Rússia poderá atacar a Arábia Saudita caso Ocidente inicie bombardeio à Síria
Um memorando classificado como urgente, segundo fontes militares russas, foi expedido pelo escritório do presidente Vladmir Putin, nesta quarta-feira, e ordena um ataque massivo da Rússia contra a Arábia Saudita caso as forças da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan, na sigla em inglês) ataquem a Síria. A informação, não foi confirmada oficialmente pelo governo russo, conteria instruções semelhantes a uma ordem de guerra, expedida há cerca de um mês por Riad, na qual o governo muçulmano teria declarado que, caso a Rússia não aceitasse a derrota de Bashar Al Assad, os sauditas iriam arregimentar militantes na Chechênia para “aterrorizar” os XXII Jogos Olímpicos de Inverno que a Rússia realizará na cidade de Sóchi.
Fontes militares russas também informaram, nesta manhã, que uma flotilha, liderada pelo contra-torpedeiro Almirante Chabanenko, aproxima-se do porto sírio de Tartús. Segundo informes lidos pela rádio militar israelense Debka, desde o último sábado o exército russo está em estado de alerta frente a um possível ataque dos EUA, Grã-Bretanha e França contra a Síria. Segundo a agência russa de notícias RNA, além da Rússia, outros países aliados dos sírios recusam-se a colaborar com os planos bélicos do Ocidente.
Em Nova York, nesta tarde, ocorria uma reunião fechada dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Rússia, Reino Unido, China, França e EUA) sobre a situação na Síria. A reunião foi convocada por iniciativa dos Estados Unidos. Sabe-se também que a lista de participantes ainda poderá ser expandida nas próximas horas e o centro da discussão é um projeto de resolução britânico sobre o possível uso da força contra Damasco. Mais cedo, o vice-ministro do Exterior russo, Guennadi Gatilov, declarou que, se qualquer país usar a força contra a Síria, contornando o Conselho de Segurança da ONU, isso poderá ser considerado como uma flagrante violação do direito internacional.
‘Passeio no inferno’
Mas o possível bombardeio dos EUA e demais potências ocidentais, que poderá ocorrer dentro de mais algumas horas, não será uma atividade turística no Oriente Médio. Ao contrário do que ocorreu com Gaddafi, na Líbia, o governo de Damasco não está isolado. Potências nucleares como Rússia e China podem transformar a ação bélica norte-americana em “um passeio no inferno”, segundo aquelas fontes militares russas. Na ONU, ambas as nações asiáticas já vetaram qualquer ataque ou manobra militar contra os sírios. Depois, o Irã, maior potência militar do Oriente Médio, com um exército regular de dois milhões de militares efetivos e mais um milhão de guerreiros muçulmanos mobilizados, fundamenta sua sobrevivência regional na existência do regime de Damasco.
Em terceiro lugar, ainda segundo a RNA, Israel, o terceiro braço da Otan na região, encontra-se cercado por forças do Hezbolah, aliados de Síria e Irã, por um lado, e por mísseis e forças em terra do Hamas, na Faixa de Gaza; além do exército sírio, com aviões e mísseis de médio alcance. Mesmo o Iraque, com um governo xiita, é aliado preferencial do Irã e já negou seu espaço aéreo a qualquer incursão militar contra a Síria.
“Em quarto lugar, qualquer intervenção militar estrangeira na Síria desataria uma ação dos curdos contra a Turquia, aliado das forças ocidentais”, segue a agência russa de notícias, em análise divulgada nesta quarta-feira. E, por último, o Egito, hoje controlado por militares aliados dos EUA e Israel, poderá mergulhar em uma divisão anárquica, protagonizada por diferentes grupos islâmicos fundamentalistas, ainda dispersos por uma coalizão de forças que mantém o país unificado. Ao menor sinal de distúrbios na Síria, o Irã também poderá bloquear o Estreito de Ormuz, por onde escoam cerca de 40% de todo o petróleo consumido nos EUA e Europa.
Provas em contrário
Ao contrário do que afirmam a Casa Branca, em Washington, e o número 10 da Downing Street, em Londres, não há provas contundentes de que a ordem para o ataque com armas químicas à região ocupada por rebeldes, na Síria, tenha partido de Damasco. Nesta quarta-feira, segundo o especialista militar Joseph Watson, do Infowar, um sítio na internet especializado em estratégias militares, o panorama ficou ainda mais embaçado com o vazamento de um telefonema interceptado pela inteligência israelense. Segundo o serviço de inteligência de Jerusalém, a ordem para um ataque com armamento químico não teria partido do Ministério da Defesa de Assad, pois o ministro Moshe Ya’alon, em pessoa, teria telefonado, em pânico, para a unidade de armas químicas do exército sírio em busca de notícias sobre o uso de gás de nervos, em uma ação que teria matado cerca de mil pessoas, apenas uma hora depois de veiculada a notícia pelas agências internacionais.
