Defesa recebe sinal verde para a compra de sistemas antiaéreos da Rússia

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vinheta-destaque-forteBrasília, 20/02/2013 – A presidenta da República, Dilma Rousseff, autorizou o Ministério da Defesa a iniciar conversas para efetivar a compra de cinco sistemas de defesa antiaéreos da Rússia. A decisão ocorreu na manhã desta quarta-feira (20), durante reunião com o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev, ocorrida no Palácio do Planalto.

No início da tarde, no Palácio do Itamaraty, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, e o diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-militar, Alexander Fomin, assinaram a Declaração de Intenção de Defesa Antiaérea, o primeiro passo antes da formalização do contrato que deve ser assinado dentro de três a quatro meses.

Negociações iniciais indicam que os sistemas serão utilizados pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica. Três deles são de alta tecnologia e têm capacidade de médio alcance (Pantsir-S1). O Brasil pretende comprar também duas baterias antiaéreas do modelo Igla, de baixo alcance.

Após o aval do governo, o general De Nardi e o russo Fomin estiveram reunidos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e auxiliares da equipe econômica. De Nardi explicou que o valor do contrato ainda não foi definido.

“Tudo vai depender dos componentes dos sistemas que serão adquiridos. É possível, por exemplo, que os caminhões sejam fornecidos por empresas no Brasil. Isso reduziria o preço. Os detalhes começarão a ser definidos a partir de agora”, afirmou.

A aquisição dos sistemas antiaéreos começou a ser discutida em dezembro do ano passado, quando a presidenta Dilma e o ministro da Defesa, Celso Amorim, estiveram em visita oficial a Moscou. Na ocasião, ficou acertada a visita de uma delegação brasileira à Rússia. No final de janeiro, o general De Nardi liderou a comitiva composta por representantes do governo brasileiro e empresários nacionais.

Durante a viagem, o chefe do EMCFA conheceu diversos equipamentos de tecnologia avançada produzida pela indústria russa. Ao mesmo tempo, recebeu garantias do fabricante de que haverá transferência de tecnologia sem restrições, uma das condições estabelecidas para fechar o acordo.

Brasil-Rússia

A negociação dos sistemas de defesa antiaéreos foi um dos principais pontos da visita oficial do primeiro-ministro Medvedev ao Brasil. O assunto constou da reunião com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto. Com a decisão de avançar nas negociações, De Nardi e Fomin passaram ao diálogo com a equipe do ministro Mantega.

Os equipamentos devem começar a ser entregues 18 meses após a assinatura do contrato. O prazo para formalizar o acordo deve ser de três a quatro meses. “Esperamos contar com os sistemas já nos Jogos Olímpicos Rio 2016”, previu De Nardi, que à tarde participou de outra reunião com a equipe do ministro Mantega.

Reunião ampliada

No final da manhã, no Itamaraty, a comitiva russa liderada por Medvedev participou de reunião ampliada que contou com o vice-presidente Michel Temer, os ministros Fernando Pimentel (Indústria e Comércio), Edison Lobão (Minas e energia), Mendes Ribeiro Filho (Agricultura e Pecuária) e Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia).

Durante o encontro bilateral, as partes trataram de temas como a participação de universidades russas do programa “Ciência Sem Fronteira” e o comércio de carnes bovina, suína, aves, trigo e soja, bem como a licitação de blocos para exploração de petróleo na área do pré-sal e a construção de usinas nucleares.

Na conversa, os dois países trataram também de temas como tecnologia do sistema bancário e uso de moedas comuns no comércio entre os países que integram o bloco econômico denominado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Após a reunião, Temer e Medvedev participaram de cerimônia de assinatura de acordos e encerraram o programa com declarações à imprensa.

DIVULGAÇÃO: Assessoria de Comunicação Social (Ascom)

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jacubao
jacubao
11 anos atrás

Imaginem como os EUA estão vendo isso???

Guilherme Poggio
Responder para  jacubao
11 anos atrás

jacubao disse;

Imaginem como os EUA estão vendo isso???

Caro Jacuba, não vejo maiores problemas nesta área. A compra dos Sabre ou dos Igla não gerou nenhuma dor de barriga.

Sem falar que aquele país que possui os moderníssimos F-16 Block 60 (os UAE) foram os primeiros clientes do Pantsir e a Jordânia também está na lista.

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
11 anos atrás

No passado comprar da França (Rafale) acarretaria segurar peças que compoem o A-29, imagine agora comprando e se juntando à mãe Russia ??
Adeus SH do FX 2 velho! Feliz Su-35 (ou QUALQUER OUTRO que nao venha dos EUA) do FX …novo!

Baschera
Baschera
11 anos atrás

O Poggio tem razão… menos gente… menos….

Os USA são os “tios”… não são “pais”….

Amigos e inimigos dos USA já usam os SA-22 Greyhound (Cod. OTAN) ou Pantsyr S1…:

– Síria: Entre 30 a 50 sistemas SA-22.
– Jordânia: Entre 50 e 70 sistemas SA-22.
– Emirados: Relatados 50 sistemas SA-22.
– Iraque: Entre 40 e 50 sistemas SA-22.
– Iran: Relatados 10 sistemas SA-22.
– Argélia: Relatados 38 sistemas SA-22.

Não vão ser TRÊS baterias no Brasil que vão fazer o pessoal do Pentágono perder o sono.

Até porque, as bibliotecas (das emissões de radar e demais dados IR, etc…) dos missíes anti-radiação dos USA já está completa….. não se preocupem.

Sds.

thomas_dw
thomas_dw
11 anos atrás

“De Nardi explicou que o valor do contrato ainda não foi definido.

“Tudo vai depender dos componentes dos sistemas que serão adquiridos. É possível, por exemplo, que os caminhões sejam fornecidos por empresas no Brasil. Isso reduziria o preço. Os detalhes começarão a ser definidos a partir de agora”, afirmou. ”

OK !

O caminhao sera nacional – nao havera sequer a necessidade de transferencia de tecnologia, e teremos um abatimento de ate 0,1% no custo final, fantastico !

thomas_dw
thomas_dw
11 anos atrás

“Os equipamentos devem começar a ser entregues 18 meses após a assinatura do contrato. O prazo para formalizar o acordo deve ser de três a quatro meses. “Esperamos contar com os sistemas já nos Jogos Olímpicos Rio 2016”, previu De Nardi, que à tarde participou de outra reunião com a equipe do ministro Mantega.”

quer dizer que na Copa ficamos sem protecao nenhuma contra a ameacas que tambem nao existem.

fabioCrescenti
fabioCrescenti
11 anos atrás

Thomas, na Copa deverão estar fundiados por aqui, pelo menos 3 DDG…… quer mais proteção que isso. kkkkk

thomas_dw
thomas_dw
11 anos atrás

… enquanto isto a nossa infantaria anda com fuzis FAL – modelo 1960, com o $ que vai se gastar, daria para re-equipar todos os batalhoes de infantaria com novos fuzis, NVG e radios.

aldoghisolfi
aldoghisolfi
11 anos atrás

thomas_dw: boa noite. Segundo vários jornais escritos e o Jornal da Recordo as baterias foram compradas por exigência da FIFA para os jogos da Copa.

Baschera
Baschera
11 anos atrás

Dito a Willian Wack em entrevista ao JG :

“Medvedev disse também que, se o Brasil pagar bem, a Rússia concorda em transferir tecnologia militar.”

Aos franceses pagaram os tubos…..

Sds.

Requena
Requena
11 anos atrás

Numa boa?
Nossa artilharia antiaérea tá tão podre que QUALQUER COISA que vier tá de bom tamanho.
Que venham os russos.