Se entrar na Síria, terá de ser para valer
RAY, TAKEYH, THE NEW YORK TIMES – O Estado de S.Paulo
Dos internacionalistas liberais aos conservadores de linha dura, um coro de vozes influentes em Washington tem sugerido que uma intervenção americana na Síria poderá também causar sérios danos ao Irã, aliado de Bashar Assad.
O que se afirma é que uma ação militar na Síria demonstrará que os EUA pretendem seriamente aplicar suas linhas vermelhas. Impressionados e desmotivados, os recalcitrantes mulás do Irã se acalmarão em seu entusiasmo nuclear e se conformarão com os acordos internacionais sobre não proliferação de armas nucleares.
Mas, como uma intervenção por parte do governo Barack Obama provavelmente será tímida e não um espetáculo esmagador de força militar, ela não colocará um fim na guerra civil na Síria, também não intimidará os líderes iranianos.
O tipo de intervenção para uma vitória decisiva dos rebeldes exige mais do que zonas de exclusão aérea e armas. Será necessário aniquilar o poder aéreo de Assad e colocar soldados em terra. Os EUA terão de assumir a liderança na organização de uma força militar regional aprovada pela Liga Árabe e apoiada pelos seus próprios serviços de inteligência. Depois disso virá a tarefa de reconstruir a Síria e intermediar seus conflitos sectários. Como a guerra no Iraque demonstrou, refazer instituições nacionais de um país reduzido aos escombros de uma guerra civil é mais difícil que a intervenção militar inicial.
Como tudo isso será necessário para destituir Assad e pôr fim à violência, os EUA precisam admitir que é necessária uma intervenção robusta. Não há uma solução fácil. Além do mais, se a intervenção americana não for decisiva, ela não intimidará o Irã, mas terá efeito contrário. Convencerá os líderes iranianos de que os EUA não estão dispostos a travar uma guerra de porte na região.
Existe algo curioso neste debate que toma conta de Washington. Embora o regime Assad tenha massacrado mais de 70 mil cidadãos sírios e violado convenções internacionais ao usar armas químicas contra a população civil, apelos no sentido de uma intervenção de peso não são ouvidos.
O legado do Iraque ainda pesa muito. Nem o governo Obama, tampouco seus críticos no Congresso, parecem ter algum anseio de construir uma nação. E relutam em admitir que meias medidas, como armar os rebeldes ou estabelecer uma zona de exclusão aérea, não bastam para acabar com o sofrimento da população síria diante de uma minoria alauita determinada, liderada por um sanguinário Assad, que não tem nenhum escrúpulo em levar a cabo uma limpeza étnica.
Uma guerra prolongada na Síria oferecerá ao Irã as mesmas vantagens que obteve com a invasão do Iraque. Quando os EUA assumiram a tarefa de reconstituir o Iraque, generais, políticos e especialistas insistiram que uma segunda frente não poderia ser aberta no Oriente Médio. Enquanto Washington se ocupou dos problemas do Iraque, ignorou a subversão e o comportamento daninho do Irã.
Representantes iranianos no Iraque sistematicamente atacaram as tropas americanas com bombas caseiras e colaboraram para arruinar a sua missão. Neste intervalo, a infraestrutura nuclear do Irã se modernizou.
Se o governo Obama se envolver na Síria, é provável que tratará o Irã com a mesma cautela demonstrada pelo governo de George W. Bush, evitando um confronto direto com o Irã e abstendo-se de emitir ultimatos no caso do programa nuclear iraniano. E, diante disso, o Irã se sentirá encorajado a levar adiante seu programa nuclear e afirmar seu domínio sobre a região.
Claro que uma vitória dos rebeldes na Síria e a queda da dinastia Assad serão um grande revés para o Irã, pois a Síria sempre foi a via mais confiável para o Irã chegar ao Hezbollah. Mas uma vitória dos rebeldes será improvável sem uma intervenção americana decisiva e total. Diante da pressão para pôr fim à violência, Washington poderá em breve se decidir por uma intervenção gradativa, sem que isso produza um resultado decisivo. Mas essas meias medidas não impressionarão os líderes do Irã, engajados numa disputa pelo futuro do Oriente Médio. Satisfeitos com o alardeado pivô asiático de Obama, os mulás estão convencidos de que os EUA querem se libertar da sua herança árabe. Uma grande intervenção americana dará a eles o que pensar; se for relutante, só fortalecerá a determinação iraniana.
