Defesa terá R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos
Brasília, 27/06/2012 – O Ministério da Defesa terá R$ 1,527 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. Os recursos serão para compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020. O repasse do dinheiro foi autorizado, hoje (27), por meio de Medida Provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff em cerimônia ocorrida no Palácio do Planalto. Este programa destinará R$ 8,43 bilhões em 2012 e tem por objetivo estimular a economia brasileira com a ampliação dos investimentos e geração de emprego e renda.
A MP encaminhada ao Congresso Nacional libera R$ 6,611 bilhões do orçamento que estavam contingenciados. Os detalhes do PAC Equipamentos foram divulgados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao justificar que o governo federal toma tais medidas para estimular a economia nacional. De acordo com o ministro, em função da crise europeia, que tem efeitos imediatos na economia mundial, o governo toma “um conjunto de medidas para ampliar os investimentos, estimular a demanda, aumentar a confiança e acelerar o crescimento”.
Conjuntura econômica
Em discurso, a presidenta Dilma lembrou a conjuntura econômica conturbada pela qual o mundo atravessa e a comparou o momento econômico de 2008, iniciado no setor imobiliário dos Estados Unidos. Ela frisou que a crise do fim da década passada perdura e assume novas formas no momento atual.
“Agora, esse cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É importante ter consciência dele para evitar que nesse momento sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo, hoje, se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse.
E para fazer frente ao momento atual, segundo destacou, o governo vem tomando medidas que incrementem o mercado interno. No discurso, Dilma Rousseff destacou também a importância do programa na destinação de recursos ao Ministério da Defesa para a compra de equipamentos para as Forças Armadas.
“Todas as compras que nós lançamos antes vão atender às necessidades do povo brasileiro. Eu vou citar: os ônibus para transporte escolar; os caminhões e veículos para as Forças Armadas, que têm de ser reequipadas, na medida em que cumprem um papel essencial; as ambulâncias para expandir o Samu; os caminhões e perfuratrizes para poços artesianos, facilitando o combate à seca; as retroescavadeiras, como eu disse, para manutenção das estradas vicinais; os mobiliários para as escolas públicas”, contou.
Compras da Defesa
O Ministério da Defesa receberá R$ 1,527 bilhão para equipamentos militares desenvolvidos a partir de projetos nacionais fabricados no Brasil. Deste total, R$ 342,4 milhões serão para a compra de 40 blindados Guarani. Como o Exército já tinha encomendado 21 unidades do tanque para este ano, o PAC Equipamentos permitirá que outros 19 Guarani sejam acrescidos à lista.
O plano também prevê R$ 246 milhões para adquirir 30 unidades do Veículo Lançador de Míssil – Astros 2020. Os R$ 939,6 milhões restantes serão para compra de 4.170 caminhões de diferentes tipos e modelos destinados ao transporte de tropas e de cargas, baú, basculante, pipa, combate a incêndio e de uso geral. Esses veículos se somarão aos 900 inicialmente previstos, totalizando encomenda de 5.070 caminhões em 2012.
Sobre os equipamentos:
Blindados – O Guarani é um projeto do Exército Brasileiro. Trata-se do primeiro modelo de uma família de blindados a ser produzida no país, em Minas Gerais, pela empresa Iveco. Esses carros de combate anfíbios sobre rodas substituirão, gradualmente, os atuais blindados utilizados pelo Exército (Urutu, Cascavel), que foram fabricados pela Engesa e estão com mais de 30 anos de utilização.
Astros 2020 – Trata-se de um sistema nacional de lançamento de foguetes e mísseis desenvolvido pelo Exército e fabricado pela empresa Avibrás, de São José dos Campos. Sucesso comercial, o lançador sobre rodas já foi exportado para vários países e vai aparelhar unidades de combate da artilharia do Exército. O 2020 é o modelo mais atual do lançador de foguetes terra-terra.
Benefícios – Os dois projetos (blindados e Astros 2020) são projetos estratégicos e estão em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END). Deverão constar também no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que está em fase de conclusão no Ministério e orientará as aquisições de equipamentos e produtos de defesa até 2030.
Ambos os projetos funcionarão como estímulo à inovação e à produção nacional de meios tecnologicamente avançados. Ou seja, têm o viés de promover efetividade da capacidade de defesa e também de impulsionar a competitividade da indústria nacional nos mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
A compra dos caminhões reforçará a mobilidade e a logística das Forças Armadas. Os veículos incrementarão a capacidade das Forças de atuar em situações dentro e fora do meio militar, tais como auxílio da população civil em catástrofes naturais (enchentes, secas etc).
