Indústria brasileira de defesa apresenta inovações durante a primeira
Mostra BID-Brasil, em Brasília-DF
Exposição trouxe aeronaves, radares, VANT, veículos blindados, embarcações pneumáticas, entre outros produtos
Nos dias 17 e 18 de agosto aconteceu a Mostra BID-Brasil, reunindo cerca de 50 empresas brasileiras que compõem a Base Industrial de Defesa e Segurança (BID). A Mostra, promovida pela ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), com apoio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), e do Ministério da Defesa, foi realizada na Base Aérea de Brasília.
A primeira mostra BID-Brasil reuniu, em Brasília, as principais soluções tecnológicas produzidas pela indústria de defesa nacional. Foram apresentadas soluções e equipamentos como aeronaves, radares, VANT (veículo aéreo não tripulado), veículos blindados e embarcações pneumáticas. Entre os expositores, estiveram alguns dos líderes do setor, como Embraer, OrbiSat, Atech, AVIBRAS, Iacit, CBC, Condor, Flight Technologies, AEL, Emgepron, Imbel, SKM e Mectron.
Além de conhecer os projetos ligados à defesa nacional, os visitantes poderam verificar como tais tecnologias estão sendo aplicadas no dia a dia da sociedade. “Muitos desses projetos iniciam-se no âmbito da defesa nacional, mas a tecnologia é dual (militar e civil) e passa a ser aplicada em soluções civis”, comentou Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da ABIMDE.
Segundo ele, os exemplos são os mais variados, desde projetos de purificadores de ar, concebidos inicialmente para serem empregados em submarinos e que passaram a ser adotados em salas de cirurgias e de pesquisas científicas. Robôs subaquáticos, projetados para atuar em áreas de conflito e realizar o desarme de minas também, passaram a ser empregados na indústria de óleo e gás, sendo comumente encontrados em operações nas plataformas de petróleo, evitando a exposição de mergulhadores a possíveis riscos.
Já o VANT tem papel importante tanto no setor militar quanto no civil. As Forças Armadas vêm adotando esse equipamento há muitos anos no patrulhamento de áreas remotas. Já a sua aplicação no controle ambiental também pode ser verificada, como no combate a queimadas, por exemplo, ou mesmo no levantamento de áreas desmatadas.
“Esses e muitos outros exemplos mostram que a nossa indústria de defesa é capaz de fornecer muitas soluções, as mais avançadas e atender tanto ao setor militar quanto ao civil. Os investimentos em novos projetos e novas pesquisas são essenciais para a manutenção desse potencial. A Mostra BID-Brasil tem esse objetivo de revelar o que já é possível encontrar no país”, ressalta o vice-presidente da ABIMDE.
Para o chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod), do Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli, trata-se de uma oportunidade para a indústria de defesa nacional mostrar a qualidade de seus produtos a potenciais compradores. “O Ministério da Defesa vem se articulando, nos últimos meses, para alavancar o setor e assegurar maior participação na balança comercial do país”.
Da esquerda para a direita: o editor de Forças de Defesa, jornalista Alexandre Galante, o general Aderico Mattioli e o pesquisador Expedito Carlos Stephani Bastos
No dia 17, pela manhã, foi realizado o Workshop de Soluções de Defesa, voltado para os adidos militares estrangeiros com palestras de representantes dos Ministérios da Defesa e de Relações Exteriores, da Apex-Brasil e da ABIMDE. Segundo o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, a Mostra BID-Brasil é uma oportunidade para as empresas nacionais apresentarem soluções e equipamentos voltados às políticas públicas de defesa e segurança. “Esses produtos e serviços têm importante presença na pauta de exportação”.
O futuro do setor
O setor de defesa no Brasil está em plena ascensão. A ABIMDE, representante oficial do segmento no país, possui, atualmente, 170 empresas associadas. De acordo com a entidade, as companhias que atuam no mercado de defesa geram, juntas, cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, movimentando mais de US$ 3,7 bilhões/ano, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação, e US$ 2 bilhões em importação.
