Míssil Tático de Cruzeiro é empregado em simulação durante a Operação Laçador

15
MTC 300

MTC 300 na Laçador

Pela primeira vez, durante a Operação Laçador, militares do Exército empregam, de maneira simulada, o Míssil Tático de Cruzeiro (MTC 300) em operações conjuntas.

Inicialmente, o MTC será do tipo terra-terra, podendo atingir o alcance de até 300 quilômetros e será lançado pelas mesmas viaturas do Sistema ASTROS II, que serão modernizadas para a versão MK6, a fim de disparar foguetes e mísseis. O míssil será empregado em duas versão: Cabeça-de-Guerra do tipo Auto-Explosiva (AE), com peso máximo até 200 kg, contendo 109 kg de PBX como explosivo; e cabeça-de-guerra múltipla, com cerca de 66 submunições de 70 mm, podendo ser utilizado em alvo anticarro.

O programa de construção do MTC é parte do Projeto Estratégico do Exército (PEE) ASTROS 2020, uma das sete prioridades no processo de modernização da Força Terrestre. É um projeto 100% nacional, com independência tecnológica e propriedade intelectual do Exército Brasileiro. A previsão de entrega do primeiro lote está prevista para 2016.

A navegação do MTC é feita por meio de sensores de navegação inercial junto com GPS, com um sistema antijaming e rádio altímetro para mantê-lo na altitude correta em relação ao solo. Obedece seu curso em conformidade com as informações armazenadas a bordo, com possibilidade de serem estabelecidos waypoints.

O míssil poderá ser utilizado contra instalações estratégicas, alvos inimigos de valor (meios logísticos, artilharia, blindados e meios aéreos) e alvos que devam ser neutralizadas logo no início do conflito, normalmente associadas à obtenção de superioridade aérea e à quebra da capacidade de coordenação das ações pelo inimigo.

Durante a Operação Laçador, o emprego simulado do MTC permite atingir alvos anteriormente engajados somente pela Força Aérea ou Forças Especiais, participando, pela primeira vez, da fase de interdição da manobra, a cargo do Comandante do Teatro de Operações.

O emprego simulado do míssil, durante a Operação Laçador, permite o adestramento dos integrantes do Estado-Maior Conjunto, por meio da coordenação do espaço aéreo, bem como dos meios de apoio de fogo existentes na operação.

MTC 300

FONTE: CCOMEx

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

15 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Soldat
Soldat
11 anos atrás

Adorei essa matéria deu gosto de ler só de ver um projeto 100% nacional em ação ainda da esperança no futuro desse pais.

Avante Brasil…….

Brasil Brasil Brasil……..Acima de tudo e de todos….

klesson
klesson
11 anos atrás

Grande e Excelente notícia.

Mas, para esta parte do texto –

“O míssil poderá ser utilizado contra instalações
estratégicas, alvos inimigos de valor (meios logísticos, artilharia, blindados e meios aéreos) e alvos que devam ser neutralizadas logo no início do conflito, normalmente associadas à obtenção de superioridade aérea e à quebra da capacidade de coordenação das ações pelo inimigo.”

Teremos que dispor também em navios e nos caças.
Pois, sempre haverá a possibilidade de necessitar a neutralização a partir do mar e consequentemente, também por ar.
No mais, parabéns ao EB por esta significativa conquista.

Corsario137
Corsario137
11 anos atrás

É impressão minha ou esse míssil é a cara do Exocet?

Vader
11 anos atrás

Cara chato esse tal de Vader… 🙂

Desculpem por estragar a festa galvãobuenês Brasil-sil-sil dos amigos, mas isso aí foi apenas uma SIMULAÇÃO DE EMPREGO pessoal.

Vale dizer: os militares do EB estão fazendo jogos de guerra como se o míssil existisse, e projetando o possível impacto dele sobre o inimigo.

