Brasil dá a largada na corrida por metais de tablets e de mísseis
Governo encomenda estudos para a exploração de terras-raras, utilizadas na alta tecnologia. Meta é fazer leilões específicos de áreas para exploração, como os de petróleo, a partir do próximo ano
DIANA BRITO DENISE LUNA, DO RIO
O governo federal iniciou a corrida em busca dos recursos naturais mais cobiçados do século 21: os metais conhecidos como terras-raras. Eles são ingredientes essenciais na produção de derivados da alta tecnologia, como tablets, mísseis teleguiados, carros elétricos e geradores eólicos.
Em entrevista à Folha, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, informou que contratou a consultoria da Fundação Certi (Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras) para desenvolver estudos sobre a exploração de terras-raras no Brasil.
Um pré-estudo, feito pelo Centro de Gestão de Estudos Estratégicos do ministério, ficou pronto neste mês e servirá de base para o trabalho da Certi.
Ainda sem noção exata sobre o volume existente em território nacional, Raupp afirmou que o trabalho vai traçar toda a trajetória tecnológica de exploração dessa riqueza no país, até o final da cadeia.
Mapeamos só metade do Brasil e estamos em quarto ou quinto lugar em reservas. Depois de mapear todo o território vai ser muito mais.”
Segundo a USGS (Agência de Serviços Geológicos Norte-Americana), a estimativa é que o Brasil tenha reservas de ao menos 3,5 milhões de toneladas de terras-raras, ante 55 milhões da China, país que tem 36% das reservas e 95% da produção mundial.
LEILÕES
Após a conclusão do trabalho da Certi, previsto para o início de 2014, a meta é fazer leilões específicos de áreas de terras-raras para exploração, nos moldes do que ocorre hoje com o petróleo.
O ministro diz que o estudo vai definir a trajetória que o governo seguirá para implementar desde a base tecnológica e científica, até chegar à mineração e à produção.
O levantamento também vai apontar o tipo de empresa que será preciso atrair para agregar valor aos minerais, e não exportar apenas matéria-prima, como ocorre com o minério de ferro.
O foco de exploração no Brasil será o segmento de ímãs, utilizados em geradores elétricos, smartphones, telas LCD e refrigeradores, entre outros, informou o superintendente da Fundação Certi, ligada à Universidade Federal de Santa Catarina, Carlos Alberto Schneider.
A monazita, minério encontrado na areia de praias, rende em média US$ 500 a tonelada e gera 360 quilos de ímã, que, por sua vez, é negociado a US$ 100 mil a tonelada.
Atualmente sem nenhuma participação nesse mercado, a meta é chegar a 1% no ramo de ímãs em 2015 e a 30% em 2030, quando o segmento estará movimentando algo em torno dos US$ 10 bilhões.
Os ímãs são muito utilizados também em carros elétricos, cuja produção começa a ser estimulada no país.
FONTE: Folha de São Paulo
Como sempre, atrasado.
Nesse período todo, gente que deveria
estar atrás das grades, fez todo tipo de negociata.
Vão fazer leilão ou outra estatal para explorar? TERRASRARASBRAS ?!!?!!?
“apontar o tipo de empresa que será preciso atrair para agregar valor aos minerais”
Olha a negociata anunciada… é muita cara-de-pau.
Muita sugeira da companheirada se anuncia.