Chega ao Rio artilharia antimíssil para Copa das Confederações
Tahiane Stochero
Chegaram ao Brasil nesta quinta-feira (16) oito carros do tipo Gepard que integram o sistema de artilharia antiaérea alemão comprado pelo Brasil para a segurança da abertura e do encerramento da Copa das Confederações, nos dia 15 e 30 de junho, respectivamente.
Os veículos são capazes de abater mísseis, aviões, helicópteros ou drones (aviões não tripulados) suspeitos a até 15 km de distância, com alcance de 3 km de altitude.
Segundo o general Marcio Roland Heise, coordenador do projeto de compra das armas, os canhões ainda estão em processo de desembaraço alfandegário junto à Receita Federal. Assim que liberados, os veículos serão levados ao Parque Regional de Manutenção do Exército, no Rio de Janeiro. A previsão é que isso ocorra na terça-feira (21).
O Brasil comprou 34 carros de combate Gepard ao preço de 30 milhões de euros (cerca de R$ 78,4 milhões).
Os blindados foram despachados de navio da Alemanha, em caráter emergencial, para que chegassem a tempo da abertura da Copa das Confederações, que acontece em Brasília, no dia 15 de junho, com a partida entre Brasil e Japão.
Quatro carros serão levados para Brasília e os outros quatro ficarão no Rio de Janeiro, para a partida de encerramento da competição, no dia 30 de junho. Os veículos não ficarão à vista do público, mas estarão posicionados perto dos estádios, em pontos estratégicos.
Em 11 de maio, o G1 divulgou com exclusividade a compra das armas para garantir a proteção dos grandes eventos. Os carros comprados do Exército da Alemanha sofreram uma remodelação, tendo sido “recuperados” em 2010, recebendo novas tecnologias para operar até 2030.
Além do sistema antiaéreo, o Brasil comprou cerca de 600 mil munições para os Gepard e três carros reservas, que serão desmontados e servirão para peças de reposição. O valor inicial do contrato não inclui esse complemento nem treinamentos e suporte técnico.
“As armas serão recebidas e incorporadas ao inventário do Exército. Além disso, faremos testes de tiro com cada um deles, para verificar o funcionamento”, afirmou o general Marcio Roland Heise ao G1.
Os blindados Gepard 1A2 pesam 47,5 toneladas, têm 3,7 metros de altura, 3,4 de largura e até 7,7 metros de comprimento. São equipados com dois canhões Oerlikon de 35 mm, que trabalham em conjunto um sistema de radares com campo de visão de até 15 km de raio. A fabricante informa que eles atingem alvos até 5,5 km de altura, mas, no Brasil, serão usados a baixa altitude (até 3 km).
Visita do Papa
A previsão inicial do general Marcio era que os carros sejam usados na Jornada Mundial da Juventude, que deve reunir mais de 2 milhões de pessoas no Rio em julho durante a visita do Papa Francisco ao país.
Mas, segundo o general Guido Amin Naves, comandante da Brigada de Artilharia Antiaérea, ainda não foi decidido se o material será empregado ou não. O evento em que o sistema antiaéreo pode ser usado é a missa de encerramento, em Guaratiba, no Rio, em 28 de julho.
“Assim que os carros estiverem operando, faremos um treinamento inicial. Os blindados que já estarão no Rio para a final da Copa das Confederações poderão ser empregados para a visita do Papa, mas isso ainda está em fase de definição. Ainda não recebi nenhuma ordem de serviço sobre isso do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra)”, afirma o general Amim.
Usados e reformulados
A negociação entre os Exércitos do Brasil e da Alemanha ocorreu através da empresa Krauss-Maffei Wegmann (KMW), fabricante dos veículos.
“Os carros foram reformulados, receberam novo sistema de radares e computadores, canhões de 35 mm e tecnologia de guiamento, que seguem o alvo mesmo se ele desviar. O Exército alemão iria usar os blindados, mas a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] mudou algumas diretrizes em relação à defesa antiaérea e eles tiveram que deixá-los de lado”, afirmou o general Marcio Roland Heise.
A implantação do Gepard pelo Exército busca suprir uma carência de proteção para as duas brigadas do país que abrigam blindados, localizadas em Ponta Grossa (PR) e em Santa Maria (RS), e também de garantir a segurança de estruturas estratégicas, como usinas hidrelétricas, essenciais para o caso de uma eventual guerra.
