Vamos aprender com a Alemanha?
A Alemanha de Merkel num mundo globalizado e hiperconectado!
(Jorge Castro – Clarín, 19) 1. O superávit em conta corrente da Alemanha é o primeiro do mundo em relação ao PIB, superando a China. As exportações da Alemanha para China, Índia, Brasil e Rússia, somadas, eram 2,2% do total em 2000. Agora, em 2010, subiram para 20,7%, crescendo 366% nesse período. O aumento da produtividade foi de 20% entre 2000 e 2010. A chave de seu boom exportador é a potência competitiva de sua indústria manufatureira que é a primeira do mundo, em especial nos equipamentos e bens de capital, além da produção automotriz.
2. A Alemanha induziu o fechamento massivo dos setores incapazes de competir, como construção naval, consumo eletrônico, telefonia celular e vestuário. A taxa de juros real é negativa. O sistema financeiro internacional paga pelo “privilégio” de emprestar a Alemanha. O PBI industrial cresceu 9% em 2011 e os setores de maior expansão foram o automotor (+13.4%), engenharia (+13%) e produção metalomecânica (+12%).
3. A metade das exportações europeias a China são alemãs e recebe 25% das vendas da China a Europa. Na acumulação capitalista, na atual fase de globalização e hiperconexão, as políticas económicas são pouco relevantes frente às mudanças de fundo.
4. (BBC, 20) Produtividade. Horas de trabalho por ANO: México: 2.250 / Chile: 2047 / Rússia: 1981 / EUA: 1787 / Itália: 1774 / Japão: 1728 / Espanha: 1690 / Reino Unido: 1626 / Alemanha: 1413 / Holanda: 1379. (Fonte OECD)
5. Mais importante ainda para a força industrial da Alemanha é seu sistema educacional. A metade dos jovens no ensino médio está em treinamento vocacional e a metade destes em estágio em empresas. Os estagiários entre 15 e 16 anos, passam mais tempo no lugar de trabalho que na escola. E depois de três anos tem garantido o emprego. Ninguém acha isso algo menor. Assim, o sistema educacional alemão é uma espécie de fábrica de trabalhadores altamente qualificados para suprir as necessidades específicas das empresas.
A industria naval alemã ainda existe, mas manteve “em casa”, pelo menos por enquanto, a parte mais especializada e com construções de mais alto valor monetário e tecnológico. É bom lembrar que boa parte dos desenhos construídos na China e principalmente na Coréia são lá no fundo projeto de escritórios alemães. Eles só não constroem por uma questão de mercado preço + tempo = lucro. Se amanhã a maré virar, e ela sempre vira, nada impede que eles mudem o foco dessas parcerias para outro lugar ou até tragam de volta para casa a construção porque eles tem o que interessa: o conhecimento.
Apertar parafuso, pelo menos no mundo real, qualquer um faz.
Vamos aprender com a Alemanha? Vamos sim, assim como também devemos aprender com o Japão, com Taiwan, com a Rússia, com a Índia, com o Reino Unido, com a Holanda, com a França, com a Coreia do Sul, com Singapura (SINGAPURA!!!)…
Vejo manifestações exageradas para que o governo federal aumente o percentual dos repasses à Educação, de 5% para 10% do PIB (já está aprovado um aumento para 7,5% do PIB), porém, uma coisa que muita gente se esquece é que não adianta todo o dinheiro do mundo repassado à educação no Brasil enquanto não matarmos no ninho uma aberração chamada Progressão Continuada.
Podem reformar o currículo escolar, aumentar o salário dos professores, construirem milhares de escolas… Enquanto os alunos fungirem que aprendem e os professores fingirem que dão aula, estaremos patinando sem sair do lugar. Os índices de aprovação dos alunos e da evasão escolar influem diretamente no “bônus” a que os profissionais da educação têm direito.
O resultado disso se vê no ensino superior: quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais, e isso na 6ª maior economia mundial!!!
Sonho com o dia em que faremos as reformas necessárias, investiremos pesado em educação e seremos, enfim, uma das maiores potências mundiais, em todos os sentidos. Enquanto esse dia não chega, vou tentando “subir o nível” dos que me cercam, principalmente os mais jovens, tentando ensinar um pouquinho de ética, patriotismo, mostrando que o trabalho duro compensa, que só a educação pode levá-los onde querem e que, antes de reclamarem seus direitos, devem cumprir com seus deveres.
É que tem um cara aqui no Brasil, muito Xperto, que acha que Bolsa+Socialismo+Sindicato vai dar em algo.
O acesso ao ensino superior público, na Alemanha, tem cotas raciais???
O ex-piloto de caça noturno Martin Drewes, radicado aqui no Brasil desde o fim da 2ªGM, concedeu entrevista ao Geneton Morais Neto da Globo News, lá pelo fim da entrevista, que teve um momento tenso qndo o entrevistado foi questionado a respeito do Holocausto, perguntado sobre os motivos que levaram a Alemanha de 1940 a guerra e a atual pujança alemã na Europa do Euro; respondeu c/ um sorriso bastante irônico de satisfação.
Rodou, rodou, mas a Alemanha finalmente chegou lá.
Infelizmente aqui por Pindorama, ninguém sabe, ninguém entendeu.
Alguem ja ouviu falar em High Speed Trading?
O Brasil precisa de um projeto de nação. “Só” isso.
Enquanto for essa zona, não vai mudar nunca.
Aqui tá quase tudo errado. Tem que “zerar” o país e começar tudo de novo.
Complementando Edu Nicácio…
Podem colocar todo o dinheiro do mundo na educação… enquanto ficarem ensinando a ‘pedagogia do amor’, onde não há cobrança, onde o esforço e o mérito são esquecidos e os erros são sempre ‘entendidos’ (afinal todo ser humano é um coitadinho ‘levado pelo vento da história’), nada muda.
Nossa escolas estão infestadas por uma ideologia na mesma forma como ela era no inicio do seculo XX e ainda quere ver o ‘gigante adormecido’ acordar?
Enquanto não aparecer alguém com um bom apoio e aquilo roxo para confrontar/desmascarar a ‘inteligensia bem pensante’ do pais e arrancar esses ‘zumbis’ dos postos de chefia nas repartições, essa vai ser a nossa sina.
Como não deve aparecer tão cedo alguém assim, nos resta tentar acordar aqueles que estão a nossa volta, pra um dia quem sabe o povo não se deixar enganar mais.
Aliás, o ideb mostrou como a nossa educação está… as metas já eram fracas, os números ficaram aquém, e o ministro da Educação quer mudar os parâmetros de cálculo para ‘mostrar o real crescimento da educação’, sei. Como disseram uma vez, quando um alfaiate socialista vê que a roupa não ficou boa na pessoa… ele ajusta a pessoa a roupa.
Com um ministro da educação e demais governantes com esse tipo de pensamento, que país vai pra frente?
Sds.