Imagens: patrulhas e exercícios na fronteira entre as Coreias
Apesar de a Coreia do Norte ter declarado “estado de guerra” contra o Sul, e da retórica agressiva do dirigente Kim Jong Un, não se percebeu ainda qualquer movimentação das forças de Pyongyang. Abaixo você confere imagens das regiões de Paju, Hwacheon e Pocheon, próximas à zona desmilitarizada entre os dois países. Estados Unidos e Coreia do Sul realizam patrulhas e exercícios conjuntos com blindados e artilharia nessas áreas desde o mês passado. Bombardeiros B-2 e caças F-22 já sobrevoaram a Coreia do Norte, e a Marinha americana enviou o contratorpedeiro USS Fitzgerald e a estação de radar SBX para o litoral do país.
FONTE: Militaryphotos.net
“Bombardeiros B-2 e caças F-22 JÁ SOBREVOARAM a Coreia do NORTE”
Sei que provavelmente isso é cliping, mas pelamordedeus, não vamos distorcer os fatos. Se aviões stealth sobrevoaram o Norte ninguém, pois se soubesse, seria considerado um ataque e teríamos uma guerra declarada de fato. Menos. Ninguém sabe nem se os F-22A já chegaram na Coréia do SUL…
Esse aparato todo…
e não queriam que o china do cabelo engraçado fizesse esse blefe todo….
Apesar de o comunismo ser ultrapassado, da família estar no poder a anos e não ter eleição (como na Arábia, mas éssa não é chamada de ditadura), o território é deles….
Queriam o que?
que ele dissesse “estou com medo, vamos acabar com o comunismo, tragam suas indústrias, um empréstimo impagável do FMI e seus hamburguers com coca cola…”
Ribeiro disse:
2 de abril de 2013 às 15:02
Exatamente! 🙂
Mas provavelmente não vai rolar, então o negócio é ficar fazendo exercício…
Por enquanto… 🙂
Ribeiro,
“…um empréstimo impagável do FMI e seus hamburguers com coca cola…”
Empréstimo do FMI é pagável, nós sabemos.
Hamburguers até que é legal, se bem feito.
Coca cola… bem, prefiro guaraná Antártica.
No mais, a maior felicidade para os norte coreanos seria poder escolher entre ter ou não ter estas “coisas horríveis” que vc descreveu.
Errado, certamente, estão os sul coreanos que vão estudar nos ‘states’, fazer rap internético e vender smarphone, carros, navios, monitores, TVs e toda sorte de produto manufaturado pelo mundo.
A propósito, o território é do povo-refém do norte da Coréia. Nunca foi ou será do presidente eterno Kim Il-sung
(o morto que governa), seu neto líder supremo Kim Jong-Un e a corte que o cerca.
Saudações,
Ivan.
A propósito.
Desde o dia 19 de março passado o People’s Liberation Army – PLA – da China tem concentrado tropas próximo ao Rio Yalu, na fronteira com a Coreia do Norte. A notícia vasou apenas no final mês.
Sem surpresa para quem olha o mapa.
http://4.bp.blogspot.com/_TxgbD-pxgXw/S_yjwicnRwI/AAAAAAAAANE/zHkRZ_BPBns/s1600/Korea+-+map+-+big.jpg
Estas podem tanto apoiar os generais sanguinários de Pyongyang com garantir que eventuais refugiados fujam para a China.
Xadrez ou Pôquer?
As peças estão se movendo, como no xadrez.
Mas alguns lances foram feitos, como no pôquer.
Vão apenas proteger o rei ou vão cobrir as apostas?
Seja lá qual for o jogo que Kim Jong-Un pensa jogar, tenho certeza que é muito perigoso… e atômico.
Sds.,
Ivan.
Correção:
…evitar que eventuais refugiados fujam para a China.
http://www.estadao.com.br/fotos/mapa_coreia.jpg
É…
Quando algum simpatizante do comunismo fala, chego a pensar por um átimo de segundo que os norte-coreanos preferem os campos de trabalho forçado à um hambúrguer com coca-cola, essa dupla sinistra que degrada a nossa dignidade.
Mas só por um átimo!
Aha… é ai que eu me refiro…
tomamos nossas conclusões de forma errada (não no sentido de ser a certa, mas baseado em que tomamos).
