Exército dá 48h para políticos entrarem em acordo no Egito
CAIRO, 1 Jul (Reuters) – As poderosas forças armadas do Egito deram ao presidente islâmico Mohamed Mursi um ultimato nesta segunda-feira para que compartilhe o poder, insistindo que os rivais políticos do país cheguem a um acordo sobre um plano abrangente para o futuro do país dentro de 48 horas.
Um dramático comunicado militar transmitido pela TV estatal declarou que o país estava em perigo depois que milhões de egípcios foram às ruas no domingo para exigir que Mursi deixe o poder e que a sede da Irmandade Muçulmana foi saqueada.
“Se a demanda do povo não for atendida dentro do prazo estipulado, será incumbência (das Forças Armadas) … anunciar um caminho para o futuro”, disse o chefe do Estado-Maior, general Abdel Fattah al-Sisi (foto), no comunicado.
O discurso foi seguido por música patriótica.
As pessoas manifestaram a sua vontade com clareza sem precedentes nos grandes protestos, e perder mais tempo só aumentaria o perigo de divisão e conflito, disse ele.
O Exército afirmou que irá supervisionar a aplicação do plano acordado “com a participação de todas as facções e partidos nacionais, incluindo os jovens”, mas que não irá se envolver diretamente na política ou no governo.
No lado de fora do palácio presidencial, manifestantes contrários a Mursi aplaudiram o comunicado do Exército, e o principal partido de oposição Frente de Salvação Nacional, que exigiu um governo de unidade nacional durante meses, saudou o movimento dos militares.
Na Praça Tahrir, no Cairo, milhares de pessoas foram comemorar o movimento do Exército: “Queremos que um novo Conselho das Forças Armadas governe até novas eleições”, disse o contador Mohamed Ibrahim, de 50 anos. “Só o Exército aceita a vontade revolucionária legítima do povo.”
Não houve uma reação imediata do gabinete do presidente.
Foi a segunda vez em pouco mais de uma semana que as Forças Armadas fizeram uma advertência formal aos políticos, aumentando a pressão sobre Mursi a admitir a partilha do poder com a oposição liberal, secular e de esquerda.
(Reportagem de Asma Alsharif, Alexander Dziadosz, Shaimaa Fayed, Maggie Fick, Alastair Macdonald, Shadia Nasralla, Tom Perry, Yasmine Saleh, Paul Taylor e Patrick Werr, no Cairo)
FONTE: Reuters
Não sei se louvo ou se eu fico preocupado com essa atitude. Pode servir de referência por essas bandas.
bem que a IM representa aquilo que há de mais retrógrado na política.
Os saudosistas de Mubarak, servidores de Washington, com certeza estão preparando discursos em homenagem a velha ordem, com elogios ao antigo ditador e esperanças de que ele retome o poder brutal que exerceu durante 30 anos as custas de milhares de inocentes.
Mas acredito que o exército egípcio esteja certo : O Mursi não tem mais como governar, tem que sair agora antes que o país desabe de uma vez.
Esperemos que o façam sem mais mortes.
Que neura dessa galera em querer implantar regime islâmico radical, é o Erdogan na Turquia, Al Nusra na Síria, Mursi no Egito, poxa, deixem as pessoas em paz com suas religiões.
Cada um segue o que quer e pronto, mas nããão, tem que ter imposição religiosa.