RJ: sul-africana vence pregão de R$ 6 mi para compra de 8 novos ‘caveirões’
Novos blindados contarão com freios ABS, tração nas 4 rodas e ar-condicionado potente, melhorando o conforto dos policiais
O governo do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira a empresa sul-africana Paramount Logistics Corporation vencedora do pregão internacional realizado para a aquisição de oito novos blindados que reforçarão as operações de segurança no Estado, substituindo os atuais “caveirões”. O resultado do certame – que teve início em janeiro e contou com a concorrência de cinco companhias estrangeiras – foi publicado no Diário Oficial de sexta-feira. Os oito veículos táticos foram adquiridos por R$ 6,65 milhões.
Conheça o Maverick, o novo ‘caveirão’
O objetivo é fornecer quatro veículos táticos para o Batalhão de Operações Especiais (Bope), dois para o Batalhão de Choque – ambos da Polícia Militar – e dois para a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil.
Os novos blindados deverão possuir tecnologia de ponta, com sistema de freios ABS, tração nas quatro rodas, sistema de detecção e supressão de incêndio no motor, além de capacidade para se locomover em locais íngremes e acidentados. Outra exigência especial é instalação de ar-condicionado potente e que contenha um sistema de alimentação de energia independente do motor, permitindo que a refrigeração funcione normalmente com o blindado desligado. Os veículos táticos também terão que utilizar diesel S10, que é um combustível menos poluente.
Além de fornecer os blindados, a empresa vencedora também realizará os serviços de manutenção dos veículos durante cinco anos. Segundo o governo, os blindados serão um reforço importante para os grandes eventos esportivos que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos.
FONTE: Terra
Não posso acreditar que a grande economia mundial não saiba fabricar caveirões. Honestamente, acho um vexame isso aí, mesmo com a possibilidade de que o negócio tenha sido feito em função de acordos recém firmados; se for o caso não cabe falar em pregão. Vejo a exacerbação da compra das lanchas colombianas.
A própria Avibrás tem um VBTP baseado ns veículos do sistema Astros que seriam ótimos nesta função, bastando ser readaptados ao ambente urbano.
Para mim, parece que blindaram uma kombi.
Desde o início a Polícia Militar do Rio de Janeiro deixou de fora a participação de empresas brasileiras.
A licitação analisou apenas propostas de empresas estrangeiras e não recebeu proposta de nacionais (principalmente Avibras).
Isto porque, não havia um veículo pronto que atendesse os requisitos, mas a Avibras poderia facilmente apresentar um veículo que se enquadrasse nos pífios requisitos da PM/RJ. Entretanto, desde o início ficou claro que a PM não queria (não me perguntem o porquê) equipamentos nacionais. E não me digam que não haveria tempo para projetar o veículo porque há 4 anos se discute um substituto para os caveirões.
Tem muita coisa que eu não entendo.
Tudo o que sei é que eu nada sei.
E ainda que soubesse, não poderia dizer.
Vivemos a pior das ditaduras que poderia existir. Todos os poderes macumunados em prol do “EU” e do “MEU”.
E a imprensa que deveria nos informar, partilha do mesmo prato.
Observador,
‘Kombi blindada’ ?
Dá para inspirar o trabalho de um bom chargista…
Mas por enquanto vai esta foto, talvez de um demonstrador de conceito criado no passado recente:
http://airsoftararangua.files.wordpress.com/2012/11/dscf7845q.jpg
Abç.,
Ivan.
Srs. Eu procuraria saber nas entrelinhas, o porque real desta negação produto nacioal. eu já ouvi uma versão desta “história” e confesso a vocês qeu até entedi o porque da decisão e ainda mais fiquei contente com a vitória deste veículo que apesar da” feiura” ´[e muito bom segundo o pesoal do ramo. O BOPE realizaou varios test drive e parece que ficou muito satisfeito.
Cuidado com o fundamentalismo “nacional”, as vezes não é tão simples quanto parece.
Grande abraço
Ainda não tive a oportunidade de conversar com quem trabalhou com ele, pois quem decide a compra não sobe morro.
Nacional o escambau, tem que vencer o melhor e, principalmente, o mais barato.
Mas quem testou, sobe morro sim senhor e avaliou mto bem este veículo e mais surpreendente ainda; foi levado em conta por quem decide e atendido.