O meu comentário é no sentido do direito internacionais das nações… não me importa se eles são comunistas ou adoradores de uma pedra, mas me importa nesse contesto é justamente a questão de terem o direito de “demonstrar” poder defendento os seus interesses, sem que nós o julgamos os maus, e ou que estão do outro lado da fronteira os bons…
fiz um comentário, e os meus colegas Ivan e GBento me definiram como comunista…
Este é o erro meus amigos…
Para o conhecimento dos senhores, não sou comunista, adoro coca cola e hamburger… e nas férias, levarei minhas filhas para Disney, não para ver a muralha da China ou Havana…
Mas sei que a história mostra que nunca os EUA se preocuparam com a população de qualquer país… e questiono é acharmos normal um país levar os tambores da guerra a porta de outro país, a acharmos que este último é que são os errados por ameaçar um revide….
Abraços
Ribeiro disse:
2 de abril de 2013 às 20:28
Caro Ribeiro, sua argumentação é louvável, mas apenas em linhas gerais.
Se falássemos de uma Holanda ou uma Suécia, democracias consolidadas regidas por governos legítimos eleitos democraticamente, com liberdade de expressão e credo, com oportunidades e justiça para todos, realmente seria um aberro o Tio Sam ir rufar seus tambores perto da fronteira deste países.
Porém, falamos da Coréia do Norte, um país que virou um feudo de uma família e seus asseclas, onde milhões vivem na miséria e ignorância, morrendo de fome e servindo de escudo humano da casta parasita e assassina.
É como querer tratar um bandido com os mesmíssimos direitos de um cidadão de bem. Mais ou menos como a tchurminha dos direitos humanos gosta de fazer.
A Coréia do Norte só existe ainda porque quem invadi-la vai ter que marchar até a fronteira com a China. Este é o verdadeiro perigo. Em uma invasão, com bomba atômica ou não, o regime de Kim Jong Un duraria poucas horas se estivesse isolado como era o Iraque de Sadam.
Vamos ver até onde os chineses vão aturar e bancar a chantagem da nomenklatura norte-coreana.
Galera, pega leve que o Ribeiro é gente boa…
Comunistas. Desde 1945 ameaçando os americanos sem ter coragem pra nada mais do que ameaças.
Prezado Ribeiro,
Não te chamei de comunista; mas há aqueles que simpatizam de uma forma ou de outra com a utopia comunista de uma suposta “redenção” que não se verifica na prática.
Posso ter me enganado grosseiramente; e acredito que me enganei mesmo; mas a leitura do seu texto me passou essa impressão de momento.
E eu de minha parte, tenho o imperdoável defeito de ser um tantinho radical em considerar a civilização ocidental, cristã, e fundamentada em regimes democráticos e de direito, superior em todos os aspectos à civilização oriental, fundada (com raríssimas excessões) em ditaduras de diversos matizes, laicas ou teocráticas.
Mas apenas esclarecendo, meu radicalismo se dá mesmo com relação à ditaduras. Nunca saberemos os que os norte coreanos acham de seu governo, simplesmente porque esse governo o impede de emitir uma opinião. Considero tal prática indefensável.
Mas depois de sua explicação, vi que não havia entendido seu comentário em plenitude, por isso peço desculpa por qualquer resquício de agressividade do meu comentário anterior.
Mas complementando, acho que os tambores de guerra só rufaram por causa de mais uma das periódicas provocações que partem da CN; e não dos EUA.
Saudações.
Ribeiro,
Alto lá!
NÃO chamei ninguém de comunista e isto (ser comunista)
NÃO tem nada de depreciativo, é apenas uma opção política pessoal que respeito, mas discordo.
Tenho amigos e parentes comunistas (de verdade) e ex-comunistas, quase todos pessoas honradas, alguns inclusive reconhecendo a utopia de suas visões de mundo.
Minha intolerância é com o totalitarismo.
Tanto faz, de direita ou esquerda, é apenas uma forma de poucos manterem o poder e canalizarem para os seus as riquezas, sem dar oportunidade ao povo de se posicionar e às pessoas que não são da corte de crescer.
Por fim, prefiro guaraná Antártica à Coca Cola, mas gostava muito (quando mais jovem) de um Cuba Libre com rum Bacardi, coca cola, gelo e limão.
Nunca com pepsi que era horrível…
Saudações,
Ivan, radicalmente democrático.
MiLord Vader,
Sempre pego leve aqui entre amigos, com uma excessão no passado já distante.
Mas diga aí… amanheceu ½ Jedi?
Abç.,
Ivan.
A propósito,
Pyongyang começou a recuar, após interlocução chinesa, pressão americana e clareza no comunicado sul coreano.
Expressão de um analista:
“Vários analistas têm avisado que um dos problemas no momento, reside na idade do líder Kim Jong-Un, que poderá não ter entendido a realidade do mundo em que vive. Parte dos militares norte-coreanos, que nunca saíram do país e têm pouco ou nenhum contato com o exterior são igualmente vistos como perigosos, por não terem uma noção exata da verdadeira força proporcional da Coreia do norte.”
