Peru de olho nos Leopard 2 armazenados na Espanha

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O Peru estuda a compra de 53 carros de combate Leopard 2 que o Ministério da Defesa da Espanha encaminhou para armazenamento em Zaragoza por um período de cinco anos após constatar que não havia fundos para a atualização dos mesmos. O Exército Espanhol vê com bons olhos a venda dos veículos para o país Sul americano.

A visita de uma comissão técnica de militares do Exército Peruano para comprovar o estado em que se encontram os carros de combate está sendo preparada.

Os 53 Leopard são do modelo 2A4 e fazem parte de um lote de 108 carros adquiridos temporariamente – em forma de concessão – do Exército Alemão em 1995. Em 2006 os veículos foram adquiridos em definitivo pela Espanha por 15 milhões de euros.

Trata-se de um modelo mais antigo que os 2E, atualmente em serviço com o Exercito Espanhol cuja dotação é de 219 unidades, e o mesmo que a Espanha tenta vender para a Arábia Saudita.

FONTE: El Confidencial Digital (tradução e adaptação do blog das Forças Terrestres a partir do original em espanhol)

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ReturnOfTheKing
ReturnOfTheKing
12 anos atrás

Enquanto isso o Brasil, com seus 250 1a5!
Bem que poderia comprar alguns 2a5.

aldoghisolfi
aldoghisolfi
12 anos atrás

Um bom par de bons óculos viria a calhar…

Vader
12 anos atrás

O Leopard 2 será o caminho natural do EB. Mas daqui há uns 10 ou 15 anos. 😉

Uitinã
Uitinã
12 anos atrás

O exercito creio que nem tenha interesse nesses carros o território brasileiro não permiti a utilização de meios com mais de 45 toneladas por inúmeros motivos o primeiro, são os rios brasileiros que são muito largos e tem o seu leito de lama, e maioria ultrapassa os 6 metros de profundidade, se não me engano a maioria das pontes moveis não cobriria as 2 margens, o leito de lama torna impossível a travessia submersa a risco dos tanques atolaram no fundo do rio e mesmo com preparação a profundidade não permite essas travessias, outra e o próprio solo brasileiro que segundo os militares e muito fofo, as nossas estradas tbm não suportariam o peso acima de 45 ton, isso sem contar a malha ferroviária, os únicos lugares do brasil que a utilização de tanques e útil e a região sul e parte do mato grosso do sul e parte do sudeste pela geografia rochosa do solo.

O mais certo e que o EB vai investir em veículos leves sobre rodas como o Centauro ou Pandur que seriam os mais adequados pra se ter uma forca dissuasora leve e bem armada.

Marcelo Kerkhoff
Marcelo Kerkhoff
Responder para  Uitinã
5 anos atrás

Hoje existem caminhões de 10 eixos que podem rodar com mais de 60 ton.
Os bi trem e rodo trem rodam com mais de 50 ton com 7 ou 9 eixos. Não entendo o problema de peso que sempre vem a tona quando se fala de blindados!

Vader
12 anos atrás

Essa história das estradas não suportarem 45 toneladas é lenda da internet. Tá cheio de rodotren e treminhão com muito mais do que isso rodando por aí.

Quanto a atolar e não poder navegar em água: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/17/Leopard_2A4_-_Turm.jpg

Marcelo Kerkhoff
Marcelo Kerkhoff
Responder para  Vader
5 anos atrás

Exato!

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
12 anos atrás

Vader…

Uma coisa é dividir 45 toneladas em 2 lagartas… outra coisa é dividir esse peso em algumas dezenas de rodas…

Control
Control
12 anos atrás

Senhores

O argumento relativo a limitação de 45 toneladas de peso para tanques no território brasileiro não tem sentido do ponto de vista da engenharia, da geografia e da geologia, pois o território brasileiro, pelo seu tamanho tem praticamente todos os tipos de solo (geologicamente se desconhece o tal solo fofo) e do ponto de vista da física não importa o peso do tanque mas sim a pressão exercida por suas lagartas, ou seja, o efeito do tanque sobre o solo depende de seu peso distribuído por toda a área de apoio dele no solo, ou seja a área de suas lagartas. Assim um tanque de 60 toneladas poder exercer menos pressão sobre o solo que um de 40 toneladas.