Intenção de compra
Em fevereiro, o vice-presidente, Michel Temer, assinou uma intenção de compra para adquirir um sistema de artilharia antiaérea da Rússia que tem capacidade de atingir alvos a médio alcance – até 15 km de altitude. O Brasil não tem atualmente esta tecnologia, que é uma exigência da Fifa para a Copa do Mundo. Em 2012, o G1 mostrou a situação do sucateamento do Exército, que possui armas antiaéreas da década de 70, classificados pelo general Heise na época como “defasados tecnologicamente”.
FONTE: G1
Quando se quer, tudo se resolve rápido. Porém sempre em cima da hora. Incrível.
O pior que o Gepard, apesar de acrescentar muito para o EB, não soma em relação à defesa dos grande eventos.
Não há nada que o Gepard faça que os canhões Oerlikon 35 mm ou os Bofors 40L70/munição 3P combinados com radares Saber e sistema FILA não já não eram capazes de fazer.
O fato dele ser blindado, ter alta mobilidade tática e cada veículo de combate ser autônomo não se traduz em ser melhor para proteger esses grande eventos com visibilidade internacional.
Para a Copa teremos que pegar emprestado de alguém algum sistema mais capaz. rsrsss
Mas tudo isso é compreensível, afinal só ficamos sabendo que íamos sediar a Copa no final do ano passado e contra a vontade do GF e não tivemos tempo hábil para nos preparar. rsrsrss
Bosco, segundo uma fonte, no teste feito pelo EB em Formosa-GO, todos os sistemas atuais usados por nós erraram o drone alvo, só o Gepard acertou.
Concordo com o Boscojr. Não acrescenta muito em vista destes eventos. O ganho será em forma geral, na quantidade de peças disponiveis, pois somente uma parte dos 38 Oerlikon e 24 Bofors L70 opera com radar. Para eventos localizados, o que temos hoje daria conta. A proxima aquisição além dos Pantsyr será seguramente o Bofors RBS 70, para termos MANPADs com outro sistema de guiagem. Uma entrevista do ex-comandante da Brigada AAA veiculada no site do exército a alguns meses deixou entrever isso. De qualquer forma, apesar de a aquisição somente as vésperas dos eventos demonstrar o descompromisso do governo com um planejamento a médio e longo prazo e a falta de uma real preocupação com a defesa, é um sistema que acresce à nossa defesa. Melhor algo que nada, mas ainda muito pouco para defender os mais 13000 pontos sensíveis no Pais e os mais de 300 pontos críticos.
Os amigos tem razão, para estes eventos/TOs os Gepard não acrescentam nada. Como bem citado no texto:
“A implantação do Gepard pelo Exército busca suprir uma carência de proteção para as duas brigadas do país que abrigam blindados, localizadas em Ponta Grossa (PR) e em Santa Maria (RS).”
Um grande avanço para nossas brigadas blindadas, mas só.
Prezados
A próxima Revista Forças de Defesa trará informações exclusivas sobre o Gepard e as mudanças na Defesa Antiaérea brasileira.
Será um texto como nunca antes escrito na história desse país …
So complementando, para mobiliar as duas brigadas blinadas, 16 peças cada uma é demais. A 6 Bia A A, por exemplo, operava na de´cada de 90, com 04 bofors L60 e 04 M55 ( metralhadora .50 quádrupla). Com 16 peças se cobre uma área de abrangência de duas divisões. Ademais, as brigadas blindadas contam, cada uma, com pelo menos 150 metralhadoras .50 e pelo menos 100 7,62mm em função antiaerea, nas VBTP e CC. Uma boa divisão seriam 06 veiculos pra cada da baterias orgânicas e os outros 20 distribuidos 04 para cada Grupo de Artilharia Antiaérea.
Que versão modernizada é essa na segunda foto da matéria com MANPADS na lateral da torreta? Os nossos com certeza não devem vir assim…
Agora sim me sinto muito mais seguro para assistir os jogos das copas das confederações e do mundo…
Calopesdasilva,
São 2 mísseis Stinger que foram instalados em alguns Gepards alemães.
Galante,
A coisa então tá mais preta que eu pensava.
Galante
Será que em parte esse fracasso dos nossos atuais meios não está também ligado ao treinamento?
