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rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Um senhor VBTP!!!

Bacchi

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Há uma tendência de se equipar os novos veículos de combate com canhões com pelo menos 30 mm.
Esse de 35 mm é altamente eficiente e inclusive com grande potencial antiaérea devido a calçar o projétil AHEAD.
Isso torno o CV-9035 um verdadeiro carro de combate “multirole”.

Requena
Requena
12 anos atrás

Sério, além de “bom de briga” esse blindado é bonito demais!

jacubao
jacubao
12 anos atrás

Quando chegarãoos nossos????? 😛

Mauricio R.
Mauricio R.
12 anos atrás

VBTP???
Com a desativação dos Leo II, e a possível venda destes p/ a Indonésia, este é o novo “MTB” de fato, do Exército holandês.
Se a moda pega…

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Novas tecnologias como o sistema de fusão de dados via data-link, sistemas de proteção ativos, sistemas sofisticados de contra-medidas e mísseis avançados realmente têm o potencial de colocar em cheque a configuração tradicional do MBT.
Esse canhão de “pequeno” calibre se associado a um lançador de míssil pode desbancar mesmo o Leopard na função precípua de um “tanque” que é a de combater outro “tanque”.
Só de curiosidade, um dia desses li que a Raytheon desenvolveu um motor que dá ao míssil TOW Wireless o dobro do alcance (mais de 7000 metros) e velocidade supersônica. Essa capacidade irá poder aproveitar toda a capacidade dos atuais lançadores (ITAS) dotados de visores térmicos de 2ª G, capazes de identificar alvos a 8 km, e de capacidade ACLOS (automático).
O TOW deverá ser usado pelos americanos até 2050.
Desculpem pelo off-topic.

Uitinã
Uitinã
12 anos atrás

Não sei se para um MBT puro no poder da palavra, mas com certeza pode ser o terror de blindados mais leves como VBTT ou outros VBCI, mas MBTs só se for armado com mísseis anti tanque, pra mim hoje um dos melhores veículos de combate e o Terminator russo, armado com dois canhões de 30 mm, 4 misseis anti-tanque 2 lançadores de granada automáticos, e possuindo praticamente toda suite eletrônica do T-90 na versão mais recente, talvez esse seja o futuro dos MBTs mas eu duvido hoje se tem muitos países com planos e ideias novas pra tanques com canhões cada vez maior e cada vez mais canhões em alguns casos até 3 numa unica plataforma.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

PS:
Sei que “tanque” é de lavar roupa, mas não concordo com isso.
Tanque é uma palavra que designa um local apropriado para se lavar roupas, um depósito de líquidos, ou um veículo blindado de combate.
Independente de não se usar esse termo no Exército Brasileiro que usa o termo “carro de combate”, o uso do termo “tanque” para se designar um MBT (Main Battle TANK) não é tecnicamente errado quando se refere à máquina em questão.
Só seria errado se o termo for usado de forma oficial para se referir a um MBT do EB.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

joseboscojr escreveu: “… Esse canhão de “pequeno” calibre se associado a um lançador de míssil pode desbancar mesmo o Leopard na função precípua de um “tanque” que é a de combater outro “tanque”. …”.

Pelo amor de Deus Bosco!!!

Isto é um absurdo!!!

A função do carro de combate (tanque) não é a de combater outro carro de combate (tanque)!!!

A função do carro de combate é a de dominar o campo de batalha. Enfrentar tudo aquilo que o inimigo tem lá.

A função precipua de combater um carro de combate (tanque) é exercida pelos canhões anti carro, pelos misseis anti carro e pelos canhões (ou misseis) anti carro auto propulsados (conhecidos sob o nome de fantasia de Tank Destroyers).

Bacchi

william_ritter_17
william_ritter_17
12 anos atrás

A Existe uma versão com um canhão 120mm, poderia essa versão substituir um MBT?
http://www.defencetalk.com/pictures/data/4623/cv90_120-T.JPG

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Rsbacchi,

Mas para que um “tanque” domine o campo de batalha ele tem que combater a maior ameaça que o inimigo disponibiliza nesse campo de batalha, que é outro “tanque”.
A blindagem de um tanque é desenvolvida tendo em vista a capacidade de penetração do projétil lançado pelo canhão do tanque inimigo.
O poder de penetração do canhão adversário é baseado na capacidade de resistência da blindagem do MBT adversário.
O alcance efetivo do canhão é baseado no alcance efetivo do canhão do tanque adversário.
Claro, onde não há tanques adversários (guerra assimétrica) não haverá combate entre tanques, comuns em operações de alta intensidade como as que ocorreram na Europa na SGM e no OM.
O tripé em que se sustenta o conceito de um MBT, mobilidade, blindagem e poder de fogo só se sustenta porque o inimigo também disponibiliza dessa mesma combinação na forma de seu próprio MBT.
A munição APFSDS existe porque existem carros de combate pesados, com blindagem altamente resistente.
A blindagem Cobhan existe porque existem projéteis altamente perfurantes lançados por canhões de 105, 120 e 125 mm. Canhões de outros tanques.
Canhões e blindagem podem ser pesados e poderosos porque existem motores, transmissões, suspensões, lagartas, poderosos o suficiente para mover o conjunto no acidentado campo de batalha.
Claro, se formos ver o que ocorre hoje em dia, não há quase mais nenhuma arma especializada, com função “precípua”. Vivemos na era da flexibilidade e da flexibilização de meios.
Até mesmo os mísseis anti-TANQUES hoje, estão se tornando mísseis anti-tudo, com capacidade anti-bunker, anti-pessoal, anti-estruturas, etc. E alguns até, anti-aéreos.
Os helicópteros de ataque, idem.
Veículos caça tanque não são exceções à regra e os poucos que existem buscam funções alternativas dentro do moderno e complexo campo de batalha.
Um MBT não seria um MBT se ele tivesse como ameaça maior um “veículo caça-tanques” que pode ser destruído com um canhão de 20 mm.
Um MBT não seria um MBT se ele tivesse como ameaça maior um míssil antitanque lançado pela infantaria camuflada.
Um MBT não seria um MBT se houvesse apenas insurgentes armados com RPGs por entre os prédios de uma cidade no meio do deserto.
Ele só é o que é e é como é porque do outro lado ele julga que encontrará um igual a ele para combater, daí ter usado o termo “precípua”, que parece te chocou.

