Líder da oposição síria renuncia ao cargo
Sem deixar claro sua motivação, Moaz Alkhatib deixa o comando da coalização
O chefe da Caolizão Nacional Síria, Moaz Alkhatib, apresentou neste domingo sua renúncia ao comando da principla força de oposição do país. Em uma postagem no seu perfil do Facebook, Alkhatib comunicou sua saída sem deixar claro suas motivações.
“Eu tinha prometido ao grande povo sírio e prometido a Deus que renunciaria se os problemas alcançassem algumas linhas vermelhas”, diz o comunicado publicado na rede social. “Agora estou cumprindo minha promessa e anunciando minha renúncia da Coalizão Nacional para que eu possa estar pronto para trabalhar com a liberdade que não pode existir dentro de instituições oficiais.”
Ex-imã da mesquita Umayyad, em Damasco, Moaz Alkhatib havia sido escolhido em novembro para comandar a Coalizão Nacional para a Síria Revolucionária e as Forças da Oposição, depois de ter deixado o país devido à repressão de Bashar Assad a grupos rebeldes. No começo do ano, ele apresentou uma proposta da oposição para conversações com o governo de Assad para uma transição política, mas disse que as autoridades em Damasco não responderam.
Na semana passada, a coalizão escolheu o ex-empresário Ghassan Hitto como primeiro-ministro provisório para formar um governo que preencha o vazio de poder na Síria, resultante de dois anos de uma revolta que já causou a morte de mais de 70.000 pessoas.
FONTE: Veja.com
A motivacao p/ a renuncia do “Presidente” da oposicao e um importante ex-lider religioso de Damascus, eh que o novo primeiro-ministro (materia aqui no Forte) eh ligado a irmandade mulcumana.
Aqui sumario de 3 anos de conflito:
A Siria eh (era) governada por um violento ditador (Assad), mas a Siria em si eh (era) relativamente um dos dois paises mais modernos na regiao, com clara separacao constitucional entre religiao e governo (uma das marcas do iluminismo), respeito as mulheres, etc.
Com a Primavera Arabe protestos ocorreram p/ se obter democracia e mais alguns direitos individuais (respeito aos gays, por exemplo). Assad respondeu com violencia indiscriminada, alguns membros do Exercito desertaram, mas, e aqui estah o problema, a revolta foi infestada, literalmente, por radicais islamicos de varias partes do mundo, muitos ligados a Al Qaeda, que tomaram a lideranca militar da revolta.
Estes obscurantistas fundamentalistas querem se livrar de um governo secular (punivel com decapitacao), simpatico ao Iran (que odeiam tanto quanto aos EUA), e ainda ficariam com uma fronteira com Israel.
Diga-se de passagem, a maioria dos mulcumanos educados, classe media, tb nao suportam estes tipos radicais que vencem apenas por intimidacao e violencia.
O que aconteceu eh que muitos paises que apoiavam a oposicao viram que eles nao tinham mais nenhum controle do conflito, agora religioso simplesmente. Recentemente convidaram membros da irmandade mulcumana p/ participar da oposicao p/ conquistar certo controle da oposicao.
O que aconteceu em dois dias:
– O Ima desta materia renunciou pois nao quer a irmandade mulcumana no processo (excessivamente religiosos, a democracia eh apenas uma desculpa p/ chegarem ao poder);
– Um coronel desertor, lider da revoltas mas relativamente moderado, sofreu um atentado a bomba (perdeu a perna) e, especula-se, foi um atentado de outros grupos da oposicao fundamentalistas.
A Siria virou um inferno, sem conserto agora; mesmo com o assassinato do Assad (um golpe interno, que seria a solucao preferivel no inicio) continuaria o conflito pela radicalizacao.
Fazia muito tempo que nao se via tantos paises errarem tao feio como foi o caso da Siria. E a maioria dos sirios, educados, moderados (seja sunitas, alauitas ou cristaos), classe-media, estao sendo esmagados neste processo.
[]s!
P.S.: Enquanto Qatar apoia a irmandade mulcumana, os Emirados Arabes Unidos prenderam mais de 80 membros do grupo recentemente.
PPS: Para se ter uma ideia da confusao criada, agora grupos da oposicao mais moderados estao sendo armados e treinados p/ eventualmente combaterem os grupos mais radicais no caso de queda do Assad, ou divisao da Siria.