internagrande_posse_sec_geral

vinheta-clipping-forte1O Ministério da Defesa (MD) deu posse, nesta sexta-feira, ao primeiro secretário-geral nomeado para a pasta. O escolhido foi Ari Matos Cardoso, ex-titular de Coordenação e Organização Institucional do ministério. A cerimônia aconteceu pela manhã, no Salão de Honra do MD, e contou com a presença do ministro da Defesa, Celso Amorim.

“Ao lado da necessidade permanente de operar e assegurar a interoperabilidade das Forças Armadas, temos uma importantíssima vertente dentro do Ministério da Defesa, que é a vertente civil. (…) Essa parte carecia ainda de organicidade. E a criação da Secretaria-Geral permite isso”, explicou Amorim, durante a solenidade.

Em consonância com o ministro, Ari Matos destacou, em seu discurso, o “caráter sui generis” da estrutura organizacional do MD. “Apesar da complexidade e da abrangência de suas atividades, [o ministério] não dispunha de órgão com características semelhantes à de uma Secretaria-Executiva, exigindo, sobremaneira, a participação do ministro em assuntos que (…) podem e devem ser delegados”, disse.

A Secretaria-Geral foi criada como órgão central de direção, por meio da Lei nº 12.702, de 7 de agosto de 2012. Instituída pelo Decreto 7974, de 1º de abril de 2013, tem como competências assistir ao ministro da Defesa na definição de diretrizes; coordenar e planejar as atividades das Secretarias de Coordenação e Organização Institucional (Seori), de Produtos de Defesa (Seprod), de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd), bem como o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Departamento do Programa Calha Norte.

interna_posse_sec_ariDurante a posse, Ari Cardoso enfatizou a satisfação em participar “desse momento de reestruturação do Ministério da Defesa”. E citou órgãos recém-criados na pasta, como o Instituto Pandiá Calógeras; as vice-chefias de Assuntos Estratégicos e de Logística; a subchefia de Apoio a Sistemas de Cartografia; os departamentos de Desporto Militar, de Tecnologia da Informação, de Pessoal Civil e do Programa Calha Norte, além do núcleo da Escola Superior de Guerra em Brasília.

Para ele, a Secretaria-Geral – que gerenciará todos esses novos setores – vai permitir “uma ação articulada com a vertente militar, sob a responsabilidade do EMCFA [Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas]”.

Na Defesa desde 2003, Ari Matos Cardoso foi diretor do departamento de Administração Interna e esteve à frente da Coordenação e Organização Institucional do ministério – cargo em que permaneceu de agosto de 2007 até meados de abril deste ano.

Participaram da solenidade os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Força Aérea, brigadeiro Juniti Saito, além do chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi. O comandante da Marinha foi representado pelo chefe do Estado-Maior da Armada (EMA), almirante Fernando Eduardo Studart Wiemer.

Leia a íntegra do discurso do novo secretário-geral do Ministério da Defesa, Ari Matos Cardoso.

FONTE: Ministério da Defesa

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Vader
11 anos atrás

Muito boa notícia. Assim o Boneco Sinforoso fica livre pra saber fazer o que ele sabe: política ParTidária.

E como a PeTralha adora o cargo de “secretário-geral”…

Isso é mais um dos muitos tapas na cara que as Forças Armadas tomam do Min Def e da PeTralha.

Tem nada não… parece que o país tá começando a acordar… a hora deles vai chegar, e é já já…

Almeida
Almeida
11 anos atrás

Mais cabide pros cumpanheiros…

emerson
emerson
11 anos atrás

Olá Vader,

Como estão as coisas?
Muitas vezes compartilho de sua opinião, mas lamento discordar desta vez. Na estrutura ministerial, o secretário executivo é praticamente o vice-ministro. Em todos os ministérios, que toca o dia-a-dia é o secretário executivo, inclusive assumindo o cargo interino quando o ministro se afasta. O MD era o único ministério sem um secretário executivo. Eu nunca entendi isso.