Bosco.

Luis
Luis
12 anos atrás

Esse é o veículo correto para os RCB (Cavalaria) do EB, no lugar dos M60 e Leo 1BE.

shipbuildingbr
12 anos atrás

Na verdade seria o ideal para os nossos BIB. No meu modo de ver é exatamente ai que um carro desses se encaixa.

abçs

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Por favor modifiquem o que escrevi.

De: “…é exercida pelos canhões anti carro, pelos misseis anti carro e pelos canhões (ou misseis) anti carro auto propulsados …”.

Para: “… é exercida pelos canhões anti carro, pelos misseis guiados anti carro e pelos canhões (ou misseis guiados) anti carro auto propulsados …”.

Obrigado

Bacchi

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Shipbuildingbr,

É exatamente como vc escreveu.

O CV-9035NL é um VBCI – Veículo Blindado de Combate de Infantaria, portanto deve oferecer aos fuzileiros/infantes condições de combater embarcados, bem como oferecer apoio de fogo para o combate desenbarcado. Para tanto precisa ser capaz de manobrar de forma protejida (blindagem) e contar com bom poder de fogo (canhões automáticos e mísseis).

Como vc escreveu: “seria o ideal para os nossos BIB”.

Um grave problema das unidades de infantaria blindada do Exército Brasileiro é uso de VBTP – Veículo Blindado de Transporte de Pessoa modelo M-113 para o combate dos fuzileiros nas companhias de infantaria blindada. Não precisa necessariamente ser um CV-90 da BAE Systems Hägglunds (excelente, porém caro), mas um outro mais simples ou mesmo usado, como o Marder alemão ou Bradley americano.

Se quiser, uma rápida visão da revista A FORJA número 3, página 2:
http://www.cibld.ensino.eb.br/index.php/aforja/finish/3-a-forja/3-a-forja/0

Sds,
Ivan, a oldinfantryman. 🙂

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Luís,

Pelo pouco que sei, um Regimento de Cavalaria Blindada – RCB no Exército Brasileiro teria uma formação quaternária com 2 (duas) companhias de CC e 2 (duas) comapanhias de infantaria blindada.

Se vc gosta dos veículos da BAE Systems Hägglunds, como eu também gosto mas não sei se podemos pagar, minha sugestão seria misturar as versões da ampla família Combat Vehicle 90 (CV90), ou para os mais puristas, em sueco Stridsfordon 90 (Strf 90). 🙂

Como VBC-CC seria a versão CV-90 120 T (com canhão RUAG de 120mm) ou CV-90 105 (com canhão GIAT de 105mm).
http://www.military-today.com/tanks/cv90120t.htm

Como VBC-I seria a versão ‘holandesa’ CV-9035 (com canhão auto Bushmaster III 35/50 de 35mm) em tela ou CV-9040 (com canhão Bofors de 40mm).
http://www.military-today.com/apc/cv_90.htm

Abç,
Ivan, o antigo.

Lyw
Lyw
12 anos atrás

Bosco,

Parabéns pela proficiência no seu ultimo comentário!

E concordo em gênero, número e grau com sua explanação.

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
12 anos atrás

Melhor que esse, só Puma.

Mauricio R.
Mauricio R.
12 anos atrás

A respeito do novo Puma, prestes a entrar em serviço no exército alemão:

(http://www.zinio.com/reader.jsp?issue=416224350&p=31)

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

joseboscojr, li seus argumentos e os mesmos não me convenceram.

Continuo considerando que a função precipua do carro de combate não é combater carros de combate inimigo.

Sua função é a de enfrentar todos as ameaças que o inimigo coloca para impedir o deslocamento das forças amigas.

Afm de ter certeza de que estava interpretando corretamente suas palavras procurei no dicionário o significado de precipua: principal, essencial.

Quiz escrever este adendo afim de que meu silencio não fosse considerado aquiecenscia aos seu argumentos.

Bacchi

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

RSbacchi,

E eu respeito muito sua opinião profissional e como entusiasta do assunto não usarei mais o termo “precípuo”, que realmente, levando-o ao pé da letra não corresponde à função de um MBT.
Jamais imaginei que um MBT vai ao campo de batalha com a função única e exclusiva de atacar outros MBTs.
Só o usei o termo “indevidamente” por considerar que, apesar de haver armas no campo de batalha específicas para neutralizar carros de combate, eu considero um MBT o mais capaz de fazê-lo já que reúne em seu conjunto a blindagem, a mobilidade e o poder de fogo necessário.
Veículos caça tanques, sejam armados com canhões ou mísseis, sejam sobre lagartas ou rodas, blindados ou não, sem dúvida representam uma séria ameaça aos carros de combate, mas por sua vez têm que usar táticas apropriadas para eles mesmos não se tornarem a caça, já que lhes falta a proteção e a mobilidade necessária, o que dentre outras “desvantagens” não permite que atirem em movimento, tornando um alvo estático para um contra ataque.
Claro que o potencial dos mísseis antitanques permitem aos veículos caça tanques dotados de ATGMs terem até mais alcance que os canhões dos MBTs e atacarem de distância segura,mas tal desvantagem já está sendo corrigida com uma nova geração de projéteis lançados por canhão com capacidade BLOS (XM1111, LAHAT, Kobra, etc).
Mudando de assunto e falando da mesma coisa, rrsrsrs, apesar da “controvérsia” acerca da função de um MBT, voltamos à hipótese anterior, aventada pelo Maurício no seu comentário das 4:19, em que sugere que possa estar havendo uma mudança da configuração de um MBT.
Aliás, hipótese pelo menos interessante e que eu compartilho, tendo em vista que a combinação de sistemas de defesa avançados (com potencial de substituírem blindagem pesada) aliados a canhões de pequeno calibre (até 50 mm) e mísseis modernos, têm potencial de serem usados na função “precípua” do carro de combate que é a de “dominar o campo de batalha e enfrentar todas as ameaças lá existentes”?
Ou seja, será que o IFV poderá no futuro desbancar o MBT como sendo o meio mais capaz de estabelecer o domínio do campo de batalha?