Pessoal, procede a informação que os meios empregados em Formosa, no encontro de artilharia antiaérea, erraram todos, exceto o Gepard. Inclusive a propria KMW publicou uma nota a respeito. No caso os outros meios eram um canhão Bofors L/70, metralhadoras .50 individuais e misseis Igla. No caso do Bofors, o Fila estava lá, mas não restou claro se os disparos foram guiados por radar. Uma questão pertinente envolve a assinatura de radar da biruta rebocada que é o alvo, se é suficiente ou não para a guiagem via radar. O fato de o Gepard ter atirado e acertado não resolve esta questão, pois este pode ter atirado no modo optrônico. Se o Bofors atirou sem guiagem e em uma biruta pequena, não é de estranhar a imprecisão, que é o padrão esperado.
O Igla errou, mas devemos lembrar que o artefato pirotécnico usado para simular o escape do motor é muito menos intenso, e mesmo guardadas proporções de distancia, colocando-se ele mais perto, pode isso ter interferido na eficácia do disparo. A versão que usamos não é a melhor e mais atualizada. Com a compra do Pantsyr também foi acertada a aquisição da versão mais moderna. Seriam duas baterias, embora eu desconheça quantos comporiam uma bateria na visão do comando do EB.
As metralhadoras .50 operadas manualmente em reparo antiaéreo são muito imprecisas, e só tem utilização ainda porque podem ser levadas a qualquer lugar. A título de curiosidade, os britânicos ainda operam .50 em versão antiaérea, com visor e umreparo especial, nos mesmos moldes as usadas em veiculos pra tiro terrestre. Elas exigem atiradores profissionais, não conscritos como fazemos, e muito treino. Ainda a título de curiosidade, a . 50 dos M- 113, M108 e M109, e dos Astros, e as MG-3 dos Leopard tem função antiaérea também, mas nunca vi os atiradores serem treinados especificamente para este tipo de tiro. Elas também não tem miras apropriadas (como as podem ser vistas em fotos recentes de CCs sul-coreanos,que permitem aplicação de decalagem no alvo e variação de alça). O disparo dela em reparo de veiculo é bem mais estável e “macio” que no reparo terrestre.
Essa maquina é schön……
Ich liebe dich Deutschland.
Nossa, de sucata esperando por um comprador, p/ “artilharia antimíssil”, qnto progresso!!!
O Gepard c/ mísseis Stinger, não é a versão holandesa???
O radar é diferente da versão alemã.
Vem cá, mas se o que presisam são baterias com guiamento radar para ficar estacionadas do lado dos estádios onde estão as baterias Bofir 40mm do CFN? Estão operacionais?
Se houve o sinal sonoro indicado que o seeker do Igla travou ele deveria ter atingido o alvo já que não havia IRCM.
Se o artefato pirotécnico não fosse capaz de sensibilizar o seeker ele não ativaria o sinal sonoro e o míssil não poderia ser disparado.
Se o sinal sonoro foi dado e o míssil errou, houve algum problema técnico, não necessariamente quer dizer que o míssil é ruim e sim que aquele em especial falhou.
Acontece nas melhores famílias inglesas. rsrsss
Guilherme Poggio disse:
17 de maio de 2013 às 18:25
Boa!
Contribuirá e muito….para o sucateamento do Exército !
Um exército que quer se modernizar… vai lá e compra uma sucata dos anos 70 que foram ” reformulados” e não reformados !
Os alemães estão desenvolvendo coisa melhor (ver o sistema SysFla da Rheinmetall), em estado da arte e realmente não precisavam mais deste sistema antigo que usa os mesmos canhões defasados que já possuíamos (Oerlikon 35mm)….
http://img231.imageshack.us/img231/6199/boxer2020skyranger202.jpg
Sds.
Poggio:
Nossos sistemas AA de 35 e 40 mm passarão por um upgrade ou serão substituídos pelos Gepards, Iglas e pantsyr que estão chegando? Canhões AA são obsoletos nos TOs de hoje?
Canhões AA nunca serão obsoletos. Misseis e canhões são sistemas complementares. Juntos eles tendem a diminuir as respectivas vulnerabilidades.
O que existe são sistemas obsoletos como o Gepard por exemplo. O principal problema no caso de sistemas obsoletos é sua eletronica. Seja na questão da capacidade de processamento de dados, quanto na resistencia contra-contra medidas.
Desenvolvimento armamentista é uma corrida entre armas e contra-medidas. As segundas estão sempre a 1 passo atrás.
Canhões AA não estão obsoletos, mas são dispensáveis.
A quem não os utilize mais, como por exemplo o exército americano, o britânico, o francês, etc.
