O governo alemão aprovou nesta quinta-feira o envio de duas baterias de mísseis Patriot à Turquia e prevê mandar até 400 soldados da Bundeswehr para proteger o país de eventuais ameaças sírias.

Como o exército alemão está sobe responsabilidade da Câmara baixa do Parlamento (Bundestag), a intervenção, conduzida pela Otan, ainda terá que receber o aval dos deputados.

O voto, que deverá acontecer entre 12 e 14 de dezembro, será apenas uma formalidade já que o principal grupo de oposição, os democratas do SPD, informou que votará “sim” como a maioria da chanceler Angela Merkel.

O ministro de Defesa, Thomas de Maizière, explicou em conferência de imprensa que “os detalhes, como os locais para onde serão enviados os mísseis, ainda não foram totalmente definidos”.

“É uma decisão importante sobre uma situação grave, e não há nada de certo”, comentou o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, que também compareceu à conferência de imprensa.

“O conflito na Síria já resultou em mortes na Turquia”, lembrou, se referindo aos moradores de um vilarejo que foram mortos por obus lançados desde a Síria, “e é normal e justo que a Turquia deseje se armar frente a um regime (…) que poderia provocar confrontos” na região.

Os Patriots são capazes de destruir no ar eventuais mísseis lançados da vizinha síria. Os dois ministros enfatizaram a dimensão defensiva das ações alemãs, principalmente para acalmar uma opinião pública que não vê com bons olhos intervenções militares fora do país, seja na Turquia, no Afeganistão ou em qualquer outro lugar.

“Nunca sabemos do que é capaz um regime que está ruindo. É por isso que devemos agir de forma preventiva”, argumentou Westerwelle, que falou claramente que uma “intervenção em território sírio não está de modo algum nos planos”.

Vários países, como os Estados Unidos, deram a entender ao regime de Damasco que o uso de armas químicas poderia acarretar numa intervenção militar internacional na Síria. “A Síria possui armas desse tipo. Nós não identificamos no governo sírio a intenção de usar essas armas, mas a possibilidade existe”, indicou Maizière.

para Weseterwelle, o uso de armas químicas não é só inaceitável para “a Otan e para o Ocidente, mas sim para toda a comunidade internacional”. “E se armas desse tipo forem usadas, não tenho dúvidas que a ONU reagiria e até a Rússia e a China (que defendem o regime de Bashar al-Assad) terão que rever suas posições”, afirmou.

FONTE: Terra Notícias

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Giordani
Giordani
12 anos atrás

Já passou da hora da Alemanha tomar as rédeas da OTAN.