Em “Por que Virei à Direita”, três intelectuais explicam os motivos de sua adesão ao pensamento conservador.

Articulistas polêmicos da imprensa, o jornalista João Pereira Coutinho, o filósofo Luiz Felipe Pondé e o analista político Denis Rosenfield expõem em detalhes as razões que os levaram a recusar os princípios políticos da esquerda. Seus textos são marcados pela liberdade intelectual e coragem de arrancar o debate político da frouxidão em que está imerso.

Coutinho discute os riscos das utopias propagadas pelas esquerdas: “Não é função de um governo conduzir uma comunidade rumo a um fim de perfeição. Não apenas porque os homens são incapazes de o atingir, mas porque esse fim é, conceitualmente, inatingível”.

Para Pondé, o pensamento progressista tem uma falha essencial: ignora aquilo que é próprio ao ser humano: “A esquerda é abstrata e mau-caráter porque nega a realidade histórica humana a fim de construir seu domínio sobre o mundo”.

Rosenfield analisa a “te-leologia da esquerda”, que vê o Estado como encarnação máxima da moral. Faz ainda dura crítica à democracia participativa implementada pelo PT, para ele uma armadilha autoritária e “liberticida”.

FONTE: Folha de São Paulo

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

4 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
hamadjr
hamadjr
12 anos atrás

E desde quando que o pragmatismo de resultado começado com fhc e aperfeiçoado pelo pt tem relação com o que se pode chamar de esquerda

ReturnOfTheKing
ReturnOfTheKing
12 anos atrás

Obrigado pela indicação!
Vou ver se encontro para ler.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Não seria “teologia da esquerda”?

vilarnovo
vilarnovo
12 anos atrás

” desde quando que o pragmatismo de resultado começado com fhc e aperfeiçoado pelo pt tem relação com o que se pode chamar de esquerda”

Puxa, há tantos exemplos que até me perco. Podemos começar com Marx que sempre precisou de alguém rico para lhe bancar, casou com uma rica aristocrata para depois fazer da coitada quase uma escrava pessoal. Podemos passar para Lênin e seu NPE que permitiu propriedades privadas de produção e até mesmo investimentos extrangeiros na Rússia pós revolução. Vamos a Mussolini e sua saída do Partido Comunista Italiano e criando o Partido Fascista (algo bastante lamentado por Lênin). Podemos citar o acordo Molotov-Ribbentrop entre os Nazistas e os Comunistas, podemos citar a ordem de Stalin para os socialistas franceses colaborarem com os nazistas durante a ocupação, a divisão da Polônia, a invasão da Finlândia, o apoio ao Iraque na guerra contra o Irão ao lado de vários países do ocidente incluindo os EUA…