As metralhadoras .50 combinadas com Manpads é que voltaram a moda, montadas em veículos leves em sofisticadas combinações.
Claro que ainda há lugar para canhões AA rebocados e autopropulsados, isolados ou combinados com mísseis, mas já não são unanimidade como no passado e vem perdendo força no Ocidente.
O canhão tinha algumas características singulares imbatíveis, tais como serem imunes á interferência no caso de tiro visual diurno, terem menor tempo de reação e terem alcance mínimo bem menor que o dos mísseis, o que permitia o engajamento de alvos muito próximos.
Hoje é difícil justificar um a um esses quesitos como sendo exclusivos dos canhões tendo em vista a evolução dos mísseis e no futuro ainda enfrentarão a concorrência do laser.
Se um Pantsir, só pra citar um exemplo, chegar a usar os canhões contra uma aeronave é porque ele não funcionou como devia. Acaba que seus canhões servem mais para dar proteção no campo de batalha contra alvos de superfície que propriamente na função AA primária.
Para dar proteção contra ameaças de superfície ou para ser usado de forma eventual contra aeronaves um veículo antiaéreo dotado de mísseis não precisa ter um canhão AA avançado, bastando um canhão menos sofisticado, com menor cadência de tiro.
Canhões AA também sobrevivem no conceito C-RAM, mas aí é outra estória.
Em guerra naval, idem.
Os canhões AA na função de defesa de ponto/antimíssil também já não são unanimidade e perderam um pouco de espaço para os mísseis (e lasers) e para os canhões de médio calibre multifuncionais.
O que está em alta são canhões de pequeno calibre para a defesa aproximada de ameaças assimétricas. Esses não são AA.
Pensem pelo lado positivo.
Pelo menos agora quando mostrarem os “sistemas antiaéreos” do EB no Jornal Nacional vai aparecer um Gepard.
E não aqueles três milicos com um Igla nas costas fazendo marra e com cara de mau… 🙂
Que fase…
Joséboscojr, essa história de que as armas adquiridas são para a proteção de grandes eventos é claro que é história pra boi dormir… Imagine se o governo petista, preocupado com direitos humanos, vai comprar armas de guerra? Claro que não… Por isso, tanto os P-3AM como os submarinos convencionais, são pra a defesa do Pré-Sal, etc… Outra coisa, sobre o que o Galante disse a respeito do teste em Formosa: Igla é uma merda… Não consegue sequer travar num Tucano, coisa que não é problema para os Mistral usados pelo CFN…
Nautilus, o pessoal que ja viu ambos em operação realmente andou falando que o Igla tinha uma sensibilidade muito menor e não travava nos Tucanos ou em aviões semelhantes. Também ouvi comentários relativos aos primeiros disparos deste missil no EB dando conta de que ele não se saia bem contra alvos com velocidade acima de 450 km/h em baixa altitude, pois teria dificuldade de travamento, ou seja, seria um missil pra atingir helicopteros. A questão da sua aquisição em lugar de outro, como por exemplo, o Mistral, que tem 93% de acertos, é provavelmente o preço quase 1/3 menor (o Igla sai na faixa de US$ 80.000,00 a unidade), além do que o mistral não é propriamente um míssil disparado do ombro, carecendo de reparo. Estes que foram disparados em Formosa estão no limite da vida útil, são do primeiro lote, talvez sendo isso o motivo da falha. O SIPRI dá conta de que em 2010 teria sido adquirido outro lote de 250 misseis. Aqui nos meios de comunicação não houve divulgação disso.
Quanto à pergunta sobre os canhões do CFN, acima formulada, são oito peças, e creio que serão usadas no Rio.
Eu ainda prefiro um sistema misto, canhões, com e sem guiagem, misseis, de curto e médio alcance, e metralhadoras, o que permite até se criar categorias diversas de proteção,pois os misseis, embora mais precisos, são relativamente caros e tem vida útil relativamente curta. Considerando a “boa vontade” do GF, jamais seremos capazes de ter uma quantidade ideal de misseis AA a disposição.Dai que o canhão seja uma alternativa ainda útil de forma complementar, tanto mais considerado o nível das ameaças mais possíveis na região.
Na LAAD o pessoal que estava no Guarani citou que a metralhadora .50 no reparo remoto vai ter acompanhamento automático de alvo e poderá ser usada contra alvos aéreos.
Claro que deve ser contra alvos mais lentos.