Paradoxalmente, uma intervenção com o objetivo de convencer os iranianos da seriedade das linhas vermelhas estabelecidas pelos americanos pode, ao contrário, convencê-los de que seu programa nuclear está a salvo de uma retaliação. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
FONTE: O Estado de S. Paulo
Os EUA não tem nada a fazer na Síria. Se quiser fazer alguma coisa, deve ir direto ao Irã.
Aposto 10 reais como o Obama não vai entrar na Síria.
Nesse caso ele vai fazer o que mais gosta, ficar mandando Drones soltar bombas nas cabeças dos exércitos do Asaad dia e noite.
Se é que já não tá fazendo isso “escondido”…
Não acredito que os americanos vão promover uma intervenção na Síria como no Iraque, pois eles já sabem o quanto é caro uma aventura dessa, e olha que no Iraque tinha petróleo em contrapartida, já na Síria não tem nada de valor econômico que interessa aos americanos.
Mas acredito que se alguma nação árabe tomar a frente, os americanos apoiariam a intervenção nos moldes da Líbia, despejando um monte de bombas na cabeça do Assad.
Abraços
Daqui apouco Hibrain invade a Síria e passa a administrar o imóvel alugando a casa de Assad para Jacó como reparação por futuros e passados danos!
Brincadeira! Hibrain não aluga, vende mesmo.
Desculpem qualquer possível brincadeira que ofenda!
Esse é um típico texto do lobby armamentistas dos EUA. Muita gente ganha muito dinheiro inventando “guerras simples e fáceis”.. Ainda bem que tem gente que pensa por lá !!!
Amigo porque abriu o blog para comentários? Esse blog é restrito as opiniões contrarias.
Infelizmente agora deixo aqui minha indignação com nossos governantes a exatos 40 minutos meu vizinho foi morto com um tiro na cabeça por dois muleques na frente da sua casa um homem que trabalhava de segunda a segunda da maior honestidade desculpem eu utilizar este espaço para isso!
As ações seriam iguais ao Afeganistão. seriam equipes em terra apoiadas por forças especiais designando alvos para caças acima.
Primeiro tem que ter a superioridade aérea destruindo as defesas aéreas sírias.
Prezado LDK compreendo e compartilho a sua revolta. Enquanto isso, o governo federal, ontem, tentou avacalhar a votação do aumento de pena para chefes de tráfico (passou a minina de 05 para 08 anos), buscando adiá-la e tentando retirar o dispositivo do projeto, e o senhor ministro da justiça e o relator do projeto de emenda que trata da redução da menoridade penal ( tb do PT o relator), se manifestaram contra a redução a poucos dias O resultado esta ai, nas ruas.
Intervenção na Síria é um barco furado. Seria um cipoal de espinhos, custoso em vidas e financeiramente. Intervenção direta norte-americana não ocorrerá, por mais vantajoso que fosse no isolamento do Irã. As intervenções no Iraque (esta totalmente indevida e injustificada em vista do motivo alegado) e no Afeganistão mostraram que a política de lutar guerras assimétricas diretamente não é vantajosa.
Aparentemente, a ação norte-americana doravante, se ocorrer, será assemelhada às primeira e última fase do conflito do Vietnã, ou seja, até maio de 1965 e após 1973, vale dizer, com apoio somente. Não há clima político e suporte finaceiro para uma nova campanha no oriente médio ou em qualquer outro local. Há uma verdadeira “ressaca de guerra” no momento.
Obrigado colombelli!
O autor do pessimo artigo propoe engenharia social, mas reparem na parcialidade do argumento:
Embora o regime Assad tenha massacrado mais de 70 mil cidadãos sírios
Ora, assassinatos ocorreram pelos dois lados; me dei o trabalho de ler o original em ingles e no fim, tem uma nota da editoria, corrigindo o artigo dizendo exatamente isto, que os assassinatos nao sao exclusivos do regime.
O autor nao menciona que toda a vitorias de combate da oposicao dao da frente Al Nusra, islamicos associados a Al Qaeda.
Eh interessante observar que estes mesmos militantes sao ligados a Al Qaeda do Iraque que continua detonando carros-bombas e matando civis, a mesmo grupo que os EUA lutaram contra lah.
Quanto aos Russos, os islamistas Chechenos (os inspiradores dos terroristas de Boston) formalmente declararam jihad (“guerra santa”) ao Assad.
http://www.youtube.com/watch?v=oRWVZWfAytk
Vcs acham que o Putin prefere lidar com esta rafuagem abscurantista em territorio Russo, com soldados russos, or armar o Assad p/ elimina-los em territorio Sirio, por soldados Sirios?
Ganha uma passagem de onibus Rio-Niteroi quem souber a resposta.
