Em outubro do ano passado, a Coreia do Sul firmou acordo com os Estados Unidos, permitindo que Seul desenvolvesse mísseis balísticos com alcance em torno de 800 quilômetros. A medida tem como objetivo tornar o país menos dependente das forças norte-americanas.

A princípio, o acordo entre os dois países possibilitva a criação de armas com alcance de até 300km. Porém, a conduta agressiva da Coreia do Norte, incluindo lançamentos de mísseis balísticos em dezembro passado e especulações sobre possíveis novos testes nucleares, forçaram o vizinho do sul a modificar e adiantar o cronograma para criação das armas.

Ainda não foram divulgadas datas para que os futuros mísseis entrem em operação – uma fonte do governo apenas disse à agência de notícias Yonhap News que os armamentos devem começar a funcionar o quanto antes. “Renovar nossa capacidade de segurança é uma questão urgente”, afirma Kim Jang-soon, representante do governo sul-coreano responsável por observar as movimentações do vizinho ao norte assim que a presidente recém-eleita, Park Guen-hye, tomar posse no mês que vem. Jang-soon também pediu à comunidade internacional medidas mais contundentes para isolar Pyongyang em caso de novos lançamentos de mísseis.

Durante sua campanha eleitoral, a então candidata Park enfatizou  a necessidade de aprimorar as Forças de Defesa sul-coreanas a fim de dar à nação – que, em tese, ainda está em guerra com o norte – um poder de dissuasão credível. É pouco provável que o discurso da nova presidente e o desenvolvimento dos mísseis acalmem os ânimos no lado sul.  Segundo uma pesquisa de opinião realizada por entidades representantes dos veteranos da Guerra da Coreia(1950-1953), quase 79% das pessoas entrevistadas veem um novo conflito como uma possibilidade concreta.

FONTE: The Guardian (tradução e adaptação do Força Terrestres)

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