Irã diz haver ‘terroristas e sabotadores’ em agência nuclear da ONU

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O vice-presidente de governo do Irã, Fereydoun Abasi, afirmou nesta segunda-feira que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, vinculada à ONU) pode está infiltrada por “terroristas e sabotadores” das negociações do programa nuclear do país.

A referência foi feita em alusão às mortes de cientistas nucleares iranianos em atos terroristas desde que o programa de enriquecimento de urânio começou a ser investigado, em 2006.

Como exemplo, ele também citou uma explosão ocorrida em uma linha de transmissão de energia elétrica para a usina de Fordow, no centro do país.

Abasi acusou esse grupo de querer que as conversas com as potências ocidentais fracassem e que são “um duro ataque à integridade da agência” as acusações de que Teerã queira ter uma bomba nuclear.

Ele pediu paciência e respeito e a recuperação da imparcialidade da AIEA, que considera ter sido perdida.

“A solução é que a agência tenha mais paciência no que chama de verificações e atue mais conscientemente para respeitar os direitos de um Estado membro”, disse.

O vice-presidente ainda defendeu os fins pacíficos dos exercícios nucleares e disse que o diretor-geral da organização, Yukiya Amano, estaria desviado por “manipulações e influências de certos Estados”.

Diretor

Mais cedo, Amano afirmou não poder garantir que o programa nuclear iraniano não tenha objetivos militares e voltou a pedir mais cooperação e transparência de Teerã para sanar as dúvidas da comunidade internacional.

“O Irã não está facilitando a cooperação necessária para dar garantias sobre a inexistência de material e atividades não declaradas. Portanto, não podemos concluir que todo o material nuclear no Irã é para atividades pacíficas”, disse.

Amano lembrou que em novembro tinha informado que tinha informações confiáveis da existência de experimentos iranianos relacionados com o desenvolvimento de um artefato nuclear explosivo. Por isso, pediu a Teerã esclarecimentos sobre o assunto.

Ele reconheceu que o diálogo com Teerã ficou mais intenso, mas lamentou que não foi possível chegar a resultados concretos e se colocou à disposição para chegar a um acordo.

Reunião

As declarações de Amano vêm um dia antes da reunião do grupo 5+1 –formado por Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha– com representantes da República Islâmica.

Nesta segunda, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, anunciou que pedirá às autoridades iranianas que façam o necessário para garantir mais confiança sobre o programa nuclear.

Ela, que é a representante do Ocidente nas negociações, pedirá mais flexibilidade com os propósitos da comunidade internacional.

“A reunião será uma oportunidade para destacar mais uma vez a necessidade de que o Irã dê passos urgentes e significativos para criar um ambiente de confiança e para que mostre mais flexibilidade”.

Em entrevista, a chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu no diálogo para resolver as controvérsias do programa nuclear iraniano. No entanto, se mostrou decepcionada pela falta de resultados nas negociações.

A principal proposta das seis potências é a redução do enriquecimento de urânio de 20% para 5% em troca do alívio das sanções internacionais impostas pela suspeita da criação de uma bomba atômica por Teerã.

A República Islâmica nega o uso militar e afirmam precisar do elemento radioativo para fins médicos e de produção de energia.

FONTE: Estadão/Agências Internacionais

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Giordani
Giordani
12 anos atrás

Fereydoun Abasi, fã de Missão Impossível – a série!

Requena
Requena
12 anos atrás

Terroristas e sabotadores é viagem desse maluco.

Mas é óbvio de que, se surgir uma oportunidade mínima, os yankees “plantam” um “informante” da CIA lá dentro.

Eles são mestres em fazer isso. Venceram a Guerra Fria dessa forma. E não estão errados, muito pelo contrário. Estão defendendo seus interesses.

Quem dera a ABIN fosse 10% da CIA…