Conselho de Defesa Sul-Americano: GT aprova cooperação sobre acidentes e desastres naturais
Um grupo de trabalho (GT) composto por representantes do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) aprovou as diretrizes a serem adotadas por países que integram o bloco em casos de acidentes e desastres naturais. Realizada em Brasília (DF), nesta semana, a reunião teve também por objetivo tornar mais ágil e eficiente a cooperação entre os países desse continente.
O documento reúne o Protocolo de Cooperação, que estabelece procedimentos e normas que devem ser cumpridos pelos países membros do CDS em casos de desastres naturais, e o Inventário de Capacidades, que traz um levantamento da condição de resposta em defesa civil que cada país dispõe. Com acesso a essa informação, os países que sofrerem algum desastre natural poderão solicitar ajuda a Estados que estejam equipados para cada tipo de operação, dinamizando, assim, o processo de cooperação internacional.
“Poupa-se tempo, levando a uma maior eficiência nesse tipo de procedimento”, afirmou o comandante Davi Santiago, representante do Ministério da Defesa no grupo de trabalho.
Durante a reunião, também foi apresentado o sistema Crisis: um software desenvolvido na Argentina que reúne informações e cria um canal de comunicação entre os países sul-americanos. Nele, serão reunidas as possíveis ocorrências ambientais, de qualquer país vizinho, que possam vir a registrar desastres.
Além disso, o sistema abrange imagens georreferenciadas, informações em tempo real sobre o andamento das atividades de respostas aos desastres, acesso ao protocolo de cooperação do CDS e o inventário das capacidades dos países membros, bem como um chat onde as equipes envolvidas poderão trocar dados online.
Ainda no encontro, Santiago frisou que o apoio pós-desastres naturais não tem fronteiras. “Temos, claro, que respeitar a soberania de cada país, mas momentos como esse vão além de fronteiras. Além de vizinhos, somos nações irmãs”, disse o comandante.
O relatório segue para análise em Lima (Peru), onde está situada a Presidência Pró-Tempore do CDS. Após essa etapa, o documento deverá ser homologado pelos ministros da Defesa dos países da América do Sul para, futuramente, ser ratificado pelos chefes de Estado.
FONTE: Ministério da Defesa