“Por que o ministro sírio da Defesa faria um telefonema desesperado, no qual ‘exigia respostas imediatas’ para o ataque com armas químicas se fosse ele quem o ordenou”, questiona o informe da inteligência de Israel, publicado no Infowar. “O fato de que o alto comando do governo sírio aparentemente não sabia do ataque sugere, fortemente, que eles não deram a ordem para tanto, em um cenário no qual a liberação do agente químico teria sido realizado pelos próprios rebeldes ou por ‘oficiais sírios que agiram por conta própria, acima das ordens de seus superiores”, acrescentou o especialista do site Foreign Policy Noah Shachtman.
Um oficial de inteligência dos Estados Unidos também disse ao Foreign Policy que todos no Pentágono estão querendo, até agora, entender exatamente o que houve mas, seja lá quem ordenou o ataque, “fez uma coisa realmente estúpida”. Se, mesmo sem saber exatamente o que houve de verdade, porque o ataque aconteceu e quem o ordenou, sem que os técnicos das Nações Unidas investiguem o incidente, os EUA lançarem um ataque de mísseis contra a Síria, “potencialmente inflamará toda a região”, acrescenta Shachtman.
Para deixar a situação ainda mais confusa, há evidência prévias que sugerem a participação de rebeldes, com o apoio norte-americano, no preparo e uso de armas químicas em numerosas ocasiões, completamente esquecidas devido ao rumo dos acontecimentos. Na última vez que a ONU investigou evidências de uso de armas químicas na Síria, os inspetores concluíram que parecia obra dos rebeldes e não das forças regulares do regime de Assad.
“Em adendo, conversas telefônicas vazadas entre integrantes do (exército rebelde) Free Syrian Army revelaram detalhes de um plano para a liberação de armas químicas em um ataque capaz de impactar uma área de cerca de um quilômetro”, acrescenta o Infowar.
O vice-chanceler sírio, Faisal Maqdad, também disse, nesta quarta-feira, que Estados Unidos, Grã-Bretanha e França ajudaram “terroristas” a usar armas químicas na Síria, e que os mesmos grupos vão em breve atacar a Europa com essas armas. Falando a repórteres do lado de fora do hotel Four Seasons em Damasco, Maqdad disse que apresentou provas aos inspetores de armas químicas da ONU de que “grupos terroristas armados” usaram gás sarin em todos os locais dos supostos ataques.
– Nós repetimos que grupos terroristas são aqueles que usaram (armas químicas) com a ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido e França, e isso tem que parar. Isso significa que essas armas químicas serão usadas em breve pelos mesmos grupos contra o povo da Europa – acrescentou.
Ainda assim, os navios da Marinha de Guerra dos EUA e da Frota Real do Reino Unido que estão no leste do Mediterrâneo, possivelmente, efetuarão um ataque aéreo contra alvos na Síria já na noite de quinta para sexta-feira, logo depois da votação no parlamento britânico em apoio da operação militar contra o regime sírio, informa a imprensa e televisão norte-americanas. Pressupõe-se que o ataque pode durar várias horas, entre objetivos principais citam unidades do Exército da Síria que podem potencialmente usar armas químicas, bem como os Estados-Maiores, centros de comunicação e complexos de lançamento de mísseis, afirma a mídia, se referindo a uma fonte anônima no Pentágono.
FONTE: Correio do Brasil
Caraca. Um elefante acabou de obrar ao lado de um turbofan…
E este elefante é vermelho…
A coisas estão se complicando cada vez mais. As próximas horas serão de tensão total, uma vez que há a informação de que o ataque se daria na noite de quinta para sexta, horário local. Vamos aguardar os próximos desdobramentos dessa crise.
Na boa, esse lance de a russia pensar q ainda pode preocupar a otan eh pior do que ver um stand up comedy do faustao… eh coisa equiparável ao que se ve aqui entre os bolivarianos, uma chanchada com o selo “puthênfia de qualidade! Ficam subindo nesse saltinho 15 pq sabem que washington se ressente daquela boa e velha altivez republicana q faz falta em momentos assim.
Off-Topic:
http://www.independent.co.uk/news/world/africa/rebels-draw-first-blood-in-the-battle-for-congo-8790370.html
Parece que o conflito no Congo está escalando…
Ah ta gostei da piada…
Com que forcas expedicionarias ou forward deployed a Russia vai atacar a Arabia Saudita?
E a RSAF e inexistente ne?
