Potencial do Aspide 2000 demonstrado no Kuwait
Outro sucesso do Aspide 2000 no Kuwait reafirma o status do míssil como maior destruidor de aeronaves.
Lançado de um sistema de defesa aéreo Skyguard, os mísseis Aspide 2000 derrubaram dois alvos remotamente controlatos (Banshee) no campo de testes ADEIRA da Brigada de Defesa Aérea do Kuwait durante um exercício de combate realizado em 18 e 19 de dezembro de 2012.
A interceptação ocorreu a uma distância aproxiamada de 6km e a uma altura de 1.500 metros, tendo como resultado ambos os alvos destruídosn (em um dos casos houve um impacto direto e em outro uma explosão a curta distância). Estes resultados consolidam a confiabilidade deste míssil da MBDA.
Durante o exercício, o Aspide 2000 estabeleceu um recorde de lançamentos para o Kuwait. Todos lançamentos que ocorreram desde 2007 tiveram total sucesso, com disparos de dia e à noite em variadas condições climáticas, alturas e distências.
O sucesso deste exercício no Kuwait confirma aefetividade dos mísseis Aspide (5.000 mil unidades produzidas) e a robustes deste moderno sistema. Este sucesso é somado a outros que estão fazendo do Aspide 2000 um dos mísseis mais aclamados e reconhecidos pelo mercado internacional no setor de defesa terrestre-aérea de médio alcance.
Informações gerais
Com instalações industriais em quatro países europeus e nos EUA, em 2011 MBDA alcançou um faturamento de € 3 bilhões, com uma carteira de pedidos, em encomendas e contratos futuros, no valor de € 10,5 bilhões. Com mais de 90 clientes das forças armadas do mundo, a MBDA é líder mundial em mísseis e sistemas de mísseis.
MBDA é o único grupo capaz de projetar e produzir mísseis e sistemas de mísseis que atendem toda a gama das atuais e futuras necessidades operacionais das três forças armadas (terra, mar e ar). No total, o grupo oferece uma gama de 45 sistemas de mísseis e produtos de medidas defensivas em operação, além de 15 outros atualmente em desenvolvimento.
MBDA é organizada em conjunto com a BAE Systems (37,5%), EADS (37,5%) e Finmeccanica (25%).
DIVULGAÇÃO: Imagem Corporativa
Essa é uma boa opção para o Brasil já que usamos o sistema Albatroz nas fragatas, que compartilha o mesmo míssil.
Na verdade não é a rigor o mesmo míssil, tendo a versão Spada 2000 um interceptador com maior alcance que o Albatroz (25 km x 15 km), mas ambos são intercambiáveis.
Essa foto é emblemática em relação à fragilidade dos sistemas antiaéreos atuais frente ao ataque aéreo.
O radar de um caça de 4,5 G no modo “abertura sintética” vê essa imagem com perfeição a mais de 150 km e com as novas armas de trancamento após o lançamento (LOAL) é só fechar a conta e passar a régua. Ex: SDB II, JDAM-ER, AARGM, AASM, JAGM, etc.
O sistema antiaéreo antes levava vantagem porque podia detectar e atacar uma aeronave a dezenas ou mesmo centenas de quilômetros e se mantinha relativamente imune já que o inverso não era possível. Hoje a escrita mudou e além do radar aéreo ser altamente capaz de detectar e reconhecer alvos em terra, a aeronave passou a ser mais discreta, é pequena e se move a grande velocidade num espaço tridimensional.
Hoje, qualquer sistema antiaéreo que queira ter o mínimo de probabilidade de sobrevivência num conflito de alta intensidade deve contar com capacidade C-PGM para sua auto-proteção.
Por acaso o Spada 2000 tem essa capacidade.
Frente às novas possibilidades de detecção e reconhecimento de alvos, o fato de um sistema de armas ser móvel (ou mesmo estar se movendo) já não é mais tão relevante para sua sobrevivência.
Um sistema antiaéreo hoje tem que além de ter capacidade counter-PGM, ser envolvido por uma miríade de sistemas defensivos baseadas em contra-medidas eletrônicas, despistadores, bloqueadores, etc, capazes de mitigar a ação do reconhecimento aéreo e das armas ar-sup e sup-sup de precisão.
Bosco,
Russos e Chineses, potências “terrestres”, trabalham com o conceito de defesa em profundidade/camadas, onde sistemas de armas mais leves, com menor alcance e custo, protegem sistemas de armas mais pesados, com maior alcance e custo, que protegem uma área de interesse pelo tempo necessário para atingir um (ou vários) objetivos. Tudo isso, é claro, integrado e/ou interligado, o ‘tal’ Integrated Air Defence Systems (IADS) que vc conhece melhor que todos nós.
Pensar em uma arma de defesa aérea é algo improdutivo.
