Item ainda é importado

 

Guarani5001

vinheta-clipping-forte1A Iveco, montadora de caminhões e ônibus do grupo Fiat, está estudando a fabricação de protótipos do veículo militar Guarani com o aço blindado produzido e já testado em laboratório pela Usiminas em Ipatinga, no Vale do Aço. A chapa especial, a primeira verde-e-amarelo, atende não só a substituição vantajosa das importações, como também poderá proporcionar a independência do país em relação a insumo importante no setor de defesa e criar concorrência no segmento da blindagem civil. O aço balístico usado na versão do Guarani que está sendo produzida desde o fim do ano passado na fábrica da montadora italiana em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, é fornecido pelo grupo alemão ThyssenKrupp. A produção segue contrato firmado em 2009 pelo Exército brasileiro com a Iveco, prevendo a entrega de 86 unidades até 2014 e uma frota de 2 mil blindados até 2029.

Não há prazo definido, ainda, para a construção dos protótipos da versão Base do Guarani, em produção, com o aço blindado da Usiminas, segundo o gerente de operações da Divisão de Veículos de Defesa da Iveco, Giovanni D’Ambrosio. A nacionalização do produto, no entanto, interessa à companhia como parte do compromisso com as exigências de conteúdo nacional do projeto de veículos blindados e do ponto de vista dos ganhos na logística do fornecimento. Da encomenda à entrega das chapas importadas, a montadora tem de administrar um prazo mínimo de oito meses.

O custo do produto é, na prática, equivalente ao estimado do concorrente de fabricação nacional, de acordo com Giovanni D’Ambrosio, mas a empresa terá a possibilidade de economizar nas despesas de frete do transporte, hoje feito por navio da Europa ao Brasil, e de reduzir os riscos de enfrentar problemas no desembaraço da mercadoria nos portos. “Estamos trabalhando com a Usiminas, como parceiros, mas não se trata de um projeto de curto prazo”, afirmou o executivo. Depois de passar no teste das características mecânicas, de soldagem e usinagem, o desempenho do aço balístico brasileiro tem de ser avaliado e aprovado na carcaça dos veículos blindados.

Por meio de nota encaminhada ao Estado de Minas, o Exército informou não ter previsão para os testes das chapas de aço da Usiminas. O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da siderúrgica, Rômel Erwin de Souza, classifica como “excelentes” os resultados do primeiro lote de aços balísticos já fabricados em escala industrial. A empresa planeja o segundo lote para a realização de ajustes finais.

Exportações

O Exército brasileiro receberá em junho o segundo lote da versão Base da família Guarani, com 16 veículos. O gerente de operações da Divisão de Veículos de Defesa da Iveco informou que a montadora iniciou contatos na América Latina e na África para avaliar as perspectivas de exportação. Segundo D’Ambrosio, os carros e o projeto serão apresentados na feira internacional Laad Defence & Security, a maior do setor de defesa militar na América Latina, marcada para 9 a 12 de abril no Rio de Janeiro. O Exército confirmou o interesse nas vendas ao exterior.

FONTE: em.com.br

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Marcos
Marcos
11 anos atrás

Deixe-me ajoelhar e prestar minhas reverências.
Agora vamos fabricar aço “xpexial”. Que maravilha!!
Nunca antes na história da humanidade … blá, blá, blá

edurval
edurval
11 anos atrás

Marcos,

Acho que a questão é economica e de capacitação tecnologica, fabricar aço balístico não é assim tão simples e requer sim uma tecnologia diferenciada, sei disso pois moro em Volta Redonda e já trabalhei na Usina, por exemplo o aço utilizado para fabricação de trilhos de Metro/Ferroviario é diferente do aço usado em uma folha de flantes (aço para enlatados)

vagner
vagner
11 anos atrás

Sinceramente na vejo graça nesse treco.

aldoghisolfi
aldoghisolfi
11 anos atrás

Era com o emprego desse aço que, tempos atrás, comentei sobre a repotencialização dos Urutus e fui metralhado, acho que até mais do que em relação à compra dos caveirões.