A unica coisa que a Russia pode fazer e atacar com armas estrategicas, mas arriscar um conflito desse tamanho por causa da Siria?! Um pais sem oleo mas que lhes dao uma base naval e uns miseros bilhoes de compras de armas… Que logica e essa.
Os russos estão começando a ficar ridículos. Será que não caiu a ficha que eles não são mais o que eram?
Pois se o ataque ocorrer, irão espernear, gritar protestar, mover tropas e mais nada. Não tem cacife pra mais que isso.
E esta notícia foi fabricada e vazada por eles mesmos.
Isso ai é puro jogo de cena, e acho que está na hora de dar um “trancaço” neles para ficha cair e parerem de se meter em tudo e querer roncar grosso quando não podem mais.
A Rússia iniciar a Terceira Guerra Mundial por causa da Síria?
Como alguns amigos já falaram, é notícia vazada pela própria Rússia com o intuito de atrapalhar o negócio… Porque na verdade a Rússia não poderá fazer nada a respeito.
E como também já foi falado… Atacar a Arábia Saudita? Eles pensam a Arábia Saudita é a Geórgia? Óbivio que não, eles são chatos mas não burros!
Amigos, com todo o respeito mas “a Rússia não é mais o que era”?
É só a segunda potência militar do planeta, ainda muito à frente da terceira colocada e com capacidade de usar seu armamento nuclear pelos quatro cantos do globo, quando quiser.
Menos, viu… bem menos.
Apesar de duvidar da capacidade russa de desferir um golpe efetivo a Arábia Saudita, e acreditar que não passe de alarde eu concordo com o Augusto, por isso digo que não devemos confundir urso bêbado com cachorro morto, não exageremos.
Quem escreveu este texto precisa de remédio.
Russia atacar AS? Com o que? Que força expedicionária? Alguém em sã consciência acha que vão usar armas nucleares? Porque de outro modo eles não tem mesmo como atacar a AS.
É cada uma…
Passeio no inferno por passeio no inferno, assim que o primeiro nuke tocar o solo, o mundo acaba, porque o que vai ter de nukes indo em direção a moscow e saindo de moscow em direção ao resto do mundo não vai ta no gibi.
E mais uma vez o urso vai só abrir a boca e voltar a dormir, que é o que tem feito há mais de 20 anos.
E quanto ao exercito do Irã, podem jogar no lixo…porque frente a Otan ou Israel(que ta bem longe por sinal), é só pro que serve.
Estou lendo isso mesmo? estao falando de “bomba atômica”? Eh isso? Putz… Desce mais uma grade por favor…
Os Russos nao estam nem ai pro povo Sirio só ligam pra sua base, tomara que algum marinheiro russo bebasso aperte sem querer o botao e lance ao menos um missil e assim a Otan afunde seus navios e tampe a boca dos falastroes, eles ainda teem poderio militar sim ,claro, mas nao sao mais uma Brastemp frente à Otan !!
É uma loucura mesmo…será possivel que vamos presenciar uma guerra destas dimensões? A humanidade parece não ter aprendido nada, ou talvez tenhamos aprendido, mas os que comandam são sempre os mesmos e não são seus filhos que irão para o front….para quem não acredita nesta possibilidade da Russia, não se esqueçam que ela não está sozinha…Dragão e Urso estão caminhando juntos e não se esqueçam que guerra nunca acontece quando se tem um louco só…no minimo, sempre se tem dois…
O urso pode estar fraco e bêbado, mas eu desconheço uma ameaça desta magnitude feita pela Rússia nos últimos 20 anos. Há uma mensagem forte nesta bravata.
A Rússia é um país que defende seus interesses e está firme na Síria.
O ataque americano que vai ocorrer azedará muito as relações entre o ocidente e oriente.
Na minha opinião este ataque em si é insignificante. Não haverá invasão, apenas ataques à infraestrutura estratégica.
Politicamente, sim, pode ser um desastre. Grandes explosões começam por pequenas faíscas. As possibilidades são inúmeras, como por exemplo, Israel se aproveitar da oportunidade e lançar um ataque ao Iran, Coreia do Norte à Coreia, China à Taiwan, sem falar no barril de pólvora do próprio Oriente Médio e África; novas revoltas, novas guerras civis, extremismo, terrorismo.
Facilmente as grandes potências podem perder o controle da situação política mundial e serem arrastados para uma Guerra em escala mundial.
Sempre depois de uma grande crise, os países se reorganizam, alguns buscam mais “espaço”, outros defendem os seus. Num ambiente estático não existe atrito, porém num ambiente de mudanças, é aí que ocorrem os conflitos.