Bosco

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Mestre Bosco,

“Ou seja, será que o IFV poderá no futuro desbancar o MBT como sendo o meio mais capaz de estabelecer o domínio do campo de batalha?”

NÃO!

Se me permite a ousadia em opnar, minha reposta é não.

Quanto um IFV – Infantry Fighting Vehicle for capaz de dominar o campo de batalha este veículo passará a ser um MBT – Main Battle Tank, ou Tanque Principal de Batalha.

O Merkava de Israel é capaz de transportar infantaria no compartimento traseiro, mas nem por isso é um IFV.
Na verdade os israelenses desenvolveram um IFV específico a partir do Merkava, o Namera, com missão principal de levar a infantaria blindado para o combate (embarcado ou não).

Os Main Battle Tanks podem no futuro ter motor a frente do chassi, propulsão híbrida (com motores elétricos), armamento principal externo e automático, tripulação reduzida, defesas ativas e até mesmo compartimento traseiro para eventual transporte de infantes (ou resgate de soldados), mas sua missão ainda será dominar o campo de batalha pelo fogo e movimento.

Os Infantry Fighting Vehicles (no EB seriam VCB-I, se houvesse algum) devem conduzir a infantaria blindada com a mesma velocidade e sobre os mesmos terrenos que os MBT para lutar de forma combinada e apoiar este último, principalmente contra defesas anti-tanque.

Alguns especialistas em guerra blindada tem argumentado que as IFV / VBC-I tem agregado tanto armamento externo (canhões automáticos, metralhadoras e ATGW – tudo junto) que precisaram reduzir a infantaria embarcada para uma esquadra de apenas 5 a 7 homens, perdendo eficiência ao desembarcar a infantaria.

O IFV americano M-2 Bradley está armado com um canhão automático M242 Chain Gun de 25mm (com 900 disparos), 2 (dois) lançadores TOW ATGW com 7 (sete) mísseis e uma metralhadora M240C 7,62 mm.
Mas transporta apenas 6 (seis) fuzileiros, praticamente metade de um grupo de combate, ou, se preferir, uma esquadra.

Outros IFVs / VBC-Is levam até menos fuzileiros.

Porém os israelenses tem uma visão diferente: o NAMERA transporta 8 (oito) e o Achzarit Mk.2 transporta 7 (sete), ambos com blindagem de MBT.

Mas voltando a questão que vc colocou:
Quando uma IFV for tão poderosa que domine o campo de batalha, não será mais IFV, mas um novo MBT.

Contudo é apenas a opnião de um entusiasta.

Sds,
Ivan, seu aluno mais rebelde… 8)

rui mendes
rui mendes
Responder para  Ivan
2 anos atrás

Léo 2A7

Leopard-2-Next-Generation-Tank.jpg
rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

joseboscojr escreveu:

“… Mudando de assunto e falando da mesma coisa, rrsrsrs, apesar da “controvérsia” acerca da função de um MBT, voltamos à hipótese anterior, aventada pelo Maurício no seu comentário das 4:19, em que sugere que possa estar havendo uma mudança da configuração de um MBT.
Aliás, hipótese pelo menos interessante e que eu compartilho, tendo em vista que a combinação de sistemas de defesa avançados (com potencial de substituírem blindagem pesada) aliados a canhões de pequeno calibre (até 50 mm) e mísseis modernos, têm potencial de serem usados na função “precípua” do carro de combate que é a de “dominar o campo de batalha e enfrentar todas as ameaças lá existentes”?
Ou seja, será que o IFV poderá no futuro desbancar o MBT como sendo o meio mais capaz de estabelecer o domínio do campo de batalha? …”.

Bosco, eu acho que qualquer resposta minha não vai refrescar nada.

Você escreveu acima: “… Aliás, hipótese pelo menos interessante e que eu compartilho, tendo em vista que a combinação de sistemas de defesa avançados (com potencial de substituírem blindagem pesada) aliados a canhões de pequeno calibre (até 50 mm) e mísseis modernos, têm potencial de serem usados na função “precípua” do carro de combate que é a de “dominar o campo de batalha e enfrentar todas as ameaças lá existentes”? …”.

Ou seja, você já respondeu. Para você o Marcelo tem razão.

Para que eu perder tempo escrevendo uma resposta que não vai servir para nada.

O novelista italiano Pirandelo escreveu num de seus livros uma frase que se aplica a tudo acima: “… As discussões só servem para reforçar as opiniões pessoais de cada um. …”.

Bacchi

Ivan
Ivan
12 anos atrás

“A função precipua de combater um carro de combate (tanque) é exercida pelos canhões anti carro, pelos misseis anti carro e pelos canhões (ou misseis guiados) anti carro auto propulsados (conhecidos sob o nome de fantasia de Tank Destroyers).

Mestre Reginaldo Bacchi,

Como vc escreveu, para estas armas a função principal é combater o carro de combate inimigo, o que já havia aprendido em outros textos seus.

Como vc escreveu, “A função do carro de combate é a de dominar o campo de batalha. Enfrentar tudo aquilo que o inimigo tem lá”. O que está de acordo com o conceito do Main Battle Tank.

