Militares da União Europeia treinam Exército do Mali
Um contingente de 570 soldados do Mali recebe desde ontem (02) treinamento de instrutores europeus. O objetivo é reestruturar o exército do maliano depois da ofenvsiva de forças paramilitares islâmicas, que tomaram várias cidades do noroeste do país.
A intervenção militar da França em Janeiro deste ano evitou o avanço das forças islamistas, e na mesma época os países da União Europeia (UE) decidiram prover instrução aos soldados e chefias malianas. De acordo com o porta-voz da missão da UE, o tenente-coronel do Exército francês Philippe de Cussac, os adestramentos começaram ontem na base militar de Koulikoro, a 60 quilômetros da capital, Bamako. No total, 550 instrutores europeus trabalharam com as forças do Mali
A formação desse primeiro grupo de malianos deverá durar seis semanas e será feita por instrutores da França, Reino Unido, Suécia, Finlândia, Lituânia, Luxemburgo e Irlanda. “Haverá, primeiro, uma formação geral. Em seguida, será especializada em telecomunicações e artilharia”, declarou o tenente-coronel Cussac. Serão treinados ao todo três mil militares de um Exército que atualmente se encontra frágil e pouco organizado. Ao mesmo tempo, a França prepara a saída dos 4 mil militares que permanecem no Mali. As tropas serão substituídas por uma missão de paz das Nações Unidas, com efetivo de 11 mil homens.
Segundo jornais de Moscou, o governo de transição do Mali pediu também ajuda à Rússia, especificamente no fornecimento de helicópteros e aviões de combate, e de veículos blindados. Em Fevereiro, a Rússia enviou ao país três mil metralhadoras Kalachnikov e outros armamentos no valor de 12 milhões de dólares.
Apesar da intervenção francesa, as milícias islamistas continuam combatendo na região norte, nas montanhas de Ifoghas e também próximo às cidades de Gao e Tumbuctu, que já estiveram sob domínio dos fundamentalistas. Segundo a agência de notícias AFP, ainda há ofensivas por parte dos islamistas a Tumbuctu. Na madrugada de domingo houve um ataque suicida que matou 12 pessoas, oito das quais eram membros da milícia islâmica.
FONTE: publico.pt (edição e adaptação do Forças Terrestres)
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