Augusto,
A Rússia é a segunda colocada em overkill nuclear. Isso não quer dizer que na prática seja mais poderosa que a França ou o Reino Unido.
Em relação à capacidade convencional também é discutível se a Rússia é mesmo a segunda colocada no ranking.
Quanto a capacidade de ataque convencional russa à AS é possível usando submarinos, bombardeiros e mísseis cruise, mas vale salientar que seria muito limitado e com consequências práticas mínimas, mas políticas, imensuráveis.
War III……………. A caminho……ou Não???
Bombardeiros lançadores de mísseis cruise podem lançá-los a partir do norte do Cáucaso (Circaucásia) e os mesmos seriam capazes de atingir a AS, no limite do alcance.
Amigos, vou me limitar aos fatos, sem considerações sobre a bravata russa:
1. Excetuada a inimaginável hipótese de um ataque nuclear, a Rússia não possui capacidade expedicionária. O máximo que ela pode fazer é mandar seus navios fazerem alguns bombardeiros costeiros na Arábia Saudita e algumas escaramuças com seus submarinos. Seus bombardeiros são velharias da década de 70/80 que mal se sabe se tem ALCANCE para atingir a AS;
2. No momento em que escrevo, a Real Força Aérea Saudita possui operacionais 83 F-15 C/D, 70 F-15 Strike Eagle, 24 Tornado ADV, 87 Tornado IDS (ground attack), 120 F-5E/F e, principalmente, 24 Eurofighter Typhoon. E estão esperando receber mais 84 Strike Eagle´s da versão SA (exclusiva), bem como mais 50 Typhoon´s. São ativos 408 caças, fora os 134 já encomendados. Fora os AWACs, demais aeronaves de suporte, sistemas defensivos, etc.
Diante disso, os russos querem atacar a Arábia Saudita pelo ar? Boa sorte, irão precisar… 😉
3. A Arábia Saudita é o berço do islamismo. Não do sunismo ou do xiismo ou do salafismo, etc. É O BERÇO do Islã. A Terra do Profeta. A Terra Santa. Para o Islã a Arábia Saudita é mais sagrada que o Vaticano para os cristãos, ou Jerusalém para os judeus.
Qualquer ataque contra a Arábia Saudita detonará uma onda de repúdio à Rússia que VARRERÁ O MUNDO! Até mesmo xiitas como os iranianos irão repudiar tal ofensiva, e acabarão por condenar a Rússia. TODOS os países do Islão, do Marrocos à Indonésia, mediante uma simples fatwa expedida pelos mutis de Meca se unirão para fazer os russos pagarem caro por este ataque. Não duvidem que um Jihad MUNDIAL seria declarada contra qualquer nação que atacasse a Terra Santa.
De modo que, na boa, os russos precisam parar de beber vodka antes de falar besteiras.
É muito pouco provável que mesmo no pior dos cenários de conflito nuclear, levando em conta o contexto político atual (pós Guerra Fria), se faça uso de mais de 100 dispositivos nucleares, na pior das hipóteses.
O fato de um país dispor de 5000 “ogivas” é sob todos os efeitos práticos, irrelevante, salvo no uso desse excedente como moeda de troca no cenário internacional.
Os americanos já se deram conta disso e buscam reduzir rapidamente seu arsenal, principalmente nesses tempos de vacas magras. Os russos, idem.
Do ponto de vista convencional não é diferente. Muito da superioridade numérica russa é para fazer frente à sua geopolítica particular e outro tanto já está obsoleta.
Essa história da Rússia atacar a Arábia Saudita soa bem como piada. Como se o oriente médio virasse uma grande briga de boteco e o Zangief batesse no árabe ali do lado porque “está todo mundo brigando”.
Mover o Moskva e outras forças para Tartus tudo bem, faz sentido e está dentro do esperado. Mas na boa, essa da Arábia Saudita foi engraçada.
Eu acho que no máximo os russos passar alguns dados que seus navios detectarem para ajudar as forças do Assad e ocupar a base de Tartus. Assim, eles garantem a ocupação da base para sobre um governo pós-Assad, virando uma Guantanamo Russa e acabou aí.
Vader;OFF TOPIC como faço pra aparecer uma foto assim como a de vcs (o seu Dart, o Yoda ,o aviaozinhu vermelho)???
Eduardo, se inscreve no Gravatar:
https://pt.gravatar.com/
Me inscrevi mas la esta a foto do ASH e aqui ela nao aparece de geito nenhum.
Você tem que usar o mesmo e-mail que vc usa aqui pra logar.
Procura no Aéreo que acho que tem um tutorial.
Carl von Clausewitz defendia que:
“A guerra é a continuação da política por outros meios”.