Os EUA nao podem correr o risco de cometerem o mesmo erro que tiveram no Afeganistao ao armarem os mujahedin.
O mais importante eh impedir que o conflito se espalhe p/ o Libano (depois da Siria o unico regime secular da regiao) e Jordania.
Apoio aos campos de refugiados tb eh importante p/ evitar um estopim; imaginem um pais como a Jordania, com 6.5 milhoes de pessoas, e que de repente recebe 1 milhao de refugiados: pode desestabilizar um pais aliado dos EUA e moderado que tb lida com radicais islamicos.
Jihadistas do mundo todo convergiram p/ a Siria, na verdade seria uma boa oportunidade p/ a Russia e os EUA se livrarem deles.
[]s!
Entrar na Síria? A Síria está mais para Somália do que Iraque, e os americanos ainda sentem o gosto amargo na boca quando lembram da Batalha do Black Sea.
Os FSA estão levando uma surra das FAA. Por isso o desespero, e não conseguirão tapar o sol com peneira.
Drcrockroach,
Temos la sim eh uma bagunca. Esta eh a guerra moderna, para a qual novas estrategias estao sendo montadas. Um lado por exemplo, nao precisa de transporte de tropas frotas ou mesmo forca aerea. Compara apoio dentro da populacao e amplia com elementos externos. da africa a asia.
Os Estados Unidos cometeram um erro, apos derrotar o taliban e Saddam em tentar construir paises tao dividios por tribos.
Deveriam ter ido embora, mas preferiram dar uma de bom mocinho e descobriram que na guerra entra quando se quer, sai quando pode.
Note, que estes paises sao resquicios dos periodos coloniais, onde o desenho levava ja em conta que tribos, etnia e religioes trariam posicoes inconciliaveis, fazendo com que uma minoria, por la que meios mantivesse um estreito controle, muitas das vezes anti democratico.
Estamos assistindo hoje, varios conflitos, como Coptas vs Sunitas e XIitas no egito, Sunitas e Xiitas no Iraque, Na Siria, kurdos vs etc. e assim vai.Esta guerra nao ira terminar em um futuro proximo.
Entrar em Damasco para que? Nao existe solucao para la.
temos cristaos maronitas, drusos, alawitas, sunitas, curdos, soh para comecar. tem fronteiras com uma turquia que pretende ser a forca motriz, com Israel que esta tentando ficar de fora, jordania que a qualquer momento pode cair, o instavel libano, com a russia tentanto voltar ao mediterraneo, e errando pesadameente estrategicamente ao apoiar um regime que nao tem nem homens, nem dinheiro, nem fronteiras defensaveis. Afora poucos paises, o oriente medio esta virando uma extensao de terras, onde o mais forte, com ligacoes tribais, etnicas, tenta subjugar os outros.
Ninguem vai entrar na Siria, suponho. Nao que nao tentem liquidar os atuais mandatarios e lutem ate que cansem com momentos pendendo para um lado e para o outro. O perdedor sabe que perde a cabeca e terao de fugir.
Junto com a guerra cibernetica, esta eh o tipo de guerra atual.
EUA?! Europa?! entra lá?! Não! não vai não…tenho certeza disso….A diplomacia Bulava russa é muito boa…é infalível….Já Já a Rússia apresenta a sua forma de se fazer diplomacia…Já Já a Rússia apresenta a diplomacia Bulava…Já ouviram falar da diplomacia Bulava senhores?! É uma forma de diplomacia muito eficiente e eficaz…Criada especialmente/especificamente/visada para aquela gente do ocidente…É um novo formato/linguagem de diplomacia criada pelos russos…Eles a apresentaram/mostraram um dia desses quando passearam pela costa estadunidenses em seus submarinos “fuleras” e “imprestaveis”…..É uma nova forma de diplomacia criada por esta gente num sabem?!…Mas é pra quem PODE…..Quem não pode…SE SACODE….
E que direito os USA tem de invadir a Síria e se intrometer na questão ?? Viraram a polícia moral do planeta agora ?? Até parece, acabaram de destroçar o Iraque provocando, direta ou indiretamente, mais de 100.000 mortes, e agora ainda se acham os mocinhos de pensar em atacar a Síria ??
A hipocrisia de Washington não conhece limites. Com suas táticas fascistas espúrias, sanguinárias e cruéis, Washington ainda pensa que os USA são um Império invencível. Mas graças a masturbação econômica da especulação financeira, entraram ( e arrastaram o mundo junto) numa crise econômica sem precedentes.
O decadente Império, mutilado pelo câncer de uma dívida impagável que um dia , cedo ou tarde, vai implodir, graças a mentalidade tacanha dos republicanos, apoiados incondicionalmente por alguns por aí na A. L., que barraram as reformas do Obama.