Entretanto tenho uma respeitosa divergência quanto a:
“A função do carro de combate (tanque) não é a de combater outro carro de combate (tanque)!!!”.

Penso que é também função do carro de combate enfrentar e derrotar os carros de combate inimigos.

Americanos e soviéticos durante a Segunda Grande Guerra acreditaram por algum tempo que a missão de destruir os tanques inimigos seria dos “Tanque Destroyers”, desenvolvendo famílias inteiras deste tipo de veículo e chegando a organizá-los em batalhões.
(Acredito que já li um texto seu sobre isto…)

Os alemães também usaram e abusaram dos “Caça Tanques”, mas (salvo engano) organizados em unidades menores e como caçadores em pontos específicos para emboscar o inimigos, inclusive usando sempre canhões fixos maiores que o tamanho do veículo poderia suportar em uma torreta de tanque.

Mas no final das batalhas o grande destruidor dos tanques eram os tanques inimigos.

Alguns exércitos experientes, como o de Israel, simplesmente dispensa o uso dos “caça tanques”, em que pese ter usado o AMX-13 quando não havia nada mais pesado disponível, dando preferência aos MBTs para destruir os tanques inimigos e usando as ATGW como armas de emboscada ou para proteger pontos fortes em conjunto com a infantaria.

Como o Bosco fez referência, o desenvolvimento dos Main Battle Tanks (ou Carros de Combate Principais) sempre foi uma escalada entre rivais.

Basta observar as gerações de MBT que se sucederam.
O parâmetro era superar a última criação inimiga, ou a próxima quando se tinha uma idéia de para onde estavam indo.

Sds,
Ivan, sempre lendo com atenção o que vc escreve.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Eu cometo o maior erro de minha vida ao entra nesta absurda discussão.

Pelo amor de Deus Ivan, você está me citando inteiramente fora do contexto.

Minha mensagem de 2 de junho de 2012 às 18:56:
“… A função do carro de combate (tanque) não é a de combater outro carro de combate (tanque)!!!

A função do carro de combate é a de dominar o campo de batalha. Enfrentar tudo aquilo que o inimigo tem lá.

A função precipua de combater um carro de combate (tanque) é exercida pelos canhões anti carro, pelos misseis anti carro e pelos canhões (ou misseis) anti carro auto propulsados (conhecidos sob o nome de fantasia de Tank Destroyers). …”.

Esta frase não ficou clara. É claro que eu não imaginei que estando um carro de combate (tanque) em combate e ele é atacado por um carro de combate (tanque) inimigo ele não deve içar a bandeira branca, e enviar ao carro de combate (tanque) inimigo informando que sua doutrina não o permite combater outro carro de combate (tanque) e que ele deve esperar até chegar um equipamento que tem autorização para faze-lo.

Qaundo eu reenviei esta mensagem a josebosco jer em 4 de junho de 2012 às 11:00 para confirmar minhas convicções, fui mais preciso:

“… joseboscojr, li seus argumentos e os mesmos não me convenceram.

Continuo considerando que a função precipua do carro de combate não é combater carros de combate inimigo.

Sua função é a de enfrentar todos as ameaças que o inimigo coloca para impedir o deslocamento das forças amigas.

Afm de ter certeza de que estava interpretando corretamente suas palavras procurei no dicionário o significado de precipua: principal, essencial.

Quiz escrever este adendo afim de que meu silencio não fosse considerado aquiecenscia aos seu argumentos. …”.

Portanto tudo que você me escreve para provar que eu estou errado foi completamente perdido.

Bacchi

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Ivan,
Na verdade, lendo seu comentário percebi que cometi um equívoco ao me referir ao IFV quando na verdade pensava no M-3 Bradley que é um CFV.
Até eu que sou “humirde” não acredito que um veículo de combate embarcando combatentes possa vir a substituir um MBT na função de “dominar o campo de batalha”, mas acredito sim que a configuração básica do MBT possa sofrer alterações a médio/longo prazo.
A proteção que pode ser conseguida com recursos de alta tecnologia é capaz de reduzir o peso de um veículo de combate para que possa ter sua mobilidade tática e estratégica aumentada.
O programa FCS (cancelado) do USA pretendia substituir todos os veículos de combate (incluindo o M-1) com veículos de no máximo 25 toneladas.
Claro que o canhão ainda seria o armamento principal da versão MCV, mas só a redução do peso pretendida já é uma sinalização de que possa estar em curso uma mudança de paradigma no que se refere à configuração clássica do MBT, que advoga o mesmo ter uma blindagem pesada, grande mobilidade e um armamento de tubo de alta potência.
Não vejo o que um veículo armado com um moderno canhão automático de 30 ou 35 mm, metralhadoras e mísseis (com até 8 km de alcance) e com sistemas defensivos sofisticados (no lugar de 40 toneladas de blindagem passiva), que pode incluir até tecnologia “stealth”, não possa enfrentar no campo de batalha.
Só de curiosidade, na Primeira Guerra do Golfo o M-2 foi isoladamente o maior responsável pelos tanques iraquianos destruídos.
Mas são só considerações de um entusiasta.

Rsbacchi,
Fique a vontade!

Grande abraço aos dois.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

joseboscojr escreveu em 4 de junho de 2012 às 18:15:

“… Rsbacchi,
Fique a vontade! …”

Muito obrigado por esta mensagem!