O que estamos vendo é política, que usa a ameaça natural da guerra como intrumento para alcançar (ou tentar) determinados objetivos.
A Rússia vai atacar a Arábia Saudita?
Parece uma insanidade a primeira vista.
Mas quanto a Arábia Saudita atacar a Rússia?
Outra insanidade maior ainda, seria o pensamento ‘normal’ que temos ainda entre nós.
Mas aparentemente tanto a Arábia Saudita ameaça atacar a Rússia, como em contrapartida a Rússia ameaça atacar de volta (strike back!)
“…uma ordem de guerra, expedida há cerca de um mês por Riad, na qual o governo muçulmano teria declarado que, caso a Rússia não aceitasse a derrota de Bashar Al Assad, os sauditas iriam arregimentar militantes na Chechênia para “aterrorizar” os XXII Jogos Olímpicos de Inverno que a Rússia realizará na cidade de Sóchi.”
São ambos ridículos, arrogantes ou piadistas?
Começo a pensar que não.
Principalmente a luz do que alguns chamam de Guerra de 4ª Geração, ou pelo acrônimo de G4G.
Eduardo Italo Pesce e Iberê Mariano da Silva escreveram um editorial que começa assim:
“O termo “guerra de quarta geração” vem sendo empregado para designar o conflito multidimensional, envolvendo ações em terra, no mar, no ar, no espaço exterior, no espectro eletromagnético e no ciberespaço. Nesse novo contexto estratégico, o “inimigo” pode não ser um Estado organizado, mas um grupo terrorista ou outra organização criminosa qualquer.”
Na verdade Arábia Saudita e Rússia ameçam alimentar uma guerra antiga, lutada por prepostos (terceiras pessoas) de forma vil e traiçoeira.
Aparentemente não há mais uma linha demarcatória entre a Política e a Guerra, como poderia pensa Clausewitz no começo do século XVIII. Há outros meios intermediários e sangrentos antes da guerra total, ou aquela que conhecemos entre 1939 e 1945, que seria classificada como Guerra de 3ª Geração (sim a IIWW foi uma G3G)
Infelizmente não são piadistas…
… a piada somos nós, brasileiros, ainda incapazes de lutar uma guerra convecional e totalmente incompetentes em uma guerra de 4ª geração.
Saudações,
Ivan, do Recife.
Outro ponto.
O vice-chanceler sírio, Faisal Maqdad, não deve ser lá coisa muito boa, certamente tão saguinário como a família a que serve. Mas devemos ler com atenção o que declarou:
“– Nós repetimos que grupos terroristas são aqueles que usaram (armas químicas) com a ajuda dos Estados Unidos, Reino Unido e França, e isso tem que parar. Isso significa que essas armas químicas serão usadas em breve pelos mesmos grupos contra o povo da Europa.”
Terroristas para lá ou para cá, este filme é reprise.
Muitos dos primeiros terroristas da Al Quaeda foram treinados com financiamento norte-americano, quando ainda eram chamados Mujahidin. Já esqueceram.
O pior da Síria é que NÃO há um lado melhor.
Uma colcha de retalhos de diferentes povos, com diferentes religiões, inclusive cristãos (talvez 10%), que não se misturam e vIveram até hoje em um país artificial como outros do Oriente Médio, criado pelas potências européias (no caso a França) nos estertores do Império Otomano pós Primeira Grande Guerra (1914 a 18).
Podemos esperar o pior, com alta probabilidade de acerto.
Quem apoiar?
Quem ou o que bombardear?
Quem são os verdadeiros inimigos hoje e amanhã?
Tem muita gente com o dedo no gatilho, mas o Ocidente ainda não sabe em quem atirar.
O mesmo não pode ser dito da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Turquia, Iran e Rússia.
Estes sabem muito bem onde jogar suas fichas (ou bombas) e estão jogando p’ra valer. Até porque, quem perder, poderá sair muito enfraquecido, ou até mesmo vulnerável.
Engraçado é que França e Inglaterra, autores originais da divisão do mundo árabe entre 1918 e 1946, estão “doidos” para puxar o gatilho, mas podem errar o alvo… de novo.
Mas e os Yankees?
Estes, se pudessem, deixariam aquele barril de pólvora explodir na cara de outro…
… mas, para infelicidade deles, isto não será possível.
Saudações,
Ivan, o Antigo.
Transcrito de um sítio português:
Quem deu a ordem ?
Ainda que não seja conhecido o teor da comunicação efectuada com o ministro sírio da defesa, surge a questão de quem de facto deu a ordem para a utilização de armas químicas contra a população, já que aparentemente o ministro da defesa não tinha conhecimento do que se passava e pedia «aos berros» que o responsável desse explicações sobre o que se estava a passar.
