Para entender a onda de homicídios em São Paulo – SP
1. Uma comparação numérica entre os homicídios em S. Paulo e no Rio de Janeiro não ajuda a entender o núcleo do problema em SP.
2. No Estado do Rio de Janeiro, para uma população de 15.993.583 habitantes pelo censo de 2010, entre janeiro e setembro de 2012 (dados oficiais do ISP), foram registrados 3.028 homicídios dolosos. No Estado de SP, para uma população de 41.252.160 habitantes pelo censo de 2010, neste mesmo período –janeiro a setembro de 2012- foram registrados 3.329 homicídios. São taxas anualizadas, por 100 mil habitantes, de 25,24 para o Estado do Rio e de 10,76 para o Estado de SP.
3. Comparando as Capitais, no mesmo período, para uma população de 6.323.037 pelo censo de 2010, a Cidade do Rio de Janeiro (ISP) registrou 935 homicídios. Para 11.376.685 habitantes pelo censo de 2010, a Cidade de SP registrou 919 homicídios. São taxas anualizadas de 19,72 para a Cidade do Rio de Janeiro e 10,77 para a Cidade de SP.
4. Em setembro, na Cidade de SP ocorreu pânico, com um número recorde de homicídios dolosos: 135. Nesse mesmo mês, foram 95 homicídios dolosos na Cidade do Rio de Janeiro. Anualizando -apenas esse mês de setembro- a taxa por 100 mil habitantes de SP alcançaria 14,24. No caso da Cidade do Rio de Janeiro, os homicídios de setembro, anualizados, produziriam uma taxa por 100 mil habitantes de 18,02.
5. Qual a diferença? No Rio a violência é difusa e em boa parte relacionada ao crime organizado e sua ação.
6. Em SP, anos atrás, as facções foram unificadas em torno do PCC. Anos atrás, o PCC havia feito um ensaio de operação pânico/terror, matando policiais e chacinando grupos. Agora, a operação pânico/terror é feita contra qualquer pessoa, sozinha ou não, independente de assalto ou tráfico de drogas ou qualquer razão ou pretexto. Qualquer pessoa em qualquer situação é alvo do pânico/terror. No início, os policiais eram o alvo preferencial. Agora é qualquer um.
7. Por isso a gravidade da situação em SP. No Rio, em 2007, uma operação foi feita por uma facção contra veículos. A origem dos delinquentes estava em uma comunidade que cercada se eliminou o problema. Agora, em SP, o terror/pânico vem de vários pontos e assassinam qualquer um sem pretexto. Uma questão de extrema gravidade.
FONTE: Ex-Blog do Cesar Maia
“Agora, a operação pânico/terror é feita contra qualquer pessoa, sozinha ou não, independente de assalto ou tráfico de drogas ou qualquer razão ou pretexto”.
Isso tem nome: terrorismo.
Opinião minha: o PCC e a esquerda brasileira estão mancomunados, com o objetivo de criar pânico e, nas próximas eleições ao governo do Estado, assumirem o poder em São Paulo.
O pânico é só da imprensa PeTralha e cumpanhera, que quer derrubar o Alckmin para assumir o Palácio dos Bandeirantes em 2014, e assim extinguir de vez a pequena oposição ao domínio do ParTido que ainda existe nesse país.
O povo mesmo não está em pânico coisa nenhuma. São Paulo, Estado e Cidade, ainda tem as menores taxas de homicídios do Brasil. Aliás, o Estado é o ÚNICO do Brasil que possui níveis “aceitáveis” dentro do padrão da ONU, para homicídios. Em TODOS os outros vive-se em guerra civil.
Há crime e violência por aqui? Evidentemente que sim. Mas ainda muito menos do que em qualquer outro lugar do Brasil.
A Polícia de São Paulo, Militar e Civil, está em guerra com a marginália. Só que essa é uma guerra que a sociedade armada (polícia) simplesmente não irá perder. Vão morrer todos os que a enfrentarem, embora, como em toda a guerra, o inimigo às vezes consiga fazer uma ou outra baixa.
O PCC tem a estrutura de um ParTido. Tem a hierarquia de um ParTido. Tem estatutos como um ParTido. Tem quadros como um ParTido. Tem diretórios regionais como um ParTido. Infiltra-se em organizações públicas e sociais as mais diversas, como um ParTido. Tem a ideologia de um ParTido. Tem até contribuições financeiras como um ParTido.
E seu “grande inimigo” é o PSDB, que governa o Estado há duas décadas e o mantém, na medida do que permite nossa pateticamente fraca legislação penal brasileira (competência legislativa federal), com rédeas curtas, para dizer o mínimo.