FONTE / FOTOS MENORES: Ministério da Defesa
NOTA DO EDITOR: é louvável a compra de equipamentos como os citados, e que serão destinados ao Exército Brasileiro (o que deve incluir a maior parte dos caminhões), dentro da lógica citada no texto de adquirir “equipamentos militares desenvolvidos a partir de projetos nacionais fabricados no Brasil”. Mas e a Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasi? Não há equipamentos de projeto nacional para equipá-las e que poderiam ser adquiridos? É certo que, como ressaltado, ficariam de fora gastos / investimentos em equipamentos fabricados no exterior, dos quais os de maior visibilidade são navios de escolta ou de apoio para a Marinha e caças para a Força Aérea, para os quais ainda se está em fase de disputa entre fornecedores internacionais, e não nacionais – e há notícias de que esses gastos de equipamentos de origem externa não seriam compatíveis com a crise internacional, vide reportagem de hoje sobre novo adiamento da compra de caças para a FAB (clique para acessar). Mas a corveta Barroso, por exemplo, não é um projeto nacional? Um novo navio da classe não movimentaria encomendas em fornecedores nacionais e o emprego de mão-de-obra nacional num Arsenal que está praticamente sem encomendas de embarcações desde que foi lançada? Bombas e mísseis para a FAB não são projetos nacionais? Não poderiam estar nesse “pacote”, sem prejuízo das encomendas para o Exército?
O lobby da MAN funcionou.
Emplacaram mais 4.170 caminhões na tropa.
Mesma coisa a Avibrás, que finalmente terá ajuda do governo. Uma boa notícia para o EB. Novas baterias de Astros 2020 a caminho.
E sobre o Guarani nenhuma novidade. Só aumentaram a verba prevista pra compras do veículo esse ano.
Notícia boa mesmo, tipo da chegada dos sistemas anti-aéreos russos ou a compra dos helicópteros de ataque do EB, nada.
Mas vamos continuar sonhando…
Só corrigindo, eu quis dizer “novas baterias de ASTROS”, agora no padrão/modelo 2020.
Eu acompanho um blog americano de defesa… Interessante a interpretação q fizeram dessa noticia…
http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2012/06/guarani-amphibious-personnel-carrier.html#comment-form
Fico feliz pela Avibrás, conseguiu mais um fôlego, vamos ver até quando dá pra segurar.
O povo tá reclamando que são apenas 40 Guaranis. Gente, é o que o governo precisa pra espalhar pelo Rio de Janeiro durante os grandes eventos que virão ou pra subir morro na UPP. That is all!
Mesmo não gastando NADA, ao que parece, a Dilma está sendo a presidente(a) que “mais investiu” nas forças armadas nos 2 primeiros anos de governo.
É o famoso “bate-assopra”.
Tudo o que consigo dizer neste momento é que estou muito triste.
Durante o advento da 2ª Grande Guerra, quando todos os possíveis “aliados” eram necessários e indispensáveis – a despeito de nossa própria vontade política – fomos agraciados com material americano no estado da arte. Passado aquele momento crítico passamos a comprar o que nos era permitido adquirir, ou seja, passamos a ser a lixeira tecnológica de lá… E quando tentamos desenvolver tecnologias próprias ou em parceria com terceiros, embargos, embargos, embargos… Hoje somos a lixeira tecnológica do mundo (com heróicas exceções) nossos caças mais modernos, por exemplo, são ex-sucatas externas. Temos muitas mentes brilhantes e não as aproveitamos em benefício dos brasileiros.
Se é p/ continuar encostada no governo federal, nessas de folego em folego, sem resolver a situação, pq não encampam a Avibrás de uma vez???
Dividam o portifólio entre a Imbel e a Engepron e usem a marca no mercado???
Ah e não se esqueçam de colocar os ex-controladores, na cadeia.
KKKK, ontem eu vi esta reportagem?? pensei nossa que bom, hoje eu vi o Cancelamento do FX-2, ai eu VI a coisa ” TERTUTIA TELIA AD BOVINUM ” ou seja “conversa pra boi dormir” deram com a mão direita e tiraram com a ESQUERDA. é vamos ficar com os MIKE-F5 mais algum tempo, só quando os MIKE não voar mais daqui a uns 10 anos , ai eles compram uns Fhantom no cemitério de sucatas nos EUA, kkkkkkkkkkkkkk ou mais F5 da Jordania, kkkkkkkkk….
mas tem algo que está meio esquisito nesta nota…..
podemos acrescentar mais 40 Guaranis à conta de compra para este ano, ou apenas mais 19, pois 21 ja foram autorizados tempos atrás………..
ficou meio que no ar essa dúvida……….
e outra coisa……. nesta conta de padaria feita com o valor destinado à compra dos blindados dividida pela quantidade cheguei ao valor de R$ 8,55 milhões por unidade. Bem superior ao R$ 1,78 milhão pedido aos hermanos por cada unidade que eles por ventura decidam adquirir……….
abraços.