Guarani 8×8 segue em frente
Dando continuidade ao Projeto Estratégico Guarani, o Exército decidiu desenvolver a Viatura Blindada de Reconhecimento Média de Rodas (VBR-MR), integrante da Nova Família de Blindados Médios de Rodas, tendo como base uma plataforma 8×8.O projeto conta com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e o desenvolvimento da versão VBR-MR 8×8 oferece uma flexibilidade notavelmente maior para a implementação de sistemas de armas e de funcionalidades previstas nos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) e Requisitos Técnicos Básicos (RTB) desse tipo de viatura.
FONTE: EB
NOTA DO EDITOR: Você encontra mais informações sobre as capacidades e empregos do Guarani na reportagem da 5ª edição da revista impressa Forças de Defesa.
Isso e pra quem dizia que não haveria uma versão 8X8, parece que o EB vai ter as 2 versões de Chassis, tanto 6X6 quanto 8X8, como e o caso do VAB que inicialmente foi desenvolvido 4X4 e depois uma versão 6X6 que foram utilizados pelo exercito Frances e hoje se tem mais de 4 mil unidades em operação, eu sinceramente não vejo o Guarani como um sucesso de exportação como foi o Urutu primeiro que a concorrência e acirrada os chineses tem uma grande variedade de veículos além da Russia, turquia que também tem uma variedade pra exportação,
Mesmo assim o importante e que o veiculo atenda as necessidades do exercito em primeiro lugar e depois a exportação.
Colocaram na foto uma Torre Hitfits da Oto melara, engraçado que a Iveco sendo italiana o Guarani não teve nenhuma outra arma de origem italiana integrada.
É muito cômico isso, o governo brasileiro bancando desenvolvimento de equipamentos para empresas estrangeiras.
Marcos disse:
19 de setembro de 2012 às 12:40
É muito cômico isso, o governo brasileiro bancando desenvolvimento de equipamentos para empresas estrangeiras.
Marcos, o projeto pertence ao EB, a Iveco apenas industrializa. Ela não possui direito algum sobre a propriedade intelectual do produto. Portanto o EB não está bancando o desenvolvimento de equipamentos para empresas estrangeiras, tal empresa estrangeira que está obtendo a licença de fabricar um projeto de posse do Exército Brasileiro, para o próprio exército brasileiro. Se a mesma for exportar o produto pagará Royalties ao EB, e o fabricará em plantas fabris em solos brasilis.
Qual seria a diferenca de uma versao 6×6 e 8×8 ??
Seria apenas capacidade de carga ???
Lyw disse:
19 de setembro de 2012 às 13:26
Exatamente isso o projeto e de propriedade intelectual do EB, não se tinha outra escolha, a maioria das empresas automotoras no Brasil e estrangeira seja Ford, GM, Volkswagen e Fiat, se não me engano apenas a Agrale e a Puma se ainda existir e Nacional.
A diferença básica é que a versão 8×8 é mais cara e para um Exército como o nosso que não é rico…
O problema é que se existisse uma empresa nacional com capacidade para fazê-lo, esta seria abandonada a sua própria sorte. Somente depois de sua quase falência, venda à outra empresa, desnacionalizada, esquartejada, desmantelada, expurgada, ai então o governo brasileiro iniciaria as negociações. Exemplos disso não faltam.
As compras de material bélico, ar, terra ou mar, são as únicas que permitem à um país exigir contra-partidas, quer comercial ou de transferência de tecnologia, e normalmente isso se faz com empresas nacionais e não de empresas estrangeiras instaladas no país.
Sim , lógico, a estratégia do governo brasileiro é igual àquela do Chapolin Colorado: “Não contavam com minha astúcia!”
Este Guarani 8×8 aparentemente é um ‘abrasileiramento’ do Iveco SuperAV, uma versão mais leve do IFV 8×8 italiano Freccia, que por sua vez tem sua origem no ‘Caça-Tanque’ 8×8 italiano Centauro, que equipa o Esercito Italiano (400 unidades) e o Ejército de Tierra espanhol (88 unidades).
Um pequeno trecho do Military Today sobre o SuperAV:
“It is anticipated that the SuperAV will be developed into a family of armored vehicles. Currently Brazilian MoD and Iveco jointly developed a VBTP-MR, also known as the Urutu III, 6×6 armored personnel carrier, based on the SuperAV.”
http://www.military-today.com/apc/iveco_superav.htm
Abç,
Ivan.
Os dados sobre o Freccia:
http://www.military-today.com/apc/vbm_freccia.htm
Os dados sobre o ‘tank destroyer’ Centauro:
http://www.military-today.com/artillery/centauro_b1.htm
Obrigado pela resposta Galante.
