Por Roberto Simon

Uma mensagem arrepiante chegou à Embaixada do Brasil em Havana em 26 de outubro de 1962. O governo brasileiro estava “seguramente informado” de que EUA e URSS entrariam em guerra “nas próximas 48 horas” caso não cessasse a instalação de mísseis soviéticos em Cuba, alertava o chanceler Hermes Lima ao embaixador em Havana, Luiz Bastian Pinto. E ordenava o ministro: “Realize imediata gestão junto ao governo (cubano), apelando para a suspensão dos trabalhos”.

Há 50 anos, a Crise dos Mísseis fazia o mundo, incluindo o Brasil de João Goulart, caminhar à beira do precipício da guerra atômica. O então líder soviético, Nikita Khruchev, decidira instalar foguetes nucleares a quase 300 km de Miami, algo que o governo de John F. Kennedy estava disposto a impedir a qualquer custo – até mesmo com a guerra.

Para entender como o Brasil viu o mundo rumo ao holocausto nuclear, o Estado mergulhou em centenas de telegramas secretos do Itamaraty, consultou historiadores e entrevistou protagonistas. No duelo entre os gigantes atômicos, o Brasil parlamentarista de Jango, solidário a Cuba e dependente dos EUA, colheu informações e chegou a tentar intermediar uma solução, enviando uma mensagem direta de Kennedy a Fidel Castro. O portador do recado era o chefe da Casa Militar, general Albino Silva, recebido por Fidel em Havana naquele outubro de 1962.

O Brasil entrou no imbróglio diplomático no dia 22 de outubro, quando o embaixador dos EUA no Rio, Lincoln Gordon, entregou a Jango uma carta de Kennedy avisando sobre a descoberta do arsenal soviético. Horas depois, o presidente americano iria à TV anunciar que a 3.ª Guerra Mundial poderia começar em breve.

No texto, Kennedy convidava o Brasil a “discutir a possibilidade de uma ação armada” em Cuba caso a crise não fosse solucionada pela diplomacia. Jango, imediatamente, convocou cinco assessores ao Palácio da Alvorada para rascunhar a resposta ao líder do “mundo livre”.

“Debatemos ao longo de toda tarde e, ao final, o (ex-chanceler) San Tiago Dantas retirou-se a uma biblioteca para escrever a mensagem”, relembra hoje, aos 83 anos, Almino Affonso, que participou da reunião como líder do governo de Jango na Câmara.

Veio, então, a resposta: o Brasil rejeitava qualquer “intervenção militar num Estado americano, inspirada na alegação de incompatibilidade com seu regime político” – ou seja, dizia-se um grande “não” a Kennedy.
A posição de Jango irritou os americanos, que repetidas vezes se queixaram ao embaixador do Brasil nos EUA, Roberto Campos. Em seus telegramas, o diplomata – que se tornaria ministro do Planejamento após o golpe de 1964 – contava que estava sendo cobrado pela “tibieza” da posição do Brasil, que não “compreendia” a ameaça do arsenal soviético no Caribe.

Em reunião de emergência na OEA, o Itamaraty votou a favor do bloqueio naval a Cuba. O Brasil, porém, diferentemente de Argentina, Peru, Colômbia e Venezuela, recusou-se a enviar forças para implementar o cerco à ilha.

Missão Albino

Recentemente, o historiador James Hershberg, da Universidade George Washington, descobriu que Kennedy voltou a procurar o governo brasileiro no meio da crise. Dessa vez, porém, para que o embaixador do Brasil em Cuba transmitisse a Fidel uma mensagem de oito pontos, incluindo uma promessa de não invasão em troca do fim da boa relação entre Havana e Moscou.

“Uma palavra explica a decisão de Kennedy de recorrer ao Brasil: desespero. Os EUA discutiam várias opções e uma delas era essa mensagem via governo brasileiro”, explica Hershberg.