Mas é o ‘jeito’ ocidental de pensar, pois credita à força aérea a missão de conseguir superioridade aérea, então basta defender as bases aérea e os postos de comando.
O ‘jeito’ oriental é diferente.
Eles acreditam (talvez estejam certos) que é possível, com sistemas integrados de defesa, criar áreas seguras por tempo suficiente, de onde podem lançar ataques aéreos e de artilharia, inclusive mísseis de médio alcance.
Seja lá como for, o meu bom e velho canhão antiaéreo ainda tem vez neste complexo combate.
Como “Counter-PGM” possui uma excelente relação custo benefício, tendo em vista o ‘preço’ da munição.
Destruir uma bomba guiada por GPS/Glosnass com um míssil pode representar um desperdício de recursos inviável para muitas forças armadas pelo mundo.
Uma antiquada ‘boca de fogo’, mas com modernos sensores, pode colocar uma ‘rajada de chumbo’ (hoje em dia pode ser até tungstênio) no caminho de uma arma guiada, protegendo uma pequena área onde se instala uma bateria SAM de médio ou longo alcance.
Evitando exemplos russos ou chineses, sugiro olhar um sistema alemão, o MANTIS da Rheinmetall:
“Based on Oerlikon Skyshield air defense technology, the MANTIS is a short-range Counter-Rocket, Artillery and Mortar (C-RAM) system designed by Rheinmetall Defense to protect military sites and important civilian infrastructure from airborne threats.
Equipped with six 35 mm guns, two sensor units and a central command ground-control unit, the system can detect missiles at a range of 3 km. Each gun fires Advanced Hit Efficiency And Destruction (AHEAD) rounds, which release 152 tungsten projectiles in front of the target.”
Pois é, como escreveu a poucos dias um dos editores, a munição dos canhões são baratas e imunes a contra medidas eletrônicas.
Grande abç,
Ivan, o Antigo.
Ivan,
Apesar de ficar com a fama de que não gosto de canhões, ela é injusta. Rsrss
Eu não acho que eles tenham futuro em caças avançados, com armamentos em estado da arte.
Também acho dispensáveis os canhões antiaéreos rebocados (na função antiaérea) para forças com recursos reduzidos como o Exército Brasileiro e o Corpo de Fuzileiros Navais. A eficiência dos atuais mísseis sup-ar portáteis (Manpads e Crewpads) coloca em cheque a utilidade desses canhões.
Nada contra o uso de canhões em nenhuma outra circunstância, inclusive o uso desses mesmos antiaéreos rebocados mas integrados ao conceito C-RAM, como o sistema Mantis, que você citou.
Vale lembrar que a velha regra de que o canhão é imune às contra-medidas eletrônicas é uma meia verdade. Vale só pro tiro diurno em bom tempo contra um alvo parado, com mira visual disparando munição de impacto. Contra uma aeronave atacando a Mach 0.9 a baixa altitude, de noite, mal tempo, usando uma espoleta de proximidade, ele é tão vulnerável quanto qualquer míssil. rrsrsrs
Voltando ao assunto, interessante que o “Ocidente” tem dado ênfase ao conceito C-RAM e o “Oriente” ao C-PGM.
Lembrando que o conceito C-PGM é velho de guerra e foi tomado emprestado da guerra naval. Há décadas os navios de guerra já o adotam para se protegerem dos mísseis antinavios.
Na verdade C-RAM e C-PGM são conceitos complementares e que tendem à convergência num futuro próximo.
O uso de canhões tanto pra C-RAM quanto pra C-PGM traz vantagens (principalmente custo/benefício) no caso de auto-proteção, mas o uso de mísseis oferece a possibilidade de defender áreas maiores.
E ainda tem o laser num futuro imediato.
Seja como for veremos cada vez mais a evolução desses 2 conceitos.
Só de curiosidade, os alemães que adotam o Mantis para C-RAM vão usar o míssil Iris-T lançado verticalmente para C-PGM na proteção do sistema MEADS.
Um abraço.
Só complementando, no futuro os ar-sup deverão ser cada vez mais furtivos, velozes e resistentes ás contra-medidas eletrônicas, tendo em vista a capacidade C-RAM crescente nas modernas IADS, principalmente russas e chinesas.
O Carlo Kopp considera que as armas ar-sup devam ser as mais furtivas possíveis, as mais velozes possíveis, mais resistentes às contamedidas eletrônicas, etc.
Os americanos parece que fizeram o dever de caso (e tiveram o Carlo Kopp como consultor. rsrsr) tendo em vista a bomba SDB-II, a “bomba” JSOW, o míssil AARGM, o JAGM, etc.
Correção:
“…tendo em vista a capacidade C-RAM crescente nas modernas IADS, principalmente russas e chinesas.”
Onde coloquei “C-RAM” queria dizer “C-PGM”.