Blindagem bate recorde e Brasil continua em primeiro no mundo
Do Rio
A blindagem de automóveis bateu recorde no Brasil em 2011 e manteve o país no pódio de campeão mundial do setor. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) revelou que 8.106 veículos foram blindados no país no ano passado, segundo as 28 empresas ligadas à entidade, que responde por 75% do mercado. O aumento foi de 10,5% ante 2010. Ao todo, a estimativa é que tenham sido blindados mais de 10 mil veículos em 2011. Em 2003 foram blindados 3.123 veículos. Em 1995, apenas 388. A frota brasileira já atingiu 118 mil veículos, de acordo com a Abrablin. Em 2003, eram pouco mais de 20 mil.
O desempenho econômico do país, o crescimento na venda de carros de luxo, o acesso ao crédito e a estabilização no preço do serviço mais o aumento da sensação de insegurança nas grandes cidades contribuíram para o fortalecimento do mercado. “A estimativa para este ano era de um crescimento de 5%, mas houve uma queda por causa do aumento do IPI dos carros importados”, diz Christian Conde, presidente da Abrablin.
“Não houve nenhum ano de retrocesso nos negócios desde que nos estabelecemos em 2003”, diz o engenheiro automobilístico Rogério Garubbo, da Concept Blindagens, uma fábrica de 2.500 m2 em Mauá, no ABC Paulista, que é blindadora oficial da Audi e adapta, em média, 46 veículos por mês. “Houve uma leve queda em São Paulo e uma redução mais acentuada no Rio, de 20%, mas o mercado cresceu no Nordeste, principalmente no Ceará, onde aumentou 40%, e na Região Amazônica”, afirma Magno Hipólito, gerente de produção e venda da Piquet Blindagens, criada há dez anos pelo ex-campeão mundial de Fórmula 1 Nélson Piquet.
O preço médio do serviço está em torno de R$ 47 mil, que é o valor da blindagem do tipo III-A, capaz de resistir aos projéteis de um revólver Magnum calibre 44 e a mais comum entre as seis previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As outras são a I, a II, a II-A, a III e a IV. A blindagem do tipo III precisa de autorização do Exército e custa R$ 240 mil. A IV é exclusiva para uso militar. Levantamento da Abrablin mostra que quem adere à blindagem é homem (65%), idade entre 40 a 49 anos (27%), executivo e empresário (75%), artista (9%), juiz (7%) ou político (6%). Mulheres de 50 a 59 anos (25%) são as que mais buscam o serviço. São Paulo foi o Estado com maior produção de blindados (78%). O Rio de Janeiro é o segundo, com 14%, e Pernambuco é terceiro, com 2%. Paraná e Bahia vêm depois, com 1% cada. Os outros Estados ficam com 4%. (PV)
FONTE: Valor Econômico
Nenhum motivo para comemoração, claro.
Vou blindar meu civic…daí vou fazer 2,5km/l…nada para comemorar…