Os Israelenses usaram o sistema de acompanhamento automático de alvos do carro de combate Merkava contra alvos aéreos lentos com sucesso. Recrutas conseguiam kill com pouco treino.
Boa tarde.
Primeiramente, o Gepard, ainda que eficiente, é ultrapassado. Eu simplesmente não consigo entender porque comprar o Gepard, em primeiro lugar, e ainda mais quando se tem a possibilidade de adquirir o Pantsir.
Segundo, se o Brasil fosse atuar com seriedade em termos de defesa aérea, compraria o S-400 além do Pantsir. Eu ainda compraria o Tor.
Terceiro, mesmo os sistemas supracitados não são os ideais. Seria interessante pelo menos avaliar o Phalanx e o Iron Dome como C-RAM, e outros SAM, como o Spyder, para defesas a alcances maiores.
Finalmente, o uso de ‘blimps’ com radares do E-99 seria outra opção interessante para AEW 24/7, o que aumentaria muito a eficiência de quaisquer sistemas de defesa aérea, ainda mais se caças estiverem disponíveis.
Renato,
É questão de disponibilidade e custo.
Como a Copa pegou o GF de surpresa rsrrsss tivemos que arrumar algo pra “ontem”.
Todos os Gepards custaram algo em torno de 76 milhões de verdinhas. Um único veículo de combate Pantsir deve ficar por uns 50 milhões.
Renato,
Você só esqueceu de dizer que a Sharapova é a melhor jogadora de tênis que já existiu na face da Terra. rsssss
O Pantyr segundo consta na internet, tem preço de venda na faixa de US$ 18.000.000,00 por lançador. Sendo três “baterias” ( a rigor cada lançador é uma bateria) a seis unidade, serão US$ 324.000.000,00 a desembolsarmos.
Renato, o problema é o preço. Todos os sistemas citados por você são caros e destinados à ameaças de primeira linha. Além disso sistemas de longo alcance, como o S-400 não trariam grande vantagem em vista de mais pontos de defesa com mísseis de menor alcance, pois um sistema com alcance de 300 Km não se destina a alvos em baixa altitude. Quanto maior a distância, mais elevada a cota de radar. Sistemas como o S-300 e S-400 operando em longo alcance são mais para atingir bombardeiros e mísseis em maior altitude. Contra alvos em baixa altitude, o seu alcance efetivo não é maior maior que um sistema de médio ou mesmo curto alcance. Aliás, a principal função do Pantsyr na Federação Russa é justamente defender as baterias S-300 e S-400,pois são vulneráveis a infiltrações a baixa altitude ( método que seria o mais provável em um conflito na AL). Pra quem não vai lutar um guerra contra ICBM ou meios modernos de bombardeio a grande distância, que exigem maior altitude de lançamento, a melhor alternativa são sistemas de curto e médio alcance em maior quantidade.Os de médio alcance,com alcance na faixa de 20 a 60 Km, ja impedem o uso da maior parte das de armas inteligentes com planeio. Dai que acho que a Venezuela esta fazendo um péssimo negócio ao trocar muitas baterias de menor alcance por poucas de maior.Tivessem adquirido mais unidades do Tor e do BUK teriam uma defesa bem mais consistente e mais dificil de ser neutralizada pela dispersão que propiciaria. Os misseis mais sofisticados de um sistema como S-400 podem custar até US$ 50.000.000,00 a unidade. Com isso se compra dois Pantyr com 24 misseis. Fora que eles tem elevado custo de manutenção, pois a cada 10 ou 15 anos tem a vida útil de seus componentes comprometida.
Colombeli,
A rigor uma bateria deve sair bem mais caro tendo em vista que tem outros veículos além dos lançadores, e deve ter pelo menos mais 72 mísseis de reserva.
O meu chute de 50 milhões foi baseado na intenção de compra do Brasil que vai ficar em mais de 1 bilhão de dólares para 3 baterias e mais duas de Igla.
Um abraço.
Prezados Colombeli e Bosco,
Suas asserções estão parcialmente corretas. É muito difícil estimar custos, primeiro porque muitos destes negócios envolvem sigilo, segundo porque ‘custo’ é uma palavra relativa. Se estiverem inclusos peças, treinamentos, etc etc, o preço de um item cujo custo unitário de reposição (nom caso, o preço do veículo lançador em si, sem contar os extras) seja US$ 18 milhões pode subir facilmente para mais de 50 milhões. Neste sentido, os cálculos do Bosco estão mais perto da nossa realidade (vamos começar a operar o Pantsyr do zero) e do Colombeli mais próximo da realidade de países que já operam o sistema (apenas veículos de reposição).
