Amorim vê pioneirismo no desenvolvimento de uma identidade sul-americana de defesa
O ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou, nesta quinta-feira, a importância de os países sul-americanos construírem uma identidade única em estratégias de defesa. “Para mim, cabe aos sul-americanos cuidarem da defesa da América do Sul”. A declaração foi feita durante aula magna do segundo Curso Avançado de Defesa Sul-americano (CAD-Sul), na Escola Superior de Guerra (ESG).
Aos 28 novos estagiários da segunda edição do CAD-Sul, o ministro Amorim ressaltou o apoio recente do Conselho de chefes de Estado e de Governo da Unasul para a criação da Escola de Defesa Sul-americana. “A pluralidade é a tônica da integração da defesa da América do Sul”.
De acordo com o ministro, as iniciativas que estão sendo implantadas como o Centro de Estudos Estratégicos, do Conselho de Defesa Sul-Americano (CEE/CDS), com sede em Buenos Aires, e o estabelecimento administrativo da Escola de Defesa Sul-americana, em Quito (Equador), junto com os cursos da ESG, vão favorecer um pensamento estratégico regional de defesa.
Amorim explicou que a Escola de Defesa é concebida “como um centro para estudos superiores e coordenação de redes entre as iniciativas nacionais dos países membros para a formação e capacitação de civis e militares em matéria de defesa e segurança nacional”.
Para o ministro, a escola agrega ideias e diálogos. “A América do Sul tem um papel a desempenhar na ordem global”, complementou.
Recursos Naturais
Em seu discurso, Celso Amorim declarou que o CDS deve aprofundar seu debate sobre o tema da proteção dos recursos naturais. Para ele, a competição dos países por recursos naturais aumenta o risco de conflitos e disputas territoriais.
“A América do Sul aparece como uma região sujeita a operações maciças de espionagem. É preciso que nos indaguemos sobre as causas desse grande interesse”, disse o ministro. Segundo Amorim, em uma região com imenso patrimônio natural como a América do Sul, a defesa contra esse tipo de monitoramento “é parte indispensável do exercício da soberania nacional e da gestão econômica”.
Expectativa dos novos estagiários do CAD-Sul
A segunda edição do CAD-Sul, que acontece entre setembro e novembro deste ano, é composta por 28 estagiários da Argentina (2), Bolívia (2), Brasil (6), Chile (1), Colômbia (5), Equador (2), Paraguai (2), Peru (2), Suriname (2), Uruguai (2) e Venezuela (2).
O estagiário equatoriano Mario Estrella pretende aprimorar seus conhecimentos e crê na necessidade conjunta de fortalecer a defesa do continente.
Já Tania Buzarquiz, estagiária do Paraguai, espera que o contato entre os participantes promova um pensamento estratégico sul-americano.
10º Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional
À tarde, o ministro Amorim proferiu palestra para os participantes do 10º Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional, na Escola Naval, no Rio de Janeiro.
Sobre o tema “O Brasil e as grandes questões da segurança internacional”, o ministro falou sobre o papel do país em se tornar um “provedor de paz” e a importância do Brasil influir na ordem internacional.
O ministro da Defesa mais uma vez salientou a importância dos países sul-americanos no fortalecimento de um ambiente de paz. Ele citou exemplos de sucesso do Brasil no plano global, como a participação em operações de paz no Líbano e no Haiti.
Amorim também lembrou a vulnerabilidade do continente com relação ao monitoramento das informações governamentais. Para ele, a solução é investir pesado em defesa cibernética, ou quem sabe, na criação de um código de conduta para diminuir os riscos.
A palestra foi assistida por cerca de 500 alunos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman); da Academia da Força Aérea (AFA); da Escola Naval, além de integrantes da Marinha Mercante e de instituições civis de ensino superior.
Leia também:
– Brasil apoia proposta de criação da Escola de Defesa Sul-Americana, diz Amorim
FONTE: Ministério da Defesa
É pra rir, celsinho?
Porque não achei a menor graça…
Verme. Que lixo esses militares terem que ter aula magna com este homúnculo…
Essa palestra deve ser uma vingança do “borra botas” a sonora vaia que ele levou na AMAN.
Ficou irritado e se vingou com uma palestra sonolenta aonde fez o que sabe de melhor: Falou um monte de bobagens.
http://www.youtube.com/watch?v=9YPiGJM2sOU
Kkkkkkk…
Mas por que vaiaram? Essa ária (ou seria protofonia?) é belíssima e estava sendo tocada com muita competência!
A melodia me fez voltar ao final dos anos 70, quando sua versão pop com letra em inglês, na voz de Konstantynos Kazakos (grego mais conhecido pelo seu nome artístico francês) foi sucesso nacional:
http://www.youtube.com/watch?v=vDbeP8G1XhE
O cara é um gênio das bobagens. Ele não sabe que América do Sul é um acidente geográfico? Apenas isto! Está história de cultura para tudo é uma das maiores porcarias que existem, cultura disto, cultura daquilo, etc…
Hoje há uma colonização do Ministério da Defesa do Itamaraty da chamada diplomacia pró-ativa. Lá se perde muito tempo falando mal dos EUA e da Otan e defende-se uma tal cultura de defesa do hemisfério Sul (que não leva em conta que Austrália e Nova Zelândia também são hemisfério sul) contra o mal do Norte e se gasta pouquíssimo exigindo o fim dos contingenciamentos.
Abs,
Ricardo