Deveríamos soltar fogos, fazermos uma tremenda festa!!!
E não chorarmos as pitangas pela eternamente encostada na União, a coitadinha da Avibrás.
Mmmmmíííííí Mmmmmíííí!!!
Como diria o Vandré:
“Quem sabe faz a hora e não espera acontecer!!!”
Alguém já falou que toda comparação é odiosa. Entretanto, nem sempre é possível deixá-la de fazer.O Exército projetou e vai produzir, aquí no Brasil, juntamente com a IVECO a VBTP-MR “Guarani”, atendendo requisitos operacionais complexos. A PM do Rio de Janeiro vai importar um veículo, embora com finalidade diferente, muito menos sofisticado. O que está óbvio é que há outros interesses, acima da capacidade tecnológica do país, que comandaram a concorrência.
É, a comparação foi ruim mesmo.
São requisitos e necessidades completamente diferentes.
A questão pra mim é: tem similar nacional PRONTO?
Não, não tem.
Compensa projetar um novo meio pra se adquirir seis unidades?
Não, não compensa.
O preço é bom?
Se for, fecha a conta e passa a régua. O BOPE-RJ é coisa séria, não deve ser usado pra fazer política (demagógica).
+ – R$ 840.000,00 por unidade e não ter nenhum similar nacional?
O Vader lá em cima reclamou pelo mais barato; não seria o caso de ‘consertar’ uma dúzia de M113? Reforçando a blindagem, até que pode.
Ou alguma sobra de Urutu?
Vader escreveu:
“… A questão pra mim é: tem similar nacional PRONTO?
Não, não tem. …”.
O que você chama de PRONTO?
Projetado? Protótipo pronto? Em produção?
Bacchi
Mauricio R.
O BOPE pode e deve ter participado do processo de escolha, e se assim o foi, tudo bem.
Mas, na verdade, quem bate o martelo da compra é a DL (Diretoria Logística).
Todos os posts deixam bem claro que temos produto nacional, sabe-se lá se não melhor…
Comparem, por exemplo, com o Guará (Almeida).
Continuo achando malversação do nosso sofrido, raro e muito caro dinheiro.
Guará???
Não ressucite defunto que o Papa argentino, não vai gostar.
O veículo da “Encostada”, aka Avibrás, “morreu” lá em Marambaia.
Aldo: M-113 NÃÃÃÃÃÃÃOOO!!! 🙂
Bacchi: pronto para mim é em produção.
Salve Vader!
Sabia que ias gritar… mas acho, sim, que um M113 bem adaptado pode ser melhor do que este caveirão caríssimo.
Nesta guerra assimétrica em que o caveirão importado vai ser usado, acho que o M113 teria um desempenho bem melhor.
E, depois, porque não o Guará? Está jogado às traças como disse o Maurício R. Porque não o Urutu, que está sendo usado na Haiti?
As vielas no interior das comunidades cariocas são em sua maioria muito estreitas para os blindados das FA. Como complicador, ainda param os carros particulares e de entrega de mercadorias ao longo das vias, dificultando a movimentação desses monstros, restringindo seu acesso a algumas vias principais. O projeto de uma viatura blindada deve ser específico para o fim a que se destinam, sob pena de se tornarem elefantes sem mobilidade nessas localidades.
O ideal mesmo era que o poder público se fizesse presente, garantindo o cumprimento das leis já existentes.
Qualquer área com inclinação superior a 45º, é área de preservação ambiental PERMANENTE. Assim que desmatassem uma área dessas, o poder público deveria se fazer presente para exigir o seu imediato reflorestamento. Se construiu, coloca a construção abaixo, antes de virar uma nova “comunidade” e depois de uma triagem, reassentar os verdadeiros necessitados e CADEIA nos grileiros.
Em caso de invasão de imóveis públicos ou privados em qualquer outro local, idem.
Infelizmente, enquanto a “legalização” irresponsável de comunidades renderem votos criando novos “currais eleitorais”, veremos a manutenção desse status quo.
ernaniborges: o M113 pode ter um pouco de dificuldade, sim, para se deslocar, mas deves estar lembrado dos CLAnf se movimentando nas favelas ‘pacificadas’ e
EM TERMOS DE MOBILIDADE apenas, como os M113 foram melhores.
