Rússia pretende investir US$ 100 milhões na modernização de blindados
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a abertura de uma licitação para a modernização do veículo de combate BMD-1e, segundo a agência de aquisições da União, e pretende gastar até US$ 100 milhões no projeto. Pelos planos do governo, 145 carros serão atualizados para o modelo BMD-2 ainda neste ano, e outros 67 em 2014, com custos estimados em pouco mais de US$ 500 mil por unidade. Em 2012, o país investiu quase US$ 65 milhões para melhorar 135 tanques.
O porta-voz do Ministério da Defesa, coronel Alexander Kucherenko, havia dito em dezembro que as Forças Armadas receberão 10 carros de combate BMD-4M até o final de 2013. Essa é a versão mais avançada de um blindado que pode fornecer apoio a tropas aéreas. Ele apresenta um novo chassi, um sistema de controle de fogo digital e um conjunto de armas de alta precisão.
O Ministério da Defesa russo está atualizando sua frota de tanques para a versão BMD-2
A Rússia deve adquirir pelo menos 1.000 veículos como esse durante o atual programa de rearmamento, que tem validade até 2020.
FONTE: Diário da Rússia
Tem algo errado nesta matéria, o que são míseros 100 milhões para modernizar a imensa frota blindada russa? Não seriam, 100 bilhões? Vi noutros sítios a mesma informação, creio que foi uma escorregada da fonte original russa mesmo!
Caro Lyw
Considerando o valor de 500 mil dólares por veículo (citado no texto), com 100 milhões seria possível modernizar 200 deles. O que me parece bem razoável.
BMD, acrônimo de ‘Boyevaya Mashina Desanta’, seria traduzido para português como Veículo/Máquina de Combate Aerotransportado.
Dentro do pragmatismo russo é exatamente isso, um veículo de combate para a infantaria, mas que também é útil a cavalaria leve, que pode ser facilmente transportado por aeronaves, em face da limitação de peso que não chega às 14 (quatorze) toneladas.
O começo do desenvolvimento foi na década de 60, com os primeiros exemplares entregues na década seguinte, sendo a primeira geração os BMD-1, logo sucedido pelos BMD-2.
A versão BMD-3 já era mais pesada que a anterior (2), mas ainda dentro da limitação, sendo armada como a anterior com o canhão automático 30mm 2A42.
Novas versões começaram a combinar com o canhão automático anterior o canhão de baixa pressão 100mm 2A70 para apoio à infantaria (paraquedistas e fuzileiros).
Em 2006 surge a versão BMD-4, um melhoramento da anterior, com o mesmo armamento combinando 30mm (AC) com 100mm (AP).
Todas estas versões são tripuladas por 3 (três) combatentes (comandante/motorista/artilheiro) e transportam 5 (cinco) fuzileiros (uma esquadra).
Contudo há uma nova versão saído, a BMD-4M, com o chassis lligeiramente modificado que permitirá transporta um fuzileiro a mais ( 3 + 6 ).
De acordo com a notícia acima os russos estão recebendo mas 10 (dez) unidades, o que indica uma baixa cadência de produção, mas interessante é que as fábricas continuam entregando veículos novos e melhores.
Importante não confundir com os blindados maiores chamados BMP, acrônimo de ‘Boevaya Mashina Pehoty’, que significa Veículo de Combate para Infantaria. Estes, em que pese dispor de armamento semelhante conforme as gerações, são maiores e mais pesados, entre 18 (dezoito) e 20 (vinte) toneladas, trasportando 7 (sete) fuzileiros ou até mais em emergências.
Sds.,
Ivan, a oldinfantryman.
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/TER.aspx?nn=235
O link anterior é de um BMD ‘Boyevaya Mashina Desanta’.
Abaixo um link para um BMP ‘Boevaya Mashina Pehoty’.
http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/ter.aspx?NN=236
Ambos em versões bastante atuais, BMD-4 e BMP-3.
Sds.,
Ivan.
Os russos (antes soviéticos) sempre valorizaram suas tropas aerotransportadas, a ponto de desenvolver vários blindados para apoiar estas tropas, como os canhões anticarro autopropulsados ASU-85 (Awiadesantnaja Samochodnaja Ustanowka) e antes deste o ASU-57, com armas de 85mm e 57mm respectivamente.
O fato de ter desenvolvido e continuar a desenvolver VBCIs distintos como o BMD e BMP é um sinal claro que continuam a ver a missão aeroterrestre como essencial na sua visão de guerra.
Sds.