Sds

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Control, excelente mensagem.

Disse tudo.

Bacchi

Vader
12 anos atrás

Alfredo Araujo disse:
11 de novembro de 2012 às 21:34

Prezado, o amigo Control deve saber explicar de forma científica. Eu sei que quando fiz o curso de pilotagem de M-113 corria a lenda (logicamente eu não fui besta de fazer o teste, rsrs) que você poderia deixar o pé embaixo das lagartas e ele não seria esmagado.

Com efeito, as sapatas das lagartas espalham o peso ao longo de toda a área de contato, que é enorme justamente para ter mais tração e permitir ao veículo andar em todo terreno sem atolar. Assim, embora o peso total seja grande, ele é dividido, e não causa danos ao piso. Na verdade, causa menor dano do que um caminhão sobre rodas mais pesado.

Por isso que digo que a tal história das 45 ton é lenda da internet. Como é igualmente lenda a história de que o solo brasileiro é “fofo”, ou de que nossos rios são muito lamacentos (???).

A única coisa em que o comentário do Uitinã está correto é quando diz que o uso de veículos blindados deve ficar mais adstrito ao Sul. Isso é um fato, mas apenas por conta do terreno, menos acidentado e com menor cobertura vegetal.

Sds.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Um comentário antigo meu:

Este meu interesse foi despertado durante as discussões sobre os combates em Angola entre os Eland das forças sul-africanas e os T54/55 das forças angolanas.

Foi esposada por vários foristas a tese da maior adaptação dos Eland ao terreno daquela região.

Eu estranhei muito esta posição pois desde meus tempos da ENGESA eu tinha estudado este problema (e discutido o mesmo com Jerry Cohron – especialista em mobilidade, contratado pela ENGESA para introduzir este conceito aos seus engenheiros).

Na época tomei conhecimento de três trabalhos a respeito: D. Rowland “A review of vehicle design for soft ground operation” Defense Operational Analysis Establishment, Ministry of Defense, UK, Major J.C. Larminie “Soft ground performance of military vehicles” International Defense Review Abril 1988 e TC N.F. Vaux “Tracks vs wheels” Marine Corps Gazette Dezembro 1980.

Com a introdução do carro de combate na frente ocidental em 1915, surgiu uma duvida: como avaliar o comportamento destes carros em relação ao solo?

O primeiro parâmetro a considerar foi o da pressão exercida pelo veiculo ao solo através de suas lagartas.

Surgiu então o critério da Pressão Nominal Sobre o Solo (Nominal Ground Pressure) que era simplesmente o peso do veiculo dividido pela área das lagartas na região das mesmas que entram em contato direto com o solo.

Durante este período utilizou-se como parâmetro limite a pressão exercida pelo pé de uma pessoa: 50 kN/M2.

Este critério perdurou até meados da 2ª GM, quando estudos mais detalhados utilizando sistemas que mediam a pressão realmente exercida sobre o solo, mostraram que este índice não levava em consideração o fato de que a pressão não era uniforme ao longo da lagarta devido a características das mesmas.

Surgiu então o critério da Pressão Maxima Media (Mean Maximum Pressure), que leva em consideração fatores como: peso do veiculo, numero de rodas de apoio, diâmetro das rodas de apoio, largura da sapata, passo das sapatas (pitch of track links), etc.

Paralelamente ao estudo para lagartas foi desenvolvido o mesmo para veículos sobre rodas.