MOBILIDADE? Volto ao Guará…
aldoghisolfi,
Basta olhar as especificações da licitação pro veículo pra saber porque nem o M113 nem o Guará seriam qualificados. No site da PMERJ, parte de licitações, você consegue encontrar (arquivo de 2012):
Pede-se um veículo sobre rodas, de tração 4×4.
O Guará possui motorização de ~132kW, sendo a mínima requerida pela licitação de 165kW. Além disso é de 4 cilindros, não 6, como especificado.
Em licitação normalmente não tem muita enrolação. Se não venceu é porque ou não atendia às especificações mínimas, ou não era o mais barato…
Esse tipo de licitação, nos termos restritos como foi feito é, exatamente, para que vença o produto que desejares comprar. Não digo que foi assim, mas a Lei das Licitações dispensa licitação para esse tipo de compra QUE PODE SER ANULADA A QUALQUER MOMENTO SE FOR DO INTERESSE NACIONAL. Desprezando o M133, temos o Guará, o Urutu, o Gladiator…
aldoghisolfi disse:
21 de março de 2013 às 10:59
Aldo, o M-113 não é feito para aguentar fogo lateral. Na verdade a única blindagem efetiva que ele possui é no quadrante frontal. Pelos lados e retaguarda ele só serve para proteger contra estilhaço. Um projetil comum de 7,62 pela lateral vara ele e sai do outro lado.
M-113 é táxi de batalha. Sua função é desembarcar o infante perto da linha de frente e apoiar com sua arma orgânica (.50), e não atravessar essa linha e receber fogo por todos os lados.
Sds.
aldoghisolfi
Naquela ocasião, o M113 teve que passar literalmente por cima de vários carros.
Aquilo foi uma excessão. Não se pode fazer aquilo sempre sob pena de sofrer muitas ações judiciais por dano. Ademais, aquela parte da comunidade possui vias mais largas que a grande maioria das favelas.
OK… dou-me por vencido em relação ao M113! TÔ ENTREGUE!
Mas que os ouros continuam formando uma excelente frente de oposição, isso não podem negar (Guará, Urutu, Gladiator).
Sem dúvida, o M113 foi importantíssimo na retomada do território do Complexo do Alemão, poupando centenas de vidas.
No local havia centenas de bandidos com armas de uso restrito das forças armadas e com o emprego de táticas de guerrilha urbana, desafiavam as forças estaduais ao confronto.
O impacto psicológico causado com o emprego dos blindados da Marinha os fez desistir do embate e fugir.
A Polícia Militar conseguiria cumprir a missão, mas com o custo de muitas vidas, pois eles confiavam no armamento que possuíam, com a vantagem de conhecerem muito bem o teatro de operações.
Seria como na II Grande Guerra, a tomada de Monte Castelo.
Só quem conhece o local pode ter uma ideia do inferno que era aquilo lá.
As mesmas limitações que se aplicam ao M-113, aplicam-se ao Urutú.
O Guará é aquilo tdo o que já foi escrito, o troço é ruim de dar dó.
Qnto ao Gladiator, está em produção??? Foi avaliado???
Pq não não se pode selcionar na base do pq é nacional, tem obrigatóriamente que avaliar se atende a necessidade, se tem serventia.
Aldo,
As especificações que citei (que desclassificam o Guará de cara), permitem que uma série de outros concorrentes ainda fossem uma possibilidade, o Fennec, o Eagle, o Marauder, VPK-3927, dentre outros, todas as outras exigências servem para garantir a adequação do veículo às normas de trânsito brasileiras e às exigências operacionais da PM (de combate e manutenção).
Além de tudo isso, tem algo no final:
“13.2 – A Empresa deverá apresentar à fiscalização do BOPE documentos em que comprovem a utilização do veículo por no mínimo 05(cinco) forças Policiais e/ou militares de qualquer parte do mundo;”
O veículo deve estar em produção e ter sido adotado por cinco forças militares ou policiais. Eles não querem protótipo, nem querem dama de salão, querem algo que já tenha sido amplamente utilizado…
E além de tudo, vence o mais barato. Lendo-se o documento vê-se que não é nada absurdo ou excepcionalmente exigente e entende-se por que a maioria dos potenciais concorrentes não poderiam ter sido escolhidos. Nada de misterioso, nem anormal.
