Rússia oferece blindado T-90S ao Peru
Representantes da Uralvagonzavod comunicaram hoje que a companhia russa está preparada para oferecer ao Peru os exemplares mais completos do blindado T-90S, atualmente em exibição na SITDEF PERU-2013. A feira de defesa teve início ontem, em Lima, e vai até o próximo dia 19.
Em declaração à RIA Novosti, um dos representantes da empresa e oficial-general reformado das Forças Armadas russas, Alexei Maslov, afirmou que desde o ano passado os militares peruanos estavam interessados no blindado “Diante do interesse genuíno por parte do Peru em adquirir blindados T-90S, a Uralvagonzavod está disposta a deixar esse exemplar no país para testes, após o fim da exibição”. Maslov afirmou ainda que a Rússia tem boas chances de vender blindados ao Peru. Espera-se que o país sul-americano adquira entre 120 e 170 veículos.
O T-90S modificado apresenta motor multi-combustível de 1.130 hp e alcança velocidade de até 45km/h em terreno acidentado e até 60km/h em estrada plana. A torre remodelada é armada com canhão de 125mm, e o blindado conta com novos sistemas de controle de fogo, navegação e comunicações, além de metralhadora 7.62mm controlada remotamente.
FONTE: RIA Novosti (tradução e adaptação do Forças Terrestres a partir de original em inglês)
Parabems, Peru. Uma opção muito boa para o Brasil.
Há tempos o Peru busca uma alternativa para contrapor ao Leopard chilenos e tinha chegado a três alternativas, tendo testado carros paquistaneses, os quais foram devolvidos. Recentemente esteve em estudo a aquisição dos Leopard holandeses, agora vendidos para a Indonésia, mas o custo seria elevado. Pessoalmente, creio que a melhor alternativa para o Peru seria adquirir um CC um pouco inferior ao Leopard, mas em maior quantidade e apostar em misseis como contraponto ao Leopard chileno. Hoje, com misseis como o Kornet e o Spike, que podem parar qualquer CC e são baratos, colocar CC contra CC não é tão vantajoso. Aliás, o Peru adquiriu misseis Kornet, os quais, na campanha israelense de 2008, lhes rendeu 49 carros perdidos em 320 postos em operação. Da mesma forma, o Chile adquiriu um enorme lote de misseis Spike. É preferrível ter 300 CC de teceira geração modernizados (Leopard 1A5, T-72 ou M-60 TTS-A3) do que 100 Leopard 2A6, pois todos serão parados por misseis antitanque modernos, e o que um 2A6, um Merkava ou um Abraham oferece a mais não compensa operacionalmente em vista de um numero bem maior de carros.
Chile com Leopard II. Venezuela com T-72 e, talvez no futuro, T-90. E agora o Peru com T-90.
Enquanto isto, o Brasil vai de guarani e de Leopard 1A5 (usado).
Êta nóis.
Observador disse:
16 de maio de 2013 às 18:24
Não entendi o porque a comparação dos carros de combate dos vizinhos com o Guarani, são veículos de classes completamente diferentes… Nossos vizinhos não têm nada “muito melhor” que o guarani (nem nós temos o Guarani ainda, já que está na fase de testes).
Não estou dizendo que somos uma maravilha não, ok? Apenas discordei da inclusão do Guarani nesta crítica que fizestes.
Carros de combate são alvos fáceis no ambiente urbano.
O melhor “armamento” para operar dentro de cidades é o soldado a pé.
Em seu ambiente, para a função a que se destina, sendo apoiado por outras armas, usando tática adequada, é interessante que seja o mais moderno possível.
Eu não sei se mísseis da classe do Kornet são assim tão eficientes contra modernas blindagens compostas.
Tenho minhas dúvidas!
Pelo que sei há muita lenda em torno da atuação do Kornet no OM, um certo exagero, e apesar de serem alvos fáceis em operações urbanas se seu veículo for atingido é melhor que esteja dentro de um MBT de 60 toneladas.
Taí uma coisa que os russos sabem fazer bem. Nada muito tecnológico, cheio de computadores e sensores. Boa parte ainda é baseada no bom e velho binômio pólvora/combustível.
Entretanto, penso que estamos atualmente bem servidos com os Leopard 1, mais por conta da quantidade que da qualidade (aliás, a quantidade é uma qualidade em si).
Pra vingar uma compra dessas pro EB tinha que vir uma fabricação licenciada.
Se um MBT, por melhor que seja sua blindagem, for atingido é claro que será danificado já que não há material capaz de resistir a um projétil cinético a 2000 m/s ou a um jato de cobre derretido a 20.000 m/s.
O que se deve saber é qual o grau de dano sofrido. O CC foi neutralizado definitivamente? Sua tripulação foi atingida? Ele tem recuperação?
Querer que um CC moderno saia incólume de um impacto direto, mesmo que de um lança rojão da SGM é irreal, o que ele tem é que em primeiro lugar não ser atingido (e para isso faz uso de uma série de recursos), se for atingido deve em primeiro lugar salvaguardar sua tripulação. Em segundo, continuar operacional. Não sendo possível continuar lutando, deve ser capaz de ser colocado em ação novamente.
Se formos avaliar os modernos CC que foram colocados irremediavelmente fora de ação e que tiveram sua tripulação atingida nos últimos 25 anos veremos que a performance dos mísseis é bem menor.
E há de se ter em mente que grande parte desses CC atingidos o foram em combates urbanos.
Neutralizar um Merkava por um Kornet se torna tão emblemático quanto abater um único F-117 por um SA-3.
Interessante esta dor de cotovelo que nós brasileiros temos quando estamos falando de Carros de Combate e olhamos aquela foto de capa do Forte logo ali acima!!!
