crime-organizado

ClippingNEWSNão é de hoje que a criminalidade se expande de forma coordenada entre as regiões e administra seus “negócios” em que se destaca o tráfico de drogas, como empresa. Uma investigação feita durante três anos pelo Ministério Público de São Paulo sobre a organização criminosa que domina os presídios no estado, o Primeiro Comando da Capital (PCC), confirma o crescimento da facção, demonstra a desenvoltura da quadrilha e o perigo que estes bandos representam para a sociedade e o próprio estado de direito.

Revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” a ação do MP resultou no pedido de prisão de 175 pessoas, dois terços dos quais já se encontram na cadeia, condenados por outros crimes. Por uma trágica ironia, o comando do PCC atua de dentro da penitenciária de “segurança máxima” de Presidente Venceslau. Isto por si só dá a medida do poder da facção de corromper agentes públicos.

O tamanho e abrangência da quadrilha impressionam: aproximadamente, 11 mil pessoas, dos quais 7.800 bandidos no estado de São Paulo, sendo 6 mil presos e 1.800 nas ruas; 3.587 em outros estados, destes, 2.755 atrás das grades. Eles estão em 22 estados e há gente, ainda, no Paraguai e na Bolívia, elos do esquema do tráfico de drogas explorado pelo PCC.

A investigação estima em R$ 100 milhões o faturamento anual do grupo, cifra condizente com a de uma empresa média.

De suas bases em penitenciárias, a cúpula criminosa ordena uma série de crimes — resgate de presos, ataque a policiais, e há pelo menos um registro, nos grampos feitos pelo MP, com autorização da Justiça, de um plano audacioso para assassinar o governador paulista, Geraldo Alckmin.

O outro lado do fortalecimento dessas facções é, infelizmente, a ajuda que elas recebem de policiais corruptos. Entre as conversas interceptadas há provas dessa colaboração.

Seria um avanço se a operação do MP paulista servisse para conscientizar de vez as autoridades, em todos os níveis — federal, estaduais e municipais —, de que o Estado brasileiro precisa compartilhar o combate ao crime organizado. Pois a criminalidade ameaça contar com um padrão de articulação entre grupos maior que os diversos governos. Há uma gravação em que o PCC negocia a paz entre facções no Rio.

Se o crime se integra, as polícias precisam se integrar. No Rio, a política das Unidades de Pacificação (UPPs) avança porque as operações de libertação de comunidades contam com a colaboração também de forças federais, por exemplo.

O trabalho do MP paulista confirma que estas quadrilhas já deixaram de ser ameaças regionalmente localizadas. Diante disso, só há uma alternativa: a mobilização do aparato de segurança do Estado, em todas as instâncias, e de forma coordenada, para enfrentar este novo estágio da expansão do crime no país.

FONTE: O Globo

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Marcos
Marcos
11 anos atrás

Em férias com a família e agentes federais que o protegem 24h, o juiz Odilon de Oliveira festejou a maior investida em 20 anos do Ministério Público paulista contra a gang PCC, envolvendo 175 suspeitos até de tramar a morte do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Responsável pela prisão de dezenas de traficantes, ele alerta que o MP deve incluir na investigação os narcoguerrilheiros das Farc, que atuam na fronteira. O juiz atribuiu ao PCC os ataques à capital paulista às vésperas da eleição de 2006, dizendo que o grupo atua com a guerrilha do Paraguai. Odilon critica o governo federal… Read more »

Marcos
Marcos
11 anos atrás

O “brema” todo é que se for mexer em tudo, a PF vai tropeçar em um monte de políticos, além da ideologia do Partido que está no poder.

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
11 anos atrás

100 milhoes que poderiam haver sido tributados e investidos em segurança, saúde e educação.

Até os EUA, o líder da “Guerra contra as Drogas” já estão acordando.

Marcos
Marcos
11 anos atrás

Blind Man’s Bluff

R$100 milhões que poderiam e deveriam ser confiscados integralmente.

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
11 anos atrás

Confiscado! ahaha
Por quem, pra quem? Pela policia, para o PT?

O governo não precisa confiscar. Os governantes já tem a sua “caixinha” no “negócio”.

E confiscar não aquece economia nem gera empregos.

Marcos
Marcos
11 anos atrás

É, confiscar! Integralmente.
É dinheiro originado de comércio de drogas, portanto pode e deve ser confiscado.

Marcos
Marcos
11 anos atrás

off topic (i.m.p.o.r.t.a.n.t.e)

Temores de que o petróleo oriundo do xisto nos EUA se esgote logo são afastados pelo anúncio de reservas perto do inesgotável (Ricardo Setti, Veja)

“O United States Geological Survey (…) divulgou há dias uma estimativa de que só a região mais rica em xisto do Estado do Colorado, Piceanse Basin, pode abrigar espantosos 1,52 trilhão de barris …”

ROTAnaRUA
ROTAnaRUA
11 anos atrás

Blind Man’s Bluff Não se esqueça que os R$ 100 milhões de receita são decorrentes de todas as operações do PCC e não apenas do tráfico de drogas. Aproveitando o ensejo, muitos defensores da descriminalização da maconha se esquecem que não é só desta droga que vive o tráfico, muito pelo contrário, pois não é dela que os criminosos retiram a maior parte de seus lucros. Vale lembrar que o tráfico internacional de cocaína é estimado (baseado em apreensões) em mais de US$ 500 bilhões anuais. Cumpre esclarecer, também, que além do tráfico as organizações praticam outras atividades criminosas como… Read more »