Exército Britânico anuncia cortes em dezessete unidades
Dezessete grandes unidades estão para serem cortadas do Exército Britânico como parte de um plano de mudanças, que reduzirá o efetivo dos 102 mil atuais para 85 mil. O anúncio foi feito ontem (5) pelo Secretário de Defesa, Philip Hammond.
Os cortes de pessoal foram sinalizados há cerca de um ano pelo Ministério da Defesa do país como parte do esforço de austeridade orçamentária. Mas foi só nesta semana que surgiram os detalhes de exatamente quais unidades seriam afetadas.
O plano é reduzir os números do exército regular, e ao mesmo tempo construir um efetivo forte de 30 mil reservistas que poderiam ser integrados e desembarcar com tropas da linha de frente mais facilmente do que a conjuntura atual permite.
Esse plano de transformação – conhecido como Army 2020 – vai cortar cinco batalhões de infantaria, três das 14 unidades de engenharia, e também três das 15 unidades do Corpo Real de Logística.
Desfazer-se de batalhões de alguns dos regimentos mais famosos do Reino Unido causou controvérsia na mídia e em outras esferas da sociedade, o que mascara até certo ponto os grandes cortes nos setores de engenharia e logística, que serão supridos em parte por empreiteiros e reservistas.
Outras unidades a serem reduzidas serão duas do Corpo de Blindados, e uma unidade cada dos Reais Engenheiros Elétricos e Mecânicos, também da Aviação do Exército, da Real Artilharia e da Polícia do Exército. Os cortes recentes resultarão em 23 unidades a menos no Exército Britânico desde a estenção da revisão estratégica de Segurança e Defesa de 2010.
A maior parte das reduces acontecerá no período entre 2013 e 2015, mas o Exército espera completar as mudanças estruturais mais vastas do programa Army 2020 em um espaço de cinco anos. O plano inicial envolve foças de prontidão para reação rápida, voltadas a atender as tarefas de contingência, e também forças baseadas na planta regional e de menor prontidão.
Uma terceira força incluirá unidades especializadas de apoio, como logística, inteligência e vigilância.
As forças de resposta rápida se constituem de uma brigade de assalto aéreo com dois regimentos de helicópetros de ataque, e três brigadas de infantaria blindada. As forças de menor prontidão serão compostas de sete brigadas de infantaria com unidades regulares e da reserva.
As atividades das forças adaptáveis incluirão guarnecer as Ilhas Malvinas e outros postos além-mar. Também gerar brigadas adicionais para operações contínuas.
Em entrevista a reporters antes de seu anúncio no Parlamento, o secretário de Defesa, Philip Hammond, declarou que o Exército está “pensando à frente e além do fim das operações do Afeganistão em 2014. Olhando para esse desafio, o Exército precisa se reformar para encarar um mundo cada vez mais incerto. E retornar à sua postura mais comum de capacidade contigencial para lidar com eventos desconhecidos, enquanto que a última década foi em grande parte dedicada a estruturar um Exército em função de um evento bastante conhecido no Iraque e no Afeganistão”.
Os cortes foram criticados pr Jim Murphy, do Partido Trabalhista, durante discurso no Parlamento. Ele declarou que o Exército Britânico está se enfraquecendo enquanto as instabilidades no mundo aumentam, e as Forças Armadas dos Estados Unidos estão cada vez mais focadas na Ásia.
“Planos para estruturar o menor exército desde a Guerra dos Boer são uma resposta extremamente inadequada”, Disse Murphy. “O Reino Unido está cortando uma parte muito maior do Exército do que qualuqer outro dos nossos outros aliados”.
“Com um corte de 20 mil no efetivo, é inconcebível que não haja impacto na projeção de poder, particularmente se levarmos em conta os cortes no apoio de combate e em viabilizadores”, afirma o parlamentar. “Esses planos podem resultar em forças flexíveis, mas está longe de ser certo que fornecerão utilidade militar consistente”.
“Esse não é apenas um Exército menor, é também um Exército menos poderoso em uma nação menos influente”, declarou Murphy.
Um porta-voz de um grupo de lobby militar, A Associação de Defesa Nacional do Reino Unido, disse: “Esses são cortes perigosos, que só podem ser entendidos como um atestado do governo de que não podemos mais desempenhar um papel de influência no cenário mundial. A intenção do governo de tapar alguns buracos em nossa capacidade militar através da expansão do Exército territorial é perdidamente irrealista”.
FONTE: DefenseNews
FOTOS: http://www.army.mod.uk/
Meio fora do tópico mas o Exercito brasileiro me parece que encomendou 36 obuses autopropulsados M-109A5 dos estoques do exercito americano, que pelo jeito substituíram os velhos M-108 ainda operacionais e vai modernizar os 37 M-109A3 pro padrão A5 alguém tem mais alguma informação sobre isso.
Tem algum equipamento lá que interessa ao EB? 73 obuses autopropulsados não são pouco para uma estrutura igual ao do EB?
Aqui está um Link da Noticia:
http://www.infodefensa.com/?noticia=exercito-brasileiro-adquire-36-obuseiros-autopropelidos-m-109a5
Pergunto se e verdade por que essa noticia não saiu aqui no Forte.
marciomacedo disse:
7 de julho de 2012 às 12:13
Eu tbm acho pouco mas pelo menos e alguma coisa finalmente vão se substituir os M108 que estão no serviço desde da década de 60, dos 72 que o EB tem apenas 48 ou 50 continuam na ativa, e o seu armamento já e Obsoleto a tempo.
É opção pra aumentar esse numero não falta, prevejo que no futuro o exercito pode vir a adquirir autopropulsados sobre rodas, e as opções são variadas, temos o Caesar Francês, o Archer sueco, o Atmos 2000 israelense e se quisermos uma opção mais barata temos o Chinês SH-1 SPH, o que manda e o dinheiro.
Os governos(e no caso o inglês) optam pelo desemprego em massa em prol da manutenção dos lucros dos bancos…
No próximo governo, eles cortam de novo…que triste fim teve o Império Britânico…