Uitinã escreveu em 19 de setembro de 2012 às 11:17
“… Isso e pra quem dizia que não haveria uma versão 8X8, parece que o EB vai ter as 2 versões de Chassis, tanto 6X6 quanto 8X8, como e o caso do VAB que inicialmente foi desenvolvido 4X4 e depois uma versão 6X6 que foram utilizados pelo exercito Frances e hoje se tem mais de 4 mil unidades em operação, …”.
O exército francês e a Gendarmerie só usaram a versão 4X4 num totral de 3.894 veiculos.
Os 6X6 foram usados por:
Marrocos >>> 394;
Qatar >>> 162;
Emirados Arabes Unidos >>> 20.
Bacchi
Ivan escreveu em 19 de setembro de 2012 às 16:03
“… Este Guarani 8×8 aparentemente é um ‘abrasileiramento’ do Iveco SuperAV, uma versão mais leve do IFV 8×8 italiano Freccia, que por sua vez tem sua origem no ‘Caça-Tanque’ 8×8 italiano Centauro, que equipa o Esercito Italiano (400 unidades) e o Ejército de Tierra espanhol (88 unidades). …”.
Não seria mais logico alongar o 6X6 e colocar mais duas rodas?
Qual o motivo de “abrasileirar” o SuperAv, que me foi dito pelo pessoal de projetos da IVECO em Sete Lagoas não ser um projeto tão moderno como o Guarani?
Qual é o motivo deste comentário tão exdruxulo?
Trata-se de uma conspiração?
Bacchi
“Qual é o motivo deste comentário tão exdruxulo?”
“Trata-se de uma conspiração?”
Sr. Reginaldo,
Peço desculpas por meu comentário ter lhe parecido “exdruxulo” e asseguro que não há nada parecido com “conspiração”, até por que sou apenas um entusiasta pelo assunto e trabalho em área completamente diversa.
Entretanto quero lembrar que comecei a escrever com a palavra ‘aparentemente’, que indica tratar-se apenas do que parece ser, diante da semelhança entre os vários veículos blindados criados pela IVECO e do pequeno trecho que transcrevi acima do Military Today.
Informo ainda, pois certamente não ficou claro, que sou um grande admirador dos blidados da IVECO oriundos do Centauro e que forma uma interessante família de veículos blindados.
Acredito, sendo esta novamente uma suposição de um antigo entusiasta, que o projeto do Guarani 6×6 e 8×8 devem ter recebido grande influência do Centauro, Freccia e SuperAV, mas não tenho como provar de forma consistente este ponto.
Mas também não se faz necessário provas ou algo assim, pois este é um espaço de encontro de entusiastas que expõe suas visões e opniões, procurando aprender com os que sabem mais, alguns verdadeiros mestres como o senhor, mas respeitando o posicionamento uns dos outros.
Respeitosamente,
Ivan.
Achei a imagem dele intimidadora.
Impressionante como um 8×8 é mais “invocado” que um 6×6. 🙂
Caro Ivan, concordo que tenha havido influência em termos de conceito destes veículos citados, o que é completamente normal, inclusive o SuperAV, no entanto assim como disse o amigo Bacchi, a quem considero muito, não faz sentido o “abrasileiramento” de um projeto inferior e com pouca ou nenhuma comunalidade de componentes.
Bacchi
Exatamente a versão 6X6 foi feita exatamente com atenção a exportação, sendo 10% mais cara que a versão 4×4, pra funções que exigiria um veiculo 6×6 o exercito Francês possui outras viaturas mais adequadas como o VBCI.
Vamos deixar bem claro a questão de veículos blindados no exército francês.
Em 1965 foi começado o programa de um VBTP sobre lagartas como parceiro do CCM AMX-30 nas divisões blindadas.
Este veiculo foi o AMX-10P (Peso em ordem de combate de 14,5 toneladas), cuja introdução nas unidades blindadas começou em 1973. Sua produção terminou em 1994 com um total de 1.810 veiculos fabricados.
O AMX-10P foi considerado obsoleto diante do que os outros países estavam introduzindo na época, e em 2000 foi encomendado seu substituto, ou seja, o VBTP que seria parceiro do CC Leclerc nas brigadas blindadas.
Este novo VBTP é um carro 8X8 (Peso em ordem de combate de 29 toneladas), que começou a ser introduzido nas unidades de infantaria blindada em 2007, substituindo os AMX-10P (sobre lagartas).
