Iveco vai exportar o blindado Guarani
A Iveco Veículos de Defesa, coligada do grupo Fiat, vai levar para o mercado internacional o novo blindado brasileiro Guarani, veículo padrão do Exército que pretende desenvolver dez diferentes configurações a partir da versão básica. O primeiro cliente externo será a Argentina, que finaliza um pedido de 14 unidades.
O diretor-geral da empresa, o engenheiro Paolo Del Noce, identifica outras “boas possibilidades” de negócios no Chile, Colômbia e Equador – os três países lançaram programas para a substituição de suas frotas.
O Exército brasileiro vai receber 2.044 blindados até 2029, em grupos de 100 unidades por ano. O valor total da encomenda bate em R$ 6 bilhões – cerca de R$ 2,9 milhões cada. A linha de montagem da Iveco Defesa fica em Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte. A compra do lote inicial de 86 unidades foi formalizada pelo governo no dia 7 de agosto. Parte da fatura de R$ 240 milhões cairá na conta do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – Equipamentos. Na sexta-feira (07), em Brasília, durante o desfile oficial da Independência, o blindado Guarani participou pela primeira vez da solenidade, apresentado com o canhão israelense UT-30/Br de 30 mm.
Organizações como o Centro de Estudos Estratégicos e de Defesa da Universidade de Georgetown sustentam que a demanda mundial, exceto Estados Unidos e Rússia, para blindados médios, será de 20 mil veículos encomendados até 202o ou 2022. Pelo valor médio, estarão em discussão recursos da ordem de US$ 30 bilhões, ou cerca de R$ 60 bilhões. Paolo Del Noce acredita que o produto brasileiro possa entrar nessa disputa. “Trata-se de um veículo com potencial de gerar interesse no mercado mundial”. Embora o Guarani seja propriedade intelectual conjunta do Exército e da Iveco, Del Noce acredita que poderá atender as necessidades da Marinha para equipar os Fuzileiros Navais. “Nosso modelo é anfíbio para aplicações fluviais, todavia podemos adequá-lo ao emprego no mar”, disse.
A Fiat-Iveco inaugura até dezembro a fábrica dedicada aos produtos de defesa, dentro do complexo de Sete Lagoas. O investimento, segundo Del Noce, é de R$ 55 milhões. “Quando as linhas de produção estiverem atuando a plena capacidade, o número de fornecedores imediatos será superior a 110, e os indiretos serão mais de 600”, sustenta. O índice de participação dos componentes nacionais é de 60% no Guarani. O Guarani é, a rigor, uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Médio sobre Rodas, um VBTP-MR. Terá navegador GPS, sensores de detecção laser e sistema ótico de visão noturna.
FONTE: O Estado de S. Paulo
NOTA DA EDITORA: Você encontra mais informações sobre as capacidades e empregos do Guarani na reportagem da 5ª edição da revista impressa Forças de Defesa.
É impressão minha ou não se fla amais em vender armas na África?
Já foi definida a qtde que virá com torres? E quais as torres foram escolhidas?
Boa noite! Dos primeiros 86, 10 com a torre Can 30mm e 76 com a REMAX .50. Sds
Obrigado.
Então, só uma dúvida:
Salvo engano a Iveco internacional tem um produto similar. Alguém confirma?
Nesse caso, como é que ela vai exportar algo para concorrer com um produto genuinamente seu?
Vader, acho que vc acabou matando uma charada… Discutindo com outros cavalarianos, estávamos questionando pq o Guarani havia sido concebido com 6 rodas ao invés de 8. A dúvida estava no fato de que, com seis rodas, a futura versão com Canhão só poderá suportar o de 90mm (similar ao do Cascavel, só q com Can mais moderno) e não o de 105mm. Este último seria compatível com a Mun utilizada pelos Leopard, facilitando enormemente a Log, sem mencionar no poder de fogo. Depois de toda essa volta: a Iveco fabrica o CENTAURO 8X8 com Can 105 mm! Tá explicado… Sds