Em visita tensa, Kerry alega que rede de espionagem protege o Brasil
Rafael Moraes Moura
Ricardo Bella Coletta
Tânia Monteiro
Brasília
De passagem por Brasília, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, foi cobrado ontem pela presidente Dilma Rousseff e pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, mas defendeu o sistema de monitoramento mantido por agências do governo americano e disse que a medida ajudou a proteger cidadãos, incluindo os brasileiros.
Kerry completou ontem sua viagem pela América do Sul – após escala na Colômbia – e garantiu que o Brasil receberá as respostas que quiser sobre a interceptação de dados. “Estamos convencidos de que nossa coleta de informação ajudou a proteger os EUA de uma série de ameaças e também protegeu brasileiros”, disse Kerry, ao responder sobre o programa americano de espionagem.
“Posso lhes prometer que o presidente (Barack) Obama está determinado a fazer com que os EUA respeitem os padrões mais elevados de responsabilidade, transparência e compromisso para o desenvolvimento das nossas capacidades de nos protegermos e protegermos outros povos do mundo.”
Em audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, Kerry foi novamente cobrado sobre a necessidade de esclarecer o episódio. Segundo o Estado apurou, Dilma pediu ao americano que a Casa Branca dê garantias de que os dados dos brasileiros serão protegidos. Os dois também trataram da visita oficial que a presidente fará em outubro aos EUA.
Glenn Greenwald, jornalista do Guardian responsável pela publicação das informações sobre o sistema de espionagem dos EUA, disse ao Senado brasileiro ter provas de que os americanos usam a rede para obter vantagens comerciais e tecnológicas.
A afirmação derruba o argumento do governo de Barack Obama de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) usa a vigilância só para proteger seus cidadãos do terrorismo. Na defensiva, Kerry afirmou que os “elos crescentes entre o Brasil e os EUA são uma das parcerias essenciais do século 21” e fez um apelo à população brasileira. “Peço que as pessoas fiquem focadas na importância das nossas relações bilaterais.”
Em tom incisivo, o chanceler Antonio Patriota citou o caso da interceptação de dados em seu discurso inicial, antes mesmo da abertura para perguntas dos jornalistas. “Hoje, enfrentamos um novo tipo de desafio em nossa relação bilateral. O desafio relacionado às notícias de interceptação de comunicações eletrônicas e telefônicas de brasileiros. Caso as implicações desse desafio não sejam resolvidas de modo satisfatório, corre-se o risco de se projetar uma sombra de desconfiança sobre nosso trabalho”, afirmou Patriota.
De acordo com o ministro, esclarecimentos estão sendo solicitados, mas eles não são um “fim em si mesmo”. “Ouvir esclarecimentos não significa aceitar o status quo”, disse Patriota. “Precisamos descontinuar práticas atentatórias da soberania e das relações de confiança e violadora das liberdades individuais que nossos países tanto prezam.”
Alvo. Em seguida, Kerry afirmou que os EUA não estão “surpresos” ou “aborrecidos” com as perguntas feitas pelas autoridades brasileiras. “O Brasil merece respostas e as receberá”, disse. “Nos últimos anos, infelizmente, alguns grupos pelo mundo afora visaram não só aos interesse americanos, mas aos interesses do mundo livre em geral. Houve muitos atentados a bomba, muitos inocentes foram sacrificados e mortos. O que os EUA buscam fazer é evitar que essas coisas aconteçam.”
FONTE: O Estado de S. Paulo
“Dilma pediu ao americano que a Casa Branca dê garantias de que os dados dos brasileiros serão protegidos. Os dois também trataram da visita oficial que a presidente fará em outubro aos EUA.”
Como se a Dilmalandra se importasse com os brasileiros. Está preocupada com o próprio umbigo e o sigilo de seus comparsas.
Os EUA, no caso, bem que poderiam divulgar os dados da corrupção do (des)governo Lula e seus comparsas Sarnentos, já que nem a ABIN e muito menos a PF são capazes de fazer.
Mas isso não vende avião!