OK! As argumentações são fundamentadas, aliás, muito bem fundamentadas, e dou-me por derrotado!
Apenas quis fazer a defesa da indústria nacional.
M.A. escreveu:
“… Além de tudo isso, tem algo no final:
“13.2 – A Empresa deverá apresentar à fiscalização do BOPE documentos em que comprovem a utilização do veículo por no mínimo 05(cinco) forças Policiais e/ou militares de qualquer parte do mundo;”
O veículo deve estar em produção e ter sido adotado por cinco forças militares ou policiais. Eles não querem protótipo, nem querem dama de salão, querem algo que já tenha sido amplamente utilizado… …”.
Discordo completamente.
Projetar um veiculo destes e fabrica-lo não é um bicho de sete cabeças.
Este tipo de raciocinio levado ao extremo indica que no Brasil só se poderá usar material estrangeiro.
Absurdo!!!
Bacchi
Mas Bacchi,
A questão não é o “Brasil” usar, mas sim a PMERJ. O lote é de 8 veículos e a aquisição do veículo deve ser imediata. Ter cinco forças militares ou policiais operando o veículo é um indicativo de este possui uma linha de produção e um serviço de manutenção funcionando em escala, além de já ter sido operado e “aprovado” por outras forças.
Serve somente como mais um indicativo da confiabilidade e estabilidade dos serviços de apoio para o veículo, o que pode ser um problema em algo que fora “recém-projetado”.
Talvez pudessem ter colocado em melhores termos essa necessidade, mas não vejo mal algum da forma em que foi dito.
sbacchi: é isso aí… não volto à discussão, mas se para a aquisição de singela meia dúzia caminhões sem nenhuma logística pós-venda o país precisa lançar mão de desnecessária concorrência internacional?! como ficaremos quando precisarmos de coisas mais sofisticadas? Disse caminhões, porque na realidade, apesar de tudo o que foi e puder ser dito, não passam disso. Eu gostaria que o pensamento de todos fosse no sentido de valorizar e incentivar a indústria nacional e não, simplesmente, buscar no exterior o que podemos fazer aqui. E outra coisa, é detestável que nas nossas licitações prevaleça sempre a modalidade do menor preço. Qualidade não é obra do acaso é antes, o resultado de um esforço inteligente orientado para o fim que se deseja. Daí, por exemplo, as porcarias de rodovias asfaltadas pelo menor preço.
Assim o VBTP sobre rodas, o PaO, e tudo o mais que mostra e prova que não somos potência militar, industrial, econômica, tecnológica … só papo!
Vários veículos blindados foram cedidos para teste em comodato.
A licitação quando é feita com tantas minúcias é para garantir que se compre exatamente aquilo que se quer, não dando brecha para que simplesmente por ser mais barato, não acabem comprando um produto que não atenda às nossas necessidades.
ernaniborges: desculpa, che, mas não é coerente o que dissestes. Quando a licitação, mesmo desnecessária, é feita com base no menor preço, NUNCA a compra é feita com a garantia de que se adquire exatamente aquilo que se quer, salvo se o que se quer é a falta de qualidade, material de segunda …
Caro Aldo.
Não soube me fazer entender. Vou tentar novamente.
Você procura no mercado testar o que lhe atende e depois, quando for lançar o edital, já sabendo o que quer, elabora os requisitos técnicos de forma a eliminar o que não serve. Feito isso, restará ao licitante escolher na peneira fina ou “SHORT LIST” o que menor preço oferecer, mas, todos atenderão ao que se pede.
Certo ernaniborges! Assessoro o poder público há mais de 30 anos e sei bem o que comentas; de outra banda, sei bem o que comento… minha posição foi, é e será sempre pelo incentivo à indústria nacional apenas; acho, repito, um absurdo o Brasil com pretensões de grande potência comprar seis caminhões para uso da/na segurança pública mediante desnecessária licitação internacional.
aldoghisolfi
Não sei o por quê que a licitação foi feita assim, mas, concordando contigo, afirmo que podemos fabricar tudo o que quisermos.
Não sei quanto tempo levaríamos e nem quanto custaria mas, se quisermos, faremos.