Conforme estudo realizado pela ABIMDE, esse número pode mais que dobrar nos próximos 20 anos devido aos grandes projetos anunciados pelo governo nos últimos meses. A expectativa é de que os investimentos girem na ordem de US$ 120 bilhões a longo prazo, sendo US$ 40 bilhões já anunciados para programas voltados para vigilância das fronteiras marítimas, aéreas e terrestres do país, entre eles o Sisfron (Sistema de Vigilância da Fronteira), o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), o Prosuper (Programa de Aquisição de Navios de Superfície) e o F-X2 (que dotará a Força Aérea Brasileira de aeronaves de caça e ataque de última geração).
De acordo com a entidade, até 2020, o Brasil tem a possibilidade concreta de praticamente dobrar o número de postos de trabalho altamente especializados. A estimativa é de que o setor gere cerca de 48 mil novos empregos diretos e 190 mil indiretos. Já para 2030, a expectativa é ainda melhor, passando para 60 mil novas vagas diretas e 240 mil indiretas. Esse cenário pode colocar a indústria brasileira em 15º lugar no ranking dos grandes players mundiais de defesa.
Um fator que pode ser primordial para consolidar o setor no país é o apoio do governo. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória nº 544, que estabelece mecanismos de fomento à indústria brasileira de defesa. Trata-se de um desdobramento do Plano Brasil Maior que visa ao aumento da competitividade da indústria nacional a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Em março deste ano, a medida foi aprovada e transformou-se na Lei nº 12.598 – que, agora, será regulamentada sob a coordenação do Ministério da Defesa.
Oí Remax, tava sumida, hein!!!
Deixaram a UT-30 escondida e te mandaram fazer média, aquí na exposição???
Que malandros!!!
PS: Qual o problema de a Remax ser colocada no mercado através da Imbel???
Afinal a tecnologia foi desenvolvída pelo Ctex.
Eu sei que não é a melhor da empresas, tremendo “cabidão”, mas pelo menos essa aí ninguém tá interessado em comprar.
Fiquei sabendo em outro Sitio que o exercito fez uma encomenda a Ares da torreta Remax, pra armar os próximos Guaranis e segundo soube o exercito fez uma encomenda firme de cerca de 216 torres UT-30 que vão ser utilizadas na versão de combate de Infantaria do Guarani inclusive tá ate na revista Forças de Defesa novo, e me parece que vai haver ainda outra versão armada com a Torreta australiana MR-550, e achar muito eufemismo que dos 2044 veículos previstos todos virem armados com o Canhão de 30 mm, acho que tem espaço dentro dessas 2 mil unidades pra varias versões com vários tipos de armamentos.
Eu tive a oportunidade de estar conversando com alguns representantes das empresas, pelo que pude perceber eles estão satisfeitos com o investimento do governo e com muita esperança, não só eles como alguns militares de alta patente. Por outro lado escutei um soldado conversando com outros sobre o Imbel IA2 e a sua entrada em operação, parecia muito contente e seus companheiros falando para ele “não viaja”.
Entrei no Guarani e perguntei ao tenente que estava lá sobre blindagem, versões e armamentos. 8×8 Pode sair se o EB achar que é importante ter o Guarani com um canhão 105mm, já quanto aos armamentos está prevista algumas versões com o Remax, outras com a torre israelense e outras com metralhadora padrão.
Se não me engano essa é a mesma estação (MR550) usada nos nossos Piranhas.
O míssil MSS-1.2 foi desenvolvido para ter a base de lançamento dele acoplado em cima de veículos né…… pois é bem grande e, aparentemente, pesado para ser carregado pela infantaria no campo de batalha.
Estou me referindo ao tubo lançador, tripé e sensores de aquisição de alvo.
abraços.
Outra pergunta…… o EB usa caminhões Ford?????? na última foto, o caminhão cisterna em primeiro plano com a plana laranja afixada no para choques dianteiro indica transportar óleo diesel, pois na nomenclatura de produtos perigosos o código 30 quer dizer líquido inflamável, enquanto o número 1202 especifica ser óleo diesel combustível.
Mas é um Ford 2425??????? se for, é uma novidade para mim que o EB faça uso de caminhões Ford. Imaginava que fizesse uso apenas de Mercedez e Volks.
Já que os Reo foram desativados faz um tempo.
abraços.
correção………
….. plana laranja não………….. placa laranja…….
abraços.
Usa sim Vassili. Aqui perto no Grupo de Praia Grande tem pelo menos uma unidade oficina com esse chassi.
Usa ainda os UAI e algumas poucas unidades russas.