 1A5” nas pag. 72 e 73…. no entanto, o assunto foi mais sobre as vantagens e desvantagens do uso de rodas ou lagartas em carros blindados.
Sds.
Baschera, por favor será que você poderia ser mais claro na sua mensagem?
Sinceramente, não entendo aonde você quer chegar!!!
Bacchi
Bacchi,
Me referi ao “assunto” citado “pressão no solo…etc”…e não sobre o que foi dito sobre a TD.
Sds.
Baschera, no forum da ALIDE, tópico “Leopard 1A5″ nas pag. 72 e 73 eu não entrei em detalhes. Minha participação foi praticamente nula. O porque disto eu não gostaria de explicar aqui.
Eu postei material sobre “Pressão no solo” aqui no Forte. O mesmo foi muito bem recebido.
Se algum colega o tiver, gostaria que o postasse, pois não guardei copia.
Bacchi
Bacchi,
Se não souber em qual matéria (o título da mesma) foi seu comentário citado…. fica difícil achar.
Sds.
Eh o mesmo problems que eu tenho! Por isto eh que escrevi: “… Se algum colega o tiver …”. Bacchi
Bacchi, encontrei esses links:
http://www.forte.jor.br/2010/05/22/leo-2-x-m1-algumas-comparacoes-comentario-postado-por-j-reginaldo-bacchi/
http://www.forte.jor.br/2010/05/22/leo-2-x-m1-algumas-comparacoes-comentario-postado-por-j-reginaldo-bacchi/
E também esse comentário seu no post “Peru de olho nos Leopard 2 armazenados na Espanha”; segue:
Um comentário antigo meu:
Este meu interesse foi despertado durante as discussões sobre os combates em Angola entre os Eland das forças sul-africanas e os T54/55 das forças angolanas.
Foi esposada por vários foristas a tese da maior adaptação dos Eland ao terreno daquela região.
Eu estranhei muito esta posição pois desde meus tempos da ENGESA eu tinha estudado este problema (e discutido o mesmo com Jerry Cohron – especialista em mobilidade, contratado pela ENGESA para introduzir este conceito aos seus engenheiros).
Na época tomei conhecimento de três trabalhos a respeito: D. Rowland “A review of vehicle design for soft ground operation” Defense Operational Analysis Establishment, Ministry of Defense, UK, Major J.C. Larminie “Soft ground performance of military vehicles” International Defense Review Abril 1988 e TC N.F. Vaux “Tracks vs wheels” Marine Corps Gazette Dezembro 1980.
Com a introdução do carro de combate na frente ocidental em 1915, surgiu uma duvida: como avaliar o comportamento destes carros em relação ao solo?
O primeiro parâmetro a considerar foi o da pressão exercida pelo veiculo ao solo através de suas lagartas.
Surgiu então o critério da Pressão Nominal Sobre o Solo (Nominal Ground Pressure) que era simplesmente o peso do veiculo dividido pela área das lagartas na região das mesmas que entram em contato direto com o solo.
Durante este período utilizou-se como parâmetro limite a pressão exercida pelo pé de uma pessoa: 50 kN/M2.
Este critério perdurou até meados da 2ª GM, quando estudos mais detalhados utilizando sistemas que mediam a pressão realmente exercida sobre o solo, mostraram que este índice não levava em consideração o fato de que a pressão não era uniforme ao longo da lagarta devido a características das mesmas.
Surgiu então o critério da Pressão Maxima Media (Mean Maximum Pressure), que leva em consideração fatores como: peso do veiculo, numero de rodas de apoio, diâmetro das rodas de apoio, largura da sapata, passo das sapatas (pitch of track links), etc.
Paralelamente ao estudo para lagartas foi desenvolvido o mesmo para veículos sobre rodas.
Do artigo“A review of vehicle design for soft ground operation” temos os seguintes exemplos:
Carros de combate (sendo b=largura da lagarta/pneu em metros):
Sherman 32 ton. (com suspensão HVSS) / b=0,565 > 205 kg/m2
Panzer III 19 ton. / b=0,36 > 220 kg/m2
Panther 45 ton. / b=0,66 > 150 kg/m2
Tiger 2 68,5 ton. / b=0,76 > 184 kg/m2
T-34 26 ton. / b=0,545 > 174 kg/m2
Churchill Mk IV 39 ton. B=056 > 217 kg/m2
Centurion 51 ton. / b=0,61 > 252 kg/m2
T-62 37 ton. / b=0,58 > 242 kg/m2
M60 54,5 ton. / 0,71 > 236 kg/m2
Leopard 1 39,3 ton. /0,55 > 198 kg/m2
Leopard 2 51,4 ton. / 0,635 > 201 kg/m2
Veiculos blindados sobre rodas
Daimler AC 4X4 7,5 ton. / b=0,27 > 505 kg/m2
M8 AC (Greyhound) 6X6 7,7 ton. / b=0,23 > 460 kg/m2
Saladin AC (6X6) 11,3 ton. / b=0,305 > 455 kg/m2
BTR 60 VBTP (8X8) 9,7 ton. / b=0,305 > 327 kg/m2
AMX10RC AC (6X6) 13,6 ton. / b=0,355 > 437 kg/m2
Jeep (4X4) 1,34 ton / b=0,15 > 226 kg/m2
No artigo “Soft ground performance of military vehicles” mais exemplos são dados:
Challenger 62 ton. > 282 kPa
Chieftain Mk 6 53,6 ton > 274 kpa
Scorpion 8,26 ton. > 106 kPa
Warrior (VBTP) 25,3 ton. > 198 kPa
M113 (VBTP) 11,6 ton. > 121 kPa
Abrams M1 51,4 ton. > 210 kPa
Merkava 60 ton. > 279 kPa
T-55 36 ton. > 243 kPa
T-72 257 ton. > 257 kPa
BMP-2 (VBTP) 14,6 ton.> 178 kPa
Ferret Mk2 (4X4) 4,5 ton. > 351 kPa
MOWAG LAV (6X6) 11,95 ton. > 439 kPa
Fox (4X4) 6,1 ton. > 349 kPa
Hummer M998 (4X4) 3,87 ton. > 272 kPa
Pandur (6X6) 11,2 ton. > 421 kPa
Luchs (8X8) 19,5 ton. > 427 kPa
VAB (4X4) 13 ton. > 576 kPa
VAB (6X6) 14,2 ton. > 392 kPa
Urutu EE-11 (6X6) 14 ton. > 428 kPa
Nota: 1 Pa = 1N/m2
Mais uma vez mostra que os veículos sobre rodas causam maior pressão sobre o solo do que os veículos sobre lagartas, ao contrario do que muita gente pensa.
Tentando comparar o Eland (4X4) com o T-55, vamos ter para o Eland 6 ton. em torno de 349 kPa (não encontrei dados exatos para ele, mas suas dimensões e características são muito próximas das do Fox > 349 kPa) e para o T-55 > 243 kPa.
Ou seja a pressão exercida pelo T-55 sobre o solo é em torno de 70% da exercida pelo Eland.
Bacchi
Não sei se era a isso que se referia, mas espero ter ajudado.
Saudações,
GBento
GBento, excelente!!!
Muito obrigado!!!
Bacchi