Oposição síria pede reunião urgente da ONU para impedir massacre

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O líder do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Baset Sayda, fez um apelo neste domingo à comunidade internacional para armar os rebeldes que lutam contra o governo do presidente Bashar al-Assad.

A declaração de Sayda ocorre em meio à ofensiva das forças governistas na cidade de Aleppo, a segunda mais populosa do país e importante centro comercial e estratégico.
O líder oposicionista também pediu que, em uma eventual renúncia de Assad, o presidente sírio seja julgado por seus “massacres” em vez de ganhar asilo político.

As potências ocidentais já haviam alertado sobre um potencial “banho de sangue” em Aleppo, no noroeste da Síria. “Nós queremos armas que possam deter tanques e aeronaves. É isso que queremos”, afirmou Sayda à agência de notícias AFP durante uma coletiva de imprensa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Ele também reivindicou o apoio dos “irmãos e amigos (árabes)” ao Exército Livre da Síria (ELS). Até agora, os rebeldes sírios não receberam nenhum apoio militar internacional. Em abril, os estados do Golfo concordaram em pagar “salários” aos integrantes do Exército Livre da Síria.

Os críticos da decisão, entretanto, afirmam que o dinheiro pode ser usado para comprar armas no mercado negro.

Exílio

Questionado sobre o futuro de Assad, em uma eventual saída do poder, Sayda citou que o “exemplo iemenita”, no qual o presidente Ali Abdullah Saleh recebeu anistia como contrapartida por sua renúncia, “não deve ser replicado na Síria”.

“Inúmeros massacres foram cometidos. Bashar al Assad tem de ser julgado. Ele é um criminoso e não pode receber asilo”, afirmou. Sayda disse que o CNS – que está no exílio – pode discutir planos para um governo de transição com os grupos rebeldes envolvidos nos confrontos armados.

“Nós estamos analisando a ideia (de um governo de transição) e poderemos entrar em contato com todas as forças em solo na Síria”, acrescentou.

Sayda afirmou que o líder desse eventual governo deve ser uma “pessoa honesta e patriótica (…) empenhado nos objetivos da Revolução Síria desde o início”.

FONTE: BBC, via Terra / FOTO: AP

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