O jogo é sujo, e sangrento.
Sds.,
Ivan.
Pessoal, sem querer esfriar o ânimo das discussões…
O Correio do Brasil é um jornal 100% de esquerda. Tem colunistas membros do PSTU, PCO, etc. Ou seja é 100% antiamericano. E são honestos ao assumir isso.
Quem soltou essa “notícia” foi o pessoal daqueles sites tipo “Infowars” que combatem a “Nova Ordem Mundial”, “Iluminattis” etc. O pessoal que anuncia a terceira guerra mundial “pra ontem”.
E não saiu em nenhum outro grande veículo de comunicação.
Foi uma bela “barrigada” do jornalista.
Não levem esse povo a sério.
Acho interessante como QUALQUER noticia faz com q os “lovers” e os “haters” comecem a escrever bravatas…
Sorte ainda termos comentaristas do naipe de Bosco, Ivan, Vader, Baschera… entre outros poucos
Por mais que o urso decadente viva encharcado de vodka, um ataque russo, mesmo que apenas com mísseis cruise ou balísticos com ogivas convencionais, inflamaria ainda mais – sim, isso é possível – a região mais instável do planeta, a saber, o MENA.
Outra coisa que a Rússia pode fazer, e isso com enorme eficiência, é negar o tráfego marítimo. Basta atacarem um petroleiro, nem precisa afundar – os demais vão sumir da região. Calculem o impacto geopolítico e econômico deste cenário, se for possível.
Mas, como mencionado acima, em muitos anos é a maior bravata de Moscou. A simples ameaça não pode ser considerada insanidade.
Ninguém em sã consciência atacaria a AS com o intuito de causar grandes estragos. Mas um simples míssil destruindo refinarias ou sítios de extração de petróleo, ou negar as vias marítimas, já causaria um caos inimaginável.
Se e que houver um ataque Americano a Siria, este sera tao limitado que nada passara de mais uma humilhacao a politica externa de Obama.
No bem da verdade a Siria e um vespeiro em que o tempo de intervir ja passou a muito tempo. Obama jamais deveria ter abrido a boca e blefado sobre sua linha vermelha, bem Assad chamou seu blefe duas vezes e agora um president fraco e vacilao ve-se forcado a utilizer a forca para salvar a sua reputacao e a credibilidade Americana.
Nao ha ate agora uma politica para o quer fazer apos os ataques, Obama ja disse que o objetivo nao e remover Assad. Entao vejam bem, se nao e pra remover e Assad esta lutando pela sua vida politica e fisica, alguem em sa conciencia acha que alguns Tomahawks em alguns predios e infraestrutura de um pais ja em ruinas mudara alguma coisa? Nao, isso simplismente mostrara que Obama e a Europa nao estao dispostos a intervir de forma que possa afetar regimes que ataquem seu proprio povo.
E se os ataques removerem Assad? Ai talvez seja pior ainda pois todos nos ja sabemos o resultado na Libia e no Egito. Os rebeldes na Siria sao desunificados e de longe representam os ideias liberais classicos ocidentais.
De qualquer forma Obama perdeu uma grande oportunidade pra ficar calado em Dezembro de 2012 e agora se ve forcado a agir para mostrar que suas palavras valem algo, mas e tao tolo, ingenuo, ou fora da realidade que nao percebe que um ataque militar desses com claro vies politico o fara parecer ainda mais fraco perante os ditadores do mundo.
A politica externa Obama nada mais e que uma mistura da fraqueza e vacilacao de Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Bill “Missil Milionario em Barraca” Clinton.
Com relacao a Russia atacar a Arabia Saudita, realmente nao tem qualquer base no mundo real, nao passa de exercicio de filosofia ou war game. Os EUA desde sua formacao seguem uma doutrina de protecao de livre comercio mundial, faz parte do DNA da politica externa Americana. Eles jamais aceitarao um bloqueio naval ou disrupcao da entrega de oleo do Oriente Medio a sua economia. A razao de ser da USN sempre foi e sera manter as linhas maritimas abertas.
A Russia no bem da verdade em uma potencia continental com limitadas capacidades de operar e projetar forcas longe de suas fronteiras. Eles simplismente nunca focaram em logistica de sustentacao expedicionaria quer seja no mar, no ar ou na terra. Sempre e por tradicao se precouparam com as fronteiras, com operacoes no seu quintal e negacao do mar.
SF!
Da maneira que o Vader colocou é como se força nenhuma no mundo pudesse invadir a Arabia Saudita pelo ar, só porque tem umas centenas de aviões americanos, se fosse o contrario diria que já estavam mortos!!! Sabemos que a Russia não é a sombra da URSS, mas não podemos achar que ela é incapaz num cenário de guerra, para com ela acredito que apenas a OTAN ou os EUA sozinho!
