Novo presidente do Paraguai quer encontro com Dilma nos próximos dias

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O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, quer se encontrar o mais rápido possível com a presidenta Dilma Rousseff para ratificar o interesse do país de manter uma relação cordial e próxima com o Brasil. O ministro das Relações Exteriores, José Félix Fernández Estigarribia, disse que vai procurar o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para encaminhar o desejo de Franco.

Fernández Estigarribia reiterou que o esforço do governo Franco é para desfazer mal-entendidos e consolidar as relações positivas com o Brasil e todos os países vizinhos. Em relação ao Brasil, o chanceler paraguaio disse que Franco e ele têm “especial admiração” por Dilma. “Como ela, também fui perseguido político”, disse o chanceler.

“A presidenta Dilma Rousseff é uma heroína no processo democrático do Brasil. Tenho admiração especial por Dilma e sou muito amigo do chanceler Patriota, que conheço há anos”, disse Fernández Estigarribia. “O trabalho do chanceler não é confrontar, é encontrar soluções, explicando como vemos a situação interna no Paraguai”, completou.

Nos últimos dias, o governo do Brasil manifestou preocupação em relação aos acontecimentos no Paraguai. Para as autoridades brasileiras, o processo de impeachment em pouco mais de 24 horas, que levou à destituição do então residente Fernando Lugo e à posse de Franco, foi rápido e há dúvidas se houve tempo para a defesa.

“Também estranhei a velocidade com que o processo correu. Mas foi tudo dentro do que determina a nossa Constituição. Mas foi uma decisão soberana do Congresso”, ressaltou o chanceler. “Não há distúrbios nas ruas nem manifestações”, destacou ele.

Assim como fez Franco em entrevista coletiva concedida mais cedo, Fernández Estigarribia ressaltou que todos os compromissos internacionais serão seguidos pelo novo governo. “Vamos cumprir todos os compromissos e obrigações internacionais”, destacou. “Espero do Brasil uma extraordinária relação. Às vezes, os vizinhos têm diferentes pontos de vista. Isso é normal. Mas nos respeitamos muito.”

O chanceler reiterou que o governo Franco respeitará os cerca de 6 mil brasiguaios (agricultures brasileiros que moram em território paraguaio), que se queixam de discriminação, dificuldades para trabalhar no país e perseguição dos chamados carperos (sem-terra paraguaios), além da falta de apoio das autoridades do Paraguai.

“Vamos fazer todos os esforços para que eles sigam trabalhando. Vamos respeitar todos os direitos de todos os cidadãos brasileiros que vivem no Paraguai”, disse o chanceler. “Mas a questão da terra é um problema que tem de ser resolvido no Paraguai.”

FONTE: www.jornalfloripa.com.br

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J.Patherson
J.Patherson
12 anos atrás

Das duas uma , ou vem aqui pra falar da bendita hidreletrica ou pra mostrar serviço e abafar o caso do tal “golpe constitucional”…

Mauricio R.
Mauricio R.
12 anos atrás

Hilário, foi feito dentro da lei, do Paraguai bem entendido, mas esquerdopatia grita:
É golpe!!!

Renato
Renato
12 anos atrás

Tão dentro da lei quanto em Honduras, Venezuela…

Quanto às duas opções, aposto na segunda. Acho que o interesse está em 2013 e no direito à terra, o que me faz pensar se, mais pra frente, não teríamos um remake do que a Bolívia fez com os brasileiros, na região próxima ao Acre…

J.Patherson
J.Patherson
12 anos atrás

Acho que devia anexar o acre ao amazonas , assim para com isso de passar fronteira pra meter a mão no acre , aqui no braisl tem uns estadinhos minusculos , so serve pra gerar mais gastos , la no nordeste tem um monte , ali entre bahia e céara …

Augusto
12 anos atrás

Tas ai um comentário tipico de alguém da região sudeste, meu caro o Acre é um estado que ganhou seu direito lutando contra os bolivianos pela sua própria independência!!!! ao contrario do que pensa não é um peso que o Brasil carrega nas costas! assim como muitos estados importantes do nosso pais, o Brasil não é composto pela região sudeste!

Renato
Renato
12 anos atrás

É, mas tudo sinaliza o contrário… até bem pouco tempo, queriam dividir o Pará, não em dois, mas em três… pra mim, isso é coisa da “paróquia” local, querendo reter os recursos e expurgar os gastos.

Mas voltemos… além do 34º Batalhão de Infantaria Motorizado, o que mais a gente tem, perto da Itaipu, que, numa eventual mudança de quadro, pudesse prestar apoio aos nossos interesses?

Sou um novato, na área…

J.Patherson
J.Patherson
12 anos atrás

O sistema de politica brasileira, ta uma porcaria pra nossa sorte o plebicito era votado pelos cidadãos e não pelos politicos , principalmente vereadores que aumentam seus salarios aa 107% ao ano , com relação a itaipu , ainda depende do que acontecer nos proximos dias , mas a infraestrutura não só das FAs mas do brasil inteiro esta defasada , um amigo meu serviu (alistamento obriatorio) , no 4GAC aqui em minas , e disse que durante 1 anos num atirou nem um pente de FAL , passava maior parte do tempo consertando porta e cadeira do alojamento , o brasil precisa de bases estrategicas , o pouco involvimento em conflitos , tornou-nós desleichados quanto a defesa dos pais…

amigodolucena
12 anos atrás

Pois é,na Venezuela lá tem um congresso e se vota para presidente,assim como na Bolívia e dai,qual é o problema?
.
Ultimamente é assim,um grupo de partidário imbuído pelo voto popular vão lá só para aprontar e defender interesses excursos,até pareceum certo país sul americano..Rsrs.
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Em Honduras se fez as mesmas estultices,se fazermos um apanhado na história,até na Alemanha nazista se via coisa igual, parlamentares se reunindo em portas fechas em altas horas da noite que nem ladrão,não dá outra,é só contabilizar o prejuízo.
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E quem acha que o quê se passou no Paraguai e em Honduras são cosas de ação de movimento em pró a democracia,está mais do que na hora de reaver o conceito de democracia por aqui.
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Onde o voto majoritário de uma grande maioria é simplesmente espezinhado por uma minoria insatisfeita por ter seus interesses colocado em segundo plano,em detrimento aos da maioria;será que é isso democracia?

Luciano
12 anos atrás

E a Dilma mandou chamar de volta nosso embaixador no Paraguai,
porque não chama de volta também o da Siria?

Renato
Renato
12 anos atrás

Palpite, Luciano:

Porque na Síria “o pau vai quebrar”, ao ritmo do samba do afrodescendente demente, e não demora muito, portanto, não é bom colocar lenha na fogueira…

Requena
Requena
12 anos atrás

Enquanto Dilma chama nosso embaixador do Paraguai, só porque os bolivarianos perderam um dos países que dominavam no subcontinente das banânias, por aqui os “intelectuais” da nossa esquerda tomam café da manhã com o Ahmadinejad.

Estamos bem com esse povo.
Bem encaminhados ao caos…