Exército e FAB começam a receber caminhões do PAC Equipamentos
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Equipamentos), que visa destinar crédito do governo federal para o reaparelhamento das Forças Armadas, já começa a beneficiar unidades militares em todo o país. Nas últimas semanas, o Exército e a Força Aérea Brasileira (FAB) receberam mais de 50 veículos, como caminhões, pick-ups e jipes. Nos próximos dias, mais unidades serão entregues pelas revendas às Forças.
Pelo programa, o Ministério da Defesa tem disponível R$ 1,527 bilhão para a compra de materiais. O objetivo principal é impulsionar a indústria de defesa nacional, uma vez que os produtos devem ser de fabricação brasileira ou ter elevado índice de nacionalização.
Na Medida Provisória (MP) 573, de 27 de junho de 2012, o governo abriu crédito extraordinário de R$ 6,84 bilhões para nove ministérios, entre eles o da Defesa. No caso da pasta, o recurso destina-se à recuperação da capacidade operacional das três Forças. Do total, R$ 106 milhões foram para o Comando da Marinha, R$ 1,3 bilhão para o Exército e R$ 93 milhões para a FAB.
Exército
No caso do Exército, outra MP, a nº 572, de 5 de junho de 2012, também destinou crédito especial para a Força Terrestre, que recebeu um total de R$ 381 milhões. O aporte teve o objetivo de apoiar comunidades afetadas por desastres ou calamidades.
Dessa quantia, R$ 309 milhões são para a compra de 1.209 viaturas de diversos tipos e montadoras. O restante do dinheiro será usado para capacitação de recursos humanos, manutenção e pagamento de despesas.
Dos mais de mil veículos, 24 pick-ups e jipes militares já foram entregues, no último dia 6, ao 6° Depósito de Suprimento (DSUP) do Exército, em Salvador (BA). Está previsto para esta quinta-feira (13), o recebimento de mais 28 carros pelo 6º DSUP.
Essas viaturas foram adquiridas da empresa Agrale, que tem até o dia 20 deste mês para entregar mais 36 – todas já em trânsito, segundo controle da empresa enviado ao Exército para monitorar os trâmites dos equipamentos. O material está a caminho do 7º DSUP, em Recife (PE), que recebe 18; do 10º DSUP, em Fortaleza (CE), que ganha 11; e do 55º Batalhão de Infantaria, em Montes Claros (MG), que fica com sete.
Seca do Nordeste
Os veículos do Exército serão usados para reforçar o Programa Emergencial de Distribuição de Água Potável no Semiárido Brasileiro (Operação Pipa) e, portanto, amenizar os efeitos da seca no Nordeste.
A MP 572 contempla um total de 1.209 viaturas: 110 caminhões pipa de 12 mil litros, 459 caminhões de 5 toneladas, 48 jipes militares, 272 pick-ups militares, 300 caminhões de carga geral de 8 toneladas e 20 pick-ups civis. Além disso, 759 reservatórios flexíveis foram adquiridos e serão entregues na semana que vem.
Uma das empresas que está trabalhando na montagem dos caminhões pipa é a Max Caminhões, 100% nacional e revendedora autorizada da Ford, o estabelecimento entregará 60 unidades para 20 quartéis do Nordeste. Em Campinas (SP), uma empresa parceira da Max trabalha na produção dos tanques de água que integrarão esses veículos.
Segundo o diretor de vendas a governo da empresa, Henrique Correa, seis viaturas vão embarcar para a região entre este domingo (16) e segunda-feira (17).
FAB
Na terça-feira (11), a Força Aérea também recebeu equipamentos do PAC. Trinta e três caminhões foram entregues na cidade-satélite de Taguatinga (DF). Eles serão utilizados no transporte do Hospital de Campanha ou de materiais necessários para realizar operações em lugares distantes das Bases Aéreas do Norte, Nordeste, Sul e Sudeste.
Os carros foram comprados da Max Caminhões. Com mais de 30 anos de experiência no mercado e 15 anos trabalhando com vendas para Marinha, Exército e Aeronáutica, o dono da Max, Iolando Araújo, conta que atualmente as Forças Armadas são o seu maior cliente.
Ainda de acordo com ele, em 2012, 220 veículos já foram ou serão entregues aos compradores. Desse montante, “90% são das Forças”. Araújo revende, também, ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além de veículos para o Governo do Distrito Federal, entre outros.
Até o fim deste ano, a FAB deve receber mais 68 unidades e outras 300 encontram-se em processo de compra. No mês passado (08/08), a Aeronáutica recebeu o primeiro caminhão adquirido com recursos do PAC. Tratava-se de um veículo do tipo baú, enviado à Subdiretoria de Abastecimento, localizada em São Paulo (SP).
FONTE: Ministério da Defesa
Mas o que é isso?
PAC das Forças Armadas ou das montadoras?
Das montadoras e da CUT, que só tem a ganhar com as montadoras produzindo a pleno vapor.
O PAC originalmente destinava-se a investir em infra estrutura, portos, aeroportos, estradas, ou seja, os gargalos de sempre do Brasil, mas…
Agora, para justificar que não fizeram nada, até compra de parafuso tem origem no PAC, como houvesse um Sr. ou Sra. PAC que desse o dinheiro, quando na verdade é contribuinte quem paga.
Continuando: o nome PAC significa Programa de Aceleração do Crescimento, mas onde está o crescimento? O que tem é muita gente correndo atrás da galinha que não voa, só isso.
Deixando à parte a questão política, gostaria de parabenizar à FAB pelos caminhões novos recebidos. Vai faltar piloto pra voar tanto caminhão. Seguramente temos hoje a Força Aérea mais bem equipada com caminhões em todo o planeta.
Os caminões são para atender à nova modalidade de combate que começa a ser desenvolvida na maldita guerra urbana que alijou a infantaria da FAB: o atropelamento. Só pode.
Se as FA’s precisam de caminhões, por diversas necessidades de mobilidade (e precisam mesmo), e estes não sairem saem do orçamento delas e vêm de outras rubricas excepcionais, ótimo. Há uma modernização de meios necessários, incentivo à indústria e manutenção de empregos.
As reclamações relativas ao equipamento fim das FA’s são reais, mas isso não quer dizer que receber caminhões novos é ruim.
Vamos ser menos ranzinzas…
paulsnows disse:
15 de setembro de 2012 às 10:15
Bom? Bom por que?
As aquisições para as forças armadas tem sido motivadas por qualquer finalidade, MENOS a de atender a segurança nacional.
Se atende aos interesses das montadoras, dos sindicatos, das conStrutoras…
Só não se atende aos interesses da FAB, da MB e do EB.
Pior ainda: só se está dando estes caminhões ao EB porque servirão “para reforçar o Programa Emergencial de Distribuição de Água Potável no Semiárido Brasileiro (Operação Pipa) e, portanto, amenizar os efeitos da seca no Nordeste”.
Ou seja, o negócio do GF é lucrar dividendos políticos encima do exército, e da eterna indústria da seca no nordeste.