Umkhonto GBL - imagem menor - Denel

Umkhonto Ground-based Launcher - imagem Denel

Míssil teve seu alcance estendido de 15km para 20km

Na última quarta-feira, 9 de outubro, o grupo sul-africano de defesa Denel informou em seu site que realizou com sucesso os testes de disparo da versão lançada de terra do míssil antiaéreo Umkhonto, desenvolvido pela divisão Denel Dynamics. Segundo a nota à imprensa, os testes foram realizados recentemente no campo de testes de Overberg, da Denel, no extremo sul da África do Sul. Observadores de nove países, assim como autoridades do Ministério da Defesa do país, da Armscor e da SANDF (Forças de Defesa da África do Sul) estiveram presentes aos disparos do míssil.

O Umkhonto foi originariamente desenvolvido pela Denel Dynamics para as fragatas Meko A200 da Marinha da África do Sul, e está em serviço em suas versões Block 1 e Block 2. O Block 2, que tem um alcance de 15 km, também é usado pela Marinha Finlandesa em suas corvetas classe Hamina e navios mineiros classe Hämeenmaa.

Umkhonto Ground-based Launcher - imagem 2 Denel

Os testes bem-sucedidos em terra provaram que o alcance do Umkhonto foi agora estendido para 20km, apesar das dimensões do míssil permanecerem as mesmas. O lançador baseado em terra, recentemente desenvolvido, representa uma alternativa que pode também ser usada pelo Exército da África do Sul para a Fase 2 do GBADS (Ground-based Air Defence System – sistema de defesa aérea baseado em terra), um projeto que também é gerenciado pela Denel.

A demonstração incluiu três disparos, em que os mísseis destruíram com sucesso alvos aéros de baixo custo (low-cost aerial target systems – LOCATS), dois deles a 15km de distância e um a 20km. Os alvos foram lançados em direção ao mar, para se voltarem à costa numa trajetória elíptica, e foram engajados pelos mísseis Umkhonto no modo “lock-on-after-launch”(adquirir alvo após o lançamento).  As atualizações da indicação dos alvos, no meio-curso, foram dadas pelo sistema de radar RSR-320, desenvolvido pela Reutech Radar Systems, até que os alvos estivessem no alcance dos sistemas de busca infravermelho dos mísseis.

A Denel também está desenvolvendo e testando uma nova geração de mísseis ar-ar, o A-Darter, em colaboração com parceiros do Brasil.

FONTE / IMAGENS: Denel (tradução e edição do blog das Forças Terrestres a partir de original em inglês)

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Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

A versão naval do Umkhonto não possui data-link e opera do modo LOAL autônomo, sem atualização de meio curso.
Ou seja, muito provavelmente o incremento de alcance da versão “lançado de terra” se deu só pela integração do sistema de up-link que permite que alvos mais distantes e mais manobráveis possam ser engajados satisfatoriamente pelo radar 3D do lançador.
Um míssil sup-ar naval de defesa de ponto em geral é usado contra mísseis antinavios que se aproximam frontalmente e na grande maioria das vezes sem nenhuma alteração de curso. Isto facilita as coisas para o defensor.
No caso do míssil lançado de terra há inúmeras alternativas de trajetória dos possíveis alvos, o que praticamente obriga a “atualização de meio curso” para mísseis desse porte.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Pra variar rsrsrs cometi um equívoco. O Umkhonto sempre teve um uplink desde as versões iniciais.
Quem não tem é a versão lançada de terra do MICA, que tem alcance de 10/12 km.
Uma rápida conferida no pai dos burros digitais (o wikipedia) rsrsss dá conta que o incremento de alcance se deu pelo aperfeiçoamento da cabeça de busca IR (que não é formadora de imagem) e do sistema de navegação.
Apaguem meu comentário anterior.