Se lembrarmos, houve momentos nos quais o vice-presidente ter que assumir o MD devido a saída do titular e a inexistência de um secretário executivo.

Em minha opinião, ao criar a figura de secretário executivo, o MD ganha agilidade e estabilidade. O estranho era ter um ministério criado em 1999 sem seu secretário executivo.

Getulio
Getulio
11 anos atrás

Vader resume bem o cabide de emprego dos PaTifes e já estamos no 39º ministério…

Vader
11 anos atrás

emerson disse:
4 de maio de 2013 às 10:55

Prezado, como diz o outro, seria assim se assim fosse…

Concordaria com seu argumento, se o cargo criado tivesse sido o de secretário-EXECUTIVO (como você bem colocou).

Não foi.

O cargo criado é o de secretário-GERAL. Como havia na antiga URSS, se é que me entende… 😉

Secretário-EXECUTIVO é o que trata da parte executiva (de EXECUÇÃO) do Ministério. Seria como um técnico da área, para executar a política de defesa escolhida.

Secretário-GERAL é substituto de Ministro. É um técnico que vai cuidar de tudo, pra liberar o Min Def pra fazer política e aparecer nas formaturas.

Mas por pior que pareça, nesse caso específico, em que o douto Min Def entende tanto de defesa quanto eu de fabricação de geléia de mocotó, capaz de ser até bom.

Sds.

emerson
emerson
11 anos atrás

Olá Vader,

De fato, a página do MD fala em Secretário-geral e não secretário executivo. Contudo, pelo que li, a secretaria geral desempenhará as funções de secretaria executiva além de coordenar vários orgãos que antes estavam sob responsabilidade dos comandos militares.

Vou procurar mais informações diretamente do MD, mas me lembro que dois ou três anos atrás, precisava de um contado no MD para um documento e busquei a secretaria executiva, como faço geralmente com o MEC e MCT… minha surpresa foi saber que ela não existia…

Espero que o MD também unifique outras estruturas que se repetem nos comandos, como saúde, ensino e engenharia e inteligência.

Quando os comandos eram ministérios, cada um criou sua própria estrutura. Hoje não faz mais sentido. Parece mais eficiente unificar essas estruturas sob o MD e deixar aos comandos militares a função principal relacionada à defesa e combate.

Acho inclusive estranho que cada força use um cocar diferente em suas aeronaves e que não exista uma notação nem matrícula unificada para as aeronaves… exemplo são os “A1” da FAB e da MB ou o uso de diferentes “H” para a mesmo Esquilo nas diferentes forças.

Por outro lado, se o secretário-geral for desempenhas as funções de executivo, sua atividade será a garantir os programas para cada força… no MEC, por exemplo, o secretário executivo atua na parte interna, como organizar e executar os orçamentos, pessoal, aquisições.. ele não decide nada, mas a papelada passa na mão dele.. a gente solicita e o ministro assina.. mas que faz tudo é ele…

imagino que o MD era muito penalizado pela inexistência de uma secretaria assim.

colombelli
colombelli
11 anos atrás

Mais um civil pra dar desculpas esfarrapadas e reafirmar, vaziamente, que a defesa é prioridade. As forças armadas estão irreconhecíveis na sua passividade.

marco antonio
marco antonio
11 anos atrás

vai virar mais um guarda roupa cheio de cabides

Marcelo
Marcelo
11 anos atrás

Boa tarde, sempre acompanho a triologia de defesa apesar de não conhecer muito sobre o assunto, sou mais um admirador sobre isso e fico feliz que os comentários estão abertos pois vi um texto sobre a Força Nacional de Segurança Pública que me deixo meio perturbado, sei que aqui nao se pode fazer propaganda politica mas queria saber se isso é veridico. http://reporterbrasil.org.br/2013/04/a-nova-guarda-pretoriana-de-dilma-rousseff/

Outra coisa que queria saber, pra que serve realmente essa Força de Segurança Pública, as policias não estão dando conta atualmente ?

Marcos
Marcos
11 anos atrás

off topic
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Brasil contratará estatal da Argentina para construção de reator nuclear (AFP)