Segundo o historiador, o embaixador americano e o chanceler brasileiro reuniram-se no Rio na madrugada do dia 27. Além de um papel com a oferta, Gordon deu a Lima uma instrução: o Brasil deveria dizer que a mensagem partira de Jango, e não de Kennedy.

O governo brasileiro aceitou transmitir o recado, só que com uma pequena mudança. O portador da oferta a Fidel não seria o embaixador em Cuba, mas o chefe da Casa Miliar de Jango, general Albino, que partiria logo a Havana. Roberto Campos, nos EUA, avisava que os americanos viam o militar como simpático ao bloco socialista e o próprio Kennedy o questionara sobre a filiação ideológica de Albino.

Um telegrama do Rio informava o diplomata em Havana sobre a iminente chegada do general e o instruía a conseguir um “encontro imediato com Fidel”. Dois dias depois, o líder cubano falaria por mais de uma hora com Albino na Embaixada do Brasil em Havana. Após ouvir o emissário de Jango, Fidel respondeu-lhe que qualquer acordo para a retirada dos mísseis soviéticos passaria pela devolução da base de Guantánamo a Cuba – algo impensável para Kennedy.

O líder cubano ainda se negava a permitir que inspetores internacionais fossem a Cuba, pois considerava isso “ofensivo ao brio de seu povo”, escreveu Albino ao presidente Goulart.

No entanto, enquanto o general brasileiro e o revolucionário cubano discutiam, Kennedy e Khruchev já haviam chegado a um acordo, à revelia de Fidel. A URSS retiraria os mísseis de Cuba em troca de garantias de que os EUA não invadiriam a ilha e moveriam seus arsenais nucleares da Turquia e do sul da Itália.

Dias depois, já longe do abismo nuclear, o embaixador brasileiro descreveu a conversa que tivera com o chanceler cubano, Raúl Roa García, sobre o pacto entre Kennedy e Khruchev. “Não somos brinquedo nas mãos das superpotências!”, teria bradado o chanceler de Fidel.

FONTE: O Estado de S. Paulo
NOTA DA EDITORA: O texto faz parte da série do Estadão marcando os 50 anos da Crise dos Misseis.

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Observador
Observador
12 anos atrás

Para aqueles que não viram eu recomendo o filme “13 dias que abalaram o Mundo” a respeito deste episódio.

Muito interessante.

Mas este episódio mostrou algo de bom: nenhum dos líderes das duas potências suportaria a idéia de uma guerra atômica, cuja mortalidade atingiria cifras horrendas: os mortos pelas “nukes” seriam contados em centenas de milhões.

E depois haveria as mortes advindas das consequências indiretas do conflito: inverno nuclear, fome, saques, migrações, ausência de instituições, desordem e lutas generalizadas.

Seria o fim da civilização como a conhecemos e o início de uma nova Idade Média.

Depois de chegar tão perto do fim, as duas potências começaram a implementar o fim do aumento do arsenal atõmico e a planejar o desarmamento nuclear, ainda que parcial.

A partir daí os líderes dos dois blocos passaram a ter uma linha telefônica direta e criptografada, pela qual podiam conversar diretamente.

No final, mostrou que os dois lados sabiam perfeitamente que não existe vitória em uma guerra nuclear.

Clésio Luiz
Clésio Luiz
12 anos atrás

“Foguete nuclear”…

Vader
12 anos atrás

Observador disse:
1 de outubro de 2012 às 19:01

“Seria o fim da civilização como a conhecemos e o início de uma nova Idade Média.”

Na verdade meu caro Observador, não seria o início de uma nova Idade Média. Seria o início de uma nova Idade da Pedra.

Jamais a humanidade passou por uma ameaça tão grande. Se estamos aqui hoje comentando é por conta de homens como Robert McNamara, John Kennedy, seu irmão Bob Kennedy e, de certa forma, Nikita Kruschev e alguns poucos apoiadores no Politburo.

