Dilma e Evo

vinheta-clipping-forte1 A diplomacia companheira trata a Bolívia como aquele irmão menor que, por mais inconveniente que seja, deve sempre ser perdoado por suas traquinagens. Resultado: Evo Morales, o menino travesso, sente-se cada vez mais à vontade para afrontar o Brasil. Em sua última pirraça, o governo boliviano mandou seus agentes vistoriarem três aviões da Força Aérea Brasileira que estavam no aeroporto de La Paz – uma das aeronaves estava a serviço do ministro da Defesa, Celso Amorim, em viagem oficial.

Todos os casos ocorreram em 2011 – dois em outubro e um em novembro – e só agora vieram a público. Em nenhum desses episódios os agentes bolivianos pediram autorização a representantes do governo brasileiro. Simplesmente invadiram os aviões, em busca sabe-se lá de quê – os agentes eram da divisão antinarcóticos, mas há suspeitas de que as autoridades bolivianas estivessem à procura do senador Roger Pinto Molina, opositor que há mais de um ano está refugiado na Embaixada do Brasil em La Paz.

Tais atos de violência teriam tido uma resposta à altura se o país ofendido fosse governado por dirigentes cientes de suas atribuições primárias. Mas o Brasil sob o lulopetismo é um país prisioneiro da fantasia ideológica bolivariana, que manda fechar os olhos para o comportamento irresponsável, autoritário e errático de governantes como Evo Morales e o venezuelano Nicolás Maduro, para ficar somente nos personagens latino-americanos que mais amiúde frequentam o noticiário por seus atentados contra a democracia e as boas relações internacionais.

A diplomacia nacional limitou-se a advertir a Bolívia, em dezembro de 2011, de que poderia adotar o “princípio da reciprocidade” caso houvesse nova vistoria em aviões brasileiros. Foram necessárias nada menos que três violações de soberania – porque é disso que se trata – para que o Brasil governado por Dilma Rousseff afinal se abalasse a reagir.

Quando o fez, porém, usou o mesmo tom complacente adotado nas crises anteriores, nas quais Evo Morales, de peito estufado, bradou que suas decisões, mesmo as flagrantemente ilegais, só diziam respeito à Bolívia.

Os exemplos dessa assimetria se multiplicam. Em 2006, pouco tempo depois de ter assistido à ocupação militar boliviana de uma instalação da Petrobrás, e ainda ouvir Evo acusar a empresa de “atividades ilegais”, sendo esta apenas uma entre tantas bravatas antibrasileiras na ocasião, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vez de reagir com firmeza à humilhação pública, pediu orações à Bolívia, “um país muito pobre, que precisa de ajuda”.

A genuflexão do Brasil não comoveu Evo. Ao contrário: estimulou-o a acreditar que teria sempre o respaldo do “irmão mais velho”. No caso do senador Molina, o presidente Evo Morales negou permissão para que o opositor saia do país e ainda acusou o embaixador brasileiro, Marcel Biato, de trabalhar para a oposição boliviana.

Em vez de reagir, o governo brasileiro trocou de embaixador, segundo informa o jornal Valor. Além disso, o mesmo Evo que não pede permissão de ninguém para inspecionar aviões oficiais brasileiros foi objeto de ruidosa solidariedade do Mercosul por ter tido seu avião oficial retido na Europa, por suspeita de que estivesse transportando Edward Snowden, procurado nos Estados Unidos após vazar informações confidenciais.

A imagem altiva da diplomacia lulopetista – aquela que vive a dizer que seus diplomatas não se submetem a revistas nos aeroportos dos Estados Unidos – não condiz com a humilhação de ver cães farejadores bolivianos fuçando num avião oficial do governo brasileiro.

Agora que a imprensa revelou o caso, Amorim disse que foi um procedimento “lamentável”, mas o entrevero estava sendo mantido em sigilo certamente para não expor em público mais um exemplo do mau comportamento do presidente boliviano, aquele que é um dos símbolos da chamada “revolução bolivariana”.

FONTE: estadao.com

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Baschera
Baschera
11 anos atrás

Por esta e outras que a tigrada deste partidinho gostaria de calar a imprensa livre.

É só ler o que aquele abestalhado e pintor de rodapé escreve no seu blog chapa branca.

Brasil, um pais de tolos…..

Sds.

joao.filho
joao.filho
11 anos atrás

Melhor teria sido:

” Evo, o Chapolin Colorado” rsrsrs

Colombelli
Colombelli
11 anos atrás

Qual dos dois é o mais lacaio, incompetente e marionete?

rsbacchi
rsbacchi
11 anos atrás

Baschera escreveu em 18 de julho de 2013 às 16:33
“… É só ler o que aquele abestalhado e pintor de rodapé escreve no seu blog chapa branca. …”.

Por favor, quem é esta pessoa?

Bacchi

Leonardo Crestani
Leonardo Crestani
11 anos atrás

Eu odeio estes comunistas latino americanos!!!

Observador
Observador
11 anos atrás

Senhores,

Calma. A hora deles está chegando.

A “Presidenta Incompetenta” só vai colher más notícias daqui até outubro de 2014. E para tentar apagar o incêndio, só vai enfiar os pés pelas mãos, como tem demonstrado nas propostas de mini-constituinte, reforma política, Programa “Mais Médicos”…

Tudo feito às pressas, sem planejamento, ao sabor dos palpites dos marqueteiros e presepeiros de plantão.

A fatura desta lambança toda vai ser paga nas urnas, ano que vem.

E podem apostar: vem mais besteira por aí.

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
11 anos atrás

De nada isso vai adiantar. Em 2014 o Pmdb e a ‘base aliada’ vao continuar mandando no Brasil, com ou sem suas marionetes vermelhas.

Cadeia neles!

Vader
11 anos atrás

Vergonha eterna ao Itamaraty!

Vergonha eterna para o PT!

Vergonha eterna para o Brasil!

Brandenburg
Brandenburg
11 anos atrás

rsbacchi disse:
o abestalhado e pintor de rodapé creio ser o demente petista Paulo Henrique Amorim em seu blog conversafiada.com.br.Sds

rsbacchi
rsbacchi
11 anos atrás

BrPandenburg, obrigado.

Pena que o Baschera não tenha respondido!

Bacchi

Vader
11 anos atrás

Brandenburg disse:
20 de julho de 2013 às 15:20

O cidadão em questão não é petista. Ele é lulista, só.

Brandenburg
Brandenburg
11 anos atrás

O Vader está certo, chamar o cidadão de petista é forçar a barra.No entanto, pelo andar da carruagem, não demora muito e ele receberá uma carteirinha do PT ainda que seja de militante honorário, pelos “relevantes serviços prestados à causa e ao seu guru”.Sds