Bacchi

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
12 anos atrás

Pra quem se interessa, aqui vai um pouco de taticas em 72 capitulos:

http://www.armchairgeneral.com/category/tactics101/page/5

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

O meu comentário acerca da “função precípua de um carro de combate” foi apenas “en passant”. Soubesse que fosse criar alguma celeuma não a teria feito.
Por outro lado concordo com a correção feita e dou o caso por encerrado.
O cerne do meu comentário foi sobre a configuração de um MBT, se passível de mudança ou não, baseado num comentário anterior de outro participante.
De minha parte não acredito que nada seja perene, principalmente no que se refere à tecnologia militar, caso contrário ainda combateríamos com aviões a hélice ou com bigas.
Em relação ao canhão de um MBT, que isoladamente é o item que lhe confere a capacidade de dominar o campo de batalha, tinha como atributos exclusivos uma grande variedade de projéteis à disposição, o que lhe confere a capacidade de neutralizar grande variedade de ameaças.
Outra característica exclusiva é a sua capacidade de lançar projéteis cinéticos, capazes de penetrar as mais pesadas blindagens.
Uma terceira característica é a o custo da munição, que é várias vezes menor que o de um míssil guiado.
A quarta característica é a quantidade de munição disponível e a facilidade do mesmo ser recarregado, provendo grande volume de fogo em curto espaço de tempo.
Mas essas características tem um preço que é cobrado na necessidade do veículo ter uma grande massa. Outra “desvantagem” é a grande “assinatura” do disparo, que produz muito chama, fumaça e poeira, prejudicando tanto a consciência situacional quanto permitindo que o MBT seja detectado.
Para cada uma das vantagens há uma contrapartida na combinação canhão de pequeno calibre + metralhadora + míssil, com significativa redução dos inconvenientes.
Antes, mísseis antitanques (ou anticarros) eram apenas isso, mísseis antitanques, e tinham uma ogiva geralmente do tipo HEAT só útil contra a blindagem dos veículos blindados.
Também essa ogiva HEAT tinha que ter um determinado diâmetro mínimo para ter um determinado nível de eficiência, o que esbarrava num limite acima do qual o míssil se tornaria um trambolho impraticável.
Hoje, existem mísseis com ogivas eficientes contra uma série de ameaças e há mísseis com diversos tipos de ogivas (Ex: TOW, Hellfire, etc), eficientes contra veículos blindados, bunkers, estruturas, pessoal desabrigado, veículos levemente armados, etc.
Também existem sistemas de recarga automática, usados em especial pelos veículos russos, tais como o “Tank Destroyer” BMP Khrizantema, que lança o AT-15
Quanto à capacidade de penetrar blindagens há uma série de abordagens criativas disponíveis que maximizaram o poder dos mísseis contra os mais pesadamente blindados MBTs, tais como o ataque por cima, sem que fosse necessário aumentar o diâmetro e peso das ogivas.
O custo continua a ser um inconveniente na relação projétil de canhão x míssil guiado, mas para isso há o canhão automático de pequeno calibre, cada vez mais eficiente contra alvos que antes requeriam um canhão de calibre maior, sem falar na grande flexibilidade de projéteis disponíveis.
Há ainda a tendência em se ter mísseis cada vez menores e mais baratos o que possibilitará uma configuração míssil principal + míssil secundário (de baixo custo). Exemplos: APKWS, DAGR, LMM, etc.

Vader
12 anos atrás

Senhores, se me permitem alguns pitacos:

1. Esse VBTP é simplesmente lindo;

2. Seria ótimo tê-los em nossos BIBs (sonho delirante);

3. VBTP é VBTP. MBT é MBT:

A VBTP é uma arma que dispõe de algum poder de choque e movimento, mas sua função principal é a de DEFESA da tropa que leva embarcada até o front de combate. Ele EXISTE para levar a tropa em segurança até o combate.

Já o MBT dispõe de alguma (boa) defesa, mas sua função principal é de ATAQUE: levar o seu poder de choque e movimento até a defesa inimiga e desalojá-lo de sua posição.

Nesse sentido, respeitosamente penso que o Mestre Bosco nesta está enganado, pois parte de uma premissa equivocada, qual seja, a de que VBTPs possam ocupar as funções de um MBT.

Nesse sentido, é claro que o campo de batalha é fluído, e, como nenhuma arma é perfeita e todas matam, VBTPs podem destruir MBTs e inclusive desalojar o inimigo usando de suas armas, mas sua função principal não é essa.

A contrariu sensu, um MBT pode transportar alguma tropa com qualidade defensiva, mas sua função principal não é essa.

Abraços.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Vader,
Concordo plenamente com sua colocação e em momento algum afirmei que um VBTP poderia executar a mesma função de um carro de combate.
Mas observando bem minha proposição inicial:
“Esse canhão de “pequeno” calibre se associado a um lançador de míssil pode desbancar mesmo o Leopard na função precípua de um “tanque”, que é a de combater outro “tanque?”
Talvez o motivo da polêmica tenha sido a falta do ponto de interrogação na “proposição”.
Esquecendo a “função precípua” e se concentrando na proposição, é visível que em momento algum quis afirmar que um moderno canhão de pequeno calibre (abaixo de 40 mm) combinado a um míssil sup-sup pode assumir o papel de um canhão de um MBT. O que fiz foi um questionamento, mas infelizmente, não coloquei a “interrogação”.
Quem sou eu para afirmar tal coisa e é visível a falta do “bendito” ponto de interrogação.
A coisa mais próxima que já fiz em relação à experiência militar foi ter casado. rsrrsrs
Claro que o hipotético veículo resultante seria um MBT, mas com armamento diverso do clássico canhão de grosso calibre (acima de 100 mm) e com uma blindagem leve combinada a sistemas de proteção ativos, contra-medidas, etc, em substituição à blindagem pesada.
No mais, um grande abraço.

Ivan
Ivan
12 anos atrás

MiLord Vader,

“VBTP é VBTP. MBT é MBT.”

Ka ka ka…
… Acredito que é por aí mesmo.

Mas o que Mestre Bosco e alguns especialistas estrangeiros tem argumentado é que as novas tecnologias podem, no futuro próximo, gerar um MBT (o popular ‘Tanque de Guerra’) menor, mais leve e com maior alcance.

