Brasil poderá comprar Pantsir S1 e fabricar Igla-S no país
Custos serão reduzidos por meio da troca da carreta original sobre rodas feita na Rússia por uma variação do veículo blindado nacional da Avibrás
Roberto Godoy
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, visita a presidente Diima Rousseff no dia 20 – e pode sair do Planalto levando debaixo do braço um acordo comercial e militar, envolvendo o fornecimento de três baterias do Pantsir Si, avançado sistema de artilharia antiaérea, e umajoint venture para produzir no País os mísseis Igla-S, a versão mais recente do míssil leve disparado do ombro de um soldado.
O tipo 9K38 tem alcance de 6 km, é mais pesado que as séries anteriores, usa sensor de localização de alvos de eficiência expandida e é mais resistente à interferência eletrônica de despistamento.
De imediato, seriam compradas duas baterias. A Defesa brasileira utiliza o Igla da geração anterior. O acordo depende da decisão da presidente. O valor da operação ainda está sendo definido.
Dilma ouviu detalhes da proposta no dia 14 de dezembro, na Rússia. Determinou, então, a formação de um time de técnicos para avaliar o projeto com rapidez. O Ministro da Defesa, Celso Amorim, escolheu o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, para liderar a missão.
O grupo, além dos militares, foi integrado por empresas como Odebrecht Defesa e Tecnologia, Embraer Defesa e Segurança, Avibrás Aeroespacial, Mectron e Logitech. Pelo governo, participaram analistas do Minis tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do BNDES e da Agência de Desenvolvimento da Indústria.
A pressa é justificada. A artilharia antiaérea do Exército está superada e boa parte dela, desativada. O principal canhão é o L-70, um projeto com mais de 30 anos, que, embora revitalizado, não resiste à necessidade operacional.
O projeto montado pelo general De Nardi prevê a aquisição de três baterias do Pantsir Si, combinação de mísseis terra-ar com alcance de 20 km e 15 km de altitude, mais dois canhões duplos, de 30 mm. Cada bateria transporta até 12 mísseis 57E6.0 radar de detecção atua em um raio de 36,5 km e pode localizar dez alvos por minuto. O sistema eletrônico é redundante, segundo a empresa russa KBP, responsável pelo programa do Pantsir Si. Isso garante que, sob ataque e eventualmente danificado, o conjunto continuaria funcionando com recursos secundários de apoio.
Cada uma das Forças receberá uma bateria Pantsir. A do Exército ficará sob controle da 11.a Brigada de Artilharia Antiaérea. A Marinha deve agregar a sua ao Corpo de Fuzileiros Navais, e a Aeronáutica, ao seu Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa.
“Amelhor parte de todo o processo é que os russos aceitaram a demanda brasileira de que haja transferência de tecnologia”, diz o general De Nardi. Na prática, significa que todo o equipamento será aberto. Mais que isso: os custos serão reduzidos por meio da troca da carreta original sobre rodas feita na Rússia por uma variação do veículo blindado nacional da Avibrás.
A rigor, as empresas agregadas à missão que esteve na Rússia receberão incumbências de produção de partes e componentes. Embora a definição dependa da deliberação da presidente Dilma Rousseff, ajoint venture para produção do Igla S/9K38 ficaria a cargo da Odebrecht Defesa e Tecnologia, por meio de sua subsidiária Mectron, fabricante de mísseis. Da mesma forma, os radares caberiam à Orbisat, da Embraer Defesa e Segurança.
FONTE: estadao.com
NOTA DO EDITOR: o Exército Brasileiro não possui uma unidade chamada 11ª Brigada de Artilharia Antiaérea. Ou ela seria criada para operar os eventuais sistemas adquiridos ou seria um equívoco do texto ao se referir ao 11º Grupo de Artilharia Antiaérea, baseado em Brasília.
Atualmente o equipamento da 11º GAAAe é composto por unidades de direção de tiro FILA, fabricado pela Avibras e pelo Canhão Automático Antiaéreo 40mm BOFORS, além de mísseis portáteis IGLA, recebidos em 2004.
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êh godoy…
3 baterias é muito pouco, e para melhorar a situação, eles vão diluir essas poucas baterias pelas 3 forças.
Isso se o q esse Godoy escreve é verídico, o que na maioria das vezes não é…
Só acredito vendo.
É só entrar as empreiteiras que o negócio sai…
Três baterias, uma para cada Força. E cada uma só custa US$ 15 milhões. Triste Brasil. É muito barulho por nada.
Três baterias, uma para cada Força. E cada uma só custa US$ 15 milhões. Triste Brasil. É muito barulho por nada.