Os USA não tem economia para ocupar a Síria. A Síria está numa guerra sectária, e o Assad não é a questão : mesmo que ele saia, a guerra civil continuará. Aquela galera decidiu se aniquilar, e chegaram a barbárie de comer corações humanos.
Alguém acha que gente assim vai se respeitar ou esquecer essas coisas pq Washington quer ??
Aquilo é incontrolável. Ninguém lá quer democracia : eles querem aniquilar uns aos outros. Tal como tutsis e huttus na África.
A verdade é que se a Arábia Saudita, Turquia e USA não tivessem apoiado a escória canibal rebelde, Assad já teria ganho, mantido sua própria escória fascista no poder e tudo estaria na mesma.
Mas deram armas para os caras, interferiram em tudo, deu no que deu…
Mais um exemplo da atuação da brilhante e democrática política ocidental…
KKKKKKKKKKKKKKKK Excelente Jeca Tatu !! KKKKKKKK !! 🙂
E mais uma vez parabéns Colombelli, excelente artigo.
Jeca,
É impossível a um país continental como os EUA, com duas costas a defender, detectar tudo que está sobre as águas, imagine o que está sob as águas.
Não há como, principalmente em condições de paz, os EUA, assim como a Rússia, detectarem submarinos nucleares em toda a extensão de seu mar territorial, ainda mais além dele, mesmo porque, um submarino Borei ou um Ohio podem atingir seus alvos sem deixar a base de seu país de origem.
Movendo-se a 4 ou 5 nós e a 300 metros de profundidade um submarino nuclear pode passar completamente despercebido e só se der de cara com outro submarino para ser descoberto.
Jeca,
Você entendeu errado!
Eu não sou contra o submarino nuclear brasileiro, sou na verdade super a favor dele, e não de termos apenas 5, mas 50.
Só que antes disso precisamos ter uma marinha costeira descente com uma capacidade de projeção de força limitada.
Wagner, polícia? acho que está mais pra ladrão viu, afinal quem deve e não paga…
“Bosco disse:
30 de maio de 2013 às 22:50
Só que antes disso precisamos ter uma marinha costeira descente com uma capacidade de projeção de força limitada.”
Olha…Uns 20 já é um bom cumeço pra se alcançar issu senhor Bosco……e se dependesse di mim a marinha desti pais seria composta só di SSNs…Uns 50 SSNs mmmeessssmmmoo…..sem dó…
olha só o corpo de voluntário russo-ucraniano que está sendo formado para prestar ajuda ao presidente Assad.
o que isso quer dizer?
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_05_28/corpo-de-voluntarios-russo-ucraniano-ira-a-siria-para-combater-6523/
A “minha” marinha ideal na verdade não é muito diferente da que já temos.
Eu só tiraria o São Paulo e colocaria 2 navios de funções múltiplas, na faixa de 18.000 t cada.
Acho que 10 a 12 fragatas, umas 18 corvetas (Barroso Mod 2) e 15 submarinos convencionais completariam o grosso dos meios da Esquadra.
Aos Meios Distritais acho que só precisaríamos de mais umas nove Amazonas, mais umas 15 Macaés, umas 30 lanchas de patrulha fluvial LPR-40 e uns 8 patrulheiros fluviais classe PAF III .
Aí arma os P-3 com mísseis Harpoon e os 12 Skyhawks baseados em terra com mísseis MAN-1 e tamos conversados.
Sugestão :
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/05/tropa-do-bope-canta-grito-de-guerra-que-faz-apologia-violencia.html
Stadeur
No EB a gente tinha uma assim; ” Sou infante sou guerreiro, matador de gerrilheiro. Não sou assassino não, mato pela profissão”.
Tinha outras que exaltavam os atos contra a gerrilha do Araguaia, e por ai vai. Estes dias atras, militares chilenos foram flagrados falando em esfolar peruanos e bolivianos em uma canção e fizeram um rebú em cima disso na imprensa.
Este pessoal, sociólogos, antropólogos e outros “ólogos” de pouca utilidade para resolução prática dos problemas ( pois nunca apontam soluções viáveis) e o pessoal dos direitos humanos (dos bandidos) estão fazendo uma tempestada em um copo d`água. É só uma canção, como é a “pisa na filô, pisa na fulô” ou a “é faca… é faca…. é faca na caveira, patrulha…patrulha…. patrulha a noite inteira”.
Pois é Colombelli, entendo perfeitamente o que dizes, cantei como ninguém essas músicas, mas a ingratidão de alguns cidadãos é flagrante as entrevistas.