O único que queria a guerra era aquele verme imundo do Fidel Castro. Aliás, sobre o episódio tem uma passagem interessante:

Diante do bloqueio naval americano Fidel Castro teria dito a Kruschev que apoiava o término da instalação e o lançamento dos mísseis, dando início à guerra. Ao que Kruschev redarguira que “numa guerra com os EUA se a União Soviética, do tamanho que é, e longe como está dos EUA, seria completamente arrasada, o que ele Fidel achava que aconteceria com Cuba?”

Esse episódio dá bem a medida de como esse canalha assassino do Castro e sua corja asquerosa se compreendem no mundo.

Sds.

adrianobucholz
adrianobucholz
12 anos atrás

“Uma palavra explica a decisão de Kennedy de recorrer ao Brasil: desespero.” hahahahaha
TA bom…………..
Proxima!!

Marcos
Marcos
12 anos atrás

Tá explicado porque Jango caiu.

Giordani
Giordani
12 anos atrás

No livro de memórias do Kruschev*, ao ler a carta enviado por Fidel, aonde ele pedia um ataque ao EUA, o premiê voltou-se para um assistente e disse: Temos um louco…

*Existem vários livros, porém, Nikkita só reconheceu um…

M.A
M.A
12 anos atrás

Sobre esse acontecimento tem alguns fatos bem interessantes no filme “Fog of War: Eleven Lessons from The Life of McNamara”, por mais incrível que pareça eles não tentaram uma solução diplomática de imediato; muitos, incluindo o LeMay e o próprio Kennedy eram à favor de um ataque preventivo contra Cuba e se não fosse pela intervenção de Tommy Thompson eles teriam seguido com o plano, afinal, os EUA tinham uma vantagem de 17:1 em quantidade de ogivas nucleares contra a URSS. Mas eles não sabiam de uma coisa, e esta eu vou citar diretamente da transcrição do filme:

“It wasn’t until January, 1992, in a meeting chaired by Castro in Havana, Cuba, that I learned 162 nuclear warheads, including 90 tactical warheads, were on the island at the time of this critical moment of the crisis. I couldn’t believe what I was hearing, and Castro got very angry with me because I said, ‘Mr. President, let’s stop this meeting. This is totally new to me, I’m not sure I got the translation right.’

‘Mr. President, I have three questions to you. Number one: did you know the nuclear warheads were there? Number two: if you did, would you have recommended to Khrushchev in the face of an U.S. attack that he use them? Number three: if he had used them, what would have happened to Cuba?’

He said, ‘Number one, I knew they were there. Number two, I would not have recommended to Khrushchev, I did recommend to Khrushchev that they be used. Number three, ‘What would have happened to Cuba?’ It would have been totally destroyed.’ That’s how close we were.”

E aí minha concepção de que há alguma racionalidade no pensamento diplomático das superpotências foi por água abaixo. Como ele diz, a combinação da imperfeição humana e armas nucleares levará à destruição de nações (ou do Homem, propriamente).

A conclusão do Kruschev numa mensagem enviada aos EUA: “We and you ought not to pull on the ends of a rope which you have tied the knots of war. Because the more the two of us pull, the tighter the knot will be tied. And then it will be necessary to cut that knot, and what that would mean is not for me to explain to you. I have participated in two wars and know that war ends when it has rolled through cities and villages, everywhere sowing death and destruction. For such is the logic of war. If people do not display wisdom, they will clash like blind moles and then mutual annihilation will commence.”

Vader
12 anos atrás

M.A disse:
2 de outubro de 2012 às 12:53

“I would not have recommended to Khrushchev, I did recommend to Khrushchev that they be used”

Pois é MA. Pois é. Esse é o Castro. A esse ponto chega a loucura do comu(ci)nismo latino-americano.

E ainda tem gente que defende a bomba atômica brasileira. Já pensou essa bomba nas mãos de um Lula, um Evo, um Correa ou um Chavez ?