Esta possível nova geração de Main Battle Tanks poderia pesar algo em torno de 40 (quarenta) toneladas, ou até menos; ter o armamento montado em uma torre não tripulada; reduzir a tripulação para 3 (três) combatentes que ficariam dentro da estrutura do veículo e não mas expostos na torre; ser armado com mísseis modernos e canhões automáticos de pequeno e médio calibre (entre 40mm e 60mm); bem como fazer uso de defesas ativas para compensar menor massa.

A redução do peso se daria por várias razões:
– Não precisaria mais de uma grande torre de combate para comportar um grande canhão de 120mm ou 125mm;
– Sendo a torre automatizada poderia dispensar um tripulante, o remuniciador, bem como os outros dois tripulantes, atirador e chefe do carro, estariam no interior do veículo e não mais na torre;
– Com torre não tripulada o veículo pode ser mais baixo, o que reduz a área a ser protegida.

Este novo MBT seria particularmente apropriado para as forças armadas norte-americanas que dominam a tecnologia necessária e precisam de mobilidade estratégica para suas forças blindadas.

Por outro lado este novo MBT seria mais caro de adquirir e operar, principalmente porque mísseis guiados são bem mais caros que projéteis de canhão, mesmo os pesados.

Como sou antigo, gosto da boa e velha boca de fogo dos canhões, capaz de provocar nos inimigos uma forte indigestão por chumbo… rs rs rs…
… mas o Bosco é mais sofisticado. 8)

Sds,
Ivan, an oldinfantryman.

Mauricio R.
Mauricio R.
12 anos atrás

Os egípcios já tentaram isto, usaram o BMP e seu canhão de pequeno calibre e baixa velocidade, conjugado c/ atgm, sem apoio de MBT, e se deram mto mal.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Ivan, n
Na verdade o MBT do futuro (com canhão) deverá ter somente 2 tripulantes dispostos lado a lado, o condutor e o comandante.
E ainda não há mesmo nenhuma sinalização de que o canhão venha a perder sua primazia, mesmo porque já é possível dotá-lo de capacidade BLOS/NLOS com projéteis guiados já que nesse quesito ele estava perdendo feio para os mísseis.
Mas quem sabe num futuro mais distante?
Sem querer viajar muito na maionese, mas estão vindo por aí canhões eletromagnéticos e armas de energia dirigida.
Em relação aos mísseis antitanques, o Santo Graal procurado pelo USA é o míssil de energia cinética. Apesar do fim da Guerra Fria e da guerra irregular estar em alta, o que deixou o programa de míssil hipersônico em estado de baixa prioridade, o mesmo ainda está nos planos do exército americano para preencher um nicho de um míssil com tempo de reação extremamente rápido para ser usado na linha de visada.
Hoje, apesar dos mísseis antitanques terem alcance maior que o canhão, dentro do alcance normal de combate direto (mais ou menos 4 km) há uma grande vantagem do segundo (do canhão) tendo em vista que um míssil pode levar mais de 30 segundos entre a seleção , o “enquadramento” do alvo, o lançamento do míssil e o míssil percorrer o trajeto até o alvo. Nesse meio tempo o canhão já terá feito tudo isso em menos de 6 ou 7 segundos com um projétil cinético e muito provavelmente o míssil nem teria ainda saído do lançador.
Outra grande vantagem do canhão é a capacidade de ser disparado em movimento, principalmente se montado em um pesado carro de combate, enquanto que os mísseis de Segunda Geração (a maioria dos ATGMs em uso no mundo) são lançados com o veículo lançador imóvel.
Mas há “cabeçudos” debruçados em suas pranchetas tentando resolver esses “calcanhares de Aquiles” dos mísseis e pode ser que no futuro algum país mais “sofisticado” tenha coragem de ousar.
Valeu pessoal!

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Maurição,
Aquele troço de 73 mm não é canhão e aquela coisa chamada Sagger não é míssil.
RSRSRSRsss

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Bosco,

Apenas 2 (dois) tripulantes poderá ser um grande erro.

Na minha opnião, o único tripulante dispensável em uma guarnição de carro de combate tradicional é o remuniciador, que teria sua função realizada por sistemas de carregamento automático, com já ocorre nos T-72, T-80, T-90 e Leclerc, entre outros.

Condutor
Deve ficar atento à sua rota e funcionamento da parte motriz do veículo. Sua atenção não deve ser desviada para outras atividades.

Atirador
Realiza a pontaria e o disparo da arma principal e metralhadora coaxial do CC sobre os alvos designados pelo comandante.

Comandante
Designa os alvos para o atirador, orienta o condutor sobre as rotas a seguir, observa o terreno a sua volta tanto na busca de novos alvos (enquanto o atirador ainda está executando sua ordem anterior) e melhores caminhos a seguir. Deve sempre manter a consciência situacional por todos os meios disponíves.

Se o comandante disparar as armas, perderá muito tempo e concentração na busca de novos alvos.

Para uma guarnição de carro de combate 2 (dois) é pouco, 3 (três) é bom e 4 (quatro) será demais no futuro próximo.

Mas é a opnião de um antigo entusiasta.

Sds,
Ivan.

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Quanto à questão Canhão versus ATGW, ainda acredito que os futuros MBTs ainda terão como arma principal um canhão de 120mm ou 125 mm.

Por todos os motivos que vc elencou e mais a questão do custo da munição.

Imagine a seguinte situação:
Vc é um comandante de tanque e vislumbra a 4.000 metros uma construção suspeita na sua rota de progressão que não foi batida pela artilharia.
A guerra é total, o inimigo é ardiloso (todos são) e as regras de engajamento já foram para o saco faz tempo.
Se vc só possue mísseis vai pensar 2 (duas) vezes se dispara uma arma cara desta sobre um alvo incerto,
mas certamente não vai piscar em decidir meter um projétil de HE na tal construção suspeita.
Se era uma armadilha os inimigos ‘dançaram’, se não era foi apenas um disparo a mais. Porém se vc só tinha mísseis… não sei qual foi sua decisão.