Sds.
Observador disse:
3 de abril de 2013 às 0:01
“A Coréia do Norte só existe ainda porque quem invadi-la vai ter que marchar até a fronteira com a China. Este é o verdadeiro perigo”
Será q em uma situação como essa, a China não marcharia para dentro da CN ?
Será q a CN não se tornaria um Tibet ?
Saudações amigos… voltei (depois de um turno dobrado fazendo gasolina…)
Por favor amigos… isto é um forum… não necessito de desculpas nem de pedir desculpas… é como se estivéssemos tomando uma cerveja depois do trabalho, só sem se preocupar com a conta, a lei seca ou a explicação em casa…
Não fiquei ofendido…. assim como espero não ter ofendido ninguém…
Mas como disse, mesmo com todos os defeitos, a CN é uma nação independente… o que me preocupa e parecer normal essas ações…. no Iraque, não havia as armas químicas, e as atrocidades do Sadan, eram as mesmas de quando ele era “amigo” contra o Iran…. 4 anos antes de morrer, o Kadafi era “amigo” das nações europeias e até mesmo do EUA…
Povo com necessidades e manipulados o mundo ta cheio, podem escolher 10 países da África, até aqui na “banânia” como alguns colegas falam…
O que me preocupa, é que qualquer dia destes, sobre uma alegação qualquer, mascarando o real interesse, esses tambores venham a nossa porta…
Abraços….
… Senhores, perceberam as semelhanças das viaturas blindadas da segunda foto de cima para baixo com o nosso velho CHARRUA…
Ribeiro disse:
3 de abril de 2013 às 17:52
Ribeiro, os EUA podem ter errado ao não condenar o Saddam desde o princípio; podem ter errado ao superestimar as avaliações da CIA sobre as armas.
Mas é inegável que o mundo ficou um lugar mais seguro sem Saddam. E que o Iraque, como nação e como povo, agora tem uma chance de se desenvolver livremente.
Claro, pode não dar certo; os obstáculos são imensos. Mas a chance foi dada. E o único que teve a coragem de meter a mão na massa e dar essa chance àquele povo foram os EUA e seus aliados. O resto do mundo ficou vendo a banda passar…
Idem o Afeganistão. E até mesmo o Vietnã, de certa forma tornou-se o que é hoje por causa da guerra americana.
Nações também cometem erros. Mesmo as grandes democracias. Armar o Irã do Xá foi um erro americano. Permitir que russos, franceses e até brasileiros armassem o Iraque de Saddam, foi outro erro. Ditaduras não deveriam ter acesso a armamento avançado nunca (e o recém aprovado tratado da ONU vem tentar corrigir isso).
Só que os erros das democracias são erros COLETIVOS. É todo um aparelho estatal que erra, aparelho este que, ao fim e ao cabo, é colocado no poder pelo povo, através do voto. Logo, é todo o povo que erra, em suas escolhas.
Os erros dos ditadores não são erros do povo. O povo tem pouca ou nenhuma escolha no erro do tirano. Aí reside a diferença crucial, que faz toda a diferença. Um homem não deveria ter o poder de errar por todo um povo nunca.
A guerra nunca é um ato normal. Deve ser sempre encarada como um ato de exceção.
Mas quem ameaça uma democracia não ameaça apenas o regime ou seu ditador. Ameaça todo um povo. Os americanos, se pudessem, se livravam apenas do gordinho coreano, o alto politburo e meia dúzia de generais e estava acabado o regime. Ao revés, você acha que os vermelhos, se pudessem, prefeririam eliminar só o Obama e seu ministério, ou todos os cidadãos norte-americanos? Claro que teria que ser a segunda opção, pois matar o Obama não iria mudar nada na vontade americana (iria até recrudescê-la), posto que este é apenas um representante da vontade e dos valores do povo americano.
A democracia comete erros, mas ainda é o melhor regime descoberto. É assim porque tem “checks and balances”, porque sempre há uma oposição vigilante para criticar. Democracia sem oposição firme e livre para se opor não é democracia.
De modo que não adianta amigo, neste nosso séc XXI é hora de derrubarmos as máscaras do politicamente correto. Ou você é favorável à democracia, ou não é. A partir do momento em que todos os homens são iguais na busca da felicidade, a democracia tem a obrigação e o DEVER de se expandir e de ser mesmo IMPOSTA a quem se recuse a aceitá-la. A democracia DEVE ser exportada, para todos, se queremos um dia um mundo em que reine a paz.
De maneira que é hora do amigo se posicionar.
Eu, mesmo com todos os erros, prefiro ficar ao lado da democracia. Até porque ela IRÁ vencer, porque é inerentemente boa.