vinheta-clipping-forte1O Ministério da Defesa é o mais novo concorrente na disputa, com as teles, por espaço na faixa de frequência de 700 MHz, destinada ao serviço de banda larga de alta velocidade (4G) no país.

A intenção da pasta é usar parte desse espaço para implantar um sistema exclusivo de tráfego de voz, dados e imagem para fortalecer os serviços de segurança pública do país, dispensando a contratação de operadoras.

O modelo permitiria, por exemplo, a transmissão, em tempo real, de imagens das áreas monitoradas em capitais ou regiões de fronteira do país, em um ambiente exclusivo de comunicação.

O pedido da Defesa foi protocolado na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e agora será submetido à área técnica e ao conselho diretor da agência.

Se o pedido for acatado, o atual regulamento de uso da faixa precisará ser alterado.

Além de bater de frente com os objetivos das teles, que teriam menos espaço para operar o 4G, a ocupação da faixa com sistemas do Exército e das polícias também desagrada parte do governo.

A Folha apurou que não há disposição do Ministério das Comunicações em alterar o atual planejamento, que divide a faixa de 700 MHz apenas entre as teles.

Como alternativa, o ministério propõe que o serviço da Defesa seja criado só nas áreas de fronteira, onde o interesse das teles é pequeno. Outra alternativa é disponibilizar uma nova frequência para atender Forças Armadas e órgãos de segurança.

O uso de uma nova faixa, porém, tende a encarecer e atrasar o projeto da Defesa, que já desenvolveu um modelo piloto em parceria com a Motorola Solutions.

“É um desafio de engenharia fazer o mesmo sistema operar em outra frequência”, afirmou o diretor de Estratégias da empresa, Bruno Nowak. “O que propusemos já existe e é usado em outros países. Leva tempo desenvolver uma nova tecnologia, em média cinco anos.”

A Defesa pleiteia espaço na faixa de 700 MHz desde o ano passado, quando ainda estava em elaboração na Anatel o relatório de viabilidade técnica e a destinação dos possíveis lotes da faixa.

FONTE: Folha de S. Paulo via Resenha do Exército

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