Irã diz ter testado mísseis capazes de atingir Israel

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Por Marcus George

DUBAI, 3 Jul (Reuters) – O Irã disse nesta terça-feira que testou com sucesso mísseis de médio alcance capazes de atingir Israel, em resposta às ameaças de ação militar contra o país, disse a imprensa iraniana.

Israel diz que pode atacar instalações nucleares do Irã se a diplomacia não conseguir convencer a República Islâmica a abandonar seu programa de enriquecimento de urânio, que Teerã diz ser exclusivamente pacífico. Os EUA também não descartam uma ação militar, mas pedem mais paciência para que a pressão diplomática e as sanções econômicas surtam efeito.

O Irã anunciou ter realizado o teste de lançamento “Grande Profeta 7” no domingo, dia em que entrou totalmente em vigor o embargo da União Europeia à importação de petróleo do Irã, e depois de mais uma infrutífera rodada de negociações entre Teerã e potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano.

O canal estatal Press TV, que transmite em inglês, disse que o míssil Shahab 3, com alcance de 1.300 quilômetros –capaz de chegar a Israel– foi testado junto com o Shahab 1 e o Shabab 2, que têm alcance menor.

“O principal objetivo do exercício é demonstrar a disposição política da nação iraniana em defender valores vitais e interesses nacionais”, disse Hossein Salami, subcomandante da Guarda Revolucionária, segundo a Press TV. “As manobras foram uma resposta às rudes palavras proferidas contra o Irã”, acrescentou ele, segundo a agência Fars.

De acordo com a Fars, dezenas de mísseis foram disparados contra bases aéreas simuladas, e aviões teleguiados devem ser testados na quarta-feira. Analistas, no entanto, contestam algumas declarações militares do Irã, dizendo que o país repetidamente exagera suas capacidades.

Os testes militares e outras atitudes do Irã sobressaltam o mercado mundial de petróleo. Na segunda-feira, parlamentares iranianos propuseram uma lei exigindo que o país tente bloquear o trânsito de navios que passem pelo estreito de Ormuz, única entrada do Golfo Pérsico, levando petróleo para nações que apoiam as sanções.

Analistas dizem que o projeto só deve virar lei se tiver o aval da líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. (Reportagem adicional de Yeganeh Torbati)

FONTE: Reuters

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