Costamarques,
“So porque tem umas centenas de avioes Americanos…”?!
Amigo, paises com centenas de avioes de primeira linha da pra contar nos dedos da mao. A RSAAF e uma das mais bem equipadas do mundo e qualquer forca aerea fora os EUA (que possui 3 delas) sofreria pesadas baixas em um conflito aereo com a Arabia Saudita.
Segue uma lista pra voce ter ideia do tamanho do poder aereo mundial em cacas taticos de primeira linha:
EUA: ~ 3.200
Russia: ~ 1.400
China: ~ 375
India: ~ 275
Japao: ~ 275
E por ai vai… Entao a quantidade e qualidade da RSAAF e de dar inveja a muitos.
SF!
Costa, os russos não dispõe de meios para um ataque. Um atáque aéreo pressupõe uma base, copisa que eles não tem.
Um ataque a partir de navio estará sujeito a uma retaliação aréa maciça e no duelo avião navio o primeiro sempre ganha em regra.
O ataque hipótetico é um blefe russo de má qualidade, que so os expôs ao ridículo. Aliás, hoje que Obama falou que vai fazer, o discurso de Putin ja mudou bastante, ja colocou o rabo entre as pernas.
A guerra que Arábia Saudita e Rússia ameçam lutar não é necessariamente com caças, bombardeiros, navios ou blindados. Ao menos não no primeiro momento.
É uma guerra diferente, travada através de terceiros, que podem ser chechenos a serviço de Riad dentro da Rússia ou xiitas a serviço de Moscou e Teerã na Arábia Saudita.
Terroristas “fundamentalistas” podem se tornar armas guiadas com inteligência modificada por uma boa e velha lavagem cerebral… ou simplesmente um punhado de ouro.
Este jogo é antigo.
Só que hoje em dia há mais ‘munição’ disponível.
Sds.,
Ivan.
Marine disse:
31 de agosto de 2013 às 9:33
Marine uma coisa é certa: esse tal de Barack Obama é o governante mais ridículo que ps EUA tem desde que me conheço por gente. Ele consegue ser mais estapafúrdio que o Carter.
Sds.
costamarques disse:
31 de agosto de 2013 às 10:08
Costamarques, não estou dizendo que a Rússia não possui armamentos para atacar a AS pelo ar. Ocorre que os armamentos russos estão a meio mundo de distância! Fora de alcance!
A Rússia no geral não possui capacidade expedicionária. Quer ver uma coisa?
O USA pode atacar a Rússia convencionalmente de forma a tentar a sua submissão. Tem 12 Super Porta Aviões, mais os LDH, centenas de navios e submarinos para lançar mísseis cruise, mais os B-1, B-2, B-52, fora os super caças da USAF, que poderiam se baser na Europa, por exemplo, ou no Japão, ou no Afeganistão.
O USA pode LEVAR a guerra a qualquer canto do mundo. Inclusive à Rússia.
Já a Rússia não consegue atacar os EUA (exemplo). Não possui Porta-Aviões. Não possui bombardeiros de longo alcance modernos (como B-1 e B-2). Seus lançadores de mísseis de cruzeiro são limitados.
A Rússia hoje seria um formidável adversário DENTRO e AO REDOR de suas fronteiras. Talvez mesmo imbatível.
Mas ela não tem PROJEÇÃO para chegar à Arábia Saudita. Um eventual ataque lá seria só uma demonstração de forças, sem poder de efetivamente mudar nada. E correndo o risco de ser um fiasco, dadas as defesas da monarquia árabe.
Espero que tenha entendido o que quis dizer.
Sds.
Srs
O que está em curso no Oriente Médio faz parte das mudanças geopolíticas que acontecem pelo enfraquecimento da Europa e o crescimento da Ásia.
Com a decadência européia, os países muçulmanos cada vez mais se voltam para suas origens, o que leva ao fundamentalismo islâmico.
Aliás, há um fenômeno em curso que é o retorno ao radicalismo religioso em contraposição ao abandono da religiosidade da cultura ocidental. Entre as populações mais pobres, isto acontece mesmo nos países mais desenvolvidos. Se este fenômeno crescer poderá engolfar até os países mais desenvolvidos e levar o planeta a conflitos que se assemelhem aos do período das cruzadas.
No que se refere aos países muçulmanos, com o renascimento islâmico, vários países buscam estabelecer uma liderança sobre ele, tanto que a Turquia, que buscava anteriormente se integrar a Europa, hoje busca estabelecer uma liderança no Oriente Médio.