Se sem motivo a cambada de vigaristas adoram meter o pau no Satã Do Norte, agora com isso então nunca deixarão mais o tema. É por isso que o Brasil continuará a ser banana republic eternamente, ao invez de fazer laços duradeiros com os americanos, é esa palhaçada ai. Acabei de ler isso no Globo e morri de rir:
“Estudante carioca disputa vaga para viver em Marte.” Será que não da pra inscrever a Dilma, não?
Dá, dá, mas ela têm medo de voar. Pra ela, voar, só em avião importado, zero bala, com muito luxo e longe de centros de treinamento militar; e ainda por cima fica dando palpite.
Os Estados Unidos da América bisbilhotaram-nos (e ainda o fazem) não só porque são tecnologicamente falando os melhores do mundo, mas também porque nós facilitamos as coisas deixando a “porta” aberta. Não só para eles, mas para quem quiser. Nunca fomos bons em prevenção e visão estratégica. Começamos a abrir a porta quando o ex-presidente Collor extinguiu o SNI e escancaramos de vez quando entregamos nossos satélites ao controle externo. Para complicar de vez, permitimos por omissão, que “ONGS” a serviço de governos estrangeiros fiquem à vontade para fazerem o que quiserem e ainda por cima, muitas vezes financiados por… Read more »
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vendeu nossos satélites e privatizou várias empresas estratégicas. Só não foi além, porque seu mandato terminou antes.
Ainda bem que foi tudo privatizado. Hoje estariam nas mãos da quadrilha petista e dos sarnentos.
ernaniborges disse: 15 de agosto de 2013 às 15:48 Blind Man’s Bluff disse: 15 de agosto de 2013 às 16:18 Ai meu saco… volta e meia ressuscitam esta historinha do satélite inventada pela máfia petista, que só é boa mesmo em conspirar e reclamar da “herança maldita”. Vou repetir o mesmíssimo texto que já coloquei algumas vezes nos blogs da Trilogia, desmistificando a mentira petista. Segue abaixo: “Sobre a história dos satélites, pelo que sei, na época da privatização, a Embratel tinha o satélite Brasilsat, o qual no fim de sua vida útil, foi substituído após a privatização pela Telmex… Read more »
“Observador disse:
15 de agosto de 2013 às 21:07”
Não busco lucro nem louros, venham de onde vierem. Vendo os peixes pelo preço que compro. E os compro de fontes abertas, que sei nem sempre são confiáveis, imparciais, mas é o acesso que cidadãos comuns teem.
Ernani, pena que ele não priatizou mais, pena que não privatizou tudo. O que foi privatizado funciona bem, o que não foi virou cabide de emprego pra pelêgos e fracassados puxa sacos do GF e moeda de troca para angariar apoio dos vendidos. So pra lembrar 100.000 cargos CC na administração federal.
Amigo Colombelli.
Não sou contra a iniciativa privada, pois costuma ser muito mais eficiente. Mas, convenhamos que o modelo de privatização que adotamos foi por demais danoso aos interesses da Nação em áreas estratégicas, que deveriam ter ficado sob o controle de brasileiros. Faltou a preocupação, no mínimo, em se garantir uma concorrência no mercado interno evitando a formação monopólios.
ernaniborges disse: 16 de agosto de 2013 às 11:16 Caro Ernani: Minha bronca não é com você não. Minha bronca é com a pelegada e a imprensa chapa-branca, encarregada de propalar qualquer mentira que sirva a manter a máfia petista no Poder. E esta mentira do satélite está em milhares de páginas na internet. Dá nojo ler. E sobre o modelo de privatização, concordo com você. Deveria ter sido dado oportunidade a CADA um dos brasileiros comprar ações das empresas privatizadas, antes dos grandes grupos financeiros. Se eu não tinha dinheiro ou tinha dinheiro para apenas uma ação, não teria… Read more »
Senhores A respeito da espionagem via internet: A maior virtude da internet é que ela é uma virtual terra de ninguém, portanto livre. Por outro lado, este é seu maior defeito, porém, se for estabelecido um controle sobre ela, sua maior virtude que é a liberdade deixa de existir. O problema é que muitos esquecem esta realidade e usam-na para trafegar e/ou possibilitar acesso a informações que não podem ser disponíveis para todo o planeta. É jogar o filé para o cachorro faminto. Sendo de livre acesso para todos, ela é espionada por todos: governos, empresas, grupos terroristas, etc. É… Read more »