No final um soldado está sozinho no seu posto que é sua cova, se tiver firmeza na doutrina só sobra seus raros iguais, a Bandeira, o fuzil e a baioneta como amigos.
Na verdade tinha digitado um monte de coisas as quais tive que deletar… tenho que me conter… tá caindo direto no sistema. 32 anos de …
Abs.
“colombelli disse:
31 de maio de 2013 às 20:11
Stadeur
Tinha outras que exaltavam os atos contra a gerrilha do Araguaia, e por ai vai. Estes dias atras, militares chilenos foram flagrados falando em esfolar peruanos e bolivianos em uma canção e fizeram um rebú em cima disso na imprensa. ”
Senhor colombelli…entoar canções contra guerrilheiros,terroristas e bandidos é uma coisa…Já contra povos de outras nações é outra coisa bem diferente…o que vc acharia se visse video de venefavelianos entoando canções falando em esfolar os BRs….?!
Jeca.
Quanto aos venefavelianos, você acha que os argentinos, venezuelanos e peruanos não tem canções falando de nós? Isso é normal.
No EB, há alguns anos, já se usou o termo “argentanhos” nas manobras para definir o outro lado. Eles com certeza faziam e talvez até possam fazer isso ainda esporadicamente em vista de nós. No âmbito militar, uma canção é so uma canção, uma tática pra enganar o cansaço, sem nenhuma outra conotação.
O mal é jornalistas aparelhados, sociólogos, antropólogos e outros ólogos, e “defensores dos direitos humanos” de plantão acabam levando elas a sério sem saber do contexto em que são usadas.
Uma atualização da guerra civil na Síria colhida no sítio areamilitar.net hoje, 1º de junho:
Continuam combates por Qusayr
A cidade de Al Qusayr, continua a ser atacada por tropas da fação fiel a Bashar Al Assad juntamente com mílicias enviadas a partir do Líbano pelo movimento extremista islâmico Hezbollah.
Segundo as forças do Exército da Síria Livre, a situação na cidade é má e a possibilidade de assistência por parte dos países ocidentais, nomeadamente com o fornecimento de material de guerra adequado, arrisca-se a chegar demasiado tarde.
A cidade de Al Qusayr é de importância vital para o regime de Bashar Al Assad, já que quem controla Al Qusayr controla a estrada que, passando pelo Vale de Bekah, permite através de território libanês atingir as regiões costeiras da síria, nomeadamente o porto de Latakia.
É nessas regiões costeiras que vive a maioria da população alauita, um ramo do xiismo, que está relacionado com o ramo do islamismo professado pelo movimento Ezbollah e seus seguidores.
Para os rebeldes, Qusayr é igualmente importante, porque é através da cidade que o movimento tem recebido apoio militar, que lhe é enviado através do Líbano.
A batalha pelo controlo da cidade terá já provocado dezenas de mortos entre os combatentes do Hezbollah, mas o número de baixas entre os rebeldes também é elevado, ainda que seja dificil obter dados concretos dado a cidade estar virtualmente cercada.
Um mapa dos combates datado de 25 de maio passado:
http://edge.liveleak.com/80281E/s/s/20/media20/2013/May/25/LiveLeak-dot-com-a5efb6d73280-931176_471301772946632_1194490252_n.jpg?d5e8cc8eccfb6039332f41f6249e92b06c91b4db65f5e99818bad0964c40d8d3e6af&ec_rate=200
Sds.,
Ivan.
Um mapa da Síria:
http://images.nationmaster.com/images/motw/atlas_middle_east/syria_map.jpg
Observem a posição de Al Qusayr na saída norte do Vale do Bekaa. Nesta cidade há um aeroporto que também serve a Homs mais ao norte.
Al Qusayr fica na esquina do caminho entre Damasco e a costa da Síria, onde ficam os portos de Tartus e Latakia, vitais para qualquer interessado na região, o que inclui Iran, Rússia, OTAN, Arábia Saudita ou até mesmo os Yankees, que tentam manter distância deste furdunço.
Observem também as rodovias expressas que ligam Damasco a Al Qusayr e Homs. Depois destas segue para o leste até Latakia e para o norte até Aleppo.
Para o Hezbollah é importante manter o caminho aberto por dentro do Bekaa, através de rodovias e linhas de trem (ver indicativos no mapa).
É a logística!
Pode ser a diferença entre ter munição e comida para lutar…
…ou morrer a míngua.
Sds.,
Ivan, a oldinfantryman.
Amigos, hoje comemoramos 39 anos do dia D. Será que não merece uma matéria?