Infelizmente para a Síria, o Líbano e o Iraque (talvez, também a Jordânia), seus territórios se tornaram campo de batalha entre os países que pretendem a liderança deste renascimento islâmico. Por um lado há os países ricos do golfo que financiam os grupos sunitas mais radicais e por outro há o Irã, país líder dos xiitas. Nesta confusão surge agora, a Turquia com saudade de sua época áurea onde era um império e dominava toda a região.
Como os países do golfo tem dinheiro mas não dispõe de população numerosa e disposta a morrer, eles buscam influenciar países muçulmanos que possam suprir tal recurso e aí o Egito é o principal ativo na região.
Não há como se prever a evolução geopolítica na região exceto que, dos conflitos ora em curso, ou a região vira um inferno ou, dos litigantes, um consiga estabelecer a supremacia via poder militar e/ou habilidade política e, novamente, uma potência islâmica venha a se contrapor a China, Índia, Rússia e EUA.
Em qualquer caso, tanto a Rússia como a China sofrerão seus incômodos pois ambos possuem minorias muçulmanas e países muçulmanos em suas fronteiras.
Tanto a Arábia como a Rússia já tem ciência desta realidade em gestação e estão travando os primeiros entreveros para medir forças.
Sds
Vader disse:
1 de setembro de 2013 às 9:13
Milorde, o seu comentário deixa clara a importância da diplomacia americana em disponibilizar dezenas de bases avançadas pelo globo…
E o interessante é q é exatamente isso q o governo russo esta tentando defender… a sua única (q eu me lembre) base naval avançada…
Vamos com calma gente,Obama e Putin não são loucos, os dois vendem armas para os dois lado(Governo e rebeldes)enquanto eles brincam de jogos de guerra a população Siría esta morrendo de fome,
Control disse:
1 de setembro de 2013 às 10:46
Aliás, há um fenômeno em curso que é o retorno ao radicalismo religioso em contraposição ao abandono da religiosidade da cultura ocidental. Entre as populações mais pobres, isto acontece mesmo nos países mais desenvolvidos. Se este fenômeno crescer poderá engolfar até os países mais desenvolvidos e levar o planeta a conflitos que se assemelhem aos do período das cruzadas.”
Tocaste em um ponto essencial. E é algo que já está em curso: a islamização da Europa.
Explico. Faz pelo menos uma década que a taxa de natalidade européia está abaixo da taxa de reposição. taxa de fecundidade média da mulher européia está em torno de um filho, em alguns países, menor que isso.
Enquanto isso, a taxa de fecundidade de uma mulher imigrante muçulmana é de três filhos, em média. Isso está começando a ser tratado como questão de Estado em alguns países europeus, por uma razão simples: os imigrantes que vieram nos últimos 20 anos optaram por não se integrar à cultura européia – embora queiram suas benesses econômicas.
Com isso, poderão estar formando no espaço de tempo de duas, três gerações, população suficiente para formar uma massa votante, e assim pressionar no sentido de obter mais concessões à lei islâmica.
Os poucos europeus que tiveram coragem de falar a respeito disso foram chamados de nazista para baixo pelas esquerdas…
Rafael M. F. disse:
2 de setembro de 2013 às 21:01
“Os poucos europeus que tiveram coragem de falar a respeito disso foram chamados de nazista para baixo pelas esquerdas”
Aliás, é curioso como as esquerdas do mundo acreditam que, vencido o inimigo “capitalista ocidental”, que representa os valores tradicionais do oeste, ela irá conseguir “domar” o islã.
Vã ilusão. A esquerda irá sim destruir a cultura ocidental, mas será ENGOLIDA pelo islamismo radical.
Sds.
“Aliás, é curioso como as esquerdas do mundo acreditam que, vencido o inimigo “capitalista ocidental”, que representa os valores tradicionais do oeste, ela irá conseguir “domar” o islã.
Vã ilusão. A esquerda irá sim destruir a cultura ocidental, mas será ENGOLIDA pelo islamismo radical.”
É aquela velha história: o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
Esquece, ou fingem esquecer, o que aconteceu no Irã em 1979, onde a queda do Shah foi apoiada pelos comunistas, e esses mesmos comunistas seriam posteriormente fuzilados pelos capangas do Khomeini.
A questão não é se Russia pode atacar eficientemente a AS…é obvio que este não é o objetivo dela…o objetivo dela é justamente arrastar demais atores ao conflito de forma a inviabilizar a ação na Siria….nada mais que isto e dificilmente teriam dificuldade para isto…simples assim.
É apenas uma conta para deixar caro e bem caro a OTAN e US se decidirem de fato atacar a Siria.
Quem disse que os Russos precisariam comprometer seu material neste ataque?….