Do artigo“A review of vehicle design for soft ground operation” temos os seguintes exemplos:

Carros de combate (sendo b=largura da lagarta/pneu em metros):
Sherman 32 ton. (com suspensão HVSS) / b=0,565 > 205 kg/m2
Panzer III 19 ton. / b=0,36 > 220 kg/m2
Panther 45 ton. / b=0,66 > 150 kg/m2
Tiger 2 68,5 ton. / b=0,76 > 184 kg/m2
T-34 26 ton. / b=0,545 > 174 kg/m2
Churchill Mk IV 39 ton. B=056 > 217 kg/m2
Centurion 51 ton. / b=0,61 > 252 kg/m2
T-62 37 ton. / b=0,58 > 242 kg/m2
M60 54,5 ton. / 0,71 > 236 kg/m2
Leopard 1 39,3 ton. /0,55 > 198 kg/m2
Leopard 2 51,4 ton. / 0,635 > 201 kg/m2

Veiculos blindados sobre rodas
Daimler AC 4X4 7,5 ton. / b=0,27 > 505 kg/m2
M8 AC (Greyhound) 6X6 7,7 ton. / b=0,23 > 460 kg/m2
Saladin AC (6X6) 11,3 ton. / b=0,305 > 455 kg/m2
BTR 60 VBTP (8X8) 9,7 ton. / b=0,305 > 327 kg/m2
AMX10RC AC (6X6) 13,6 ton. / b=0,355 > 437 kg/m2
Jeep (4X4) 1,34 ton / b=0,15 > 226 kg/m2

No artigo “Soft ground performance of military vehicles” mais exemplos são dados:

Challenger 62 ton. > 282 kPa
Chieftain Mk 6 53,6 ton > 274 kpa
Scorpion 8,26 ton. > 106 kPa
Warrior (VBTP) 25,3 ton. > 198 kPa
M113 (VBTP) 11,6 ton. > 121 kPa
Abrams M1 51,4 ton. > 210 kPa
Merkava 60 ton. > 279 kPa
T-55 36 ton. > 243 kPa
T-72 257 ton. > 257 kPa
BMP-2 (VBTP) 14,6 ton.> 178 kPa

Ferret Mk2 (4X4) 4,5 ton. > 351 kPa
MOWAG LAV (6X6) 11,95 ton. > 439 kPa
Fox (4X4) 6,1 ton. > 349 kPa
Hummer M998 (4X4) 3,87 ton. > 272 kPa
Pandur (6X6) 11,2 ton. > 421 kPa
Luchs (8X8) 19,5 ton. > 427 kPa
VAB (4X4) 13 ton. > 576 kPa
VAB (6X6) 14,2 ton. > 392 kPa
Urutu EE-11 (6X6) 14 ton. > 428 kPa

Nota: 1 Pa = 1N/m2

Mais uma vez mostra que os veículos sobre rodas causam maior pressão sobre o solo do que os veículos sobre lagartas, ao contrario do que muita gente pensa.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Faltaram as linhas finais:

Tentando comparar o Eland (4X4) com o T-55, vamos ter para o Eland 6 ton. em torno de 349 kPa (não encontrei dados exatos para ele, mas suas dimensões e características são muito próximas das do Fox > 349 kPa) e para o T-55 > 243 kPa.

Ou seja a pressão exercida pelo T-55 sobre o solo é em torno de 70% da exercida pelo Eland.

Bacchi

Vader
12 anos atrás

rsbacchi disse:
12 de novembro de 2012 às 7:20

Como sempre, excelente comentário, caro Reginaldo.

Ou seja: o Leopard 2 exerce menos pressão sobre o solo do que um M-60, que o Brasil já opera. E salvo engano no meu conversor de medidas, menos da metade da pressão do Urutu.

Fim da discussão e mais uma lenda da internet definitivamente destruída. Lenda esta que, pontue-se lateralmente, foi inventada salvo melhor juízo para tentar desqualificar o M1A1 Abrams.

Sds.

Requena
Requena
12 anos atrás

Olha, depois dessas “provas” o infeliz q

Requena
Requena
12 anos atrás

Olha, depois dessas “provas” o infeliz que falar que o Brasil não pode usar o Leopard 2, será apedrejado em praça pública, no melhor estilo “Ahmadinejad” de ser… 🙂