Putin demite ministro da Defesa por suspeita de fraude
O presidente russo, Vladimir Putin, demitiu hoje o ministro da Defesa, Anatoly Serdyukov, duas semanas depois que um inquérito criminal foi aberto para averiguar uma possível fraude na venda de ativos militares. Putin fez o anúncio durante uma reunião em Moscou com o governador regional Sergei Shoigu, indicado pelo presidente para assumir o cargo.
Sem entrar em detalhes, o presidente declarou: “Tendo em conta a situação com o Ministério de Defesa, tomei a decisão de demitir Anatoly Serdyukov, para criar condições para uma investigação objetiva”.
Durante o pronunciamento, Putin também sublinhou a importância da reforma do exército realizada por Serdyukov e pediu ao novo ministro Shoigu para continuá-la. “O Ministério da Defesa deve ser encabeçado por uma pessoa capaz de continuar o desenvolvimento dinâmico das Forças Armadas, a modernização do exército e garantir o cumprimento de todos os contratos militares federais”, afirmou o presidente.
As investigações apontam para a venda de ativos, inclusive imóveis, a preços muito abaixo do valor de mercado. De acordo com o Comitê Investigativo, a Rússia sofreu um prejuízo de 3 bilhões de rublos (US$ 95 milhões) com a fraude. Nos últimos anos, o setor militar da Rússia tem sido assombrado por acusações de corrupção e muitos oficiais do alto escalão do Exército foram condenados por envolvimento em esquemas fraudulentos.
O caso anunciado no mês passado envolve a Oboronservice, uma empresa estatal, cujas atividades incluem a construção de edifícios militares e a manutenção de armas e aeronaves. Os investigadores examinaram os escritórios da Oboronservice e o apartamento de um alto executivo da companhia, que já havia liderado o departamento de propriedades do Ministério da Defesa.
O porta-voz do Comitê Investigativo, Vladimir Markin, disse que o ex-ministro da Defesa, Serdyukov, será investigado no inquérito “se houver necessidade”.
Serdyukov era um executivo de setor de equipamentos e chefe dos serviços fiscais da Rússia antes de ser indicado a ministro da Defesa em 2007. Ele tornou-se impopular entre a cúpula militar devido a reformas para reduzir o inchado exército russo. Sob o comando de Serdyukov, cerca de 200 mil funcionários perderam seus empregos e muitas unidades foram fechadas. Ainda não está claro se a demissão mudará as reformas em curso.
FONTE: Associated Press via O Estado de S. Paulo e Gazeta Russa (Edição e adaptação do Forças Terrestres)
FOTO: Agência RIA Novosti via Gazeta Russa
Antigamente mandavam brasileiro ir fazer treinamento na antiga União Soviética. Agora, Grande Potência Mundial, talvez seja hora de os russos virem fazer treinamento por aqui. O primeiro a encabeçar o treinamento seria o cumpanhero Putin: “cumpanhero Putin, não se demite gente metido em fraude. Entenda, é tudo em nome da causa!”
A máxima que diz que um servidor público (civil, militar, eleito, concursado, apadrinhado, do executivo, do legislativo, do executivo, estadual, federal ou municipal) não deve apenas ser honesto mas que além, tem que parecer honesto, vale no mundo todo, menos aqui.
Em outros países a suspeita já é motivo de demissão, etc.
No nosso querido Brasil varonil, se aparecer uma foto do cara sujo de sangue, segurando o cabo da faca no bucho do defunto, vai sobrar quem jure que a foto é forjado pelo photoshop ou que o “suspeito” estava era retirando a faca tentando salvar a vítima do Curupira ou do Saci-pereré e a “assassino” ainda vai ser promovido e ganhar a chave da cidade por bravura e amor ao próximo.
E viva o relativismo!
joseboscojr disse:
6 de novembro de 2012 às 13:23
Bosco, e provavelmente ainda ganhe uma “bolsa-qualquer-coisa”.
Sds.