Marcos
Marcos
12 anos atrás

O Brasil rejeitava qualquer “intervenção militar num Estado americano, inspirada na alegação de incompatibilidade com seu regime político”

Ou seja, não pensavam muito diferente do que pensam os “cumpanhero” de hoje. Ao que parece, o governo brasileiro entendia que se tratava de uma mera briga ideológica, e não que estavam a beira da terceira guerra mundial.

Essa incompreensão por parte do governo brasileiro e a idéia estapafúrdia de Castro em atacar os EUA é que levaram (e ainda levam) as super potências a considerarem o Brasil um “brinquedo”. As ações recentes do governo do Brasil em relação à crise de Honduras, Irã e Paraguai só comprovam isso.

Observador
Observador
12 anos atrás

Vader disse:
2 de outubro de 2012 às 9:48

Eu gosto de especulações sobre o tema “guerra nuclear”.

Não creio que voltaríamos à Idade da Pedra.

Os sobreviventes – os poucos – utilizariam o que restasse dos equipamentos e da infra-estrutura da nossa civilização.

Sapatos, roupas, bicicletas (único meio de transporte viável), armas de fogo, garrafas PET, binóculos, seriam itens muito valorizados neste novo e nefasto mundo pós-guerra.

Tudo o que fosse eletrônico, transistorizado ou apenas elétrico viraria lixo em pouco tempo.

E, imagino, apenas duas gerações após a guerra, a imensa maioria da humanidade seria analfabeta e mergulhada no fanatismo religioso. Praticamente não haveria mais comércio e a indústria se resumiria ao artesanato e a manutenção e restauro da tecnologia pré-guerra.

As mulheres perderiam sua posição de igualdade, pois no mundo violento em que viveriam a força bruta seria muito mais valorizada, restando-lhes o papel de donas do lar e “parideiras”.

Seria uma nova Idade Média mesmo, da qual levaríamos ainda mais tempo para sair.

E as novas gerações ouviriam incrédulas o relato dos seus anciões, sobre a era antiga, uma época de ouro de inacreditáveis poder, segurança e fartura, onde os homens conseguiam até mesmo voar em seus aparelhos.

Khruchev e Kennedy salvaram a humanidade de uma nova Era das Trevas.

Vader
12 anos atrás

Observador disse:
2 de outubro de 2012 às 19:00

Gosto dessa sua visão otimista das coisas.

Infelizmente creio que o buraco seria mais embaixo: o que sobrevivesse ao holocausto nuclear e ao longuíssimo inverno nuclear não seria capaz de manter qualquer nível de civilização sedentária.

Na verdade há mesmo quem diga que qualquer criatura terrestre que pesasse mais do que 50 quilos estaria ameaçada de extinção por conta da morte das plantas causada pelo escurecimento prolongado da atmosfera.

Em três curtas gerações o passado estaria enterrado sob bilhões de toneladas de escombros.

Sds.

Observador
Observador
12 anos atrás

Vader disse:
2 de outubro de 2012 às 19:43

Caro Sith, discordo destas previsões mais alarmistas.

A verdade é que as potências nucleares e os arautos do apocalipse sempre gostaram de mesmerizar o mundo o poder que uma guerra destas causaria.

Mas não é bem assim.

Vou citar o que li na Revista Superinteressante há algum tempo:

“Um dos clichês da Guerra Fria (1945-1989) era que os arsenais de EUA e URSS eram capazes de destruir a civilização várias vezes. Cientistas dos dois lados, entre eles o popular astrônomo Carl Sagan, já falecido, reforçavam as previsões catastróficas. Acontece que o pessoal exagerou um pouco: para varrer os vestígios do homem seriam necessárias 1,3 milhão de bombas-padrão atuais, com raio de destruição de 15 km2. Mesmo no auge da Guerra Fria, nunca houve mais que 5% do necessário.