Cada lançador portátil de Igla é uma bateria? O texto fala em duas baterias do míssel.
Cada lançador portátil de Igla é uma bateria? O texto fala em duas baterias do míssel.
Como eu disse no post linkado, prefiro fazer como São Tomé e ver para crer.
Eita coisa de pobre….. nem Africamundia quando compra…compra tão pouco….
Cadê o tal de “Us$ 1 bilhão” que seriam gastos ??
Em vez de estruturarem uma defesa AA em camadas de curto, médio e longo alcançe…. os gênios me vem com esta conversa de Igla e TRÊS baterias do Pantsir S1….. e UMA para cada força ainda por cima….. só pode ser piada !!
Isto tudo anunciado custa meros Us$ 55 a 60 milhões…. quero só ver por quanto vão anunciar !!
Pior é que os gênios ainda vão trocar o chassi de um produto testado e aprovado por uma carreta nacional com uns pneus de lambreta …. merecem um prêmio….. vai custar mais caro o chassi do que a bateria, se bem conheço estes “fabricantes” nacionais.
É, como venho dizendo, as “saúvas” venceram…..
Passa a régua….
Sds.
Tomara que a gerente vete este negócio de feira de ambulante…. isto é uma vergonha !!
Levaram trocentos nego para passear na Rússia com os dinheiro de nossos impostos e fazer esta papagaiada!
Tenham vergonha na cara….
Sds.
Os Iglas serao usados pra abater urubu nas cabeceiras das pistas de voo ?!?!?!
pelo que eu entendi, o Pantsir sera adaptado as necessidades brasileiras ??? ja que utilizarao chassi (tatra) da Avibras…
nao entendi ????
se eu na me engano, vi aqui no Blog um video das FARC disparando um Igla num helicoptero militar do exercito da Colombia, o missil do Igla nao teve capacidade de ecertar um helicoptero… vai vendo…
ecertar= acertar
quantas unidades compoem uma bateria de Igla ??
A reportagem está com alguns erros, por exemplo. A designação do Igla-S, a mais nova versão do Igla, é 9K-338 (OTAN: SA-24 Grinch), não a 9K-38, de versão antiga que o Brasil já dispunha (OTAN: SA-18 Grouse).
Outro erro: a aquisição de sistemas de defesa aérea estão previstos no Programa PROTEGER do Exército Brasileiro. O fato do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas divulgar a informação não significa que as baterias serão “espalhadas” entre as forças.
Godoy já foi melhor, boa parte da matéria virou especulação.
Aliás, acho isso um tanto ridículo, essa política de “deu para um, tem que dar para o outro, também”. A FAB estava em processo de uniformização da frota de helicópteros no modelo UH60L e tomou goela abaixo o UH-36/UH-15/ HM-4 Caracal/Super Cougar/Jaguar
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Olá pessoal desculpe-me pela pergunta grosseira.
Qual seria a diferença e ou semelhança, do ASTROS 2020 para Pantsir-S1 e Tor-M2E?
Pois não seria melhor investir num projeto 100% nacional, já que exite o Astros 2020?
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O Godoy eu me recuso a comentar.
Vagner,
Não existem semelhanças. O Astros 2020 é um lançador de foguetes de saturação e o Pantsir e Tor são sistemas antiaéreos.
Iniciar o desenvolvimento de um sistema de mísseis sup-ar baseado no ASTROS não ajuda muito tendo em vista não haver nada em comum nos dois sistemas de armas, salvo que ambos podem usar o mesmo caminhão, assim como poderiam usar qualquer outro caminhão.
Em relação ao lançador, tanto faz como tanto fez se for baseado inicialmente no lançador do Astros ou não. Isso é o de menos em relação aos sistema como um todo.
Eu de minha parte iria preferir um lançador vertical que não teria nada a ver com o dito cujo, talvez lançado um míssil baseado no A-Darter ou mesmo a fabricação sob licença do Umkhonto.
Ou seja, ter o Astros 2020 não ajuda em nada em relação a termos um sistema antiaéreo.
Sera que nao rola de o Brasil adaptar um sistema no Guarani,tipo canhao duplo de 30mm e uns 4 misseis ou talvez usar a plataforma para lançamento vertical,pois pelo que foi testado no Urutu isso nao esta impossível sendo que hoje deve-se ter mais conhecimento tecnologico que na época das tentativas com Urutu.
Só uma pergunta: Por que o Pantsir?????
Eduardo,
Nem precisava de tanto. Para a defesa de baixa altitude de nossas forças blindadas bastaria integrar 2 lançadores duplos de Iglas ao Guarani e já estaria de bom tamanho.