Acredito também que o canhão principal será montado externamente, como no Stryker M1128 do link abaixo:
http://www.areamilitar.net/directorio/TER.aspx?nn=187&P=98&R=EX#A1
A questão deve passar pelo custo de um sistema desse, mas também pela confiabilidade do mesmo.

Mas continua sendo a opnião de um entusiasta.

Abç,
Ivan. 8)

Ivan
Ivan
12 anos atrás

MiLord Vader,

Há outra questão que gostaria de discutir.

No meu entendimento e de mais alguns outros, inclusive no EB, há diferenças importantes entre
VBTP e VBCI.

VBTP – Veículo Blindado de Transporte de Pessoa, ou em inglês APC – Armoured Personnel Carrier, é um veículo levemente blindado (contra armas leves de infantaria) armado apenas para defesa (metralhadora .30 ou .50) destinado a transportar os fuzileiros para o campo de batalha.
São os ‘taxis de batalha’ (‘battle taxis’).
Acredito que o exemplo clássico (sobre esteira) é o americano M-113 (60 a 80 mil produzidos), bem como o soviético MTLB.

VBCI – Veículo Blindado de Combate de Infantaria, ou em inglês IFV – Infantry fighting Vehicle, como o nome sugere é um veículo melhor blindado e armado que deve transportar e lutar com a infantaria embarcada ou desembarcada. Preferencialmente deve ter um perfil baixo e um armamento que possa engajar com sucesso veículos leves inimigos e (eventualmente) carros de combate, apoiando diretamente seus infantes quando desembarcado e (em conjunto) dar suporte ao avanço dos MBT.
Sua mobilidade deve ser igual ao dos tanques que apoia e sua blindagem suficiente para enfrentar metralhadoras pesadas ou até armas mais pesadas.
O exemplo clássico é a série soviética BMP, que começou em 1967 com o BMP-1 e segue até hoje como BMP-3 e outros diversos VBCI de outros países, como o americano M2 Bradley.

O Exército Brasileiro, como vc sabe muito melhor que eu, inclusive com experiência pessoal, padece do uso inadequado de um VBTP M-113 para cumprir missões de VBCI nas companhias de infantaria blindada dos BIB e RCB.

Este valente ‘taxi de batalha’ não tem concições de acompanhar um M-60 ou menos ainda um Leopard 1.
Como se não bastasse sua blindagem é muito leve para lutar com a infantaria embarcada (mas é útil como transporte), seu perfil é alto e seu armamento inadequado para bater os alvos no campo de batalha blindado.

Parafraseando o amigo:
VBTP é VBTP e VBCI é VBCI. 8)

Mas é apenas a opnião de um antigo entusiasta.

Grande abraço,
Ivan.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Como disse o velho Jack: vamos por partes.
A discussão de se os futuros MBT terão 2 ou 3 tripulantes ainda continua, mas pelo visto o lobby dos operadores de helicópteros de ataque está falando mais alto e “2” parece ser o tanto ideal.
Três já é realidade hoje sem ainda estar disponíveis os recursos relativos à fusão de dados que são esperados para amanhã.
Quanto ao seu hipotético cenário de uma estrutura suspeita ser alvo de um canhão ou de um míssil, concordo em grau, gênero e número. Não sou torcedor nem de um conceito nem de outro. Sou apenas interessado no assunto, mas no caso de um MBT dotado de canhão de pequeno calibre/míssil, acho que o comandante do dito cujo poderia optar em dar uns 3 ou 4 tiros de canhão no prédio suspeito. Hoje, há projéteis para canhões até 40 mm muito bons contra “estruturas”, e com a vantagem de terem menor propensão a causar dano colateral. Sem falar que com alcance igual.
Ou quem sabe o MBT possa designar o alvo via data-link para um tiro de morteiro vindo de trás ou solicitar que um UAV dê uma espiada antes de efetuar o ataque para evitar fogo amigo ou danos colaterais indesejáveis.
E só de curiosidade, já li que o BMP 1 foi considerado muito baixo, o que dificultava sua função em prover apoio de fogo à infantaria.
Mudando de pato pra ganso, esse link é velho mas bem interessante e embora o programa tenha sido cancelado, sinaliza bem as tendências para as próximas décadas:
http://books.google.com.br/books?id=lPmVrgeVoI0C&pg=PA111&lpg=PA111&dq=XM1202+Mounted+Combat+System+crew+two&source=bl&ots=lQuDLUoM8v&sig=Ma6j5LupsmiS29gzZCri_kTAASo&hl=pt-BR&sa=X&ei=Yw7QT8vPEcjp0gGqu8XLDQ&sqi=2&ved=0CGwQ6AEwCA#v=onepage&q=XM1202%20Mounted%20Combat%20System%20crew%20two&f=false

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Ivan,
Esse link também é velho de guerra mas é interessante e reforça a eficiência do canhão “pesado” do MBT se comparado ao M-242 (25 mm), corroborando seu comentário anterior.
http://books.google.com.br/books?id=lPmVrgeVoI0C&pg=PA111&lpg=PA111&dq=XM1202+Mounted+Combat+System+crew+two&source=bl&ots=lQuDLUoM8v&sig=Ma6j5LupsmiS29gzZCri_kTAASo&hl=pt-BR&sa=X&ei=Yw7QT8vPEcjp0gGqu8XLDQ&sqi=2&ved=0CGwQ6AEwCA#v=onepage&q=XM1202%20Mounted%20Combat%20System%20crew%20two&f=false
Um abraço.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás
Ivan
Ivan
12 anos atrás

MiLord Vader,

Lembrei de uma matéria muito interessante do site SISTEMASDEARMAS sobre veículos blindados de infantaria.