Claro, dá para fazer um baita estrago: o arsenal atual dá bem para aniquilar as 100 maiores regiões metropolitanas do mundo. Ainda assim, restariam 19,1 milhões de km2 habitados por humanos. Sem falar que as pessoas provavelmente ocupariam novas áreas, que muitas se esconderiam em abrigos e que os ataques iriam dificultar a produção de novas bombas. ”

E eu afirmo: por questões logísticas, as potências nucleares não conseguiriam mobilizar mais que uma fração de todo seu armamento em um primeiro ataque. E dificilmente haveria um segundo.

E, sobre o inverno nuclear, este igualmente era superdimensionado.

Basta ver que, durante a erupção do Vulcão Pinatubo(1991) foram lançadas aproximadamente 10 bilhões de toneladas de detritos na atmosfera. Sim, dez BILHÕES. Mais que a guerra poderia lançar.

No entanto, não houve um “inverno vulcanico” e a temperatura baixou apenas 0,5% no primeiro ano.

Igualmente, a erupção do vulcão Tambora na Indonésia, ocorrida em 1815, foi tão violenta quanto a detonação de 1 milhão de bombas atômicas como a de Hiroshima. No entanto, não houve um inverno apocalíptico.

Mas a guerra, apesar de não destruir o Mundo ou a Humanidade destruiria a nossa civilização. E, para atingir o nível tecnológico atual, levaríamos bem mais que os mil anos da primeira idade média.

Vader
12 anos atrás

Observador disse:
3 de outubro de 2012 às 1:28

Observador, seja como for essa é uma dúvida que eu não gostaria de pagar para ver.

Abraço.

M.A
M.A
12 anos atrás

Observador,
Tudo depende, como disse o Vader, na capacidade humana de sustentar assentamentos permanentes. Algo que dependeria da quantidade de fuligem que seria pulverizada na atmosfera.
Os arsenais das duas potências (me corrija se eu estiver errado) já estavam mobilizados no auge da crise.

E na matéria da SI, é comentado “raio de 15km²”, depois ele fala de área restante. Se essa for uma estimativa de área de destruição total, equivale a somente ~2,25km em distância radial de destruição, algo que é consideravelmente pequeno para os padrões da época (uma ogiva de 1MT conseguiria mais que o dobro disto).

Isso sem falar no fallout das resultante e seus efeitos nocivos para a agricultura e rebanhos diversos. Além disso, fora do alcance da -destruição total- ainda haveriam danos severos a infra-estrutura, habitações, etc.

Enfim, eu não vejo como muito remota a possibilidade de que teríamos voltado para a idade da pedra… Mas, na minha opinião, não faz muita diferença, seríamos quase extintos e a civilização como conhecemos deixaria de existir. Termos chegado tão perto disso, salvos basicamente pela sorte, sendo nós as criaturas racionais que somos, é algo lamentável e desanimador…

Observador
Observador
12 anos atrás

Senhores,

Entramos no pantanoso e movediço mundo do “e se”. Há argumentos para todos os lados.

Quanto as estatísticas, realmente o alcance está dimencionado, embora não mude a questão apresentada.

Sobre o arsenal, a não ser que houvesse uma crise demorada vindo sempre em um crescendo, duvido que as potências atômicas tivessem grande parte do seu arsenal à disposição.

Para ter uma idéia, na construção do Muro de Berlim, os soviéticos blefaram com os americanos sobre a sua capacidade nuclear instalada. A maioria de seus mísseis na Alemanha Oriental não tinha combustível para serem utilizados.

Por outro lado, talvez eu não me tenha feito entender é que uma nova idade média seria tão ruim quanto uma nova idade da pedra.

Na minha opinião, desde após a Segunda Guerra Mundial vivemos uma era de ouro, onde a humanidade viveu mais, comeu e se instruiu melhor do que em qualquer período anterior. Igualmente neste período as diferenças de raça, credo, gênero, passaram a ser respeitadas como nunca antes.

Tudo isto seria perdido, queimado e sepultado debaixo de cogumelos atômicos. E o Mundo levaria mais de mil anos para voltar pelo menos ao estágio atual.

Abraços.