O canhão nem precisa ser antiaéreo (muito menos 2) e pode até ser o mesmo Mk-44 (que não é antiaéreo), que seria usado para a autodefesa do veículo contra as mais variadas ameaças do campo de batalha (como era o M-6 Linebacker) e que pode ser usado contra alvos aéreos de oportunidade (ex: helicóptero pairado, etc).
Não deve ser difícil a integração dos mísseis ao veículo e a vigilância ficaria por conta dos radares Saber na retaguarda.
Também há uma série de torretas disponíveis que usam o Igla que podem ser integradas ao Guarani. Olha essa aí:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/M113A2_Ultra_Mechanised_Igla.jpg
E mais essa:
http://www.armyrecognition.com/forum_pic/Singapore/M113A2_Igla_missile_Singapour_Army_Forum_armyRecognition_001.jpg
Um abraço.
Bem que podia vir uns zu-23
Cipin,
Nem brinca! Vai que tem alguém que decide ouvindo e aceita a sugestão e aí vamos ter um monte dessas “metralhadoras” fazendo nossa defesa antiaérea.
Bosco,
Não se preocupe…. os gênios estão adquirindo os Guepard….. e até acho que é aí que a coisa toda encontra alguma explicação: Os Guepard alemães não acrescentam nada a pretensão de desenvolver um sistema missilístico (SAM) tupiniquim…. então para não sobrepor muito os dois sistemas, comprarão dos russos um lote pequeno, só pra inglês ver, e pagarão os tubos para adquirir alguma tecnologia russa….
Quanto aos ZU-23….. cruzes credo… mangá três vezes.
Sds.
Eduardo
Acho que seria possível a adaptação tanto do Guarani quanto do PANTSIR-S, mas não sei se vale apena o investimento.
Mais interessante seria um sistema antiaéreo mais simples baseado no Igla como os M113 de Singapura ou Strelets módulo de controle e lançamento de Igla, não só para nossos Guaranis, mas também para M113, os remanescentes Urutu, entre outros. Quem sabe um sistema baseado 9K35 Strela-10, vejam esse vídeo mentiroso:
https://www.youtube.com/watch?v=bKsreHMX3xE
Quanto ao ZU-23 acho um bom sistema de curtíssimo alcance e pode receber misseis Igla, serviria como ultima barreira de defesa e poderiam ser adaptados para serem usados nos M113 e outros.
A “gerente” vetar essa feira-livre, depois do que aconteceu no Sisfron???
Como se o Brasil fosse um país sério.
Poderíamos replicar o defunto ADATS, que só foi usado pelos canadenses, temos o míssil, o radar e daríamos uso p/ os canhões HS 404 dos “Meteors”, se é que estes ainda existem.
O problema seria encontrar uma empresa idônea, capaz de integrar tdo isso a contento.
Mauricio R. escreveu em 7 de fevereiro de 2013 às 9:52:
“… e daríamos uso p/ os canhões HS 404 dos “Meteors”, se é que estes ainda existem. …”.
cruzes credo… mangá três vezes.
Bacchi
JOSEBOSCOJR;valeu pelas fotos,ficaria muito bom no Guarani, o veiculo da foto parece um m113 adaptado(modernizado), e que local bem protegido hein!!
Cada Forca com o seu Pantsir, assim todos ficam contentes
Alias, esta foi a mesma forma como os Caracal foram distribuidos, 16 pra voce, 16 pra oce e 16 pra eu – e 2 pra ela … agora, nao devia compra mais um pra ela tambem ? vai fica bunito com os 2 Caracal dela.
Peraí pessoal, eu não estou entendendo como a banda toca por aqui. A defesa anti-aérea de nosso país sera feita por apenas um (3) Pantsir? E mais alguns Igla somados a metralhadoras .50?
Hoje o EB, possui APENAS 1 Bgd AAAe, com 5 GAAAe, sendo:
1º GAAAe – Rio de Janeiro – RJ;
2º GAAAe – Praia Grande – SP;
3º GAAAe – Caxias do Sul – RS;
4º GAAAe – Sete Lagoas – MG;
11º GAAAe – Brasília – DF;
Esse modelo está longe do ideal para a DAAe brasileira, para isso, seria necessário a criação de mais 03 Brigadas de AAAe, com seus respectivos GAAAe, espalhadas pelo Brasil, em apoio ao COMDABRA.