Osório…
Acho um pouco de recalque ficar comparando o que o Perú ou Chile tem em carro de combate…
Eles não vão atravessar “lagarteando” a cordilheira ou a floresta amazônica… Aero-transportado? difícil, mas se preocupe em interceptar o avião…. Via naval? mais difícil ainda… Concordo com o Vader, estamos bem servidos, considerando as nossas necessidades e o cenários existentes… o que não pode ser dito o mesmo dos meios navais e aéreos…
Abraços
Beira a obsolecencia. Uma batalha interessante, mas em igualdade numerica, não são pareos para os Leo2A4 chilenos.
O EB deveria modernizar o Leopard 1A1 para versão A5, isso padronizaria e daria uma sobrevida ao Leopard que inclusive sofrem de alguns problemas de manutenção.
Quanto ao M60 também deveriam ser modernizados e quem sabe, se ainda existirem mais em estoque, comprar ao menos mais uns 60. Terminando definitivamente por substituir o M-41. Ou ainda sendo repassado aos Fuzileiros Navais, isso que podia ser feito mesmo com antiguíssimos M-41 com algum tipo de modernização.
O T – 90 S é um tanque de qualidade de mediana. Não é um Leopard 2A7, Merkava MK.IV e M1A2. Challenger 2. O T – 90S esta na mesma categoria do Arriete, Type-99, Leclerc e K2 Black Panther. No cenário da América Latina é um bom competidor para os MBT chilenos e bem superiores ao Leopard 1A5 do Brasil e os TAM argentinos.
Abs,
Ricardo
Honestamente não sei se é tão superior aos 1A5 não…
Quanto á eficácia dos misseis, sugiro um documentário disponivel no youtube chamado “Chariots of God”, que mostra os efeitos do Kornet contra os israelenses em 2008. De 320 CC, 49 foram postos fora de combate, não havendo dados sobre baixas. Todavia, isso levou Israel a mudar de tática evitando certas áreas propícias aos defensores. Vale lembrar que os combates específicos contra os CC não foram feitos em ambiente propriamente urbano, mas em áreas adjacentes, em campo aberto (ha cenas disponiveis de disparos no yutube tb). Evidentemente que ao ser atingido, é preferivel estar dentro de um Merkava do que dentro de um Leopard 1. Todavia, há que se avaliar o custo/benefício. Com o valor de um CC top de linha podem ser comprados de 06 a 12 carros usados um pouco inferiores. A quantidade compensa o ganho da qualidade, pois este último é pequeno. Por outras palavras, 01 CC de primeira linha não faz o que 03 de segunda fazem.
No que diz respeito aos nossos vizinhos, a única hipótese de um CC um pouco melhor (muito pouca coisa) que o Leopard 1A5 ser empregado contra nós seriam os carros Venezuelanos, em Rorraima, onde há extensões de campo no centro e próximo ao norte do Estado, tanto que esta sendo implantado um RC Mec lá. Os argentinos estão modernizando o TAM, mas a modernização foi cara e pouco producente, pois as unicas vantagens reais efetivas foram a câmera termal e a possibilidade de disparar em maior velocidade, o Resto é mais perfumaria. Ainda assim, são inferiores aos Leopard 1A5, especialmente em bllindagem e cadência de tiro, além do que presumivelmente quanto muito metade, e muito provavelmente menos que isso, será modernizada no inventário de 230 CC do exercito argentino. Logo, por ora, os 1A5 dão conta do recado.
Lyw disse:
16 de maio de 2013 às 20:26
Não estou comparando armamento. Estou comparando investimento.
Enquanto nossos vizinhos compram armamento pesado novo, o Brasil não.
Na verdade, na verdade, nosso governinho federal gosta mesmo é de investir em caminhões civis sob o argumento de incentivar a indústria nacional, ao invés de adquirir armamento de verdade para o EB.
O bom é que as empresas auxiliadas são as “brasileiríssimas” Mercedes e Ford, empresas pequenas que realmente precisam muito de incentivo do governo brasileiro.
Alguém poderia fazer um paralelo entre o MSS 1.2 e Kornet?
Ci-Pin,
O Kornet tem mais alcance (5,5 km) que o MSS1.2 (3 km), tem uma ogiva HEAT de 7 kg e 152 mm de diâmetro que é mais potente que a do míssil brasileiro (127 mm de diâmetro, massa ?), sem falar que é do tipo “em tandem”, capaz de ser efetivo contra blindagem reativa (ERA), ao contrário do míssil brasileiro que é do tipo simples.
Os dois são guiados por laser beam rider, mas pela lógica o míssil russo conta com maiores recursos, tais como um visor de imagem térmica que o habilita a operar a noite, o que eu não sei se está disponível ao MSS1.2.
Também o míssil russo é mais flexível já que possui versões com uma ogiva termobárica, mais apropriado para guerra urbana. O nosso não tem opção de ogiva.
Em favor do míssil brasileiro só o peso do míssil (15 kg) e de todo o sistema, que é mais leve que o míssil russo (27 kg).
Um abraço.
A maior crítica que faço ao MSS 1.2 é em relação a ogiva.
Ele deveria ter uma ogiva em tandem, eficaz contra blindagem reativa.
Tudo bem que em nosso TO ainda não se generalizou o uso desse tipo de proteção, mas isso pode mudar de uma hora para outra e no caso de um conflito iminente, qualquer um pode comprá-las e afixá-las em seus blindados.
Sem falar que hoje o uso de uma ogiva HEAT em tandem é padrão nos mísseis em estado da arte e essa deficiência custará ao fabricante não ter acesso ao mercado internacional.