Provavelmente vc já conhece, mas segue o link para os amigos que pretendam conhecer:
http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ter/vbip1.html

Anteriormente postei a minha opnião, de um simples entusiasta, mas o texto que indico agora é muito consistente e didático. Acredito ser um dos melhores que já li sobre o assunto.

Vale a pena conferir.

Abç,
Ivan.

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Bosco,

No mesmo texto que linkei acima há uma referência interessante a uma nova torre para 2 (dois) tripulantes armada com canhão automático de 60mm por 70 calibres.

Copiei o trecho referenciado:
A OTOBreda está desenvolvendo uma torre de dois tripulantes equipada com um canhão de alta velocidade de 60mm com 70 calibres. Está sendo instalada no VCI Dardo (…). A torre com o T-60/70 deverá armar o BWP-2000 polonês.

Observe como a JANE’s descreve a arma no link:
http://articles.janes.com/articles/Janes-Armour-and-Artillery-Upgrades/Oto-Melara-60-High-velocity-Gun-System-Italy.html

Outra alternativa poderia ser usar o Bofors 57mm (também por 70 calibres) em uma torre não tripulada, em conjunto com uma metralhadora coaxial e lançadores de ATGW.

Dependendo da elevação da arma poderia engajar também aeronaves voando baixo, particularmente helicópteros.

Talvez uma arma desta faixa de calibre venha a ser mais adequada para ‘o seu’ futuro MBT. 8)

Quem sabe? Rs rs rs rs…

Abç,
Ivan, a oldinfantryman.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Ivan,
E só de curiosidade, na década de 80 o USA quase adquireu um tanque leve com canhão de 75 mm de alta velocidade.
Claro que há inúmeros calibres médios que poderiam ser usados, mas aí seria como reinventar a roda já que tais calibres foram usados no passado e deu no que deu, chegando ao 120 mm de alma lisa da atualidade.
Voltando aos calibres “pequenos”, parece que os modernos canhões entre 30 e 50 mm (no caso o 35/50 Bushmaster III) têm grande potencial de desenvolvimento e já contam com poder de fogo respeitável sendo capazes de neutralizar os mais diversos alvos no campo de batalha, com algumas vantagens em relação ao peso e à quantidade de munição transportada. Um veículo de combate leve, armado com um canhão de 30 ou 35 mm pode levar mais de 200 projéteis enquanto um armado com um canhão de 105 ou 120 mm não leva mais que 30.
Mas claro, não sou inocente a ponto de desconhecer o poder de fogo de um projétil de grosso calibre e sei que é uma tarefa ingrata tentar mudar o que já está testado e aprovado há décadas.
No mais, valeu pela discussão salutar.
Vamos ver no que vai dar. Fato é que o canhão de “grosso” calibre se um dia for desbancado como o armamento principal de um MBT, esse dia ainda está longe.
Um grande abraço.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Quando a ENGESA entrou em concordata no inicio de 1990, eu perdi meu emprego.

Consegui um emprego com o representante da OTO-Melara, no Brasil, até o fim deste ano.

Durante este periodo trabalhei numa apresentação ao EB de varios materiais da OTO-Melara.

Entre eles estava este 60 mm!!!

A unica venda que descobri deste canhão foi em Shermans israelenses vendidos ao Chile.

Bacchi

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

“Talvez uma arma desta faixa de calibre venha a ser mais adequada para ‘o seu’ futuro MBT.”

Canhões de médio calibre (57, 60, 75, etc) para veículos de combate (independente de ser um MBT ou outro qualquer) aí eu considero não ser uma opção inteligente.
Não têm poder para enfrentar os mais poderosos blindados e ficam esquisitos se combinados com mísseis antitanques.
Já que não dão conta do recado que se use canhões de pequeno calibre + mísseis ou canhões de grosso calibre.
Estão num limbo existencial.
O de 90 mm ainda é aceitável tendo em vista alguns cenários, como por exemplo aqui na AL.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Olha o quase tanque leve que o USA (RDF) quase comprou na década de 80, armado com um canhão automático de 75 mm.
http://www.armyrecognition.com/forum/viewtopic.php?t=739

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Falando em OTO-Melara lembrei do Centauro (tank destroyer) e do Freccia (IFV) fabricados pelo consórcio do primeiro com a IVECO/FIAT.

A notícia é interessante:

“Desde há algumas semanas que estão em testes na Rússia dois exemplares do blindado Centauro da IVECO. Um deles armado com uma peça de 105mm e o outro, na versão de combate de infantaria (designado Freccia) e armado com um canhão de 30mm.”
“Uma terceira versão do Centauro, armada com uma peça principal de 120mm deverá também ser enviada para a Russia dentro de poucas semanas.”

Está no areamilitar.net, mas já anda repercutindo pelo ciberespaço.

Será que depois dos jipes LMV serão os blindados 8×8?

Sds,
Ivan.

Vader
12 anos atrás

Ivan disse:
6 de junho de 2012 às 23:36

Grande Ivan, concordo plenamente.

4. VBTP é VBTP, VBCI é VBCI. 🙂

Funções diferentes, é verdade, mas um VBCI pode fazer (quase) tudo o que um VBTP faz. Já o inverso não é necessariamente verdadeiro.

Vantagem do VBTP? Preço. Simples assim. VBTP bom é VBTP “descartável”.

Quanto aos M-113 do EB (e do CFN também, apesar de serem melhores e mais modernos) são nossos, estão quitados, já sabemos até fazer emenda em seu casco, e já trocamos seu motor, mas são umas belas de umas porcarias.

Servem só pra fingir que se treina a tropa e olhe lá. Não aguentariam três dias de combate de verdade.

Mas já cansei de levar pancada por ter falado mau do M-113, tanto aqui quanto no Blog do Vader. Então deixa pra lá…

Abraço a todos.

rsbacchi
rsbacchi
12 anos atrás

Vader, como posso participar de seu blog?

Bacchi