Como em programas militares a possibilidade de ‘morder’ é menor, já que normalmente envolvem vários países, e também porque o montante envolvido também é relativamente pequeno, mais o fato que os corruPTos não investem em defesa, é o que evita a compra de sistemas eficazes.
O GF não foi pego ‘de surpresa’ com a copa; o anúncio foi feito em 2006, já com o mollusco na presidênfia. Tiveram todo esse tempo para, digamos, trabalhar, e deixaram, pra variar, pra última hora.
Quanto a questão de ‘bons demais para banânia’, acho que é mais uma inversão de prioridades que qualquer outra coisa. Dinheiro para a copa tem a rodo. Ou seja, se quiser tem também para as FFAA. Mesmo assim o FXn se arrasta há mais de uma década…
Prezados Colombeli e Bosco,
Suas asserções estão parcialmente corretas. É muito difícil estimar custos, primeiro porque muitos destes negócios envolvem sigilo, segundo porque ‘custo’ é uma palavra relativa. Se estiverem inclusos peças, treinamentos, etc etc, o preço de um item cujo custo unitário de reposição (nom caso, o preço do veículo lançador em si, sem contar os extras) seja US$ 18 milhões pode subir facilmente para mais de 50 milhões. Neste sentido, os cálculos do Bosco estão mais perto da nossa realidade (vamos começar a operar o Pantsyr do zero) e do Colombeli mais próximo da realidade de países que já operam o sistema (apenas veículos de reposição).
Como em programas militares a possibilidade de ‘morder’ é menor, já que normalmente envolvem vários países, e também porque o montante envolvido também é relativamente pequeno, mais o fato que os corruPTos não investem em defesa, é o que evita a compra de sistemas eficazes.
O GF não foi pego ‘de surpresa’ com a copa; o anúncio foi feito em 2006, já com o mollusco na presidênfia. Tiveram todo esse tempo para, digamos, trabalhar, e deixaram, pra variar, pra última hora.
Quanto a questão de ‘bons demais para banânia’, acho que é mais uma inversão de prioridades que qualquer outra coisa. Dinheiro para a copa tem a rodo. Ou seja, se quiser tem também para as FFAA. Mesmo assim o FXn se arrasta há mais de uma década…
Renato, falaste coisas que tem pertinência. Porém, acho que o custo de operação do sistema Pantsyr não se eleve muito além do preço de mercado anunciado, até porque não é um sistema que envolva muitas pessoas e que seja de complexa operação. Esta simplicidade é inclusive uma das grandes propagandas dele. O maior custo seriam mísseis reserva. Mas certamente sairia mais caro com certeza do que so o preço de venda, ainda que não muito mais. E este aumento também ocorreria com sistemas mais caros, como os citados por ti, e com muito mais razão, pois seriam mais complexos de operar. O BUK, por exemplo, ja trabalha com estação de radar separada e necessidade de comunicação da central de tiro com os lançadores. Logo a questão ainda é o mais barato e bom versus o muito mais caro e ótimo, ambos cumprindo a missão.
Também concordo contigo que se quisessem poderiam investir muito mais na defesa aérea e em geral, embora, se isso ocorresse, eu ainda prefira maior quantidade com menor alcance dos meios. Com os 30 bilhões jogados fora na copa dava pra atender muita coisa. Foram literalmente jogados fora para satisfazer o ego de uma pessoa.
Mas um aspecto é interessante. Enquanto é notório o descaso do GF com as forças armadas (salvo raras exceções), quiçá até com um ranço de revanchismo, e também é inegável a falta de atenção dada a questão de uma forma geral em nossa sociedade, no âmbito militar, onde há tecnicos e interessados efetivamente em ter o melhor, nunca se cogitou sistemas mais complexos. No início o Sypder foi estudado junto com o Crotale e mesmo sistemas baseados no Aspide, mas foram logo descartados. Desde o princípio foram cogitados em maioria sistemas de curto/médio alcance, especialmente o Tor e o Pantsyr. Ou seja, as proprias FA parecem estar inclinadas por maior quantidade e menor alcance e complexidade, com menor custo e maior dispersão e número de alvos cobertos, não so por questões tecnicas e doutrinárias, mas talvez também por saberem que o futuro das verbas é inceto e a falta delas atinge com maior intensidade sistemas mais complexos.