Cada GAAAe, contaria com 02 BiaAAAe, equipadas com os sistemas PANTSIR-S1, responsáveis pela DAAe de 2º e 3º escalões (20Km de alcance X 15Km de altura e 5Km de alcance X 3Km de altura), 01 BiaAAe, equipadas com sistema BUK M2E, responsável pela DAAe de 1º escalão (alcance de 45Km X 25Km de altura), mais 01 bateria equipada com canhões BOFI-R 40mm, EDT FILA e Iglas, DAAe de 3º escalão, além de radares SABER 60 e futuramente SABER 200, poderíamos, ainda, acrescentar no futuro em cada Brigada, uma Bia com sistemas S300 ou S400.
Desta forma o EB estaria apto a cumprir o papel de Defesa Aérea no território nacional.
Proposta:
EB: 04 Bda AAAe, totalizando 13 GAAAe, com 04 baterias S-300/ 400, 13 baterias BUK M2E, 26 Baterias PANTSIR-S1 e 13 baterias Bofi-R 40mm/ EDT-FILA/ IGLA, 13 – SABER 200, 91 SABER 60;
Não considerei as BiaAAAe, vinculadas as brigadas de Infantarias (Leve, Selva, Pqd, Motorizadas), Mecânizadas e Blindadas, por se tratarem de apoiar as suas respectivas brigadas, e não a Defesa Aérea do Brasil.
1ª Bda AAAe, CMS, CMSE, CML;
1º GAAAe – Rio de Janeiro – RJ;
2º GAAAe – Praia Grande – SP;
3º GAAAe – Caxias do Sul – RS;
4º GAAAe – Sete Lagoas – MG;
5º GAAAe – Caçapava – SP (a ser criado);
6º GAAAe – Curitiba – PR (a ser criado);
2ª Bda AAAe, CMO e CMP;
11º GAAAe – Brasília – DF;
12º GAAAe – Campo Grande – MS;
3ª Bda AAAe, CMA;
1 GAAAe – Manaus – AM;
1 GAAAe – Porto Velho – RO;
1 GAAAe – Belém – PA;
4ª Bda AAAe, CMA;
1 GAAAe – São Luis – MA;
1 GAAAe – Recife – PE;
FAB: 11 Bias PANTSIR-S1, 35 – SABER 60, com a finalidade de defesa de nossas Bases Aéreas;
I COMAR – 1 BiaAAAe, GAAAD;
II COMAR – 2 BiaAAAe, GAAAD;
III COMAR – 1 BiaAAAe, GAAAD;
IV COMAR – 2 BiaAAAe, GAAAD;
V COMAR – 2 BiaAAAe, 1º GAAAD;
VI COMAR – 1 BiaAAAe, GAAAD;
VII COMAR – 2 BiaAAAe, GAAAD;
Em relação a Marinha do Brasil, possuímos em torno de 40 portos em nossa costa, mais Base Naval de Ladário e Manaus, sendo assim, seria necessário umas 84 unidades de tiro PANTSIR-S1, 42 SABER 60, para cobertura de todos numa relação de 02 UT + 01 SABER 60 / Porto . Já o CFN, acredito necessitar de outro tipo de equipamento devido à sua doutrina de combate.
Ufa!!! … Sonhar é bom demais!!!!
A ultima coisa que precisamos – a ultima mesmo, e´ defesa anti-aerea. Nao existe nenhuma ameaca que justifique mais do que uma defesa simples e basica.
Uma duzia de Pantsir da e sobra
O que precisamos e´equipamento moderno para a infantaria, jipes MRAP, fuzis modernos com miras modernas etc.
O resto e´ besteira.
Thomas
Não digo que vc está errado, mas acredito que o problema das nossas FA são tão sério que temos de corrigi-los pelas duas pontas:
De um lado com a resolução da falta de equipamento de proteção individual, fardas, armas (Rifles, pistolas, metralhadoras e etc.) e até mesmo alimentação, mas pela outra com “equipamentos sofisticados” tais como caças, defesa antiaérea, fragatas e etc.
Eduardo
Existe um sistema russo chamado KOMAR que nada mais é que um sistema misto de canhão e mísseis, podendo ser utilizado em blindados e navios, tendo:
Uma canhão automático de 30mm, um radar de 20km de alcance, sistema optrônico e seis mísseis Igla.
thomas_dw disse:
8 de fevereiro de 2013 às 8:27
“O resto e´ besteira.”
Que isso camarada e as escoltas, os subs, os caças e os helis de ataque ???
BESTEIRA!!!!To te entendendo nao! To te entendendo nao!
No que se caracteriza uma arma moderna? Por exemplo, um FAL e um SCAR-H, ambos 7,62×51, o projétil deve se comportar de forma muito semelhante?!