O tal míssil nom ecxiste ainda. E sabe lá Deus quando irá existir.

wwolf22
wwolf22
11 anos atrás

Seria viavel botar uma cabeca anti radar no trezentao ?!?!
alguem saberia informar quais tipos de explosivos para misseis e bombas o Brasil detem ?? o CTEX desenvolve estudos para obter “novos e mais poderosos explosivos ??
ha algum estudo em andamento ??

joao.filho
joao.filho
11 anos atrás

Bom, o problema e obvio. Tais lancadores moveis seriam alvos de prioridade no inicio de qualquer conflito. Um pais com uma FAB minuscula, depredada e obsoleta pouco poderia fazer para protejerlos, e seriam destruidos nos primeiros minutos do conflito. O mesmo cabe para colunas blindadas. Sem cobertura aerea apropriada, nao sao muito mais do que alvos. O problema do Brasil e exatamente este: Ficam projetando a defesa nacional um pedacinho aqui, outro la, e talvez daqui a algums anos um pedacinho mais.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Como sempre fico totalmente sem entender o conceito do nosso primeiro míssil cruise terrestre.
Seu perfil a la Exocet é mais condizente com um míssil supersônico ou subsônico “alto” sea-skimming propulsado por foguete (aliás, como o Exocet).
Não entendo como um míssil cruise terrestre (que não opera ao nível do mar) propulsado por turbojato (que em geral tem velocidade subsônica média – entre 500 e 1000 km/h) e que é capaz de sobrevoar terra possa ter asas tão curtas.
E pra quê um perfil tão aerodinâmico se ele é subsônico?
Será que sua velocidade é maior do que imaginamos? Seria supersônico?
O que sabemos ao certo é que é propulsado por um turbojato tendo em vista o booster, mas não creio que tenhamos tecnologia de propulsão por turbojato miniaturizado com capacidade supersônica (ex: air turbo rocket propulsion system como do “futuro” míssil Hoplite ou a turbina de ciclo variável do RATTLRS).

Obs:A tomada de ar embutida (como no Harpoon) não é compatível com um míssil supersônico.

Dúvidas, dúvidas, dúvidas…

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Como sempre fico totalmente sem entender o conceito do nosso primeiro míssil cruise terrestre.
Seu perfil a la Exocet é mais condizente com um míssil supersônico ou subsônico “alto” sea-skimming propulsado por foguete (aliás, como o Exocet).
Não entendo como um míssil cruise terrestre (que não opera ao nível do mar) propulsado por turbojato (que em geral tem velocidade subsônica média – entre 500 e 1000 km/h) e que é capaz de sobrevoar terra possa ter asas tão curtas.
E pra quê um perfil tão aerodinâmico se ele é subsônico?
Será que sua velocidade é maior do que imaginamos? Seria supersônico?
O que sabemos ao certo é que é propulsado por um turbojato tendo em vista o booster, mas não creio que tenhamos tecnologia de propulsão por turbojato miniaturizado com capacidade supersônica (ex: air turbo rocket propulsion system como do “futuro” míssil Hoplite ou a turbina de ciclo variável do RATTLRS).

Obs:A tomada de ar embutida (como no Harpoon) não é compatível com um míssil supersônico.

Dúvidas, dúvidas, dúvidas…

Guilherme Amorim
Guilherme Amorim
11 anos atrás

Vader…….”festa galvão buenês” kkkkkkk, to chorando de rir aqui
Confesso que tbm vibrei, mas aproveitando, temos previsao de entrada em operacao? Versoes ASM tbm sao bem-vindas