Caro Colombelli, eu vou discordar parcialmente da tua colocação na questão de custo de manutenção. Por questões doutrinárias e de p,adronização logística, no caso do Spyder, a FAB hoje já tem um histórico de manutenção dos Misseis P 4 e Derby, bem como paióis de armazenagem preparados para efetuar pequenos níveis de manutenção, no caso do Aspide e Sparrow a MB tem também toda esperiência, doutriana e logística voltada para eles e este sim foi o objetivo inicial de se visar nestes sistemas, bem como a facilidade de integra-los de pronto aos nossos atuais sistemas de comando, controle e radares de Comdabra, o que com os equipamentos russos vai se ruma novela daquelas a moda antiga com trezentos e noventa e não sei quantos capítulos e vamos ter que pedir ajuda para Davi.
Eu acredito que a excessão a estes foi cogitado(principalmente pela FAB e EB) a adoção do Banse, por ser aerotransportável em nossos cargueiros e a adoção do binômio míssil/canhão, mas infelizmente, a esquerdopatia endocrina e intravaginal contida nos atuais detentores do poder mais uma vez corrompeu a questão técnica e operacional.
Grande abraço
Juarez, tem razão quanto ao Banse. Também concordo contigo que reduziria bastante os custos ja trabalharmos com estes misseis, embora creio que o Sypder ainda ficaria um pouco mais caro que o Pantsyr ao fim (O preço de mercado o isrealense seria na faixa de 25 milhões a unidade). Eu até teria preferência por este último, pela flexibilidade e maior alcance, apesar do que disseram do desempenho dele na Ossétia.
Mas a manutenção dos misseis em si não deve ser o mair problema de custo, pois a maioria vem em containers (caso do Tor, Pantsyr, Banse e mesmo do Spyder). O que pesou foi a política e o custo global de cada sistema. Mas note-se que a opção por sistemas menos capazes em muito partiu do EB e do estado maior da FA, pois se fosse por questão meramente política o BUK M2 poderia ter sido adquirido também. Teria maior alcance e faria a alegria da “companheirada” do Itamaraty.
Aliás, uma questão me surgiu agora, acompanhando a tua menção à FAB. Ha algum tempo o Estado Maior das FA tinha publicado uma diretriz conjunta para aquisição de sistemas de misseis antiaéreos, e pelo que me recordo o alcance exigido era superior a 30 Km, e tinha de ser aerotransportável. O Pantsyr não tem, a princípio, a segunda caracteristica, e com certeza não a primeira. E pior, pelo que se ouviu, o sistema russo será entregue para as três forças. Logo, ou irao fazer uma aquisição futura nos moldes da diretriz e de outro sistema (pouco provável) ou então a END, Livro Branco e as declarações disso e daquilo começam a se mostrar que não são nada mais que isso, papel.
Existe a oferta russa de produzir o S-125 Pechora aqui, com muita transferencia de tecnologia. Atinge o requisito de 30 km de alcance.
Prezado G-LOC,
Fala sério, S-125? SA-3 Goa, introduzido em 1961?? Estou fora. Se eles oferecerem o S-400/S-500, aí eu me interesso.
Pechora??? Goa modernizado??? Aí meu Deus do céu!!! Será que não tem ninguém aí capaz de negociar ao menos o “três dedos da morte”???
Pelo menos é autopropulsado.
Car Colombelli! Eu pensoq ue a questão de comprar($$$) não é o problema crucial, o EB principalmente deveria, sim se preocupar em como manter e operar o sistema, isto sim vai implicar em investimentos pesados tanto de recursos como de pessoal(ahh oisto eu quero ver, com a debandada em massa que stá acontecendo de técnicos de nível médio do EB).
Este tópíco quer tu citaste sobre o Pantsyr não atender os requisitos mínimos da END mostra muito bem como são tratadas as leis neste país, masi uma para Inglês ver, agora se opção tivesse sido por um sistema ocidental, seguramente a turma do forum de SP e alguns malucos blogueiros esquerdopatas de plantão iam cair de pau, agora como será, provavelmente um sistema Russo, está tudo bem , aí pode.
O Banse no meu modesto entender seria muito interessante pelo baixo custo de manutenção dos mísseis e de ser aerotransportavel, sendo complementado pelo ESSM baseado em terra, mas ……….
Grande abraço