vinheta-clipping-forte11. Não há qualquer perspectiva de solução para o conflito na Síria, pelo menos nos próximos seis meses. As duas partes em confronto estão num estado de relativo equilíbrio de forças sobre o terreno. Essa é a opinião do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, El Brahimi. / Os EUA, que estão procurando retirar suas tropas do atoleiro afegão, não admitem envolver-se militarmente na Síria. / As demais grandes potências ocidentais (Reino Unido, França, Alemanha e Itália), debaixo de sérios problemas econômicos, não se mostram dispostas a investir numa aventura sobre o território sírio, repetindo a experiência na Líbia. / Bashar al-Assad continua recebendo importante ajuda militar e assistência financeira não apenas da Rússia, mas, sobretudo do Irã e do Iraque. Conta com forças armadas bem treinadas e bem equipadas, de 350 mil ‘homens’.

2. A coligação da oposição síria, que ainda não logrou integrar-se de modo pleno, está sendo alimentada por contribuições financeiras importantes da Arábia Saudita e do Catar. As deserções de oficiais sírios têm sido estimuladas por vultosas indenizações concedidas pela Arábia Saudita (por exemplo, um General desertor recebe US$ 15 milhões). O reino saudita separou US$ 14 bilhões para todas as ações na Síria. / Bashar al-Assad, ‘preso’ dentro de um círculo de altos dirigentes alauitas: não pode desertar, aceitando com sua família o confortável exílio num país estrangeiro. Se tentar a deserção, todos serão mortos. Assim, teve de recusar até mesmo uma oferta de US$ 200 milhões, que lhe foi apresentada para Arábia Saudita para compensar sua marcha para o exterior.

3. Parece cada dia mais nítida a possibilidade da desintegração territorial da Síria, com formação de enclaves para os alauitas (liderado pelo próprio Bashar al-Assad), os curdos e os xiitas. / Há o risco também crescente e, com essa desintegração, assumirem um protagonismo ainda maior os djadistas (islamitas extremistas). Isso preocupa alguns países da região, como a Turquia e o Egito. / Há um consenso generalizado de que, cessado o conflito na Síria, será necessária a ocupação de seu território por uma força internacional, com pelo menos 180.000 soldados.

FONTE: Ex-Blog do Cesar Maia

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