wwolf22
wwolf22
11 anos atrás

referente as turbinas, segue trecho de uma reportagem da EXAME que tirei no site da NOTIMP hj…
“Também no DCTA pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em parceria com professores do ITA e engenheiros da empresa TGM Turbinas, com sede em Sertãozinho, interior paulista, trabalham em outro projeto que poderá impulsionar o setor brasileiro de drones. Trata-se de um motor turbojato movido a querosene de aviação que pode ser usado em vants com peso máximo de 1,2 tonelada.
A Turbina Aeronáutica de Pequena Potência (TAPP) é a primeira a ser produzida no Brasil com características de durabilidade e potência de 5 mil newtons (N), força capaz de impulsionar uma aeronave de até 1,5 tonelada. “Planejamos um grupo de turbinas que possam ter aplicações em vants, mísseis e uma linha para geração de energia”, diz Alexandre Roma, da TGM, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto. Ele conta que o equipamento não será usado no Falcão, mas instalado inicialmente em alvos aéreos para treinamento de pilotos em aviões de combate.
Produção em série
Em julho, a turbina foi testada pela primeira vez no banco de provas do IAE. Segundo o engenheiro mecânico José Francisco Monteiro, coordenador do projeto, todos os componentes da TAPP foram fabricados no Brasil, exceto o rolamento para a sustentação de seu eixo. Um dos objetivos é qualificar a mão de obra brasileira para sua produção em série. “Como essa turbina pode ser instalada em mísseis de longo alcance, sua comercialização tem sido dificultada, devido aos tratados de não proliferação de armas nucleares. A alternativa é fabricar a turbina no Brasil”, avalia Monteiro.
Novos testes estão programados até o fim deste ano com o objetivo de fazê-la atingir a rotação máxima de 28 mil rotações por minuto. O projeto conta com financiamento de R$ 30 milhões da Finep. A agência já firmou 23 contratos e convênios, num total de R$ 69 milhões, voltados ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento tecnológico de vants no Brasil, conta William Respondovesk, chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Finep.
As vantagens inerentes ao uso dos drones em operações militares – sobretudo pelos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro de 2001 – têm atraído cada vez mais a atenção de vários países. Entre 2005 e 2012, por exemplo, o número de nações que adquiriram essa tecnologia subiu de 41 para 76. Nesse mesmo período, o número de programas de pesquisa voltados para essa área nesses países saltou de 195 para 900, impulsionando um mercado em contínua evolução. Os norte-americanos ainda controlam boa parte desse mercado. Juntas, as empresas North Grumman e General Atomics Aeronautical Systems detêm 63% de toda a produção mundial de drones, de acordo com o Government Accountability Office dos Estados Unidos.”

Corsario137
Corsario137
11 anos atrás

Bosco,

Ele não é supersônico? Agora que eu não entendi mais nada mesmo.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Corsario,
Ele não é supersônico não, pelo menos é o que se sabe.
Esta configuração com 4 asas curtas é consagrada em dezenas de mísseis de cruzeiro (Harpoon, Gabriel 3, Otomat, Kh35, Exocet Block 3 , etc) mas todos antinavios. Ou seja, é tradicional mas em mísseis subsônicos que operam invariavelmente ao nível do mar.
A configuração de duas asas longas (Tomahawk, SCALP, Dalilah, etc) é mais comum para mísseis de cruzeiro subsônico de ataque terrestre que usam o voo de muito baixa altitude para escapar do sistema defensivo e como devem contornar o terreno em baixa velocidade necessitam de asas aerodinamicamente mais eficientes já que operam em altitude maior que os mísseis de uso naval, onde o ar é mais rarefeito.
Tudo indica que esse míssil AVMT 300 não terá capacidade de se colar ao terreno como no caso do Tomahawk, etc, e terá uma altitude de operação maior, o que é bom para a economia do combustível, mas o torna mais vulnerável às defesas.
Claro que em nosso TO isto talvez não seja de grande importância.
Vale salientar que outros países usam mísseis semibalísticos de alta velocidade (até Mach 6 no caso do Iskander russo) propulsados por motor foguete para a mesma função do míssil cruise brasileiro.
Em outros cenários mais “nervosos” o míssil brasileiro pode não ter penetração no mercado já que não voa baixo e/ou não é furtivo.
A configuração inicial da década de 90 parecia ser mais condizente com a função de um míssil cruise subsônico de ataque terrestre, já este brasileiro é sem dúvida bem adequado à função antinavio, que pelo a princípio não tem.

Corsario137
Corsario137
11 anos atrás

Bosco,

Primeiro que eu achei que se tratava de um Exocet nacional. Depois lendo a matéria entendi menos ainda porque a figura que eu tinha na cabeça do míssil de cruzeiro da Avibras era bem diferente:

http://4.bp.blogspot.com/-_mL4qG8xYEQ/ULf9OZKEEGI/AAAAAAAAAQg/ed2R_KiJdTw/s1600/Astros20LanE7ando20AV_MT.jpg

Bem, então pensei, eles mudaram e estão fazendo algo diferente, supersônico. Daí você diz que o trem é SUBSÔNICO!

Qual o nome do projeto? Ornitorrinco?

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Correção:
“onde o ar é mais rarefeito” não, “onde o ar é mais denso” é o correto.

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

Tchê , quando via foto pensei na hora que era o tal MAN, mas lendo o texto, o Bosco tem razão, é uma “cruza de Burro com Camelo”……

Grande abraço