Matemática pode baixar nota brasileira no Pisa 2012

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Por Luciano Máximo | De São Paulo

Durante o mês de maio, mais de 400 mil alunos de 15 e 16 anos de escolas públicas e privadas de mais de 60 países participaram da quarta edição do Programme for International Student Assesment (Pisa), o principal termômetro para medir a qualidade da educação no mundo. Organizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a prova brasileira foi feita por 25.712 estudantes de 902 escolas espalhadas por 574 cidades em todos os Estados, que foram avaliados em leitura, matemática e ciências.

Embora seja um dos países que mais avançaram nas três primeiras edições do Pisa, aplicadas a cada três anos, o Brasil figura atualmente na 54ª posição do ranking do exame e sua situação pode complicar um pouco mais no exame atual. Como a cada prova uma disciplina é enfatizada, o gerente nacional do Pisa, professor João Galvão Bacchetto, dirigente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), acredita que o foco na matemática este ano pode atrapalhar o desempenho dos alunos brasileiros.

“No caso do Pisa 2012 a matemática é o foco. Das três área esta é aquela que o ensino brasileiro vem apresentando maiores dificuldades ao longo das edições. Mas o resultado do PISA deve ser visto de forma global e não apenas centralizado em uma ou outra área, quando compararmos com o PISA 2003, que o foco também é matemática, teremos avançado bastante”, avalia Bacchetto.

No resultado geral, somando as três disciplinas, o professor acredita que o país pode saltar posições no ranking. “O país deve continuar melhorando, pois a educação brasileira vem melhorando. Incluímos mais estudantes da faixa etária do Pisa na escola, muitos estão avançando nos anos de estudo com a regularização do fluxo e o Pisa vem captando isso.”

Como somente jovens de 15 e 16 anos fazem a prova, Bacchetto explica que apenas alunos acima do 7º ano do ensino fundamental são elegíveis a participar do Pisa. A escola selecionada envia ao Inep o dados de todos os estudantes que atendem a esse critério e, posteriormente, há um sorteio entre esses nomes – no máximo 35 por escola fazem a prova escrita e, dentro desses, outros 18 alunos fazem a prova no formato eletrônico. O sorteio é realizado por um software fornecido pelo consórcio internacional responsável pela aplicação do exame em todo o mundo.

FONTE: Valor Econômico

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