O VAB 4X4 é o VBTP das unidades blindadas leves, da infantaria mecanizada, paraquedistas e montanha.
Sua substituição (do VAB 4X4) está sendo estudada no momento e (se o programa não for cancelado devido a problemas financeiros) o veiculo escolhido (tudo indica isto) será um 6X6.
Bacchi
Enquanto veículo de reconhecimento, penso que o mais apropriado seria algo parecido c/ o “Rooikat” sul-africano, infelizmente o nome remete a uma certa tranqueira francesa, ao contrário de se extender o já casco volumoso de um APC.
“Ela não possui direito algum sobre a propriedade intelectual do produto.”
A tecnologia empregada e os “know why” e “know how”, são de propriedade da IVECO.
Que eu saiba o Guarani é inteiramente projetado pelo EB, o envolvimento da IVECO foi posterior, na fase de industrialização.
PORTANTO o PROJETO do Guarani não sofreu qualquer influência direta dos produtos da IVECO na Itália.
TALVEZ na fase industrial algo disponível para a IVECO pode ter sido compatibilizado com o projeto do Guarani.
O que ACHO difícil pois o Guaraní é um projeto mais moderno e de concepção BASTANTE diferenciada internamente da família do Centauro italiano.
O mesmo para o novo projeto do 8X8 que é da família Guarani e portanto baseia-se nos mesmos conceitos construtivos e arquitetura de construção.
Maurício R. sua opinião fala de tecnologia de fabricação e o que se discute a concepção de projeto, o “know why” do eixo e da suspensão serem com geometria de tipo X ou Y e qual o diâmetro do eixo foi DEFINIDO pelos engenheiros do CTEX.
O PORQUE de tudo que funciona no Guarani pertence ao projeto do EB que a IVECO recebeu e executa INDUSTRIALMENTE.
Me parece que não entendeste bem a situação ou demonstras um preconceito desrespeitoso a importância do PROJETO do EB.
Não é porque o chinês FAZ um tenis Nike que ele é “DONO” dos “know why” e “know how” da Nike.
No caso do “NIKE” Guarani o “chinês” italiano inclusive veio construir a sua fábrica nos “EUA” Brasil…
Mantendo a “Metáfora Nike” se o “chinês” italiano “inventar” e não executar o projeto encomendado pela “Nike” Brasil ele simplesmente vai ter te refazer o especificado ou não recebe o dindim…
A Tecnologia eventualmente oferecida pela IVECO virá de conjuntos prontos de equipamentos ou SE nos desenvolvimento posteriores o EB consentir em incorporá-los a SEU projeto ou permitir a participação de engenheiros da IVECO no desenvolvimento técnico do projeto das outras variantes da família…
ACREDITO que até eles possam participar mas sem força DECISÓRIA na definição final de projeto, pelo menos para os blindados fornecidos ao EB.
Maurição,
Abre o seu coração pro seu amigo virtual.
Me diz o nome dessa francesinha que te magoou na adolescência que eu vou mandar dar um cacete nela. rsrsrs
giltiger, em todas as reuniões que eu, Helio Higuchi e Paulo Bastos tivemos com o pessoal do EB e da IVECO para escrevermos nossos artigos sobre o Guarani que foram publicados na Tecnologia & Defesa, nos foi dito que o projeto estava sendo feito pela IVECO com a cooperação do EB.
Você nega este fato.
Que informações você tem para isto?
Não adianta escrever: TALVEZ, ACHO, ACREDITO!
Forneça fatos!!!
Bacchi
Tá eu sei que a versão 6×6 é equipada com dois tipos de torretas a Remax.50 e o Canhão de 30mm!
Correto e qual seria as possibilidades pra versão 8×8?
Talvez um canhão 90mm?
A IVECO concebeu, projetou e construiu veículos 8 X 8, de acordo c/ requisitos e necessidades de motomecanização dos exércitos da OTAN, como o Centauro, o Freccia, o Super AV além dos Puma em 6 X 6 e 4 X 4.
Enquanto isso, o que foi que o Ctex fez???
Precisa ser mto nacionalista e desesperadamente ufanista, além de bastante tolo, p/ acreditar que o Ctex tenha a mesma capacidade técnico-industrial desta.
Super AV 8 X 8, reviseted:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2012/09/bae-pulled-fast-one-marine-personnel.html)
Tá aí um cara que, talvez pelos motivos errados, é fã do Guaraní.
Que comentário exquisito!!!
Bacchi
Estou me referindo ao comentário do SNAFU!
Bacchi
P.S.: Para os que não sabem, SNAFU quer dizer: Situation Normally All Fucked Up!