Para especialista, foco da discussão sobre armas é equivocado
Após mais uma lamentável tragédia nos Estados Unidos, com um assassino descontrolado abrindo fogo contra crianças em uma escola, volta à tona a discussão sobre o controle de armas naquele país e, por tabela, também no Brasil. Por lá, desta vez coube ao governador do estado de Nova Iorque puxar o coro por mais restrições ao acesso às armas, e, por aqui, isso parece ser tarefa da grande mídia televisiva.
A discussão, no entanto, é duramente criticada pelo pesquisador em segurança pública da ONG Movimento Viva Brasil, Fabricio Rebelo, para quem há um erro de foco na abordagem do tema. Segundo Rebelo, “o debate é necessário, porém não sob o prisma de mais proibições, pois quem comete atos assim não está observando lei nenhuma, e não seria a ilegalidade no acesso às armas que impediria o assassino; afinal, matar já é a maior das proibições legais e ele matou dezenas de pessoas”.
De acordo com o pesquisador, a discussão deveria ser voltada à permissão da atuação de segurança armada nas escolas e universidades, ou mesmo à liberação ao porte de arma por professores e funcionários nestes locais. “Não podemos fechar os olhos para o fato de que estas tragédias somente acontecerem, exatamente, onde não é permitido portar armas. São locais onde o assassino sabe que a reação não existirá prontamente e, até a chegada da polícia, várias mortes acabam sendo provocadas”, afirma.
Ainda segundo Rebelo, a investigação desses casos costuma mostrar que a ação do assassino poderia ser parada caso houvesse alguém armado dentre as vítimas. “É contumaz nestes casos a constatação de que o ataque prossegue até que alguém armado chegue ao local, quando o assassino é morto ou acaba tirando a própria vida. Portanto, o meio mais eficaz de se evitar estes ataques é possibilitar que a reação seja mais rápida, para que, ao invés de tentar se esconder e rezar pela chegada da polícia, alguém possa simplesmente revidar, salvando a própria vida e a dos demais ali em risco”, pondera o pesquisador.
Rebelo ilustra sua tese com um recente episódio ocorrido em Portland (EUA), sequer por aqui divulgado, em que um homem entrou em um shopping portando um rifle AR-15, mesma arma utilizada na escola de Connecticut, e começou a disparar contra as pessoas. “Nesse caso, ao contrário de um massacre, o agressor só conseguiu atirar em duas pessoas, sendo logo confrontado por um cidadão armado que ali fazia compras e, diante da reação, preferiu tirar a própria vida. Se isso fosse uma realidade também em escolas, as crianças estariam muito mais protegidas de ataques insanos”, conclui.
Num dos mais famosos casos de ataque contra estudantes americanos, em Virginia Tech, à tragédia se seguiu uma forte discussão sobre a liberação do porte de armas nas universidades. Hoje, o porte ainda não é liberado, mas a presença de seguranças armados já é uma constante e, onde ela existe, não se tem verificado casos de ataque.
Publicado originalmente no blog “Defesa Armada“.
É apenas minha opinião, mas historicamente o proibicionismo nunca funcionou, apenas fortaleceu o inimigo.
A chave é regulamentar.
Como sempre acontece nesses casos, a mídia aproveita ao máximo para gerar renda, ordenhando a notícia até as pessoas enjoarem e perderem o interesse pelo assunto.
Sempre se discute os efeitos da ação do maníaco, nunca as causas. O povo, alimentado pela mídia, logo fala em proibição do porte/venda de armas. Botam a culpa nos fabricantes de armamento, crucificam qualquer um que apoie a venda de armas para cidadãos comuns. Videogames violentos, filmes, também costumam ser apontados como culpados. Mas nunca os meios de comunicação, como TV e revistas, afinal, quem ficaria revoltado e traumatizado sendo bombardeado diariamente com notícias sobre violência, acidentes, corrupção e tragédias em geral, de manhã, de tarde e de noite, não é mesmo?
Qualquer um com dois neurônicos sabe que se não houverem armas de fogo, um maníaco pode usar de muitos outros meios para provocar uma tragédia: usar armas cortantes, explosivos, venenos, até mesmo veículos, para causar o máximo número possível de mortes. Não é a falta de uma arma de fogo que deteria uma pessoa disposta a tirar a vida de crianças numa escola.
Mas o que nunca é discutido com profundidade é o que leva alguém a cometer um ato desses. Geralmente se procura um bode expiatório (armas, videogames) e todos passam a criticar e depois de um tempo esquecem e voltam para a rotina de reclamar dos outros aspectos da vida.
Será que um maniaco nasce assim? Será que o meio que ele vive não tem nenhum pingo de influencia nas suas ações? Será que esses indivíduos não são fruto do modo como a sociedade trata seus cidadãos? Será que não é a própria sociedade que cria esses maníacos?
Eu não sou psiquiatra nem vou dar uma de especialista aqui, mas será que não dá para notar o padrão que esses ataques seguem? Sempre em escolas, ou em locais onde se encontram muitos jovens? Quem me garante que esses indivíduos não são o resultado de anos e anos de bullying?
E os parentes dessas pessoas, não tem também um pouco de responsabilidade? Será que é verdade o que sempre alegam, que fulano era calado e coisa e tal, mas que nunca mostrou sinais de que poderia fazer algo terrível? Alguns dias atrás, vi um comentário num blog onde alguém disse que seus país foram ótimos, que fizeram tudo de bom na sua criação, mas que seu irmão acabou cometendo um assassinato e depois suicídio. Ele estava “doente”. Não foi culpa dos país e coisa e tal. Se me perguntarem, eles viram algo errado mas optaram pelo caminho mais fácil, que é fechar os olhos para as evidências e deixar pra lá, afinal quem quer levar o filho para um profissional de saúde mental, passando essa vergonha diante da família e dos amigos.
Para terminar, eu acho que as pessoas tem que tomar vergonha e admitir que contribuíram sim para essas tragédias, que o modo como interagimos com os outros tem efeito nos mesmos. Não é botando a culpa num bode expiatório que evitará que novas tragédias aconteçam.
Senhores,
Meu pensamento a respeito é bastante simples:
Se o governo de determinado país baixa normas para desarmar a população, criminalizando o porte e até a posse, apenas os cidadãos de bem, cumpridores da Lei obedecerão tal regra; os demais, o lixo, a escória, continuarão a ter acesso a elas de um jeito ou de outro.
Assim, os criminosos, os violentos, os sociopatas e metidos a machão continuam armados, mas a população fica indefesa.
Ao invés, se muitos andam armados, a maioria será de pessoas de bem, pois espelharão a população, o que sempre inibirá os mal-intencionados (como saber quem está armado?).
Mas se poucos podem andar armados, os maus farão de tudo para andarem armados e poderem fazer o que quiserem, quando quiserem, contra quem bem entenderem.