Qualquer semelhança ou ligação com um certo ParTido é mera coincidência, evidentemente…
Vader, tenho que discordar de você, não acho que possamos minimizar os fatos, os assassinatos inocentes, a uma simples briga partidária. Os números podem mostrar uma taxa de homicídios total chamada de aceitável, entretanto, o fato é que nesta última semana inocentes têm sido assassinados a esmo e diariamente e os assassinatos são concentrados na região metropolitana. E a imprensa brasileira é toda petralha? Alguns são sem sombra de dúvidas, mas todos? Quer dizer que não passa de um grande complô de toda a imprensa petralha?
Não moro em São Paulo, mas obviamente conheço várias pessoas que moram, e estas têm uma opinião diferente da sua. Creio que o Estado precisa e rápido dar um basta em tal situação, ou estes índices “bonitinhos” deste estado, dentro dos padrões da ONU, irão saltar para outros níveis. Pois os índices aceitáveis os quais você se refere, não contabilizam os homicídios atuais, que se continuarem em tal rítmo… enfim, não vou ser repetitivo.
Já dizia um grande jornalista da TV paranaense, Luis Carlos Alborghetti: “Bandido bom é bandido morto!”.
E não era à toa. A PM-SP precisa combater estes terroristas ferozmente.
A propósito Lyw, vivo em São Paulo e não há NENHUM pânico, por parte da esmagadora maioria da população, em relação aos ataques dos marginais e terroristas do PCC.
Se os índices de homicídios em São Paulo tem que ser olhados de perto para não crescerem, o que podemos dizer então dos demais estados do país?
Muito bem, não discutirei com paulistas sobre como estes se sentem. Entretanto, São Paulo não é Rio Branco, o que acontece em São Paulo causa bem mais impacto do que o que acontece em outros lugares no país, e isto não é somente no Brasil, em qualquer lugar do mundo é assim.
E outros lugares do Brasil realmente precisam de atenção, é o caso de Alagoas, por exemplo, que possui índices de homicídios absurdos. Aqui em pernambuco, nós reduzimos os índices quase que pela metade em 4 anos, com investimentos em estrutura para a polícia. Acho que não é hora de ficarmos olhando quem mata mais, se tem gente sendo morta, tem de se trabalhar para enfrentar tal situação.
A população (paisanos) podem estar tranquila, mas e os policiais e suas famílias?
Concordo com o Vader que é uma guerra contra a marginália, mas não podemos achar a atual situação anormal. Precisa-se de ação do poder público, que já está ocorrendo, mas a situação ainda não sofreu grandes mudanças. Precisa-se combater ferozmente, concordo com vocês.
“situação *normal” quis dizer 😉
A PM mexeu c/ os “integrantes” dos “movimentos sociais”, prederam 33 deles somente na favela Paraisópolis.
Esses mesmos “movimentos sociais” reclamaram das ações da PM, em Brasília e pelo visto estão sendo atendidos.
Qnto a nós, reles pagantes de impostos…
Temo que o PCC venha a ser os nossos Camisas Pardas.
Lyw disse:
9 de novembro de 2012 às 19:01
Prezado, veja bem: a imprensa brasileira “compra” notícia da imprensa paulista, a mais poderosa do país (excetuada a carioca). E a imprensa paulista é majoritariamente avermelhada. Tem viés político nas notícias sim.
Veja, não se trata de minimizar não: a coisa aqui tá preta, como diria Chico Jabuti. Mas tá preta pros dois lados: a polícia está sofrendo baixas, mas os bandidos estão sofrendo muito mais ainda. E vai piorar pra eles.
São terroristas (só não avisa o governo federal, senão eles ganham asilo…). E estão sendo combatidos como terroristas. Não vai ter mole pra malaco. A polícia de São Paulo é a mais numerosa, a mais bem armada, a mais eficiente e a mais bem treinada do Brasil (ok, sei que tudo isso não é lá muita coisa, mas…), e vai superar essa fase.
Agora, daí a dizer que o Estado está “em pânico” vai uma distância bastante grande. O Estado de São Paulo é muito grande e muito populoso para entrar “em pânico”.
Sds.
Eu não lembro de ter visto nenhum VAGABUNDO de nenhuma ONG defensora de direitos “ô manos” aparecer em publico pra se “solidarizar” com as vitimas dos clientes deles. Onde estão os deputados que aparecem babando na frente das câmeras quando “os ômi” passam o rodo? E os promotores de “justiça” que “caem matando” quando ocorrem casos de truculência policial?
A violência no Brasil é assustadora. Convivemos, sim, com números de guerra.
Mas se os paulistanos estão em “pânico”, imagine os soteropolitanos, que tivemos 2037 homicídios registrados na Região Metropolitana de Salvador em 2011?
Pois é, a cidade de São Paulo, com seus 11.376.685 de habitantes, registrou 1023 homicídios e aqui na RMS, com 3.574.804 de habitantes, tivemos o dobro.